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trabalho grupo 6 semestre

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................ 3
DESENVOLVIMENTO..................................................................... 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 7
REFERÊNCIAS................................................................................ 8 
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INTRODUÇÃO
 O congresso nacional decreta e o presidente da república ,LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, sanciona a seguinte lei de 10.639/03,que entra em vigor em: de 09 de janeiro de 2003 tornando obrigatória a inclusão do ensino sobre história e cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio das escolas brasileiras públicas e particulares. Esta foi uma conquista do movimento negro que, há muito tempo, lutava por uma valorização das origens étnicas do povo brasileiro. Esta Lei 10.639/03 traz para o âmbito escolar, a importante discussão das relações raciais no Brasil e o combate ao racismo. 
 A educação é um mecanismo transformador; de um povo, e a escola de forma democrática, pode e deve promover a formação de hábitos, valores e comportamentos que respeitem as diferenças, combatendo o racismo e promovendo a igualdade de oportunidades entre os negros e não negros do país.
 Combater o preconceito dentro das salas de aula é um dos maiores desafios para os professores ; além de mediar situações de conflitos entre os estudantes , os docentes tem de desconstruir suas próprias pré-noções sobre a cultura afro descendente.
Há muito que discutir sobre essa Lei, muitas são as dúvidas referentes a seu cumprimento e há falhas em sua estrutura, mas não podemos esquecer que a criação da Lei 10.639/03 foi o primeiro passo a caminho de uma sociedade inclusiva.
DESENVOLVIMENTO
A Lei 10639/03 determina a obrigatoriedade de estudos relacionados à História e Cultura Afro-Brasileira nos diferentes níveis de ensino da educação básica e estabelece como conteúdo programático nas disciplinas do currículo “o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e políticas pertinentes a história do Brasil” (BRASIL, 2003, p.1). Para cumprir os conteúdos programáticos, vêm os desafios do ensino e da formação dos professores, pois a temática implica em enfrentar e desconstruir o mito da democracia racial, tratando de forma adequada as questões raciais existentes na escola e principalmente em sala de aula. O que exige dos docentes conhecimento e formação específica para que se possa fundamentar e executar seu planejamento, que deve ser conduzido com o devido cuidado para não difundir algumas “verdades” prontas aos alunos, principalmente quando se trata de contar a história de uma determinada etnia. O preconceito, muitas vezes, é fruto de julgamentos, de opiniões fundamentadas em informações incorretas, ou da falta deles. Através da sua práxis, o docente deve promover atividades que ajudem a refletir sobre atitudes positivas para a construção da dignidade pessoal, da identidade racial e de respeito às diferenças. 
 A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da lei.
 Sabemos que somente uma Lei não irá mudar a realidade do país, mas o silêncio que reinou durante décadas dentro da Escola sobre a questão do negro, também não resultou em mudanças. O nosso sistema educacional ainda esta em fase de desenvolvimento e o avanço na qualidade educacional tem estreita relação com a construção de pedagogias que reconheçam a diversidade étnica e racial, buscando a desconstrução do discurso e de práticas presentes nos currículos escolares exclusivamente a partir da escravidão. Acreditamos que a obrigatoriedade dos conhecimentos africanos e afro-brasileiros estabelece as bases para a desconstrução de um imaginário social que percebe o negro e demais raças como pessoas inferiores e desprovidas de conhecimentos, grupos que são responsabilizados pela pobreza social, mas que na verdade são mantidos num estado de pobreza econômica, social e cultural. Assim, reafirmamos que a educação étnica e racial forma pessoas que possam respeitar a liberdade e tenham apreço à tolerância.
 Desta forma, a Educação exerce um papel determinante para o agravamento e superação deste quadro, como aponta Pereira “Nesse cenário, a Escola se torna, inevitavelmente, um lugar privilegiado que reflete, através de diferentes perspectivas, o rico e desafiador enredo das relações sociais” (PEREIRA, 2007; p. 15). A escola neste ponto é compreendida como o berço dos conflitos e a Lei 10.639/03, jamais pode ser vista como mera obrigação ou carga de conteúdo.
 A influência que este assunto e lei causam em sala de aula é ponto chave para estimular docentes e discentes na discussão do assunto, pois gera no professor a segurança para discutir o problema, já que há uma lei que o auxilia neste processo. A Resolução Nº 1 de 17/06/2004 CNE/CP em seu Art 2º que estabelece: § 1º A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da lei.
