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CAPÍTULO 11 Distúrbios Respiratórios Dislúrbios Agudos ência Respiratória OMe de Angústia Respiratória Aguda uile Aguda oeurnonío eumonia por Aspiração Embolia Pulmonar .,. berculose ETRIZES DE PROCEDIMENTO 1 1 . 1 : Teste Cutâneo de Tuberculina (PPD) Pleurisia Derrame Pleural Abscesso Pulmonar Câncer de Pulmão (Câncer Broncogênico) Distúrbios Crônicos Bronquiectasia Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Cor Pulmonale Doença Pulmonar Intersticial (Fibrose Pulmonar) Fibrose Pulmonar Idiopática Sarcoidose e Outras Doenças do Tecido Conjuntivo Doenças Pulmonares Ocupacionais Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Doença Pulmonar Intersticial Distúrbios Traumáticos Pneumotórax Lesões Torácicas DISTÚRBIOS AGUDOS INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA A insuficiência respiratória refere-se a urna alteração na função do sistema de troca gasosa, que provoca queda do nível de oxigênio arterial (Pao) abaixo de 60 mmHg (hipoxernia) e/ou elevação do nível de dióxido de carbono arterial (Paco) acima de 50 mmHg (hí- percapnia), conforme determinado pela gasometria arterial (GA). A insuficiência respiratória é classificada em aguda, crônica ou aguda e crônica combinada. Classificacão lnsuficilncia Respiratória Aguda 1. Caracterizada por hipoxernia (Pao 2 inferior a 50 rnmHg) e/ou hipercapnia (Paco, superior a 50 rnrnHg) e acidose (pH abaixo de 7,35). · 2. Ocorre rapidamente, em geral dentro de poucos minutos a vá-. rias horas ou dias. Insuficiência Respiratória Crônica 1. Caracterizada por hipoxernia (diminuição da Pao) e/ou hiper- capnia (aumento da Pac0J, com pH normal (7,35 a 7,45). 2. Ocorre dentro de um período de vários dias a meses até anos, possibilitando a ativação dos mecanismos compensatórios, incluindo retenção de bicarbonato com normalização do pH. Insuficiência Respiratória Aguda e Crônica Combinada 1. Caracterizada por aumento abrupto no grau de hipoxemia e/ou hipercapnia em pacientes com insuficiência respiratória crônica preexistente. 2. Pode ocorrer após infecção aguda das vias respiratórias supe- riores, pneumonia ou exacerbação, ou sem nenhuma causa ób- via. 3. A extensão da deterioração é mais bem avaliada comparando- se a GA atual do paciente com os valores prévios (condição basal do paciente). 272 Fisiopatologia e Etiologia Insuficiência Respiratória Hipoxêmica Caracterizada por uma redução da Pao 2 e Paç 02 normal ou dimi- nuída. l. O problema primário consiste na incapacidade de oxigenaçã adequada do sangue, resultando em hipoxernia. 2. A hipoxernia ocorre devido à lesão da membrana alveolocap1- lar, que provoca extravasamento de líquido no espaço intersti- cial ou nos alvéolos, diminuindo ou impedindo o movimenr de oxigênio dos alvéolos para o sangue capilar pulmonar. a. Tipicamente, essa lesão é disseminada, resultando em venti lação deficiente ou ausência de ventilação em muitas área. do pulmão. b. As consequências consistem em grave desequilíbrio de ven- tilação-perfusão e shunt. 3. A hipocapnia pode resultar de hipoxemia e da diminuição complacência pulmonar. O líquido no interior dos pulmões toma menos complacentes ou mais rígidos. a. A alteração da complacência estimula, de modo reflexo, aumento da ventilação. b. A ventilação também aumenta a resposta à hipoxernía. c. Por fim, se o tratamento não for bem-sucedido, a Pac 0 ~ ir. aumentar, e o paciente irá apresentar aumento da Pa redução da Pao 2 • 4. A etiologia inclui: a. Edema pulmonar cardiogênico (insuficiência cardíaca es querda, estenose mitral). b. Síndrome de angústia respiratória aguda (SARA). As cai, sas subjacentes da SARA consistem em choque de qualq etiologia; causas infecciosas, corno sepse por rnicrorganismc Gram-negativos, pneumonia virai, pneumonia bacterianz traumatismo, como embolia gordurosa, traumatismo e nioencefálico, traumatismo pulmonar; aspiração de líqui gástrico, quase afogamento; inalação de toxinas, como o gênio em altas concentrações, fumaça, substâncias quím. cas corrosivas; condições hematológicas, corno transfusõ maciças, pós-derivação cardiopulmonar; e distúrbios me bélicos, corno pancreatite, urernia. DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS uficiência Ventilatória com Pulmões Normais cteriza-se por uma diminuição da Pao,, elevação da Pac0, e ução do pH. · · O problema primário consiste em estimulação insuficiente do centro respiratório ou movimento deficiente da parede torá- cica, com consequente hipoventilação alveolar. _ Ocorre hipercapnia, visto que o comprometimento da fun- ção neuromuscular ou da expansão da parede torácica limita a quantidade de dióxido de carbono eliminada dos pulmões. a. O problema primário não reside nos pulmões. A ventilação minuto ( volume corrente [V T] multiplicado pelo número de respirações por minuto) do paciente não é suficiente para possibilitar uma troca gasosa alveolar normal. O dióxido de carbono (C01) não eliminado pelos pulmões com- bina-se com água (H10) para formar ácido carbônico (H2C03). Isso predispõe à acidose e queda do pH. - Ocorre hipoxemia em consequência da ventilação inadequada e hipercapnia. Quando a Paco, aumenta, a Pao, cai, a não ser que sejam acrescentadas quantidades aumentadas de oxigênio ao ar inspirado. - A etiologia inclui: a: Atividade insuficiente do centro respiratório (intoxicação medicamentosa, como superdosagem de opioides, anestesia geral; distúrbios vasculares, como insuficiência avascular cerebral, tumor cerebral; traumatismo, como traumatismo cranioencefálico, elevação da pressão intracraniana). b. Função deficiente da parede torácica (doença neuromus- cular, como síndrome de Guillain-Barré, miastenia gravis, esclerose lateral amiotrófica, poliomielite; traumatismo da parede torácica, resultando em múltiplas fraturas, trauma- tismo raquimedular; cifoescoliose). ficiência Ventilatória com Doença Pulmonar Intrínseca cterizada por uma redução da Paa 2 , aumento da Pac02 e dirni- ção do pH. O problema primário consiste em exacerbação aguda ou pro- gressão crônica de doença pulmonar preexistente, resultando em retenção de C02• _ Ocorre hipercapnia, visto que a lesão do parênquima pulmonar e/ou obstrução das vias respiratórias limitam a quantidade de C02 removida pelos pulmões. a. O problema primário consiste em doença pulmonar preexis- tente - geralmente bronquite crônica, enfisema ou asma grave. Isso limita a remoção de C01 dos pulmões. O C02 não eliminado pelos pulmões combina-se com H20, formando H2C03. Isso predispõe à acidose e a uma queda do pH. ~ Ocorre hipoxemia em consequência da hipoventilação e hi- percapnia. Além disso, a lesão do parênquima pulmonar e/ou a obstrução das vias respiratórias limitam a quantidade de oxi- gênio que penetra no sangue capilar pulmonar. A etiologia inclui: a. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (bronquite crônica, enfisema). b. Asma grave. c. Fibrose cística. \1 nifestações Clínicas Hipoxemia - inquietação, agitação, dispneia, desorientação, confusão, delirium, perda da consciência' .., Hipercapnia -,cefaleia, sonolência, tontura, confusão. 'I:. 3. Inicialmente, taquipneia; a seguir, quando o organismo não é mais capaz de compensar, bradipneia 4. Uso dos músculos acessórios 5. Respirações assincrônicas ~ ALERTA DE ENFERMAGEM O~ter.a ga~ometria arter}al sempre ~ que a anamnese ou os sinais e sintomas sugerirem que o paciente corre risco de desenvolver insuficiência respiratória. Os valores iniciais e subsequentes devem ser registrados, de modo que possam ser efetuadas comparações com o decorrer do tempo. A necessidade de análise da gasometria arterial pode ser diminuída com o uso de um oxímetro para monitoramentocontínuo da saturação de oxigênio (Sa02). Correlacionar os valores do oxímetro com os da gasometria arterial e, a seguir, utilizar o oxímetro para monitoramento. Estar atento para o fato de que a oximetria não mede a Paco, e o pH, que constituem importantes determinantes da acidose respiratória. Avaliação Diagnóstica 1. Gasometria arterial - mostra alterações na Pao 2 , na Pac02 e no pH em relação aos valores normais do paciente; ou Pa0, infe- rior a 50 mmHg, Pac02 acima de 50 mmHg e pH de menos de 7,35. 2. Oximetria de pulso - declínio da S3D,. 3. Monitoramento do C02 no final do .;olume corrente - eleva- do. 4. Hemograma completo, eletrólitos séricos, radiografia de tó- rax, exame de urina, eletrocardiograma (ECG), hemoculturas e culturas de escarro - para estabelecer a causa subjacente e a condição do paciente. Tratamento 1. Oxigenoterapia para corrigir a hipoxemia. 2. Mudar regularmente a posição do paciente e mobilizá-lo quando clinicamente estável para melhorar ·a ventilação e a oxigena- ção. 3. Broncodilatadores e, possivelmente, corticosteroides para re- duzir o broncospasmo e a inflamação. 4. Diuréticos para a congestão vascular pulmonar e o edema pul- monar. 5. Ventilação mecânica, quando indicado. A ventilação compres- são positiva não invasiva, utilizando uma máscara facial, pode constituir uma opção bem-sucedida para suporte a curto prazo da ventilação. ~ ALERTA DE ENFERMAGEM Evitar a administração de fração de ~ oxigênio inspirado (Fl0,) de 100% a pacientes com DPOC, visto que isso pode deprimir o centro respiratório. Para pacientes com DPOC, o impulso para a respiração pode ser a hipoxemia. Complicações 1. Intoxicação por oxigênio se houver necessidade prolongada de F10, elevada. • 2. Ba;otrauma devido à intervenção com ventilação mecânica. Avaliação de Enfermagem Ver Diretrizes de Padrões de Cuidados. 