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Dimensionamento de sistema de microdrenagem

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU 
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
DIMENSIONAMENTO DE REDE DE MICRODRENAGEM URBANA 
ANDRÉ FILIPE MAFRA DE SOUZA 
EDUARDO FIGUEIREDO ESSIG 
BLUMENAU 
2014 
 
ANDRÉ FILIPE MAFRA DE SOUZA 
EDUARDO FIGUEIREDO ESSIG 
DIMENSIONAMENTO DE REDE DE MICRODRENAGEM URBANA 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Drenagem Urbana do Curso de 
Engenharia Civil do Centro de Ciências 
Tecnológicas da Universidade Regional 
de Blumenau – FURB. 
Prof.: Adilson Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU 
2014 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4 
1.1 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO ................................................................... 4 
1.1.1 Subdivisão da área e traçado ........................................................................ 4 
1.1.2 Determinação das vazões afluentes ........................................................... 5 
1.1.3 Dimensionamento de galerias ...................................................................... 5 
2 APRESENTAÇÃO DA REGIÃO ESTUDADA .......................................................6 
2.1 SELEÇÃO DAS RUAS ........................................................................................... 6 
2.2 ELEMENTOS PRELIMINARES AO ESTUDO ...................................................... 6 
3 MEMORIAL DE CÁLCULOS ...................................................................................7 
3.1 DETERMINAÇÃO DAS ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO ..................................... 7 
3.2 COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL ............................................ 8 
3.3 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO INICIAL E PERÍODO DE RETORNO ............ 9 
3.4 INTENSIDADE DAS CHUVAS CONTRIBUINTES .......................................... 10 
3.5 DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES ...................................................................... 11 
3.6 DIMENSIONAMENTO DA REDE DE MICRODRENAGEM ............................ 12 
3.6.1 Determinação das cotas, das declividades e do recobrimento 
(profundidades) ......................................................................................................... 12 
3.6.2 Determinação dos diâmetros e dos tempos de escoamento .............. 14 
3.6.3 Cotas das valas, dos fundos dos poços de visita e volumes de 
escavação .................................................................................................................... 17 
3.7 SARJETAS E BOCAS DE LOBO ......................................................................... 19 
3.7.1 Sarjetas ............................................................................................................ 20 
3.7.2 Bocas de lobo ................................................................................................. 25 
3.8 DISSIPADORES DE ENERGIA ........................................................................... 27 
4 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 28 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 29 
ANEXOS......................................................................................................................... 30 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
A equipe autora deste trabalho ficou incubida de realizar um trabalho 
para dimensionamento de uma rede de microdrenagem urbana. 
O professor orientador da disciplina Adilson Pinheiro distribuiu à turma 
da matéria diferentes ruas presentes no município de Blumenau. A rua 
designiada à equipe foi a rua Alfredo Demm, localizada no bairro da Itoupava 
Central. 
A proposta inicial do trabalho é realizar o dimensionamento de uma 
rede de microdrenagem urbana, incluindo todos os seus parâmetros e itens 
estudados durante a jornada da disciplina, cuja extensão deve abranger um 
somatório de trechos a partir da rua designada. A extensão mínima da rede 
determinada pelo professor é de 1000 metros, porém a rua Alfredo Demm 
possui um comprimento menor que este. Para que se pudesse estender a rede 
a 1000 metros de comprimento ou mais, trechos de outras ruas próximas 
tiveram de ser adicionadas aos quesitos de dimensinamento, com está 
explicitado nos próximos itens deste trabalho. 
A partir dos critérios mencionados acima e baseando-se nos 
aprendizados obtidos em sala de aula e em estudos externos, a equipe 
desenvolveu o dimensionamento da rede de microdrenagem, apresentada no 
presente memorial de cálculo. 
1.1 ETAPAS DO DIMENSIONAMENTO 
1.1.1 Subdivisão da área e traçado 
Inicialmente, o traçado da rede foi desenhado sobre a rua solicitada e 
outros trechos próximos, para que se pudesse superar o mínimo de 1000 
metros de comprimento. 
Em seguida, ao longo do traçado, os poços de visita – ou PVs – foram 
inseridos no desenho, com distância máxima entre eles de 100 metros, sendo 
necessários também nas mudanças de direção de ruas. Com essa etapa 
5 
 
concluída, pôde-se determinar o número total dos PVs e dar início à próxima 
fase. 
Com os PVs locados, foi necessário lançar e calcular as áreas de 
influência de contribuição das águas urbanas aos arredores das ruas, levando-
se em conta a topografia do terreno. 
1.1.2 Determinação das vazões afluentes 
Através de análise de imagens da localização dos trechos estudados, 
pôde-se determinar o nível de urbanização e calcular o índice C. A partir da 
média ponderada do mesmo, o C médio pôde ser obtido. 
Em seguida, deve-se seguir os passos especificados na apostila de 
microdrenagem quanto ao cálculo do tempo de concentração (tc). 
Foi utilizada a fórmula usual para o cálculo da intensidade das chuvas 
(i), a partir dos dados obtidos através da estação mais próxima da rua 
analisada. 
Com os valores acima mencinados em mãos, pôde-se calcular as vazões 
afluentes através do método racional. 
1.1.3 Dimensionamento de galerias 
Com as vazões calculadas e os parâmetros das galerias, pôde-se 
determinar o diâmetro da tubulação. Assim, por sua vez, encontrou-se os 
valores de área molhada, tempo de escoamento e os demais itens necessários 
em cada trecho, para que se pudesse dimensionar corretamente os elementos 
de projeto. Os cálculos e representações gráficas utilizados para o 
dimensionamento de tais elementos se encontram a partir dos próximos itens 
deste trabalho. 
6 
 
2 APRESENTAÇÃO DA REGIÃO ESTUDADA 
2.1 SELEÇÃO DAS RUAS 
Figura 1 – Localização da rua solicitada e seleção de ruas próximas. 
 
