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Estudo Dirigido Gestão da sala de aula e violência e indisciplina

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DISCIPLINA: DIDÁTICA
ATIVIDADES: GESTÃO DA SALA DE AULA, VIOLÊNCIAS E INDISCIPLINA
Estas atividades devem ser respondidas com base nas discussões realizadas em sala de aula e nos materiais que foram disponibilizados (slides, vídeos, textos, etc)
Observe o quadro abaixo e reflita a respeito das possíveis inter-relações que possam existir entre cada um dos termos apresentados.
Em seguida, preencha o quadro com o que se pede: 
	
	Indisciplina
	Violência
	Bullying
	Incivilidade
	
Cite 2 causas
	Falta de interesse dos pais em acompanhar a vida escolar dos filhos.
Falta de autoridade do professor, de controle.
	Conviver em um ambiente agressivo, internaliza essas informações e vai exteriorizar tendo atitudes de agressividade.
Presença de drogas, armas de fogo e armas brancas,no ambiente e no entorno da escola.
	Falta de compreensão ou empatia.
Inveja ou frustração.
Estímulo exagerado à competitividade.
Ausência de limites.
	Ausência da influência educativa da família, por suposta responsável pela socialização primária dos seus filhos e pela sua formação nos esquemas básicos de civilidade.
Comportamento contrário às normas de convivência em grupo e a falta de respeito ao outro.
	Formule um conceito
	É o não-cumprimento de regras; é rebeldia
contra qualquer regra construída; é desrespeito aos princípios de convivência
combinados, sem uma justificativa viável; é o não-cumprimento de regras criando
transtornos; é a incapacidade de se organizar e de se relacionar de acordo com normas e
valores estabelecidos por um grupo.
	Quando um indivíduo impõe a sua força, o seu poder e o seu status contra outro indivíduo, de forma a prejudicá-lo, maltratá-lo ou abusar dele física ou psicologicamente, direta ou indiretamente, sendo a vítima inocente de qualquer argumento ou justificativa que o indivíduo violento apresente de forma cínica e indesculpável.
	Compreende todas as atitudes agressiva,
intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou
mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima
	Ameaças contra a ordem
estabelecida, transgredindo códigos
elementares da vida em sociedade, o
código de boas maneiras.
	Dê 2 exemplos
	Alunos inquietos
Depredação
 
	Vandalismo 
Física: Agressões com objetos
	Físico: socos e chutes.
Verbal: insultos e apelidos.
	 Palavras ofensivas
Brincadeiras de mau gosto.
	Sugira 2 ações de intervenção ou prevenção 
	Boa gestão da sala de aula por parte do professor.
Desenvolver um bom relacionamento interpessoal.
Necessidade de regras e cumprimento das mesmas .
	 Debate com a comunidade escolar, sobre fatores culturais, sociais, econômicos e outros.
Colocar os monitores ou vigilantes na cantina, no recreio, e em outras zonas de risco. 
Introduzir e manter matérias de educação em valores, e intervir de uma forma rápida, direta e contundente no caso de haver suspeita de agressão escolar.
	Recorrer a questionários, check lists, entrevistas individuais ou coletivas.
Palestras sobre o tema.
	Mobilizar os alunos não envolvidos, mas que são testemunhas, no sentido de não rirem, não encorajarem ou assistirem passivamente a situações de maus tratos.
Os pais acompanharem as atividades cotidianas de seus filhos, diálogo entre eles, e impondo limites.
A escola de alguma maneira alertar aos pais a respeito das incivilidades dos seus filhos.
 