1. Observar a presença de alterações sugerindo aumento do tra- balho respiratório (dispneia, taquipneia, sudorese, retração dos músculos intercostais, fadiga) ou edema pulmonar (cre- pitação ou estertores finos ou grosseiros, escarro rosado es- pumoso). e pocientes com risco de comprometimento ;om:illr::ioo, considerar as seguintes avaliações e intervenções: poro o estado do paciente ao iniciar os cuidados, que possam ser efetuadas comparações com cões subsequentes. • 1:::re-JU• um exame sistemático completo, incluindo eslodo mental, sinais vitais, estado respiratório e estado cardiovascular. • Documentar a condição do paciente para manter um registro -isondo a continuidade dos cuidados. • Procurar sinais de hipoxia quando se constata a presença de ansiedade, inquietação, confusão ou agressão de início recente. Não administrar sedativos, a não ser que a hipoxia tenha sido excluída através de avaliação respiratória. • Notificar o médico apropriado sobre os achados significativos de hipoxia - cianose, palidez perioral, respirações rápidas e superficiais, sons respiratórios anormais, alteração do comportamento ou do nível de consciência (NC). Solicitar uma avaliação e intervenção do médico, quando indicado. • Ter extrema cautela na administração de sedativos e opioides a pacientes com risco de comprometimento respiratório. Essa informação serve apenas como orientação geral. Cada paciente apresenta um conjunto único de fatores clínicos e requer um discernimento poro a orientação de cuidados de enfermagem, que pode incluir medidas e abordagens adicionais ou alternativas. 2. Avaliar os sons respiratórios. a. A diminuição/ausência de sons sugere incapacidade de ven- tilar os pulmões o suficiente para impedir a atelectasia. b. As crepitações podem indicar limpeza ineficaz das vias res- piratórias, presença de líquido nos pulmões. c. Os sibilos indicam estreitamento das vias respiratórias e broncospasmo. d. Os roncos e as crepitações sugerem limpeza ineficaz das se- creções. 3. Avaliar o nível de consciência (NC) e a capacidade de tolerar um aumento no trabalho respiratório. a. A ocorrência de confusão, letargia, respiração superficial rápida, respiração paradoxal abdominal (movimento da pa- rede abdominal para dentro durante a inspiração) e as re- trações intercostais sugerem uma incapacidade de manter a ventilação minuto adequada. 4. Verificar a presença de sinais de hipoxemia e hipercapnia. 5. Analisar a gasometria arterial e comparar os resultados com valores prévios. a. Se o paciente não consegue manter uma ventilação minuto suficiente para impedir a retenção de C02, observa-se uma queda do pH. b. Pode ser necessária uma ventilação mecânica ou ventilação não invasiva se o pH cair para 7 ,30 ou menos. 6. Determinar a capacidade vital (CV) e a frequência respiratória e comparar os resultados com os valores que indicam a neces- idade de ventilação mecânica: a. CV< 15 mP./kg b. Frequência respiratória > 30 incursões/min c. Força inspiratória negativa < -15 a - 25 cm H20 d. Hipoxia refratária 7. Determinar o estado hemodinâmico (pressão arterial [PA]. frequência cardíaca, pressão pulmonar de encunhamenro, dé- bito cardíaco, Sv02) e comparar os resultados com os valores anteriores. Se o paciente estiver em ventilação mecânica com pressão expiratória final positiva (PEEP), o retorno venoso pode estar limitado, resultando em diminuição do débito cardíaco. Diagnósticos de Enfermagem • Comprometimento da Troca Gasosa, relacionada com a ativida- de inadequada do centro respiratório ou comprometimento d •.. movimento da parede torácica, obstrução das vias respiratória, e/ou líquido nos pulmões • Limpeza Ineficaz das Vias Respiratórias, relacionada com aurnent ou viscosidade das secreções Intervenções de Enfermagem Melhorando a Troca Gasosa l. Administrar oxigênio para manter a Pa0, em 60 mmHg ou Sa acima de 90%, utilizando dispositivos que forneçam conce:: trações aumentadas de oxigênio ( máscara de aerossol, máscara com reinalação parcial, unidirecional). 2. Administrar antibióticos, medicamentos cardíacos e diurétic - conforme prescrição, para o distúrbio subjacente. 3. Monitorar o equilíbrio hídrico através da determinação da e gesta e eliminação, peso diário e medição direta da pressã capilar pulmonar em cunha para detectar a presença de hip volemia ou hipervolemia. 4. Providenciar medidas para impedir a atelectasia e promover expansão do tórax e a eliminação das secreções, conforme - licitado (espirômetro de incentivo, nebulização, elevação cabeceira do leito a 30ºC, mudança frequente de decúbito paciente, levantá-lo do leito quando clinicamente estável 5. Monitorar a adequação da ventilação alveolar através de <lições frequentes da Sp01, gasometria arterial, frequência piratória e capacidade vital. 6. Comparar os valores monitorados com os critérios indica: • a necessidade de ventilação mecânica ( ver seção intiru.:.. "Avaliação de Enfermagem"). Comunicar e preparar-se p ajudar na ventilação não invasiva ou incubação e iníci ventilação mecânica, quando indicado. Manter a Limpeza das Vias Rspiratórias l. Administrar medicamentos para aumentar a ventilação ai lar - broncodilatadores para reduzir o broncospasmo, co teroides para diminuir a inflamação das vias respiratórias 2. Ensinar a respiração lenta com os lábios franzidos parar, a obstrução das vias respiratórias e melhorar eis níveis de nio. Pode-se considerar a fisioterapia respiratória para re o muco. 3. Aspirar, quando necessário, para ajudar a remover as secreç. 4. Quando o paciente se toma cada vez mais letárgico, não , segue tossir ou expectorar as secreções, nem colaborar terapia, ou se houver uma queda do pH abaixo de 7 ,30, do uso da terapia descrita, notificar e preparar-se para na incubação e iniciar a ventilação mecânica.Educação do Paciente e Manutenção da Saúde 1. Instruir o paciente com doença pulmonar preexistente curar intervenções precoces para infecções, a fim de e DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS orrência de insuficiência respiratória aguda, pneumonia e erbações. - mar o paciente sobre o esquema de medicamentos. a. Técnica correra para uso do inalador b. Dose e horário das medicações c. Monitoramento dos efeitos adversos dos corticosteroides a serem notificados ao médico: ganho de peso, devido à retenção de líquido, poliúria e polidipsia em consequência da hiperglicemia, alterações do humor, insônia, equimoses e fragilidade cutânea; alterações visuais devido a cataratas ou glaucoma. 'entacões na Saúde Pública e Domiciliar . ' L Incentivar os pacientes de risco, especialmente idosos e aque- les com doença pulmonar preexistente, a se vacinar contra a pneumonia pneumocócica e anualmente contra a gripe. a. A vacina pneumocócica tem uma eficácia de 60 a 70% na prevenção de infecções pneumocócicas bacterianas em adultos e crianças com pelo menos 2 anos de idade. b. Caso o indivíduo já tenha recebido a sua primeira vacina pneumocócica antes dos 65 anos, deve ser revacinado apó os 65, se mais de 5 anos tiverem decorrido desde a dose an- terior. _ Vacinar as-crianças com menos de 2 anos de idade e aquelas acima de 2 anos com as condições que aumentam o risco de pneumonia pneumocócica ou complicações graves, conforme recomendação dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC): a, Doença cardiovascular crônica ( incluindo insuficiência car- díaca). b. Doença pulmonar crônica (p. ex., enfisema). e. Diabetes. d. Alcoolismo. e. Doença hepática crônica (incluindo cirrose). f. Extravasamento do líquido cefalorraquidiano. g. Asplenia (incluindo asplenia funcional, como anemia fal- ciforme). h. Indivíduos imunocomprometidos (incluindo vírus da imu- nodeficiência humana [HIV]). i. Pessoas que vivem em ambientes com maior risco de doen- ça pneumocócica (nativos do Alasca, cercas populações de índios norte-americanos e residentes de asilos e instituições de cuidados prolongados). ~ lase de Evidências Centers for Diseose Control ond Preventien (2008). Voccines ond immunizotiens. Pneumececcal Vaccinotien. www.cdc.gov/voccines/vpd=voc/pneumo/defoult.htm. a Imunizar anualmente os seguintes grupos contra a influenza, de acordo com o CDC: a. Indivíduos a partir dos 50 anos de idade b. Pacientes imunocomprometidos c. Residentes de asilos ou instituições de tratamento prolon- gado d. Indivíduos com doença cardiovascular e. Pessoas .com diabetes rnelito f. Pacientes que.recebem tratamento prolongado com ácido acerilsalicílico g. Gestantes que estarão no segundo ou terceiro trimestre de gravidez durante a estação da gripe h. Profissionais de saúde i. Contatos domiciliares de indivíduos com risco para influenza 4. A vacina de vírus influenza inativado deve ser administrada a pes- soas de 6 meses a 5 anos de idade e àquelas a partir de 50 anos. 5. A vacina viva atenuada intranasal constitui uma alternativa para indivíduos de 5 a 49 anos de idade sem condições crôni- cas, HIV ou asma. [5l Base de Evidências CDC. (2008). Prevention ond centrei ef influenza - recemmendotions of lhe odvisory cemmittee en immunizotion proctices (ACIP). Disponível em: http://www.cdc.gov/flu/professionols/ocip/index.htm. [5l Avaliação: Resultados Esperados • Os valores da gasometria arterial estão dentro dos limites nor- mais do paciente • Diminuição das secreções; pulmões limpos SÍNDROME DE ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA [5l Base de Evidências Sharma, S. (2007). Clinicai evidence cencise. Acute respirotory distress syndreme. British Medico/ Journol 15:440·442. Disponível em: http://clinicolevidence.bmj.com/ceweb/conditions/ rdo/1511/1511.jsp. [5l A Si\Ri\ é uma síndrome clínica, também denominada lesão pul- monar aguda, em que ocorrem inflamação pulmonar e hipoxem.i~ grave e diminuição da complacência dos pulmões, com consequente ;;/ insuficiência de oxigenação e ventilação. A taxa de mortalidade é de 34 a 58%, porém melhora com intervenção precoce. Fisiopatologia e Enologia I. Dano pulmonar e/ou não pulmonar da membrana alveolocapilar, causando extravasamenro de líquido nos espaços intersticiais. 