Fonte: Google Maps. 
A rua especificada pelo professor não possui o comprimento mínimo de 
1000 metros para a rede de microdrenagem. Logo, foi necessária a seleção de 
outros trechos de ruas próximas para suprir o comprimento faltante. As ruas 
selecionadas foram: rua Carlos Krueger e rua Ricardo Georg. 
2.2 ELEMENTOS PRELIMINARES AO ESTUDO 
Para facilitar entendimento da determinação dos elementos essenciais 
ao dimensionamento demonstrado posteriormente, nas páginas de anexo 
encontram-se plantas com informações individuais ao seu escopo: locação da 
rua, localização dos PVs, delimitação e determinação das áreas de contribuição 
para os PV’s e delimitação e determinação das áreas de contribuição para as 
galerias. 
7 
 
3 MEMORIAL DE CÁLCULOS 
3.1 DETERMINAÇÃO DAS ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO 
As áreas de contribuição de cada trecho entre poços de visita foram 
traçadas conforme comportamento da água em relação às curvas de nível 
analisadas. Estas áreas contribuintes apenas representam as áreas as quais as 
águas oriundas do escoamento superficialteriam seu deságue nos elementos 
de microdrenagem. Logo, foram descartas do cálculo áreas cujo deságue se 
daria diretamente em rios, ribeirões e outros elementos naturais. 
Tabela 1 – PVs, trechos e suas áreas de contribuição 
TRECHO L (m) 
ÁREA (m²) 
Trecho Acumulada 
PV01 - 1597,89 1597,89 
PV01 - PV02 52,52 1500,4 3098,29 
PV02 - PV03 69,51 2142,84 5241,13 
PV03 - PV04 26,83 680,74 5921,87 
PV04 - PV05 68,09 2898,96 8820,83 
PV05 - PV06 47,97 746,41 9567,24 
PV06 - PV07 33,62 1059,99 10627,23 
PV07 - PV08 46,21 1601,88 12229,11 
PV08 - PV09 52,81 1819,59 14048,7 
PV09 - Deságue - - 14048,7 
 
TRECHO L (m) 
ÁREA (m²) 
Trecho Acumulada 
PV10 - 804,93 804,93 
PV10 - PV11 12,08 846,14 1651,07 
PV11 - PV12 24,59 3745,58 5396,65 
PV12 - PV13 24,51 8151,49 13548,14 
PV13 - PV14 36,31 3154,42 16702,56 
PV14 - PV15 49,82 6307,75 23010,31 
PV15 - PV16 46,22 5599,62 28609,93 
PV16 - PV17 55,60 5854,32 34464,25 
PV17 - Deságue - - 34464,25 
 
TRECHO L (m) 
ÁREA (m²) 
Trecho Acumulada 
PV18 - - - 
PV18 - PV19 67,7 11798 11798,03 
PV19 - PV20 71,64 14005,3 25803,35 
PV20 - PV21 41,93 2802,6 28605,95 
PV21 - PV22 42,36 1509,48 30115,43 
PV22 - Deságue - - 30115,43 
Fonte: autor. 
8 
 
As áreas contribuintes de cada trecho interferem no dimensionamento 
de seus elementos da rede. Porém, deve-se levar em conta também as áreas 
contribuintes que despejam águas oriundas de pontos mais elevados que o 
ponto estudado. Logo, deve-se realizar uma soma acumulativa conforme os 
pontos vão ficando mais baixos e o volume da água vai ficando mais alto. 
Como observado na tabela anterior e nas plantas anexas, existem pontos 
de “deságue” ao fim de três determinados trechos. Isto ocorre pois estes 
pontos são mais baixos que seus dois poços de visita vizinhos, sendo 
necessário que toda a água coletada ao longo dos trechos e áreas contribuintes 
seja despejada neste ponto baixo, geralmente representado por um rio ou 
ribeirão. Para efeitos acadêmicos, neste trabalho, cada trecho que segue desde 
seu primeiro PV até seu ponto de deságue será chamado de seção. Ou seja, 
temos no total três seções da rede de microdrenagem. 
3.2 COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL 
Conforme visualização virtual via o dispositivo informatizado “Google 
Maps” e também a partir da análise das plantas estudadas, foram 
determinadas as proporções entre áreas impermeabilizadas e permeáveis de 
cada área contribuinte, para que se tornasse possível a composição correta do 
coeficiente de impermeabilização “AI”. Foram utilizados dois coeficientes de 
impermeabilização para a ponderação, numerados como 1 e 2, 
respectivamente: 0,6 (áreas residenciais urbanas de baixa densidade) e 0,4 
(áreas rurais). 
Tendo em mãos os dois AIs citados acima e a proporcionalidade entre 
suas aplicações nas áreas contribuintes de cada trecho, pôde-se efetuar o 
cálculo do coeficiente de escoamento superficial ponderado em cada poço de 
visita, seguindo a fórmula de “C” inserida na tabela abaixo. 
 
9 
 
Tabela 2 – Cálculo dos coeficientes de escoamento superficial (C) 
 AI (1) C= 0,047+0,9*AI AI (2) C= 0,047+0,9*AI % AI (1) % AI (2) C Ponderado 
PV01 0,6 0,587 0,4 0,407 50% 50% 0,497 
PV02 0,6 0,587 0,4 0,407 50% 50% 0,497 
PV03 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
PV04 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
PV05 0,6 0,587 0,4 0,407 60% 40% 0,515 
PV06 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
PV07 0,6 0,587 0,4 0,407 100% 0% 0,587 
PV08 0,6 0,587 0,4 0,407 100% 0% 0,587 
PV09 0,6 0,587 0,4 0,407 100% 0% 0,587 
PV10 0,6 0,587 0,4 0,407 100% 0% 0,587 
PV11 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
PV12 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
PV13 0,6 0,587 0,4 0,407 50% 50% 0,497 
PV14 0,6 0,587 0,4 0,407 20% 80% 0,443 
PV15 0,6 0,587 0,4 0,407 20% 80% 0,443 
PV16 0,6 0,587 0,4 0,407 20% 80% 0,443 
PV17 0,6 0,587 0,4 0,407 20% 80% 0,443 
PV18 0,6 0,587 0,4 0,407 10% 90% 0,425 
PV19 0,6 0,587 0,4 0,407 20% 80% 0,443 
PV20 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
PV21 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
PV22 0,6 0,587 0,4 0,407 70% 30% 0,533 
Fonte: autor. 
3.3 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO INICIAL E PERÍODO DE RETORNO 
Foi necessário o cálculo do tempo de concentração no trecho inicial de 
cada uma das três seções da rede de microdrenagem, de modo que, a partir do 
valor encontrado, pôde-se dar procedência aos cálculos. A fórmula abaixo 
(método de California Culverts Practice) aplica um exemplo do cálculo 
mencionado à primeira seção das três que compõem a rede de microdrenagem. 
𝑡𝐶 = 57 ×
𝐿1,155
𝐻0,385
 