– No vídeo de Joe Garcia sobre indisciplina na escola, como autor define indisciplina e quais as causas estão na sua origem? O que deve ser feito, segundo ele, para lidar com os casos de indisciplina na escola?
Indisciplina é uma transgressão das regras que organizam as relações pedagógicas e orientam as situações de aprendizagem na escola, é uma ruptura do contrato social da aprendizagem (afeta as condições da aprendizagem, o que foi combinado sobre como seria essa aprendizagem e que tipo de aprendizagem é esperada). A indisciplina, portanto, afeta a estabilidade do tecido de relações pedagógicas e pode gerar implicações sobre a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem.
	Segundo Joe Garcia pode-se reunir em dois grupos as causas possíveis para indisciplina em função das suas origens. Um desses grupos engloba as causas consideradas externas à escola. Tais causas incluem, por exemplo, a violência social (quanto mais o mundo se torna violento menos cooperativo é o ambiente escolar), a influência da mídia e o ambiente familiar (irritações, carências, violências). Sob a perspectiva dessas causas, a indisciplina na escola seria reflexo de questões e conjunturas mais amplas que atravessam a sociedade.
O segundo grupo de causas engloba aquelas encontradas no próprio ambiente escolar. Aqui podemos destacar, por exemplo, a qualidade do currículo, a relação professor-aluno, a motivação do aluno, bem como a própria clareza quanto à disciplina esperada em sala de aula.
	Para lidar com os casos de indisciplina em primeiro lugar é preciso considerar as circunstâncias da indisciplina, o que acontece, como acontece, com quem acontece. Os sujeitos segundo ponto importante quem são as pessoas envolvidas, mas não só pra culpabilizar, e sim para conhecer o sujeito que a pratica, de forma a entender como pensa, como foi educado, quais seus princípios e ideias, porque agem assim. Em terceiro lugar considerar as perspectivas, os porquês segundo os alunos, professores, começar a ter um olhar mais amplo, aceitar a visão dos alunos não somente dos professores. Avaliar a aprendizagem no currículo. Os educadores terem um foco importante no acontecimento, uma atitude correta. O modo de lidar com o acontecimento precisa preservar as pessoas, lembrar sempre que a intervenção em caso de indisciplina tem como objetivo restaurar as condições de aprendizagem e as condições de vida em sala de aula. Criar contratos sociais com os alunos, logo no início do ano letivo, com normas que satisfaçam a todos, e criar vínculos afetivos e respeitosos com alunos e com a equipe pedagógica, realização de assembleias nas escolas, para que os alunos debatam sobre a escola, sala de aula, sobre relacionamento em sala de aula, a qualidade das aulas, qualidade da dedicação dos mesmos em sala de aula.
– Assista ao vídeo de Celso Vasconcelos sobre a gestão da sala de aula e elabore uma síntese do conteúdo desse vídeo. A seguir, faça o seu comentário sobre o conteúdo apresentado. (Até 20 linhas)
O autor discute a gestão da sala de aula como algo que precisa ser refletida por professores, coordenadores, destacando: A valorização do professor como sujeito.
O conceito de Zona de autonomia relativa: trata-se de um espaço circular entre o limite interno e externo.
	 O limite interno é o das pessoas e da instituição. É nesse espaço que está a liberdade. Isso implica: respeitar o conhecimento prévio do aluno, história de vida, definir objetivos e conteúdo que lhe sejam adequados, conquistar o aluno para a aprendizagem, etc. Isso depende do professor e de mais ninguém.
	No limite externo encontra-se a Escola, o Estado, a família, a mídia. Sendo assim, a sala de aula é o local onde as coisas acontecem na escola, ou não. 
O trabalho com o conhecimento – O professor deve desenvolver sua capacidade de estabelecer relações interpessoais sadias. Isso se faz, ouvindo o aluno e fazendo-o sentir-se respeitado.
	A disciplina em sala de aula está ligada ao clima em sala de aula. Se ocorre um envolvimento pessoal do professor com as peculiaridades da turma o clima fica mais amistoso, e isso permite a aproximação do professor. Organização da coletividade – É função do professor criar condições para que a aprendizagem ocorra. O aluno não vem pronto de casa, disciplinado e querendo aprender. É o professor que tem que despertar o desejo de aprender. Esclarecer para o aluno para que ele está na escola. Resgatar o sentido da escola. Fazer coletivamente o contrato didático “ o combinado”e depois levá-lo a sério. A disciplina não se opõe a liberdade – Desde que ela seja construída a partir de regras estabelecidas coletivamente. 	Reconhece-se que existe a responsabilidade do Estado, da família, dos governantes, mas não se pode negar a responsabilidade da escola e do professor diante dos resultados da educação.
 A construção do conhecimento não está acontecendo nas escolas brasileiras. A construção do conhecimento tem três dimensões conforme a metodologia dialética do conhecimento em sala de aula que se sustenta em 3 pontos básicos:
 1 – Para o aluno aprender ele tem que querer. Para isso ele deve ser desafiado, motivado.
 2- Para o aluno aprender ele tem que agir – Construir conhecimento, analisar, investigar.
 3- Para o aluno aprender ele tem que expressar – Expressão é síntese do conhecimento.