2. Desequilíbrio da venrilação-perfusão (V/Q), causado por deri- vação de sangue ( ver Figura 11.1, adiante). 3. As etiologias são numerosas e podem ser tanto pulmonares quanto não pulmonares. Incluem (embora não se limitem a): a. Infecções, incluindo aspiração, sepse. b. Choque (de qualquer etiologia), traumatismo, quase afo- gamento, Lesão pulmonar direta ou indireta, queimaduras, pancreatite. c. Distúrbios metabólicos, hematológicos e imunológicos. d. Agentes inalados - fumaça, alta concentração de oxigênio, substâncias corrosivas. e. Cirurgia de grande porte, incluindo enxerto com bypass da artéria coronária, embolia gordurosa ou gasosa, transplante de pulmão ou medula óssea. / Manifestações Clínicas 1. Início agudo de dispneia grave, taquipneia, taquicardia, uso dos músculos acessórios, cianose. 2. Necessidades crescentes de oxigenoterapia. Hípoxemía refra- tária à oxigenoterapia suplementar. 3. Estertores e roncos dispersos à ausculta. Avaliação Diagnóstica 1. Sinal característico da SARA consiste em formação de um shunt; a hipoxemia persiste, apesar do aumento na oxigenote- rapia. 2. Diminuição da complacência pulmonar;necessidade de pressão crescente para ventilar o paciente na ventilação mecânica. 3. A radiografia de tórax revela infiltrados bilaterais. 4. As letturas do carecer de artéria pulmonar revelam pressão de encunharnenro da artéria pulmonar> 19 mmHg, ausência de hipertensão arriai esquerda e ausência de sinais clínicos de in- sufic(ênéia cardíaca. ) ' ;II ~ • CAPÍTULO 11 Lesão inicial (p. ex., choque, aspiração, sepse, SNC) Lesão direta do epitélio alveolar Lesão do pneumócito granuloso do tipo li l Surfactante " q,:: à ~1:: " ,, 1, . Produção e liberação de substâncias vasoativas Microagregação de plaquetas, leucócitos e fibrina no pulmão 1 Hipoxia hipotalâmica ! Liberação de serotonina e proteases dos leucócitos l 1 VoNo 1 Aumento da permeabilidade - da membrana alveolocapilar Oclusão da microcirculação pulmonar "' Vasoconstrição sistémica e redistribuição do sangue no circuito pulmonar Perda da estabilidade alveolar - Hemorragia intersticial•-------• e alveolar Atelectasia focal e difusa .J l Complacência "' Hiperventilação "' Hipocapnia 1 l Mistura venosa (j Qs/Qr) "' Hipoxemia "' Vasoconstrição pulmonar FIGURA 11.1 Patogenia da SARA. Tratamento l. É preciso estabelecer a causa subjacente da SARA para iniciar o tratamento apropriado. 2. O Yr baixo por ventilação mecânica (6 mf/kg de peso corporal previsto) reduz a mortalidade em comparação com a ventilação com volume alto. Monitorar à procura de acidose respiratória. A ventilação protetora ( i. e., pressão inspiratória máxima [PIM) de < 35 cm) deve ser instituída. A PEEP deve ser usada para melhorar a Pa02. A PEEP mantém os alvéolos abertos, melho- rando, assim, a troca gasosa. Por conseguinte, pode-se utilizar uma concentração de oxigênio mais baixa (F101) para manter uma oxigenação satisfatória. 3. Deve-se manter a hidratação. O paciente pode apresentar hipovolemia devido ao movimento de líquido para o in- terstício do pulmão. O mo=itorame de ar- téria pulmonar e o uso de me icação inotrópica podem ser úteis. 4. As medicações visam tratar a causa subjacente. Os corticoste- roides não são utilizados com frequência, devido ~a acerca de seus benefícios.1 5. Deve-se iniciar precocemente uma nutrição adequada e man- tê-la. ~ ALERTA DE ENFERMAGEM O tratamento da SARA visa maximizar ~ a estabilidade clínica e o controle dos sintomas; todavia, a causa subjacente precisa ser tratada, caso contrário não haverá resolução da SARA. As medidas de suporte ajudam o paciente enquanto a causa subjacente está sendo tratada. Complicações 1. Infecções, pneumonia, sepse. 2. Complicações respiratórias, como embolia pulmonar, barotrau- ma, intoxicação por oxigênio, enfisema subcutâneo ou fibrose pulmonar. 3. Complicações GI, como úlcera de estresse, íleo paralítico. 4. Complicações cardíacas, como diminuição do débito cardíaco e arritmias. 5. Insuficiência renal, coagulação intravascular disseminada. 6. Falência múltipla de órgãos e sepse, podendo resultar em morte 7. Comprometimento cognitivo. I lntervencêes de Enfermagem Os cuidados assemelham-se aos de pacientes com insuficiência res- piratória ( ver anteriormente) e edema pulmonar (Capítulo 13 ). Ve também "Ventilação Mecânica," Capítulo 10. DISTÚRBIOS RESPIU BRONQUITE AGUDA [5l Base de Evidêndas Wark, P. 12007). Clinicai evidence concise. Acute bronchitis. British Medical Journal 15: 1996-2005. Disponível em: http:/ / clinicolevidence. bm;.com/ceweb/conditioins/rdo/1508/ 1508/isp. ó' A bronquite aguda é uma infecção do trato respiratório inferior, e geralmente constitui uma sequela aguda de infecção das vias respi- ratórias superiores. Fisiopatologia e Etiologia 1. A etiologia é primariamente virai, mas também pode ser cau- sada por agentes bacterianos. 2. As vias respiratórias tornam-se inflamadas e ímradas, com au- mento na produção de muco. Manifesta~ões Clínicas 1. Dispneia, febre, taquipneia. 2. Tosse produtiva, escarro claro ou purulento. 3. Em certas ocasiões, dor torácica pleurítica. 4. Roncos e estertores difusos à ausculta. Avalia~ão Diagnóstica l. Radiografia de tórax - ausência de sinais de infiltrados ou con- solidação. 2. Pode-se obter uma amostra de escarro para coloração pelo Gram, cultura e antibiograma, para determinar a presença de infecção bacteriana. 3. Espirornerria para determinar a capacidade vital forçada ( CVF), o volume expiratório forçado em 1 s (YEF1) e a relação VEF1/ CVF. Tratamento 1. Ancibioticoterapia, durante 7 a 10 dias, pode estar indicada para pacientes com infecção bacteriana e/ou doença pulmonar subjacente. 2. Hidratação e umídificação. 3. Intervenções para eliminação das secreções (podem incluir tosse controlada, terapia com válvula de pressão expiratória positiva [PEP], fisioterapia respiratória). 4. Broncodilatadores para o broncospasmo e tosse associada em pacientes com evidências de limitação do fluxo de ar. 5. Tratamento sintomático da febre e da tosse. Avalia~ão de Enfermagem 1. Obter a história de infecção das vias respiratórias superiores, evolução e duração dos sintomas. 2. Avaliar a intensidade da tosse e as características da produção de escarro. 3. Auscultar o tórax à procura de roncos e estertores difusos, em contraste com os estertores localizados habitualmente ouvidos na pneumonia. Diagnóstico de Enfermagem • Limpeza Ineficaz das Vias Respiratórias, relacionada com a pro- dução de escarro lnterven~ões de' Enfermagem Estabelecendo uma Limpeza Efetiva das Vias Respiratórias 1. Administrar antibióticos, conforme prescrição, ou ensinar a sua autoadministração. 2. Incentivar a mobilização das secreções através de mobilização do paciente e, possivelmente, hidratação, fisioterapia respira- tória e tosse. Ensinar ao paciente que as bebidas com cafeína ou com álcool não promovem a hidratação, em virtude de seu efeito antidiurético. 3. Quando prescrito, administrar broncodilacadores inalados, ou ensinar a sua autoadminisrração, para reduzir o broncospasmo e aumentar a eliminação das secreções. 4. Alertar o paciente quanto ao uso de supressores da tosse, anti- histamínicos e descongestionantes sem a necessidade de pres- crição médica, que podem causar ressecamento e retenção das secreções. Os preparados para alívio da tosse contendo o mu- colítico guaifenesina podem ser apropriados. Educação do Paciente e Manutenção do Saúde 1. Instruir o paciente sobre o 'esquema de medicações, incluindo o término completo do ciclo de antibióticos prescrito e os efei- tos dos alimentos sobre a absorção dos medicamentos. Se opa- ciente não estiver sendo tratado com antibióticos, tranquilizá- lo quanto ao fato de que a maioria dos indivíduos recupera-se da bronquite sem tratamento antibiótico, porém avisar o médico caso não haja melhora dos sintomas. 2. Incentivar o paciente a procurar assistência médica na presença de dispneia e agravamento de seu estado. 3. Adverrir o paciente de que a tosse seca pode persistir após a bronquite, devido à irritação das vias respiratórias. Pode ser útil ter um urnidifícador à cabeceira do leito e evitar ambientes secos. 4. Incentivar o paciente a discutir terapias complementares e al- ternativas com o médico. Algumas pessoas utilizam alho como antimicrobiano. Outros fitoterápicos que muitas pessoas con- sideram úteis para a asma e a bronquite incluem equinácea, eucalipto e tomilho; entretanto, não existe nenhum estudo definitivo que comprove o seu benefício. Como muitos fito- terápicos estão misturados com outros ingredientes e não são padronizados, não é possível garantir a sua segurança. Avaliação: Resultados Esperados • A tosse elimina efetivamente as secreções PNEUMONIA--=- 6' Base de Evidências lnfectious Disease Society of Americo/ American Thoracic Society 12007). Consensus guidelines on the management of community- acquired pneumonia in adults. Disponível em: http://www.thoracic.org/ secfions/publicofions/stotements/poges/mtpi/idsoofs-cop.html. Loeb, M. (2007). Clinicai evidence concise: Community-ocquired pneumonia. British Medical Journol 15 :447-449. Disponível em: hffp://clinicolevidence.bm;. com/ ceweb/ conditions/rdo/ 1503 / 1503. isp. ó' A pneumonia é um processo inflamatório <ll:!