𝑡𝐶 = 57 ×
0,0671,155
3,70,385
 
𝑡𝐶 = 1,5179 𝑚𝑖𝑛 
 
10 
 
Onde: 
 L = distância entre o ponto mais distante do PV inicial dentro da 
área de contribuição (km); 
 H = diferença de cotas entre os pontos distados pelo 
comprimento L. 
O tempo de concentração inicial encontrado foi de aproximadamente 1,5 
minutos. Porém, por via de regra, deve-se adotar o valor mínimo de 5 minutos 
para o tempo de concentração. As duas seções remanescentes também 
obtiveram tempos de concentração iniciais abaixo de 5 minutos, tendo este 
último adotado por ser o mínimo, como demonstrado nos itens seugintes. 
O período de retorno adotado foi de 2 anos, por a região estudada ser 
uma área residencial com baixa probabilidade de um crescimento ocupacional 
muito elevado nos próximos anos. Isto se aplica a todas as três seções. 
3.4 INTENSIDADE DAS CHUVAS CONTRIBUINTES 
Os parâmetros demonstrados na tabela 3 são utilizados para se calcular 
a intensidade das chuvas das áreas contribuintes de cada trecho. 
Tabela 3 – Parâmetros utilizados para o cálculo da intensidade das chuvas contribuintes. 
Estação: ITOUPAVA CENTRAL 
Código: 2649010 
Município: BLUMENAU - SC 
Latitude: -26º47'35.16 
Longitude: -49º04'59.88 
p/ t ≤ 120 minutos 
K m d n 
660,0 0,1764 8,1 0,6648 
Fonte: adaptado de SNIRH (acesso em: 29 de maio de 2014) e BACK (2002). 
 
 
11 
 
Para o cálculo da intensidade da chuva utilizada na fórmula do método 
racional, utiliza-se a seguinte equação IDF: 
𝐼 =
𝐾. 𝑇𝑚
(𝑡 + 𝑑)𝑛
 
Onde: 
 i = intensidade da chuva (mm/h); 
 T = período de retorno (anos); 
 t = tempo de concentração acumulado (min); 
 K, m, d, n = parâmetros da equação determinados para o local. 
3.5 DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES 
A partir da intensidade calculada no primeiro trecho de cada uma das 
três seções, pôde-se determinar a vazão fórmula do método racional, 
apresentada abaixo. 
𝑄 =
𝐶 × 𝑖 × 𝐴
3600
 
Onde: 
 Q = vazão no trecho analisado (l/s); 
 C = coeficiente de escoamento superficial ponderado na área 
contribuinte do trecho; 
 i = intensidade de chuvas na área contribuinte do trecho (mm/h); 
 A = área contribuinte (m²). 
Os tempos de concentração acumulados apenas puderam ser calculados 
após o método iterativo utilizado para cálculo dos diâmetros e os demais itens, 
como demonstrado nos tópicos posteriores a este. Porém, os valores corretos 
já estão apresentados na tabela 4 a seguir. 
12 
 
Tabela 4 – Cálculo das vazões a partir do método racional. 
TRECHO 
L 
(m) 
ÁREA (m²) C tc 
(min) 
i 
(mm/h) 
Q (l/s) 
Trecho Acumulada Trecho Médio 
PV01 - 1597,89 1597,89 0,497 0,497 - - - 
PV01 - PV02 52,52 1500,4 3098,29 0,497 0,497 5,00 134,86 57,68 
PV02 - PV03 69,51 2142,84 5241,13 0,533 0,512 5,39 132,27 98,54 
PV03 - PV04 26,83 680,74 5921,87 0,533 0,514 5,86 129,28 109,34 
PV04 - PV05 68,09 2898,96 8820,83 0,515 0,514 6,07 128,02 161,37 
PV05 - PV06 47,97 746,41 9567,24 0,533 0,516 6,58 125,05 171,44 
PV06 - PV07 33,62 1059,99 10627,23 0,587 0,523 7,11 122,11 188,52 
PV07 - PV08 46,21 1601,88 12229,110,587 0,531 7,47 120,25 217,05 
PV08 - PV09 52,81 1819,59 14048,7 0,587 0,539 7,95 117,84 247,66 
 
TRECHO 
L 
(m) 
ÁREA (m²) C tc 
(min) 
i 
(mm/h) 
Q (l/s) 
Trecho Acumulada Trecho Médio 
PV10 - 804,93 804,93 0,587 0,587 - - - 
PV10 - PV11 12,08 846,14 1651,07 0,533 0,559 5,00 134,86 34,59 
PV11 - PV12 24,59 3745,58 5396,65 0,533 0,541 5,16 133,78 108,51 
PV12 - PV13 24,51 8151,49 13548,14 0,497 0,515 5,40 132,21 256,01 
PV13 - PV14 36,31 3154,42 16702,56 0,443 0,501 5,59 130,97 304,46 
PV14 - PV15 49,82 6307,75 23010,31 0,443 0,485 6,00 128,40 398,16 
PV15 - PV16 46,22 5599,62 28609,93 0,443 0,477 6,47 125,67 476,26 
PV16 - PV17 55,60 5854,32 34464,25 0,443 0,471 6,91 123,20 555,65 
 
TRECHO 
L 
(m) 
ÁREA (m²) C tc 
(min) 
i 
(mm/h) 
Q (l/s) 
Trecho Acumulada Trecho Médio 
PV18 - PV19 67,7 11798 11798,03 0,443 0,443 5,00 134,86 195,79 
PV19 - PV20 71,64 14005,3 25803,35 0,533 0,492 5,35 132,52 467,19 
PV20 - PV21 41,93 2802,6 28605,95 0,533 0,496 5,74 130,00 512,23 
PV21 - PV22 42,36 1509,48 30115,43 0,533 0,498 5,99 128,46 534,89 
Fonte: autor. 
3.6 DIMENSIONAMENTO DA REDE DE MICRODRENAGEM 
3.6.1 Determinação das cotas, das declividades e do recobrimento 
(profundidades) 
Primeiramente, foram determinadas as declividades dos greides, a partir 
de análise do desenho em planta, o qual conta com curvas de nível que 
permitem tal análise. A fórmula abaixo representa o cálculo necessário para 
sua determinação. 
13 
 