 Apesar de muitos materiais didáticos sobre o assunto terem sido produzidos e, revisões nos conteúdos serem realizadas a fim de desenvolver a prática pedagógica sem as deturpações que fizeram parte do estudo da África nas escolas durante anos, ainda não há uma coerência entre a teoria e a prática no que diz respeito a essa lei.
 Ao estudar as questões raciais, deve-se atentar para visualizá-las com consciência e dignidade, enfatizando as contribuições sociais, econômicas, culturais, seus pontos positivos e negativos, experiências e valores
 É fundamental fazer com que o assunto não seja estudado esporadicamente ou de maneira isolada. A questão racial pode e deve ser assunto para todas as disciplinas, inclusive a de Ciências, que traz reflexões sobre a formação do ser humano como sujeito de respeito e de direito. Através de uma visão crítica e equilibrada da situação problema enfrentada no cotidiano de racismo, discriminação, inferiorização e marginalização do sujeito pelo preconceito racial, as ciências contribuem para construção de contextos colaborativos de aprendizagem, através de pesquisas, projetos, depoimentos, trabalhos em grupo e outras situações que promovem a construção da identidade étnico racial, cumprindo os pressupostos da Lei para uma sociedade mais justa e feliz.
 Para cumprir com os conteúdos programáticos determinados pela Lei 10.639/03 vêm os desafios do ensino e da formação dos professores, pois a temática implica em enfrentar e desconstruir o mito da democracia racial, tratando de forma adequada as questões raciais existentes na escola e principalmente em sala de aula.
 Todo esse trabalho passa pela ação-reflexão-ação. A aprendizagem científica ocorre quando há transformação dos conceitos prévios dos alunos.
 O ensino de ciências é um meio eficiente e abrangente para trabalhar educação, a questão racial, cidadania, e assuntos que sejam familiares às crianças, levando-as a conhecer,interpretar e modificar a sociedade em que vive. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Lei 10.639/03 propõe políticas de ações afirmativas de reconhecimento e valorização da história, cultura e identidade afro-brasileira. Para que haja uma educação de qualidade e sem discriminações, deve-se ter o cuidado de não tratar com superficialidade, banalizando ou folclorizando a cultura afro-brasileira. É importante que o professor saiba lidar positivamente com esses desafios, pois além do conhecimento, ele precisa ter sensibilidade para tornar relevante para todos o legado deixado pelos africanos e compreender os valores, as lutas ,os medos e as injustiças vividas pelos negros. 
 O desafio é a construção de uma sociedade mais justa e menos discriminatória, para que, enfim, as diferenças sejam respeitadas.
Por tudo isso é que dizemos que as diferenças, mais do que dados da natureza, são construções sociais, culturais, políticas e identitárias. Aprendemos, desde criança, a olhar, identificar e reconhecer a diversidade cultural e humana. Contudo, como estamos imersos em relações de poder e de dominação política e cultural, nem sempre percebemos que aprendemos a classificar não somente como uma forma de organizar a vida social, mas também como uma maneira de ver as diferenças e as semelhanças de forma hierarquizada e dicotômica: perfeições e imperfeições, beleza e feiúra, inferiores e superiores. Esse olhar e essa forma de racionalidade precisam ser superados.
REFERÊNCIAS
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BARROS, José Márcio. Ensino de história e cultura africana e afro-brasileira. Belo Horizonte. PUC Minas. Virtual,2006.
ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro. Belo Horizonte. Mazza Edições.
BOBBIO, Norberto et al. Dicionário de política. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1992.
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BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília. MEC/SEPPIR/CNE., 2004. BRASIL. Implementação das diretrizes curriculares para a educação das relações étnico raciais e o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação profissional e 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília. MEC/SEPPIR/CNE., 2004. 
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BLOCK, Ana Maria Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo, Editora Saraiva, 1997.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
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LETÍCIA JENIFFER DOS SANTOS
MEIRE APARECIDA VIANA TRINDADE
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A importância da lei 10.639/2003 em sala de aula
Contagem
2017
AURELIANA GOMES
LETÍCIA JENIFFER DOS SANTOS
MEIRE APARECIDA VIANA TRINDADE
SANDRA DE ABREU COTA SENA
SHEILA SERAFIM DA CRUZ BATISTA
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