_e acomete as vias res- piratórias terminais e os alvéolos, causada por agentes infecciosos ( ver Ta bela 11. l, adiante). Pode ser classificada de acordo com o agente etiológico. Fisiopatologia e Etiologia é/ 1. O microrganismo tem acesso aos pulmões através da aspiração do conteúdo orofaríngeo, ~or inalação de secreções respirató- rias de indivíduos infectados, através da corrente sanguínea ou por disseminação direta Q_ara_os puh:n,õe.3. em consequência de cirurgia ou traumatismo. 2. Os fatores de risco para a pneumonia incluem tabagismo, al- coolismo, asma brônquica, imunossupressão (em decorrência "') ;.178 CAPÍTULO 11 TIPO MICRORGANISMO RESPONSÁVEL MANIFESTAÇÕES Bacteriana Pneumonia estreptocócica (pneumonia pneumocócica) 160% dos casos de pneumonia adqtiêrida na comunidade) onlo estafilocócica Pneumonia por bacilos gram- negativos entéricos Doença dos Legionários Pneumonia por Haemophilus influenzae Pneumonia por Moraxella catarrhalis • Streptococcus pneumoniae • Pode ter história pregressa de infecção respiratória • Início súbito, com tremores e calafrios • Rápida elevação da febre; taquipneia • Tosse, com expectoração de coloração ferruginosa ou esverdeada (purulento) • Dor pleurítica, agravada pela tosse • Macicez torácica à percussão; estertores, sons respirorórios brônquicos • A confusão pode ser a única manifestação inicial no paciente idoso • Staphylococcus aureus • Frequentemente, história prévio de infecção virai, especialmente influenza • Desenvolvimento insidioso de tosse, com expectoroção de muco amarelado, com estrias de sangue • O início pode ser súbito, se o paciente for ambulatorial• Febre, dor. torácica pleurítica, dispneia progressiva • O pulso varia, pode ser lento, proporcional à temperatura • Espécies de Klebsiel/a, Pseudomonas, Escherichia coli, Serratia, espécies de Proteus • Início súbito, com febre, calafrios, dispneia • Dor torácica pleurítica e produção de escarro purulento • Legionella pneumophi/a • Febre alta, calafrios, tosse, dor torácica, taquipneia • Angústia respiratória • H. influenzae • M. catarrhalis • Início abrupto de tosse, febre, calafrios, taquipneia Atípica e Não Bacteriana Pneumonia por Mycoplasma ou por clamídias (a pneumonia por Legionella também pode ser incluída nessa categoria) • Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomafis ou L. pneumophi/a · • Início gradual; cefaleia intensa; tosse seca e irritativa, com produção de escarro mucoide escasso • Anorexia; indisposição • Febre; congestão nasal; faringite Pneumonia virai • Vírus influenza • Vírus parainfluenza • Vírus sincicial respiratório • Rinovírus • Adenovírus • Varicela, sarampo, rubéola, herpes simples, citomegolovírus, vírus Epstein- Barr • Tosse • Os sintomas constitucionais podem ser pronunciados (cefaleia intensa, anorexia, febre e mialgia) CTERÍSTICAS CLÍNICAS TRATAMENTO* COMPLICAÇÕES Acomete geralmente um ou mais lobos A radiografia de tórax revela consolidação das áreas acometidas Pneumonia comum adquirida na comunidade, bem como aquela observada em residentes de asilos, alcoólatras, fumantes, indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), usuários de drogas IV, vírus de imunodeficiência humana (HIV) precoce, obstrução endobrônquica • Antibióticos macrolídios, como azitromicina ou claritromicina; doxiciclina (> 8 anos de idade); cefalosporinas orais; fluoroquinolonas respiratórias (adultos); ou cefuroxima, ceftriaxona, cefotaxima, clindamicina por via parenteral • Choque • Derrame pleural • Superinfecções • Pericardite • Otite média Normalmente observada em instituições; durante epidemia de influenza; nos usuários de drogas IV; e DPOC, tabagistas<.. bronquiectasia Essas infecções costumam levar à necrose e destruiçôo do tééíêlo pulmonar O tratamentq_precisa ser vigoroso e prolongado, devido à Tendência da doença a destruir os pulmões O microrganismo pode desenvolver rápida resistência aos medicamentos É comum haver convalescença prolongada • Vancomicina ou linezolida para S. aureus resistente à meticilina; penicilinas antiestafilocócicas, cefazolina, clindamicina, sulfametoxazol-trimetaprima (SMX-TMP) • Derrame/ pneumotórax • Abscesso pulmonar • Empiema • Meningite Em g_e_raLoc:orre infecção por aspir<1ç§&-t!a-tloro faríngea 'nos broRQuíolos Observadà"'ênLi.Qgivíduos ~O_[! doencq,,gL~ uma das causas mais comuns de pne-Um.2,ília hospitalar Gerolmente são recomendados esquemas de múltiplos medicamentos: om;ooglicosídios; cefalosporinas; e/ou peniôrina de amplo espectro resistente à penicii i nose • Para pseudomonas: betalactâmicos antipseudomonas; fluoroquinolonas, como ciproRoxacino ou levofloxacino; aminoglicosídios, como tobramicina • Necrose precoce do tecido 'pulmonar com rápida formação de abscesso • Mortalidade elevada Incidência máxima em indivíduos com mais de 50 anos de idade, tabagistas e que apresentam doenças subjacentes que aumentam a suscetibilidade à infecção, ou que fizeram uma viagem de cru.z;eiro nas últimas 2 semanas - l -- • Erilromicino 0u antibiótico macrolídio mais recenle, como claritromicina • Insuficiência respiratória Comum em tabagistas e ex-tabagistas Pode acometer adultos jovens sadios A radiografia pode revelar consolidação Frequentemente observada no início da infecção pelo HIV, podendo constituir a primeira indicação de tumor endobrônquico • Para microrganismos não produtores de betalactomase, podem-se utilizar amoxicilina, Ruoroquõnolonas, doxiciclina, macrolídios; para microrganismos produtores de betalactamase, utilizar cefalosporina de segunda ou terceira geração, clavulanato de amoxicilina. • Taxa elevada de mortalidade em pacientes com doença subjacente [côncer: DPOC) • E comum a ocorrência de derrame pleural Ocorre normalmente em_ crianças e adultos [ovens. bem como em idosos em ambientes comunitários e .h.ospital_gr,,es., -~-- - - rElevação dos anticorpos fixadores de complemento no soro dirigidos contra o microrganismo • Mais comum na DPOC e em tabagistas • Eritromicina, antibióticos macrolídios mais recentes; tetraciclina, doxiciclina • Para Mycoplasma: macrolídios, tetraciclina, fluoroquinolonas • Tosse persistente, meningoencefalite, polineurite, artrite monoarticular, pericardite, miocardite • A pneumonia por clamídias tem sido implicada em lesões ateromatosas cardíacas em alguns pacientes • Na maioria dos pacientes, a influenza começa na forma de coriza aguda e mialgias; outros apresentam bronquite e plsurite. enquanto outros, ainda, desenvojvern sintomas GI • O risco de contrair influenza está relacionado com aglomerações-e contato próximo com grupos • Tratamento sintomático • Recomenda-se a vacinação profilática para indivíduos de alto risco (acima de 65 anos de idade; doença cardíaca ou pulmonar crônica, diabetes e outros distúrbios metabólicos) • Para profilaxia ou tratamento da influenza, podem-se utilizar amantadina, oseltanavir, ou zananavir • Os indivíduos com doença subjacente correm risco aumentado de complicações; pneumonia primária da influenza; pneumonia bacteriana secundária • Superinfecção bacteriana • Pericardite • Endocardite (continua) CAPÍTULO 11 TIPO MICRORGANISMO RESPONSÁVEL MANIFESTAÇÕES Atípíca e Não Bacteriana (continuafão} Pneumonia por Pneumocystis • P. jiroveci jiroveci (PPC) • Início insidioso • Dispneia crescente e tosse não produtiva • T aquipneia; progride rapidamente para retração intercostal, batimentos das asas do nariz e cianose • Diminuição da tensão arterial de oxigênio • A radiografia de tórax revela pneumonia intersticial difusa bilateral Pneumonia fúngica • Aspergillus fumigatus • Febre, tosse produtiva, dor torácica, hemoptise • A radiografia de tórax revela uma variedade de anormalidades, desde infiltração até consolidação, cavitação e empiema *Os pacientes com PAC devem ser trotados durante 5 dias, no mínimo, e permanecer sem febre por 48 a 72 h e clinicamente estáveis antes de suspender os antibió- ticos. de esteroides, infecção pelo HIV ou outras causas), doença cardíaca ou pulmonar e idade avançada. Os pacientes com pneumonia bacteriana podem apresentar doença subjacen- te, que compromete as defesas do hospedeiro; a pneumonia surge em consequência da flora endógena do indivíduo, cuja resistência foi alterada, ou por aspiração de secreções orofa- ríngeas. a. Os pacientes imunocomprometidos incluem os que recebem corticosteroides ou agentes imunossupressores, pacientes com câncer, aqueles tratados com quimioterapia ou radio- terapia, indivíduos submetidos a transplante de órgãos, al- coólicos, usuários de drogas IV e os que apresentam do- ença pelo HIV e síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS). b. Esses indivíduos correm risco aumentado de desenvolver infecção maciça. Os agentes infecciosos incluem bacilos Oram-negativos aeróbicos e anaeróbicos; Scaphylococcus; Nocardia; fungos; Candida; vírus, como o citomegalovírus; Pneumocystis carinii (também conhecida como P. jiroveci); reativação da tuberculose (TB); e outros. 3. Quando ocorre pneumonia bacteriana no indivíduo sadio, ob- tém-se geralmente uma história de doença viralffigressa. 4. Outros fatores predisponentes incluem condições que inter- ferem na drenagem normal dos pulmões, como tumor, anes-tesia geral e imobilidade pós-operatória;. depressão do sistema nervoso_centraL(SNC)_por drogas, distúrbios neurológicos e outras condições, como alcoolismo, além de incubação ou ins- trumentação respiratória. 