𝐼𝑔𝑟𝑒𝑖𝑑𝑒 =
𝐶𝑇𝑀 − 𝐶𝑇𝐽
𝐿
 
Onde: 
 Igreide = declividade do greide no trecho analisado (m/m ou %); 
 CTM = cota do terreno no ponto do poço de visita à montante (m); 
 CTJ = cota do terreno no ponto do poço de visita à jusante (m); 
 L = comprimento do trecho estudado (m). 
Com todas as cotas e declividades do terreno em mãos, pode-se 
implementar tais dados em um desenho de perfil dos trechos estudados. 
As declividades da rede, em comparação às declividades dos greides, 
implicam em diferenças mínimas ou desprezíveis de recobrimento ao longo 
das galerias, como será demonstrado posteriormente. 
Sob profundidade de pelo menos 1,10 m abaixo da cota do terreno, 
foram alocados os poços de visita. Isto garantiu que as galerias dimensionadas 
possuissem o mínimo recobrimento preconizado pela fórmula a seguir: 
𝑅 =
𝐷
2
+ 0,40 𝑚 
Onde: 
 R = recobrimento (m); 
 D = diâmetro da tubulação (m) 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Tabela 5 – Cotas de terreno (CT), de galerias (CC) e profundidades de galerias (PC). 
TRECHO L (m) 
CTM 
(m) 
CTJ (m) 
PCM 
(m) 
PCJ (m) 
CCM 
(m) 
CCJ (m) 
PV01 - - 38,1 - - - - 
PV01 - PV02 52,52 38,1 35,2 1,10 1,10 37,00 34,10 
PV02 - PV03 69,51 35,2 32,3 1,10 1,10 34,10 31,20 
PV03 - PV04 26,83 32,3 31,5 1,10 1,10 31,20 30,40 
PV04 - PV05 68,09 31,5 29,8 1,10 1,10 30,40 28,70 
PV05 - PV06 47,97 29,8 29,4 1,10 1,10 28,70 28,30 
PV06 - PV07 33,62 29,4 29,1 1,10 1,10 28,30 28,00 
PV07 - PV08 46,21 29,1 28,7 1,10 1,10 28,00 27,60 
PV08 - PV09 52,81 28,7 28,3 1,10 1,10 27,60 27,20 
 
TRECHO L (m) 
CTM 
(m) 
CTJ (m) 
PCM 
(m) 
PCJ (m) 
CCM 
(m) 
CCJ (m) 
PV10 - - 28,1 - - - - 
PV10 - PV11 12,08 28,1 27,9 1,10 1,10 27,00 26,80 
PV11 - PV12 24,59 27,9 27,5 1,10 1,10 26,80 26,40 
PV12 - PV13 24,51 27,5 27,1 1,10 1,10 26,40 26,00 
PV13 - PV14 36,31 27,1 26,9 1,10 1,10 26,00 25,80 
PV14 - PV15 49,82 26,9 26,5 1,10 1,10 25,80 25,40 
PV15 - PV16 46,22 26,5 26,4 1,10 1,30 25,40 25,10 
PV16 - PV17 55,60 26,4 26,4 1,30 1,60 25,10 24,80 
 
TRECHO L (m) 
CTM 
(m) 
CTJ (m) 
PCM 
(m) 
PCJ (m) 
CCM 
(m) 
CCJ (m) 
PV18 - PV19 67,7 33,5 29,5 1,10 1,10 32,40 28,40 
PV19 - PV20 71,64 29,5 27,4 1,10 1,10 28,40 26,30 
PV20 - PV21 41,93 27,4 26,5 1,10 1,10 26,30 25,40 
PV21 - PV22 42,36 26,5 26,3 1,10 1,20 25,40 25,10 
Fonte: autor. 
3.6.2 Determinação dos diâmetros e dos tempos de escoamento 
Com os recobrimentos determinados, têm-se automaticamente as cotas 
das galerias e suas declividades, calculadas através da fórmula abaixo: 
𝐼𝑔𝑎𝑙𝑒𝑟𝑖𝑎 =
𝐶𝐶𝑀 − 𝐶𝐶𝐽
𝐿
 
 
15 
 
Onde: 
 Igaleria = declividade da galeria no trecho analisado (m/m ou %); 
 CCM = cota da galeria no ponto do poço de visita à montante (m); 
 CCJ = cota da galeria no ponto do poço de visita à jusante (m); 
 L = comprimento do trecho estudado (m). 
Considerando que a lâmina da água deva atingir no máximo 80% do 
diâmetro da galeria em estudo, foi imposto o valor 0,34066 a partir da tabela 
de Cordero (2013): 
𝑄 × 𝑛
𝐷
8
3⁄ × 𝐼𝑔𝑎𝑙𝑒𝑟𝑖𝑎
1
2⁄
= 0,34066 
Onde: 
 Q = vazão no trecho analisado (m³/s); 
 n = coeficiente de rugosidade da galeria (adotado o do concreto: 
0,016); 
 D = diâmetro da galeria no trecho (m); 
 I = declividade do trecho da galeria (m/m). 
Isolando o “D” da fórmula acima, encontra-se o valor do diâmetro 
calculado. Porém, há valores da dimensão limitados para as tubulações no 
mercado. Por isso, o diâmetro adotado de cada trecho de galeria foi o valor de 
diâmetro comercial imediatamente superior ao valor do diâmetro calculado. 
Com o novo diâmetro adotado em mãos, deve-se aplicá-lo novamente na 
fórmula citada acima. O valor encontrado deve ser encontrado na tabela de 
Cordero (2013) e conferir os valores da altura da lâmina da água (h/D) e da 
área molhada dividida pelo diâmetro ao quadrado (A/D²). Caso o valor não 
exista na tabela, deve se encontrar os dois valores vizinhos e utilizar o sistema 
16 
 
de interpolação para que se possa encontrar os valores acima mencionados 
correspondentes. 
Com o valor de “A/D²”, pode-se determinar a área molhada da galeria. A 
partir da mesma, com o valor da vazão em mãos, determina-se a velocidade 
do fluxo da água na tubulação, com a fórmula abaixo. 
𝑄 = 𝑣 × 𝐴 
Onde: 
 Q = vazão no trecho analisado (m³/s); 
 v = velocidade da água no trecho (m/s); 
 A = área molhada da galeria no trecho (m²). 
Dividindo o comprimento do trecho pela velocidade encontrada, tem-se 
o tempo que a uma partícula de água demora de sua montante à jusante, ou 
seja, o tempo de escoamento da água no trecho. Este tempo é somado ao 
tempo de concentração acumulado anterior e assim sucessivamente. 
Esse processo foi repetido para todos os trechos estudados, como 
verificado na tabela 6. 
Os tempos de concentração acumulados adquiridos a partir dos tempos 
de escoamento obtidos se encontram na tabela 4 apresentada anteriormente. 
 