É fundamental saber expressar o conhecimento adquirido. O autor ressalta ainda questões que só ocorrem no cotidiano pedagógico: O problema do imprint escolar – O professor é o único profissional que rejeita o conhecimento científico de sua profissão: a didática, porque julga que já sabe, porque aprendeu sendo aluno. Ledo engano “ o professor acha que sabe”. Enfrentamento de desafios – Piaget, propõe a sanção por reciprocidade – Que é o castigo que tem a ver com o delito cometido que leva a reflexão. Essa visão de disciplina está contemplada no ECA, isto é, com respaldo legal. Também deve estar prevista no PPP da escola, para evitar problemas com os pais. Discute-se também algo muito comum em nosso meio: Como o coordenador pode enfrentar a resistência dos colegas.
 Infelizmente existem muitos profissionais estagnados diante da ineficiência da educação oferecida e contraditoriamente ainda resistem a mudança. Sugere-se não se preocupar demais com estes colegas, eles não tem nada a oferecer. Não se deve esquecer daqueles que querem fazer a diferença, estes que valem a pena.
4– O que é e como se faz uma boa gestão de sala de aula?
A gestão de classe consiste em um conjunto de regras e de disposições necessárias para criar e manter um ambiente ordenado favorável tanto ao ensino quanto à aprendizagem, ações tomadas pelos professores para criar um ambiente que apoia e facilita a aprendizagem tanto acadêmica quanto social e emocional. Possui dois objetivos distintos: não busca apenas estabelecer e sustentar um local organizado de forma que os alunos se envolvam com a aprendizagem acadêmica, mas visa também à promoção do desenvolvimento moral e social dos estudantes.
	Para se realizar uma boa gestão é necessário o uso de estratégias específicas do início do ano, e também estratégias prévias à condução das atividades em sala de aula, estratégias para estruturar o início da aula; para manter um ritmo adequado de aula; estratégias de vigilância e controle dos comportamentos; estratégias conducentes a relações interpessoais positivas, explicação de regras e quais as advertências,compreender a natureza das diferenças entre os alunos; estar aberto e disponível para a aprendizagem; criar situações que aproximem, o mais possível, "versão escolar" e "versão social" das práticas e conhecimentos que se convertem em conteúdo na escola;
5 – Analise as situações abaixo e descreva, para cada uma delas, quais ações você desenvolveria, caso fosse o professor que vivenciou a situação, para intervir no problema e prevenir novas ocorrências:
A – Conversas paralelas, dispersão; o professor entra em sala e é como não tivesse entrado; dá a lição e a maioria não faz; alunos não trazem o material e se negam a participar da aula; parece que nada interessa [...] pintam carteiras com líquido corretor, escrevem nas paredes; sentam de qualquer jeito na carteira; passam a perna no colega; entram sem pedir licença; querem ir toda hora ao banheiro; respondem ironicamente; saem quando toca o sinal e o professor ainda está explicando; no meio da explicação se levantam e falam com o outro (AQUINO, 2002).
Primeiramente procuraria saber o porquê da desordem, com uma postura firme, estabeleceria regras coletivamente levando-o a sério, sugeriria colocar uma caixa de “reclamações, queixas etc” na sala. Logo após elaboraria algumas questões pertinentes relacionadas ao cotidiano deles e ao conteúdo que iria abordar neste dia, realizaria uma aula dinâmica, inserindo também a importância do ensino, prendendo a atenção dos alunos e estando aberto para ouví-los e acompanhando o processo de aprendizagem dos mesmos.
B – Eu sou Lorena e estou aqui para falar de um caso de bullying com um colega meu que todos dizem ser gay. Todos os dias os garotos abusam dele e o chamam de várias coisas horríveis. Por exemplo: “frango”, “boiola”, “fresco”, “gay”, “dorme na caixa” e várias outras coisas. Ele fica tão triste que às vezes chora. Um dia ele vinha andando e as meninas fizeram um corredor e quando ele passou as garotas bateram nele. Ele com medo pediu para a mãe dele para nunca mais ir à escola e nem sair de casa. Ele ficou tão traumatizado que ele e sua família se mudaram. Seu nome era Tel. 
Primeiramente eu chamaria atenção em relação aos termos ditos (“frango”, “boiola”, “fresco”, “gay”, “dorme na caixa), a palavra gay não é xingamento, pois não tem nada de errado ser gay. Errado é usar isso de forma depreciativa. Segundo, tem que ter provas sobre o que se comenta. Abordar temas curriculares contextualizados segundo os dilemas da cidadania contemporânea, em particular aqueles relativos aos direitos humanos (preconceito, desigualdade, injustiça, etc.).
Sugerir para que a coordenação da escola, realize um projeto contra a homofobia, machismo etc..
Convidar os pais, sempre que possível, a participar de um bate-papo sobre homofobia e diversidade sexual em sala de aula com os estudantes. (Isso vai depender da coordenação da escola).
Promover um debate franco sobre a necessidade de se respeitar as diferentes orientações sexuais.
No caso da vítima, pediria auxílio para uma psicóloga (se tiver na escola), realizar acompanhamento. No caso dos agressores também acompanhamento psicológico para avaliar as causas desses atos.

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