5. A pneumonia pode ser divi.dida..em..três_grup.os: _. a. Adquirida na comunidade, causada por diversos microrga- nismos, incluindo Streptococcus pneumoniae. -b. Hospitalar. ou.adquirída em díni~ (nosoco- mial), causada primariamente por bacilos Oram-negativos e estafilococos. ,....,- c. Pneumonia no.indivJduo-~munocomprometidQ:_ 6. Indivíduos com mais de 65 anos de idade apresentam uma ele- vadatãxa de mortalidade;·mesmo com ter~~biana a12rooriada. -- - ---- - - ~ ALERTA DE ENFERMAGEM A pneumonia recorrente indica em ~ regra uma doença subjacente, como câncer de pulmão, mieloma múltiplo ou DPOC. Manifestações Clínicas Para as formas mais comuns de pneumonia bacteriana: l. Definidas pelos sinais e sintomas clínicos (febre, taquipneia, estertores, tosse, produção de escarro, dor torácica pleurítica. com confirmação pela radiografia de tórax). 2. A dor torácica pleurítica pode ser agravada pela respiração/ tosse. 3. A dispneia e a taquipneia podem ser acompanhadas de roncos respiratórios, batimentos das asas do nariz, uso dos músculos acessórios da respiração, fadiga. 0 , 4. Pode haver taquicardia. 'O / Avaliação Diagn~s~ica 1. A radiografia de tórax revela um infiltrado discernível e presen- ça/extensão da doença pulmonar, tipicamente consolidação. 2. Coloração pelo método de Oram, cultura e antibiograma de amostra de escarro - podem ser indicados para identificar o mi- crorganismo agressor. Obter uma amostra endobrônquica dos pacientes incubados. As indicações para cultura do escarro in- cluem admissão na unidade de tratamento intensivo, fracasso dos antibióticos, lesão cavitária na radiografia de tórax, abuso ativo de álcool, doença pulmonar grave, teste de antígeno urinário de Legionella. ou pneumocócico positivo para derrame pleural. 3. A hemocultura detecta a bacteriemia ( invasão da corrente san- guínea) que ocorre na pneumonia bacteriana. 4. Os testes imunológicos detectam os antígenos microbianos no soro, no escarro e na urina. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS TRATAMENTO* COMPLICAÇÕES • Geralmente observada no hospedeira com resistência comprometida; infecção oportunista mais comum na síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) nos EUA • Os microrganismos invadem os pulmões dos pacientes que apresentam sistema imune suprimido (devido a AIDS, câncer, leucemia) ou após terapia imunossupressora para câncer, transplante de órgãos ou doença do colágeno • Frequentemente associada a infecção concomitante por vírus (citomegalovírus), bactérias e fungos • SMX-TMP; dapsona com trimetoprima [Trimpex); clindamicina com primaquina • Metanossulfonato de pentamidina • Os pacientes estão em estado crítico • Prognóstico reservado, visto que a pneumonia é habitualmente uma complicação de um distúrbio subjacente grave • Os indivíduos com neutropenia são mais suscetíveis • Pode haver desenvolvimento de Aspergillus çomo superinfecção • Frequentemen'te observada na doença tardia pelo HIV • Anfotericina B; itraconazol • Elevada taxa de_ mortalidade • Invade os vasos sanguíneos e destrói o tecido pulmonar através de invasão direta e infarto vascular Tratamento l. Terapia antimicrobiana - depende da identificação labora- torial do microrganismo responsável e de sua sensibilidade a antimicrobianos éspecíficos, ou terapia presunríva com agente apropriado nos casos mais leves. 2. Oxigenoterapia, se o paciente tiver uma troca gasosa inade- quada. 3. Os pacientes com hipoxemia ou angústia respiratória que se --:- , . mostram refratários ao oxigênio devem ser submetidos a um D1agnost1cos de Enfermagem teste terapêutico cauteloso de ventilação não invasiva, a não • Comprometimento da Troca Gasosa relacionado com a diminui- ,ser que haja necessidade de intubação inie~o à pre- ção da ventilação secundária à inflamação e infecção acometendo sença de hipoxemia grave e infiltrados bilacerais. os espaços aéreos distais 4. Ventilação com V T baixo ( 6 cc/kg de peso corporal ideal) para C • Limpeza Ineficaz das Vias Respiratórias relacionada com o excesso a pneumonia bilateral difusa ou SARA de secreções traqueobrônquicas 5. A mobilização precoce, quando o paciente está clinicamente • Dor Aguda relacionada com o processo inflamatório e com a estável, reduz a permanência na instituiçâo. dispneia · • Risco de Lesão em consequência de complicações ---- 2. Observar o paciente à procura de ansiedade, rubor, respirações superficiais, imobilidade do 1ado afetado, confusão e desoríen- ração. 3. Auscultar à procura de estertores na região afetada e sons res- piratórios brônquicos na presença de consolidação (preenchi- mento dos espaços aéreos com exsudara). Complicações / 1. Derrame pleural. 2. Hipotensão sustentada e choque, particularmente na doença bacteriana por microrganismos Oram-negativos, sobretudo nos pacientes idosos. 3. Superinfecção: pericardite, bacteriemia e meningite. 1 4. Delirium - considerado uma emergência médica. ~. Atelectasia - devido a tampões de muco. 6. Resolução tardia. Avaliação de Enfermagem l. Obter a anamnese minuciosa para ajudar a estabelecer o diag- nóstico etiológico. a. História de doença respiratória recente, incluindo forma de início b. Presença de escarro purulento, quantidade aumentada de escarro, febre, calafrios, dor torácica, díspneia, taquípneía e. Qualquer doença na família d. Uso de medicações, álcool, tabaco ou drogas IV Intervenções de Enfermagem Melhorando a Troca Gasosa 1. Observar o paciente à proc~ianose, dispnéia, hípoxia e confusão, indicando agravamento dà condição. 2. Acompanhar os valores da GA/Sao2 para determinar a neces- idade de oxigênio e a resposta à oxigenoterapia. 3. Administrar oxigênio em uma concentração para manter a Pa02 dentro de um nível aceitável. Pode-se verificar a presença de hipoxemia devido a uma relação (V/Q) anormal, com shunt nos segmentos pulmonares acometidos. 4. Evitar altas concentrações de oxigênio em pacientes com DPOC, particularmente com evidências de retenção de C02; o uso de altas concentrações de oxigênio pode agravar a ventilação alveolar ao deprimir o único impulso ventilaró- rio remanescente do paciente. Se forem administradas altas concentrações de oxigênio, monitorar o estado de ale paciente, bem como a Pa02 e a Pac02 à procura de -· retenção de C02. CAPÍTULO 11 ,, 5. Manter o paciente em uma posição ereta para obter uma ex- pansão pulmonar maior e melhorar a aeração. Mudar frequen- temente a posição e aumentar a arividade (sentar na cadeira, caminhar, quando tolerado). - Melhorando a Limpeza das Vias Respiratórias 1. Quando solicitado, obter uma amostra de escarro recém-ex- pectorado para coloração de Gram e cultura, de preferência em uma amostra colhida de manhã cedo, conforme prescrição. Instruir o paciente da seguinte maneira: a. Lavar a boca com água para minimizar a contaminação pela flora normal. b. Respirar profundamente várias vezes. c. Tossir profundamente e expectorar o escarro em um reci- piente estéril. 2. Incentivar o paciente a tossir; as secreções retidas interferem na troca gasosa. Aspirar, quando necessário. 3. Incentivar um maior consumo de líquido, a não ser que con- traindicado, para liquefazer o muco, promover a expectoração e repor as perdas hídricas causadas pela febre, sudorese, desi- dratação e dispneia. 4. Umídifícar o ar ou oxigenoterapia, o que pode soltar as secre- ções e melhorar a ventilação. 5. Realizar a percussão da parede torácica e drenagem postural, quando apropriado,para soltar e mobilizar as secreções. 6. Auscultar o tórax à procura de estertores e roncos. 7. Administrar supressores da tosse quando esta for improdutiva, porém somente se não houver nenhuma evidência de retenção das secreções. xlobílcar o paciente para melhorar a ventilação e a eliminação das secreções e reduzir o risco de atelectasia e agravamento da pneumonia. 2. Monitorar a temperatura, o pulso, a respiração, a PA, a oxi- metria, o estado mental e qualquer evidência de dispneia a intervalos regulares, a fim de avaliar a resposta do paciente à y . terapia. 3. Auscultar os pulmões e o coração. Os sopros e atritos cardía- cos podem indicar endocardite bacteriana aguda, pericardite ou miocardite. 4. Efetuar uma vigilância de enfermagem especial para pacientes com: a. Alcoolismo, DPOC, imunossupressão - esses indivíduos, bem como os pacientes idosos, podem ter pouca ou nenhu- ma febre. b. Bronquite crônica - pode ser difícil detectar alterações su- tis, visto que o paciente pode apresentar grave comprome- timento da função pulmonar e produção regular de muco. c. Epilepsia - a pneumonia pode resultar de aspiração após uma convulsão. d. De!irium - pode ser causado por hipoxia, meningite, delirium tremem do alcoolismo. ~ ALERTA DE ENFERMAGEM O delirium deve ser controlado para ~ evitar a exaustão e a insuficiência cardíaca. Preparar para uma punção lombar, quando indicada, para excluir a possibilidade de meningite, que pode ser letal. Deve-se considerar uma sedação suave com cautela. 5. Observar esses pacientes à procura de comportamento inco- mum, alterações do estado mental, torpor e insuficiência car- díaca. 6. Avaliar a presença de febre resistente ou retomo da mesma, sugerindo potencialmente uma resistência bacteriana aos an- tibióticos. Aliviando a Dor Pleurítica 1. Colocar o paciente em uma posição confortável (semi-Fowler) para repousar e respirar; incentivar mudanças frequentes de decúbito para evitar o acúmulo de secreções nos pulmões e a atelecrasia. 2. Demonsrrar como imobilizar o tórax durante a tosse. 