17 
 
 
Tabela 6 – Planilha utilizada para cálculo iterativo dos diâmetros as galerias e dos tempos 
de escoamento. 
TRECHO 
I 
greide 
I 
galeria 
D (cm) 
calculado 
D (cm) 
adotado 
(Q*n)/(D8/3*I1/2) h/D A/D² 
A 
(m²) 
v 
(m/s) 
tesc 
(min) 
PV01 - - - - - - - - - - 
PV01 - PV02 5,52% 5,52% 19,56 40 0,04522 0,25732 0,15993 0,026 2,25 0,39 
PV02 - PV03 4,17% 4,17% 25,20 40 0,08886 0,3654 0,25056 0,040 2,46 0,47 
PV03 - PV04 2,98% 2,98% 27,91 40 0,11664 0,42377 0,31677 0,051 2,16 0,21 
PV04 - PV05 2,50% 2,50% 33,38 40 0,18812 0,56035 0,4529 0,072 2,23 0,51 
PV05 - PV06 0,83% 0,83% 41,95 50 0,19074 0,56522 0,45773 0,114 1,50 0,53 
PV06 - PV07 0,89% 0,89% 42,92 50 0,20275 0,58758 0,47983 0,120 1,57 0,36 
PV07 - PV08 0,87% 0,87% 45,51 50 0,23701 0,65242 0,54272 0,136 1,60 0,48 
PV08 - PV09 0,76% 0,76% 49,03 50 0,28910 0,76128 0,64154 0,160 1,54 0,57 
 
TRECHO 
I 
greide 
I 
galeria 
D (cm) 
calculado 
D (cm) 
adotado 
(Q*n)/(D8/3*I1/2) h/D A/D² 
A 
(m²) 
v 
(m/s) 
tesc 
(min) 
PV10 - - - - - - - - - - 
PV10 - PV11 1,66% 1,66% 20,24 40 0,04952 0,26951 0,17066 0,0271,27 0,16 
PV11 - PV12 1,63% 1,63% 31,17 40 0,15671 0,50165 0,39435 0,063 1,72 0,24 
PV12 - PV13 1,63% 1,63% 42,99 50 0,20360 0,58915 0,48138 0,120 2,13 0,19 
PV13 - PV14 0,55% 0,55% 56,23 60 0,25630 0,69052 0,5785 0,208 1,46 0,41 
PV14 - PV15 0,80% 0,80% 57,94 60 0,27761 0,7353 0,61898 0,223 1,79 0,46 
PV15 - PV16 0,22% 0,65% 64,49 70 0,24484 0,66769 0,55718 0,273 1,74 0,44 
PV16 - PV17 0,00% 0,54% 70,74 80 0,21944 0,618878142 0,510447311 0,327 1,70 0,54 
 
TRECHO 
I 
greide 
I 
galeria 
D (cm) 
calculado 
D (cm) 
adotado 
(Q*n)/(D8/3*I1/2) h/D A/D² 
A 
(m²) 
v 
(m/s) 
tesc 
(min) 
PV18 - PV19 5,91% 5,91% 30,54 40 0,14837 0,48581 0,37851 0,061 3,23 0,35 
PV19 - PV20 2,93% 2,93% 48,26 50 0,27723 0,73444 0,61823 0,155 3,02 0,39 
PV20 - PV21 2,15% 2,15% 52,96 60 0,21844 0,61698 0,5086 0,183 2,80 0,25 
PV21 - PV22 0,47% 0,71% 66,27 70 0,26325 0,70476 0,59157 0,290 1,85 0,38 
Fonte: autor. 
 
3.6.3 Cotas das valas, dos fundos dos poços de visita e volumes de escavação 
As valas tiveram suas cotas calculadas conforme a fórmula abaixo. 
𝐶𝑉 = 𝐶𝑇 − 𝑃𝐶 − 𝐷 − 0,2 
18 
 
 
Onde: 
 CV = cota da vala à montante ou jusante (m); 
 CT = cota do terreno à montante ou jusante (m); 
 PC = profundidade da galeria à montante ou jusante (m); 
 D = diâmetro da galeria (m); 
As cotas dos fundos dos poços de visita foram calculados pela fórmula: 
𝐶𝑃𝑉 = 𝐶𝐶𝑀 − 𝐷 
Onde: 
 CPV = cota do fundo do poço de visita (m); 
 CCM = cota da galeria à montante (m); 
 D = diâmetro da galeria (m); 
O volume de escavação se dá como visto na fórmula abaixo. 
𝑉𝑒𝑠𝑐 = (𝐷 + (2 × 0,2)) × 𝐿 × ((
𝑃𝐶𝐽 + 𝑃𝐶𝑀
2
) + 0,2) 
Onde: 
 Vesc = volume escavado (m³); 
 D = diâmetro da galeria (m); 
 L = comprimento do trecho (m); 
 PCJ = profundidade da galeria à justante (m); 
 PCM = profundidade da galeria à montante (m); 
Os valores obtidos se encontram na tabela 7. 
 