3. Evitar suprimir uma tosse produtiva. 4. Administrar o analgésico prescrito para alívio da dor. Utilizar opioides com cautela em pacientes com história de DPOC. !nl ALERTA GERONTOLÓGICO Os sedativos, os opioides e os LI supressores da tosse devem ser utilizados com cautela em pacientes idosos, devido à sua tendência a suprimir os reflexos da tosse e do vômito e o impulso respiratório. Além disso, proporcionar e incentivar os cuidados bucais frequentes para a prevenção da pneumonia. 5. Aplicar calor e/ou frio ao tórax, conforme prescrito. 6. Ajudar no bloqueio dos nervos intercostais para alívio da dor. 7. Incentivar o repouso no leito com mudança de decúbito du- rante o período febril. 8. Investigar a presença de distensão abdominal ou íleo paralí- . rico, que podem ser causados pela deglutição de ar durante os intervalos de dispneia grave. Introduzir uma sonda nasogástrica (NG) ou retal, conforme solicitado. Educação do Paciente e Manutenção do Saúde 1. Avisar o paciente sobre a necessidade de completar o ciclo rodo de antibióticos. 2. Avisar o paciente de que a fadiga e a fraqueza podem ser pre- - longadas após a pneumonia. 3. Uma vez clinicamente estável, incentivar o paciente a ter um auqiento gradual nas suas atividades para que o nível de ener- gia retorne a seu estágio anterior à doença. 4. Incentivar os exercícios respiratórios para limpar os pulmões, promover sua função e expansão completas. 5. Explicar que uma radiografia de tórax é geralmente obtida den- tro de 4 a 6 semanas após a recuperação, com o objetivo de avaliar a limpeza dos pulmões e detectar qualquer tumor ou causa subjacente. 6. Aconselhar o paciente a abandonar o tabagismo. A fumaça de cigarro destrói a ação dos cílios traqueobrônquicos, que cons- tituem a primeira linha de defesa dos pulmões; irrita também a mucosa dos brônquios e inibe a função das células alveolares removedoras (macrófagos). 7. Aconselhar o paciente a manter a sua resistência natural com uma boa nutrição e repouso adequado. Um episódio de pneu- monia pode tomar o paciente suscetível a infecções respirató- rias recorrentes. 8. Instruir o paciente a evitar a fadiga, súbitos extremos de tem- peratura e consumo excessivo de álcool, que diminuem a re- sistência à pneumonia. 9. Verificar {incentivar a vacinação com vacina polissacarídica pneumocócica para indivíduos a partir dos 65 anos de idade e/ou com alto risco de certas condições. Incentivar a vacinaçãc Monitorando as Complicações l. Lembrar que podem surgir complicações fatais durante o pe- ríodo inicial do tratamento antimicrobi~ _..... ~ "'- DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS .1 anual contra a gripe para indivíduos a partir dos 50 anos e/ou aqueles com alto risco de complicações da influenza. A vaci- nação contra a gripe está associada a uma redução das hospi- talizações para pneumonia e influenza e morte em indivíduos idosos que residem em comunidades. i5l Base de Evidências Nicho!, K., et oi. (2007). Effectiveness of influenzo voccine in the community-dwelling elderly. New England Journal of Medicine 357( 14): 1373-13 81 . i5l 10. Aconselhar o paciente a evitar qualquer contato com pessoas que apresentam infecções das vias respiratórias superiores por vários meses após a resolução da pneumonia. 11. A higiene respiratória e das mãos inclui a lavagem frequente das mãos, principalmente após contato com outras pessoas. Avaliação: Resultados Esperados • Redução da cianose e da dispneia; melhora da gasometria arte- rial e da Sao, • T asse com eficácia; ausência de estertores • Aparência mais confortável; ausência de dor • Febre controlada, ausência de sinais de infecção resistente PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO A aspiração refere-se à inalação de secreções orofaríngeas e/ou con- teúdo gástrico para os pulmões. Pode produzir urna forma aguda de pneumonia. ) Fisiopotologio e Etiologia 1. Pacientes de risco e fatores associados a riscos: a. Perda dos reflexos protetores das vias respiratórias (degluti- ção, tosse), causada por alteração do estado de consciência, consumo excessivo de álcool ou superdosagem de drogas, durante procedimentos de reanimação, pacientes em estado crítico ou debilitados, anormalidades nos reflexos de vômito e deglutição b.- Alimentação por sonda NG c. Pacientes obstétricas - devido a anestesia geral, posição , de litotomia, esvaziamento tardio do estômago em conse- quência do útero aumentado, contrações do trabalho de parco . d. Condições Gl - hérnia de hiato, obstrução intestinal, dis- tensão abdominal e. lntubação endotraqueal prolongada/traqueostomia - podem deprimir os reflexos glótico e laríngeo por desuso 2. Os efeitos da aspiração dependem do volume e da natureza do material aspirado. a. Material particulado - bloqueio mecânico das vias respira- tórias e infecção secundária b. Aspiração de bactérias anaeróbicas - a partir das secreções orofaríngeas c. Suco gástrico - destrutivo para os alvéolos e os capilares; resulta em extravasamento de líquidos ricos em proteína nos 'espaços intersticiais e intra-alveolares. (Compromete a troca de oxigênio e de C02, produzindo hipoxernia, insuficiência respiratória e falência respiratória.) Manifestações Clinicas l. Taquicardia, febre 2. Dispneia, tosse, taquipneia 3. Cianose 4. Estertores, roncos, sibilos _./ 5. Escarro rosado e espumoso (podendo simular edema pulmonar agudo) Avaliação Diagnóstico l. A radiografia de tórax pode ser normal no início; com o decor- rer do tempo, mostra consolidação e outras anormalidades. Trotamento Depende do material aspirado. l. Desobstrução das vias respiratórias. a. Sefor visível, o corpo estranho pode ser removido manual- mente. b. Colocar o paciente em uma posição com a cabeça incli- nada para baixo, do lado direito (o lado direito costuma ser mais afetado quando o paciente aspira partículas sóli- das). c. Aspiração da traqueia/tubo - para remover o material par- ticulado. 2. Pode-se realizar uma laringoscopia/broncoscopia para os casos de aspiração de material sólido. 3. Reposição do volume hídrico para corrigir a hipotensão. 4. Terapia antimicrobiana se houver evidências de infecção bac- teriana superposta. J. Correção da acidose; a acidose respiratória e a acidose metabó- lica indicam uma reação grave devido à aspiração do conteúdo gástrico. 6. Oxigenoterapia e ventilação assistida se não for possível manter valores adequados da gasometria arterial. Complicações l. Abscesso pulmonar; empiema 2. Pneumonia necrotizante 3. SARA Avaliação de Enfermagem l. Verificar a presença de obstrução das vias respiratórias. 2. Investigar os fatores de risco para aspiração. 3. Avaliar quanto ao desenvolvimento de febre, escarro de odor fétido e congestão. Diagnósticos de Enfermagem (Ver anteriormente para Intervenções de Enfermagem.) • Comprometimento da Troca Gasosa relacionado com a diminui- ção da ventilação secundária à inflamação e infecção acometendo os espaços aéreos distais • Limpeza Ineficaz das Vias Respiratórias relacionada com as secre- ções traqueobrônquicas excessivas • Dor Aguda relacionada com o processo inflamatório e a disp- neia • Risco para Lesão secundária a complicações Intervenções Adicionais de Enfermagem 1. Estar constantemente atento e monitorar os pacientes de risco, conforme descrito anteriormente. 2. Elevar a cabeceira do leito dos pacientes debilitados, daqueles que estão recebendo alimentação por sonda e daqueles com doenças neurológicas ou motoras do esôfago. 3. Colocar os pacientes com comprometimento dos reflexos da tosse e/ou vômito em posição ortostática. 4. Assegurar a permeabilidade da sonda NG. / --~-------------------~~·--~~~-----------------------~-----~---:e-~ CAPÍTULO 11 5. Administrar lentamente a alimentação por sonda, com opa- ciente sentado no leito. Verificar a presença de resíduos na sonda. a. Verificar a posição da sonda no estômago antes de fornecer a alimentação. b. Verificar o balonete da traqueosromia ou tubo endotraqueal antes da alimentação. 6. Manter o paciente em jejum antes da anestesia (pelo menos 8 h). _ ' 7. Alimentar lentamente os pacientes com comprometimento da deglutição e assegurar que não haja nenhum alimento retido na boca após a alimentação. ~ ALERTA DE ENFERMAGEM A taxa de morbidade e de mortalidade ~ do pneumonia par aspiração continua elevada, mesmo com tratamento ótimo. A prevenção é a chave para evitar o problema. TMBOLIA PULMONAR éjl Base de Evidências California Thoracic Society. (2006). Position poper: The diognosis of pulmonary embolism. Tustin, Co.: CTS. Disponível em: www. thoracic.org/secfions/chopfers/thorocic-society<haplers/ca/publications/ resources/respirafory-disease-odufts/pulmonaryembolism.pdf. Clemens, S., and leeper, K. (2007). New modalities for detection of pulmonary emboli. American Joumal of Medicine 120(108):S2-S 12. Goldhober, S. (2007). Diognosis of acute pulmonary embolism: Always be vigilant. American Joumal of Medicine 120(10):827-828. Sharma, S. (2007). Pulmonary embolism. Emedicine. Disponível: em www.http://emedicine.com/med/ topic/958.htm. [5l A embolia pulmonar refere-se à obstrução de uma ou mais artérias pulmonares por um trombo (ou trombos), geralmente com sua ori- gem nas veias profundas das pernas, no lado direiro do coração ou, raramente, nos membros superiores, que se desprende e é transpor- tado até a vasculatura pulmonar. O infarto pulmonar refere-se à necrose do tecido pulmonar, que pode resultar da interferência no suprimento sanguíneo. Fisiopatologia e Etiologia 1. Obstrução, parcial ou completa, das artérias pulmonares, cau- sando diminuição ou ausência do fluxo sanguíneo; por con- seguinte, há ventilação, porém sem perfusão (desequilíbrio (V/Q). 2. Consequências hemodinâmicas: a. Aumento da resistência vascular pulmonar b. Aumento da pressão da artéria pulmonar (PAP) c. Aumento da carga de trabalho do coração direito para man- ter o fluxo sanguíneo pulmonar d. Insuficiência cardíaca ventricular e. Diminuição do débito cardíaco f. Redução da P A g. Choque 3. Os êmbolos pulmonares podem variar quanto ao tamanho e gravidade das consequências. 4. Os fatores predisponentes incluem: a. Estase, imobilização prolongada. -b. Flebite concomitante. c. Insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral. d. Lesão da parede vascular. e. Distúrbios da coagulação, estado hipercoagulável. f. Neoplasia maligna. g. Idade avançada, estrogeníoterapia e contraceptivos orais. h. Fratura de ossos longos. i. Obesidade. ALERTA DE ENFERMAGEM Estar atento para os pacientes com alto risco de embolia pulmonar - imobilização, traumatismo da pelve (particularmente cirúrgico) e dos membros inferiores (especialmente fratura do quadril), obesidade, história de doença tromboembólica, veias varicosas, gravidez, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio (IM), doença maligna, pacientes no pós-operatório, pacientes idosos. Manifestações Clínicas l. Início rápido de dispneia em repouso, dor torácica pleurítica, tosse, síncope, delirium, apreensão, taquipneia, sudorese, hemoptise. 2. Ocorre dor torácica com apreensão e sensação de morte iminen- te, quando grande pane da artéria pulmonar está obstruída. 3. Taquicardia, estertores, febre, hipotensão, cianose, galope cardí- aco, componente pulmonar alto de B2 (desdobramento de B2). 4. Dor na panturrilha ou na coxa, edema, eritema, hipersensibili- dade ou cordão palpável (sinais sugestivos de trombose venosa profunda). ~ ALERTA DE ENFERMAGEM É preciso ter um elevado índice de ~ suspeita de embolia pulmonar se houver deterioração sutil ou significativa na condição do paciente e achados cardiovasculares e pulmonares inexplicáveis. Avaliação Diagnóstica l. Imagem torácica: cintigrafia V/Q (utilizando possivelmente a SPECT ou tecnologia computadorizada por emissão fotônica única) ou tomografia computadorizada (TC) contrastada he- licoidal. 2. Angiografia pulmonar quando os exames não invasivos não são conclusivos, ou o paciente não é candidato a exames não invasivos. Devem-se evitar os exames contrastados em gestan- tes ou indivíduos com insuficiência renal avançada. 3. Ensaio do dímero D para probabilidade baixa a intermediária de embolia pulmonar. 4. Gasometria arterial - em geral ocorre diminuição da Pao2 de- vido à anormalidade de perfusão do pulmão. 5. Radiografia de tórax - normal ou com possível infiltrado em forma de cunha. Tratamento Tratamento de Emergência Em caso de embolia pulmonar maciça, o objetivo é estabilizar o estado cardiorrespiratório. ~ ALERTA DE ENFERMAGEM A embolia pulmonar maciça é uma ~ emergência médica; o estado clínico do paciente tende a sofrer rápida deterioração. Ocorre acentuada diminuição do débito cardíaco, acompanhada de elevação da pressão ventricular direita. 1. Administra-se oxigênio para aliviar a hipoxemia, angústia res- piratória e cianose, bem como para dilatar a vasculatura pul- monar. 2. Iniciar um acesso venoso para a administração de medicamen- tos e líquidos. 3. Vasopressores, agentes inotrópicos, como a dopamina (Intro- pin), e agentes antiarrítmicos podem estar indicados para su- porte da circulação se o paciente estiver instável. 4. O ECO é monitorado continuamente à procura de achados sugestivos de insuficiência cardíaca direita, que pode ter início rápido. Asalterações podem incluir taquicardia sinusal, ondas Q, inversão tardia da onda T, onda S na derivação l, bloqueio DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS de ramo direito, desvio do eixo direito, fibrilação atrial e alte- rações da onda T. Podem ser administradas doses pequenas de morfina IV para aliviar a ansiedade e o desconforto torácico (o que melhora a ventilação) e facilitar a adaptação do paciente ao ventilador mecânico, se este for necessário. A angiografia pulmonar, imagem do tórax, medidas hemodí- nâmicas, gasometria arterial e outros exames são efetuados. ratamento Subsequente - Anticoagulação e Trombólise l. Heparina IV - interrompe a formação adicional de trombos e aumenta o tempo de coagulação do sangue; trata-se de um anticoagulante e antitrombótico. a. A dose de ataque IV é geralmente seguida de infusão por bomba contínua ou infusão por gotejamento, ou adminis- tração intermitente a cada 4 a 6 h. b. A dose é ajustada para manter o tempo de tromboplastina parcial (TTP) em 1,5 a 2 vezes o valor antes do tratamento (se esse era o normal). c. Pode-se administrar sulfato de protamina para neutralizar a heparina em caso de sangramento grave. 2. Em geral, utiliza-se a varfarina (Coumadin) como terapias an- ticoagulante oral e de acompanhamento, após estabelecimento da heparinoterapia; essa interrompe o mecanismo de coagula- ção ao interferir na síntese de vitamina K dependente de pro- trombina e dos fatores VII, IX e X. a. A dose é controlada através de monitoramento seriado do tempo de protrombina (TP); o TP desejado é de 2 a 3 vezes o valor de controle. b. Expresso como relação normalizada internacional (INR) de 2,5 pela maioria dos laboratórios. c. A anticoagulação é utilizada para evitar a formação de novos coágulos, porém não dissolve aqueles previamente formados. Trombolíticos são utilizados para dissolver coágulos. lnl ALERTA GERONTOLÓGICO Considerar a idade do paciente LI ao determinar a dose de terapia de anticoagulação. Os pacientes idosos necessitam habitualmente de um esquema posológico menor. 3. Os agentes trombolíticos, como a estreptoquinase (Streprase), podem ser utilizados em pacientes com embolia pulmonar ma- ciça. a. Efetivos na lise dos trombos recém-formados. b. Melhoram o estado circulatório e hemodinâmico. c. Administrados por via IV em dose de ataque, seguida de infusão contínua. 4. Os trombolíticos mais recentes específicos para coágulos (ati- vador do plasminogênio tecidual, complexo ativador de esrrep- toquinase, uroquinase de cadeia única) são preferidos. a. Ativam o plasminogênio apenas dentro do próprio trombo, e não sistematicamente. b. Minimizam a ocorrência de fibrinólise generalizada e san- gramenco subsequente. Intervenção' Cirúrgica Quando a anticoagulação está contraindicada, ou o paciente apre- senta ernboltzação recorrente ou desenvolve complicações graves em consequência de terapia medicamentosa. 1. Interrupção da veia cava -diminui o lúmen do vaso, impedindo que êmbolos provenientes dos membros inferiores alcancem os pulmões. Realizada através de: a. Ligadura, plicatura ou clipagem da veia cava inferior. b. Colocação de um filtro intraluminal por via transvenosa na veia cava inferior, a fim de impedir a migração de êmbolos (ver Figura 11.2); introduzido através da veia femoral ou jugular por cateter. 2. Embolectomia (remoção da obstrução embólica do pulmão). Complicações l. Sangramento em consequência do tratamento 2. Insuficiência respiratória 3. Hipertensão pulmonar, cor pulmonale Avaliação de Enfermagem l. Obter a anamnese de enfermagem, dando ênfase ao início e à gravidade da dispneia e natureza da dor torácica. 2. Examinar cuidadosamente as pernas do paciente. Verificar a pressão de edema das pernas, escurecimento da pele, calor, dor à pressão sobre o músculo gastrocnêrnio, dor na dorsiflexão do pé (sinal de Homans positivo), que indica tromboflebite como causa. 3. Monitorar a frequência respiratória - pode estar despropor- cionalmente acelerada em relação ao grau de febre e taquicar- dia. a. Observar a relação entre inspiração e expiração. b. Percutir à procura de ressonância ou macicez. c. Auscultar à procura de atrito, estertores, roncos e sibilos. 4. Auscultar o coração; procurar o desdobramento da segunda bulha cardíaca. 5. Avaliar os resultados do TP([TP e lNR para pacientes em uso de anticoagulantes e notificar os resultados que estão fora da faixa terapêutica; antecipar uma mudança na dose. Diagnósticos de Enfermagem • Padrão Respiratório Ineficaz relacionado com o aumento agudo do espaço morto alveolar e possíveis alterações na mecânica pul- monar em consequência da embolia Vei_a ca_va J''l inferior -- Glândula suprarrenal direita Rim direito Vaso renal direito Glândula Rim esquerdo Vaso renal esquerdo Veia cava inferior Guarda-chuva aberto FIGURA 11.2 Colocação de um filtro em forma de guarda-chuva na veia cava inferior para impedir a embolia pulmonar. O filtro (posi- cionado dentro de um cateter aplicador) é introduzido através de uma incisão na veia jugular interna direita. Retira-se o aplicador quando o filtro se fixa à parede da veia cava inferior após ser eje- tado do aplicador. CAPÍTULO 11 • Perfusão Tecidual (Pulmonar) Ineficaz devido à diminuição da circulação sanguínea. • Dor (pleurítica) Aguda relacionada com a congestão, possível derrame pleural e possível infarto pulmonar • Ansiedade relacionada com a dispneia, dor e gravidade da con- dição • Risco para Lesão relacionado com alteração dos fatores hernodi- nâmicos e terapia anticoagulante Intervenções de Enfermagem Corrigindo o Padrão Respiratório l. Verificar a presença de hipoxia, dispneia, cefaleia, inquietação, apreensão, palidez, cianose, alterações do comportamento. 2. Monitorar os sinais vitais, o ECG, a oximetria e a gasometria arterial para a adequação da oxigenação. 