19 
 
Tabela 7 – Cotas das valas (CV), dos fundos dos poços de visita (CPV) e volumes de 
escavação. 
TRECHO CVM (m) CVJ (m) CPV (m) Vesc (m³) 
PV01 - - - - 
PV01 - PV02 36,40 33,50 36,60 95,59 
PV02 - PV03 33,50 30,60 33,70 126,51 
PV03 - PV04 30,60 29,80 30,80 48,83 
PV04 - PV05 29,80 28,10 30,00 123,92 
PV05 - PV06 28,00 27,60 28,20 99,78 
PV06 - PV07 27,60 27,30 27,80 69,93 
PV07 - PV08 27,30 26,90 27,50 96,12 
PV08 - PV09 26,90 26,50 27,10 109,84 
 
TRECHO CVM (m) CVJ (m) CPV (m) Vesc (m³) 
PV10 - - - - 
PV10 - PV11 26,40 26,20 26,60 21,99 
PV11 - PV12 26,20 25,80 26,40 44,75 
PV12 - PV13 25,70 25,30 25,90 50,98 
PV13 - PV14 25,20 25,00 25,40 84,97 
PV14 - PV15 25,00 24,60 25,20 116,58 
PV15 - PV16 24,50 24,20 24,70 129,42 
PV16 - PV17 24,10 23,80 24,30 201,83 
 
TRECHO CVM (m) CVJ (m) CPV (m) Vesc (m³) 
PV18 - PV19 31,80 27,80 32,00 123,21 
PV19 - PV20 27,70 25,60 27,90 149,01 
PV20 - PV21 25,50 24,60 25,70 98,12 
PV21 - PV22 24,50 24,20 24,70 114,37 
Fonte: autor. 
3.7 SARJETAS E BOCAS DE LOBO 
As sarjetas e bocas de lobo são dispositivos utilizados para a coleta das 
águas urbanas oriundas do escoamento superficial. Seu objetivo é coletar e 
transferir a água às galerias e, por consequência, à rede de microdrenagem, 
através de subcoletores conectados aos poços de visita. 
 
20 
 
3.7.1 Sarjetas 
Primeiramente, as áreas de contribuição utilizadas para o 
dimensionamento da rede de microdrenagem foram reaproveitadas, apenas 
descartando a parte delas que ficam além de 30 metros das bordas da rua – 
onde ficarão locadas as sarjetas. 
As áreas são divididas então em 2, uma de cada lado da rua. Os lados 
direito e esquerdo foram adotados conforme sentido do fluxo das águas pelas 
galerias. 
Com as áreas determinadas, deve-se mais uma vez utilizar o método 
racional (fórmula abaixo) para o cálculo das vazões contribuintes de cada 
trecho entre os poços de visita – afinal, de cada lado do poço de visita serão 
locadas bocas de lobo ao longo da sarjeta, como será mostrado 
posteriormente. 
Os tempos de concentração adotados foram de 5 minutos, pois os 
trechos e suas áreas contribuintes foram relativamente pequenas. Através de 
análise empírica da relação com o dimensionamento da rede de 
microdrenagem, conclui-se que os tempos de concentração não passariam de 
5 minutos. O período de retorno adotado é de 2 anos (para microdrenagem) e 
os parâmetros da região foram os mesmos adotados para o dimensionamento 
da rede de microdrenagem. 
𝑄 =
𝐶 × 𝑖 × 𝐴
3600
 
Onde: 
 Q = vazão no trecho analisado (l/s); 
 C = coeficiente de escoamento superficial na área contribuinte do 
trecho; 
 i = intensidade de chuvas na área contribuinte do trecho (mm/h); 
 A = área contribuinte (m²). 
21 
 
O coeficiente de escoamento superficial adotado foi de 0,60, por razões 
de segurança aos cálculos. Assim, garante-se as capacidades de vazão 
encontradas pelos dispositivos. 
Tabela 8 – Vazões contribuintes às sarjetas. 
TRECHO L (m) C 
Área Lado Esq. 
(m²) 
Área Lado Dir. 
(m²) 
Qesq 
(l/s) 
Qdir 
(l/s) 
PV01 - PV02 52,52 0,6 434,64 1065,76 9,77 23,95 
PV02 - PV03 69,51 0,6 646,09 1496,75 14,52 33,64 
PV03 - PV04 26,83 0,6 361,26 319,48 8,12 7,18 
PV04 - PV05 68,09 0,6 986,13 1912,84 22,16 42,99 
PV05 - PV06 47,97 0,6 387,56 358,85 8,71 8,07 
PV06 - PV07 33,62 0,6 391,84 668,14 8,81 15,02 
PV07 - PV08 46,21 0,6 580,49 1021,39 13,05 22,96 
PV08 - PV09 52,81 0,6 568,03 1251,57 12,77 28,13 
 
TRECHO L (m) C 
Área Lado Esq. 
(m²) 
Área Lado Dir. 
(m²) 
Qesq 
(l/s) 
Qdir 
(l/s) 
PV10 - PV11 12,08 0,6 235,45 371,38 5,29 8,35 
PV11 - PV12 24,59 0,6 385,87 894,06 8,67 20,10 
PV12 - PV13 24,51 0,6 231,2 1038,03 5,20 23,33 
PV13 - PV14 36,31 0,6 215,84 1047,71 4,85 23,55 
PV14 - PV15 49,82 0,6 384,09 1588,41 8,63 35,70 
PV15 - PV16 46,22 0,6 526,76 1527,8 11,84 34,34 
PV16 - PV17 55,60 0,6 571,87 2122,53 12,85 47,71 
 
TRECHO L (m) C 
Área Lado Esq. 
(m²) 
Área Lado Dir. 
(m²) 
Qesq 
(l/s) 
Qdir 
(l/s) 
PV18 - PV19 67,7 0,6 693 2293,2 15,58 51,54 
PV19 - PV20 71,64 0,6 984,69 2176,64 22,13 48,92 
PV20 - PV21 41,93 0,6 508,31 1323,6 11,43 29,75 
PV21 - PV22 42,36 0,6 548,04 961,43 12,32 21,61 
Fonte: autor. 
O tipo de sarjeta adotado foi o de sarjeta composta, onde a faixa 
inundada abrange anto a sarjeta quanto parte da pista. 
 
 
22 
 
Figura 1 – Corte genérico de sarjeta composta. 
 
Fonte: Pinheiro (2014). 
As capacidades de vazão das sarjetas foram encontradas através da 
fórmula abaixo. As variáveis presentes na fórmula estão representadas no 
desenho da figura 2. 
𝑄 = 0,375 × 𝑦
8
3⁄ × (
𝑧
𝑛
) × √𝐼 
Onde: 
 Q = vazão efetiva da sarjeta (m³/s); 
 y = altura da lâmina da água (m); 
 z = número de partes horizontais a cada parte vertical; 
 n = coeficiente de rugosidade (0,016); 
 I = declividade longitudinal da sarjeta (m/m). 
 
 
 
 
 
23 
 
Figura 2 – Variáveis utilizadas no cálculo da vazão efetiva da sarjeta. 
 
Fonte: Pinheiro (2014). 
Como a sarjeta utilizada é composta, deve-se fazer o cálculo de vazão 
de sarjeta mostrado anteriormente três vezes, conforme na figura acima. Após 
isto, pôde-se determinar a vazão final pela fórmula: 
𝑄0 = 𝑄1 − 𝑄2 + 𝑄3 
Onde: 
 Q0 = vazão efetiva da sarjeta (l/s); 
 Q1 = vazão da primeira seção da sarjeta (l/s); 
 Q2 = vazão da segunda seção da sarjeta (l/s); 
 Q3 = vazão da terceira seção da sarjeta (l/s). 
Para a procedência dos cálculos, a sarjeta foi adotada com 60 
centímetros de largura e 10% de declividade vertical. Também foram 
considerados60 centímetros da invasão da água sobre a pista, cuja declividade 
vertical ficou em 2%. 
Quanto à declividade longitudinal, deve-se adotar um fator de redução 
que se multiplica à vazão efetiva calculada, obedecendo-se os critérios da 
tabela 9. 
24 
 
Tabela 9 – Fatores de redução conforme declividade longitudinal da sarjeta. 
Declividade longitudinal da sarjeta Fator de redução 
 até 5% 0,50 
6% 0,40 
8% 0,27 
10% 0,20 
Fonte: Pinheiro (2014). 
Com os dados gerados acima, pôde-se determinar os próximos itens 
referentes ao dimensionamento das sarjetas, incluindo a altura da lâmina da 
água, calculada a partir das declividades verticais da sarjeta e da rua, a largura 
da sarjeta e o comprimento de invasão da água sobre a pista. 
 Tabela 10 – Dimensionamento da sarjeta. 
TRECHO 
I 
sarjeta 
y1 z1 y2 z2 Q1 Q2 Q3 Qtotal Fator de 
redução 
Qfinal 
(m) 10% (m) 2% (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) 
PV01 - PV02 5,52% 0,072 10 0,012 50 49,41 2,08 0,42 51,07 0,4 20,43 
PV02 - PV03 4,17% 0,072 10 0,012 50 42,95 1,81 0,36 44,40 0,5 22,20 
PV03 - PV04 2,98% 0,072 10 0,012 50 36,31 1,53 0,31 37,53 0,5 18,77 
PV04 - PV05 2,50% 0,072 10 0,012 50 33,23 1,40 0,28 34,34 0,5 17,17 
PV05 - PV06 0,83% 0,072 10 0,012 50 19,20 0,81 0,16 19,85 0,5 9,92 
PV06 - PV07 0,89% 0,072 10 0,012 50 19,86 0,84 0,17 20,53 0,5 10,27 
PV07 - PV08 0,87% 0,072 10 0,012 50 19,56 0,82 0,16 20,22 0,5 10,11 
PV08 - PV09 0,76% 0,072 10 0,012 50 18,30 0,77 0,15 18,92 0,5 9,46 
 
TRECHO 
I 
sarjeta 
y1 z1 y2 z2 Q1 Q2 Q3 Qtotal Fator de 
redução 
Qfinal 
(m) 10% (m) 2% (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) 
PV10 - PV11 1,66% 0,072 10 0,012 50 27,06 1,14 0,23 27,97 0,5 13,98 
PV11 - PV12 1,63% 0,072 10 0,012 50 26,82 1,13 0,23 27,72 0,5 13,86 
PV12 - PV13 1,63% 0,072 10 0,012 50 26,86 1,13 0,23 27,77 0,5 13,88 
PV13 - PV14 0,55% 0,072 10 0,012 50 15,61 0,66 0,13 16,13 0,5 8,07 
PV14 - PV15 0,80% 0,072 10 0,012 50 18,84 0,79 0,16 19,48 0,5 9,74 
PV15 - PV16 0,22% 0,072 10 0,012 50 9,78 0,41 0,08 10,11 0,5 5,06 
PV16 - PV17 0,50% 0,072 10 0,012 50 14,87 0,63 0,13 15,37 0,5 7,68 
 
TRECHO 
I 
sarjeta 
y1 z1 y2 z2 Q1 Q2 Q3 Qtotal Fator de 
redução 
Qfinal 
(m) 10% (m) 2% (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) 
PV18 - PV19 5,91% 0,072 10 0,012 50 51,11 2,15 0,43 52,83 0,4 21,13 
PV19 - PV20 2,93% 0,072 10 0,012 50 36,00 1,51 0,30 37,21 0,5 18,61 
PV20 - PV21 2,15% 0,072 10 0,012 50 30,81 1,30 0,26 31,84 0,5 15,92 
PV21 - PV22 0,47% 0,072 10 0,012 50 14,45 0,61 0,12 14,94 0,5 7,47 
Fonte: autor. 
25 
 
O valor de declividade longitudinal da sarjeta grifado (0,5% do trecho 
PV16 – PV17) difere da declividade do greide, pois foi ajustado. O greide neste 
trecho não possui declividade, logo o dimensionamento da sarjeta seria 
impossível. 
3.7.2 Bocas de lobo 
As bocas de lobo são utilizadas para coletar a água excedente às sarjetas. 
Cada lado da rua possui sarjeta e cada trecho da sarjeta deve possuir um 
número específico de bocas de lobo. Este número é calculado pela fórmula 
abaixo, sendo que o denominador da equação deve ser o valor mínimo entre 
as duas vazões. 
𝑁𝐵𝐿 =
𝑄𝑎
𝑚í𝑛(𝑄𝐵𝐿; 𝑄𝑠)
 
Onde: 
 Qa = vazão contribuinte à sarjeta (l/s); 
 QBL = vazão efetiva da boca de lobo (l/s); 
 Qs = vazão efetiva da sarjeta (l/s). 
Deduzindo-se da fórmula acima, o número de bocas de lobo aumenta 
conforme a vazão escolhida ao denominador diminui. Isso se dá pois a vazão 
no denominador da equação representa a capacidade do dispositivo. Para 
efeitos acadêmicos, a tabela de cálculo do número de bocas de lobo deste 
trabalho apresenta os dois números calculados – com a vazão efetiva da sarjeta 
e com a vazão efetiva da boca de lobo. A partir dos dois números, escolhe-se 
então o maior, respeitando a fórmula apresentada acima. 
O tipo de boca de lobo adotado foi a de guia. Tendo isso em vista, o fator 
de redução que deve multiplicar a vazão efetiva da boca de lobo encontrada 
deve ser igual a 0,80. A única dimensão utilizada para o cálculo é a abertura 
da boca na guia, a qual foi adotado o valor de 70 centímetros. O cálculo da 
vazão efetiva da boca de lobo de guia foi feito pela fórmula abaixo. 
26 
 