3. Monitorar a resposta do paciente aos líquidos/vasopressores IV. 4. Monitorar a oxigenoterapia - utilizada para aliviar a hipoxe- mia. 5. Preparar o paciente para ventilação assistida quando a hipo- xemia não responde ao oxigênio suplementar. A hipoxemia é causada por anormalidades do equilíbrio V/Q. Melhorando a Perfusão Tecidual l. Monitorar rigorosamente à procura de choque - redução da PA, taquicardia, pele fria e pegajosa. 2. Monitorar as medicações prescritas para preservar a pressão de enchimento do ventrículo direito e elevar a P A. 3. Manter o paciente em repouso no leito durante a fase aguda para diminuir as demandas de oxigênio e o risco de sangramento. 4. Monitorar o débito urinário a cada hora, visto que pode haver re- dução da perfusão renal e diminuição da filtração glomerular. 5. O uso de meias de compressão antiembólicas devem exercer uma compressão de 30 a 40 mmHg. Aliviando a Dor l. Observar o paciente à procura de sinais de desconforto e dor. 2. Verificar se ocorre agravamento da dor com a respiração pro- funda e tosse; auscultar à procura de atrito. 3. Administrar morfina (Duramorph), conforme prescrição, e mo- nitorar o alívio da dor e para sinais de depressão respiratória. 4. Elevar ligeiramente a cabeceira do leito (a não ser que con- traindicado devido à ocorrência de choque) e manter o tórax imobilizado para respiração profunda e tosse. 5. Examinar minuciosamente o paciente à procura de sinais de hipoxia ao se verificar a presença de ansiedade, inquietação e agitação de início recente, antes da administração de sedati- vos, quando necessário. Considerar uma avaliação médica na presença desses sinais, particularmente quando acompanhados de cianose dos leitos ungueais, palidez perioral ou cianose e aumento da frequência respiratória.Diminuindo a Ansiedade 1. Corrigir a dispneia e aliviar o desconforto físico. 2. Explicar os procedimentos de diagnóstico e o papel do paciente; corrigir,os conceitos errôneos. 3. Ouvir as preocupações do paciente; ouvi-lo atentamente alivia a sua ansiedade e diminui o desconforto emocional. 4. Falar calma e lentamente. 5. Fazer todo possível para aumentar a sensação de controle do paciente. Intervindo nas Complicações 1. Estar atento para a ocorrência de choque em consequência de baixo débito cardíaco secundário à resistência ao fluxo ventri- cular direico ou disfunção do miocárdio devido à isquemia. a. Observar a ocorrência de alterações na coloração da pele, particularmente dos leicos ungueais, lábios, lóbulos das ore- lhas e mucosas. b. Monitorar a PA, o pulso e a Sp0,. c. Medir o débito urinário. · d. Monitorar a infusão IV de vasopressor ou outros agentes prescricos. 2. Sangramento - relacionado com a terapia anticoagulante ou trombo lítica. a. Examinar o paciente à procura de sangramento; pode ocor- rer sangramenco significativo do trato GI, cérebro, pulmões, nariz e trato geniturinário (GU). b. Efetuar uma prova de guáiaco para sangue oculto nas fezes. c. Monitorar a contagem de plaquetas para detectar a presença de trombocitopenia induzida por heparina. d. Minimizar o risco de sangramento determinando a gaso- metria arterial essencial nos membros superiores; exercer compressão sobre o local de punção com o dedo durante 30 min; aplicar um curativo compressivo aos locais ante- riormente acometidos; verificar o local à procura de perda de sangue. e. Manter o paciente em repouso absoluto durante a terapia trombolítica; evitar a manipulação desnecessária. f. Interromper a infusão ern caso de sangramento incontro- lável. g. Notificar imediatamente o médico em caso de alteração do nível de consciência, da capacidade de obedecer a coman- dos, sensibilidade, capacidade de movimentar os membros e de responder a perguntas com articulação clara. O san- gramento intracraniano pode exigir a suspensão imediata da anticoagulação para evitar uma catástrofe neurológica maciça. Educação do Paciente e Manutenção da Saúde 1. Avisar o paciente sobre a possível necessidade de continuar a terapia anticoagulante durante 6 semanas ou por um período indefinido de tempo. 2. Ensinar o paciente sobre os sinais de sangramento, particular- mente das gengivas, nariz, equimoses e presença de sangue na urina e nas fezes. 3. Para pacientes em uso de anticoagulantes, instruir quanto ao uso de escova de dentes macia, evitar o uso de lâmina de barbe- ar (utilizar um barbeador elétrico) e evitar produtos contendo ácido acetilsalicílico. Notificar o médico sobre a ocorrência de sangramento ou aumento das equimoses. 4. Alertar para não comar medicações, a não ser que aprovadas pelo médico, visto que muitos medicamentos interagem com os anticoagulantes. 5. Instruir o paciente para avisar o dentista sobre o uso de anti- coagulante. 6. Alertar quanto à inatividade por períodos prolongados ou sentar com as pernas cruzadas, a fim de evitar a ocorrência de recidiva. 7. Alertar contra esportes/atividades que possam causar trauma- tismo ou lesão das pernas e predispor à formação de trombo. 8. Incentivar o uso de uma pulseira MedicAlert, identificando o paciente como usuário de anticoagulante. DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS 9. Instruir o paciente para perder peso, se possível; a obesidade é um fator de risco. 10. Discutir os métodos de contracepção com a paciente, quando indicado; as mulheres com história de embolia pulmonar são aconselhadas a não fazer uso de contraceptivos hormonais. Avaliação: Resultados Esperados • Verbaliza menor dispneia • Sinais vitais estáveis, débito urinário adequado • Relata ausência de dor • Parece estar mais relaxado; dorme por longos intervalos de tempo • Evolui sem complicações TUBERCULOSE A TB é uma doença infecciosa, causada por bactérias (Mycobac- terium tuberculosis). Em geral, dissemina-se de pessoa para pessoa através de gotículas (núcleos de perdigotos) no ar. Infecta habi- tualmente os pulmões, mas pode acometer praticamente qualquer local do corpo. Os aspectos de preocupação particular incluem a prevalência da TB entre estrangeiros que residem nos EUA, demora na detecção e notificação da TB pulmonar e problemas na proteção de contatos íntimos e indivíduos com infecção TB latente (ITBL), que correm risco de evolução para a TB ativa. Essa população inclui indivídu- os HIV positivos, pessoas que adquiriram TB nos últimos 2 anos, crianças com menos de 4 anos de idade e pacientes que já apresen- tam condições de imunocomprornetirnenro, como silicose; diabetes melito; insuficiência renal crônica; leucemia; linfoma; carcinoma de cabeça, pescoço ou pulmão; pessoas com peso corporal 10% ou mais abaixo do peso ideal; uso prolongado de corticosteroides; uso de antagonistas do faror de necrose tumoral alfa (TNF-a); trans- plante de órgãos; derivação intestinal ou gastrectomia; e história de TB sem tratamento ou inadequadamente tratada. Por fim, a tuberculose extensamente resistente a fármacos (XDR TB) é um tipo relativamente raro de tuberculose resistente a múl- tiplos fármacos, com resistência a quase todos os medicamentos utilizados no tratamento da TB, incluindo isoniazida, rifarnpicina, fluoroquinolonas e, pelo menos, um dos três medicamentos injetá- veis ( i. e., amicacina, canamicina ou capreomicina). A XDR TB é objeto de preocupação especial nos indivíduos com infecção pelo HIV e/ou imunocomprometidos, devido a um risco aumentado de infecção e mortalidade. fisiopotologio e Etiologia c5l Base de Evidências Jensen, P. et ai. (2005). Guidelines for preventing the transmission of mycobacterium tuberculosis in health core settings. MMWR 54(RR 17): 1-141. Disponível em: http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/rr/ rr54 17.pdf. c5l Transmissão l. O termo Mycobacte1:ium descreve o microrganismo, que é uma bactéria que se assemelha a um fungo. Os microrganismos mul- tiplicam-se em velocidades variáveis e caracterizam-se como mi- crorganismos aeróbicos álcool-ácido-resistentes, que podem ser destruídos pelo calor, luz-solar, ressecamenco e luz ultravioleta. 2. A TB é uma-doença transmitida pelo ar através de gotículas provenientes geralmente do trato respiratório de uma pessoa in- fectada, que as elimina enquanto tosse, fala, canta ou espirra. 3. Quando um indivíduo suscetível não infectado inala ar conten- do gotículas, o microrganismo é transportado para os pulmões até os alvéolos. a. Cerca de 2 ½ semanas após a infecção inicial por TB, o tes- te de TB (derivado proteico purificado [DPP] ou exame de sangue) é positivo; entretanto, a maioria das pessoas infec- tadas não desenvolve doença clínica, visto que a infecção é controlada pelo sistema imune do hospedeiro. b. Alguns bacilos permanecem viáveis por vários anos, como na ITBL. Os indivíduos com ITBL são assintomáticos e não são infecciosos. 4. Os indivíduos com risco aumentado de TB incluem contatos íntimos de pessoas com TB ativa, pessoas nascidas no estran- geiro (África, Ásia, Europa Oriental, América Latina e Rús- sia), residentes de instituições coletivas de alto risco (presídios, instituições de cuidados prolongados e abrigos para sem-tetos), profissionais de saúde expostos a pacientes de alto risco, lactentes e crianças ou adolescentes expostos e adultos de alto risco. Patologia l. Os bacilos da TB infectam o pulmão, formando um tubérculo (lesão). 2. O tubérculo: a. Pode cicatrizar, com formação de tecido cicatricial. b. Pode continuar na forma de granuloma; a seguir, cicatrizar ou ser reativado. c. Por fim, pode evoluir para a necrose, liquefação, descamação e cavitação. 3. A
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