𝑄 = 1,703 × 𝐿 × 𝑦
3
2⁄ 
Onde: 
 Q = vazão efetiva da boca de lobo (m³/s) 
 L = largura da abertura da boca na guia (m); 
 y = altura da lâmina da água (m). 
As informações utilizadas no cálculo da vazão efetiva da boca de lobo 
se encontram na tabela 11, enquanto que a determinação do número de bocas 
de lobo por trecho se encontra na tabela 12. 
Deve-se notar que, no lado direito dos trechos PV15 – PV16 e PV16 – 
PV17, o número mínimo de bocas de lobo em cada um seriam de 7, 
arredondado-se os valores calculados. Porém, o número máximo de bocas de 
lobo interligadas que desaguam em um poço de visita não pode ultrapassar 4. 
Logo, o número adotado foi de 4 em ambos os trechos. Como não há 
continuidade da rede de microdrenagem após o poço de visita 17 – por as 
águas urbanas desaguarem no ribeirão próximo –, não existe a necessidade da 
utilização de bocas de lobo a mais nos trechos subsequentes. 
 Tabela 11 – Determinação da vazão efetiva da boca de lobo. 
Boca de Lobo 
L (m) 0,7 Qfinal 
y (m) 0,072 (l/s) 
Fator de redução 0,8 18,42 
Fonte: autor. 
 
 
 
 
 
27 
 
 Tabela 12 – Determinação do número de bocas de lobo. 
 
Nº de bocas de lobo calculado Nº de bocas de lobo 
adotado 
 
 ESQUERDA DIREITA 
TRECHO 
Quant. Quant. Quant. Quant. L 
TRECHO 
(m) 
Quant. Quant. 
Sarjeta BL Sarjeta BL Esq. Dir. 
PV01 - PV02 0,48 0,53 1,17 1,30 52,52 2 2 
PV02 - PV03 0,65 0,79 1,52 1,83 69,51 2 2 
PV03 - PV04 0,43 0,44 0,38 0,39 26,83 1 1 
PV04 - PV05 1,29 1,20 2,50 2,33 68,09 3 3 
PV05 - PV06 0,88 0,47 0,81 0,44 47,97 2 2 
PV06 - PV07 0,86 0,48 1,46 0,82 33,62 2 2 
PV07 - PV08 1,29 0,71 2,27 1,25 46,21 3 3 
PV08 - PV09 1,35 0,69 2,97 1,53 52,81 3 3 
 
TRECHO 
Quant. Quant. Quant. Quant. L 
TRECHO 
(m) 
Quant. Quant. 
Sarjeta BL Sarjeta BL Esq. Dir. 
PV10 - PV11 0,38 0,29 0,60 0,45 12,08 1 1 
PV11 - PV12 0,63 0,47 1,45 1,09 24,59 2 2 
PV12 - PV13 0,37 0,28 1,68 1,27 24,51 2 2 
PV13 - PV14 0,60 0,26 2,92 1,28 36,31 3 3 
PV14 - PV15 0,89 0,47 3,67 1,94 49,82 4 4 
PV15 - PV16 2,34 0,64 6,79 1,86 46,22 4 4 
PV16 - PV17 1,67 0,70 6,21 2,59 55,60 4 4 
 
TRECHO 
Quant. Quant. Quant. Quant. L 
TRECHO 
(m) 
Quant. Quant. 
Sarjeta BL Sarjeta BL Esq. Dir. 
PV18 - PV19 0,74 0,85 2,44 2,80 67,7 3 3 
PV19 - PV20 1,19 1,20 2,63 2,66 71,64 3 3 
PV20 - PV21 0,72 0,62 1,87 1,61 41,93 2 2 
PV21 - PV22 1,65 0,67 2,89 1,17 42,36 3 3 
Fonte: autor. 
3.8 DISSIPADORES DE ENERGIA 
Para que se evite o acúmulo de energia no deságue de cada seção da rede 
de microdrenagem, foram preconizadas bacias de amortecimento como 
dissipadores de energia em cada ponto de deságue, como está detalhado nos 
anexos ao final do trabalho. 
 
28 
 
4 CONCLUSÃO 
Este trabalho foi desenvolvido a partir das lições teóricas fornecidas 
pelo professor, observações práticas e estudos externos às bibliografias do 
gênero. 
As redes de microdrenagem são indispensáveis ao desenvolvimento de 
um centro urbano. A falta de estrutura para conter as águas urbanas pode 
resultar em catástrofes que abrangem desde os danos materiais até 
casualidades humanas. 
O dimensionamento apresentado neste trabalho se deu à uma rede de 
microdrenagem fictícia para a rua Alfredo Demm, no bairro Itoupava Central, 
na cidade de Blumenau. Pelos estudos feitos relacionados à situação da rua, a 
mesma foi considerada parte de uma zona que varia de rurala brandamente 
urbanizada. Esta determinação foi essencial aos cálculos para o 
dimensionamento da rede. 
Pôde-se constatar a complexidade exigida num trabalho de 
dimensionamento como este. Por isso, é óbvia a necessidade de profissionais 
comprometidos a este tipo de trabalho de engenharia. 
Apesar de serem necessários engenheiros capacitados ao 
dimensionamento e execução de uma rede de microdrenagem, existem outros 
fatores – como o político – que interferem à aplicação do sistema. O estudo 
minucioso das normas que preconizam o mínimo necessário para cada quesito 
do trabalho não valem de nada quando os seus executores pecam por falta de 
recursos. 
Porém, há de se acreditar que a situação no Brasil está melhorando com 
o aumento da fiscalização durante a execução de tais sistemas. 
 
29 
 
REFERÊNCIAS 
PINHEIRO, Adilson. Dissipadores de energia. Apostila. Disponível em: 
<www.furb.br/ava>. Acesso em: 14 de junho de 2014. 
 
_____. Microdrenagem. Apostila. Disponível em: <www.furb.br/ava>. Acesso 
em: 29 de maio de 2014. 
 
30 
 
ANEXOS

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