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Orientações Técnicas Sobre a Demarcação de Áreas Para Imissão de Posse - v 4 0 - 2013-09-19

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Ministério de Minas e Energia 
 
 
 
 
 
 
Orientações Técnicas Sobre a Demarcação de Áreas Para 
Imissão de Posse 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração 
 
CGTIG – Coordenação de Geoprocessamento 
DGTM – Coordenação de Gestão de Estudos de Áreas 
 
 
 
Autores: 
Angelo dos Santos 
Antônio Henrique Dantas da Gama Penteado 
Camila Imaculada de Paula 
Cassio Teixeira Constantino 
Claudio Sousa da Silva 
Crizeliudo Ferreira de Albuquerque 
Luiz Paulo Beghelli Junior 
Marcelo Bandeira Santos 
Paulo Junio Ribeiro Peixoto 
Roberto da Silva 
Sandra Aparecida Pedrosa 
Telmo Fernando Perez de Quadros 
 
 
 
 
4º Versão – setembro de 2013 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
1 OBJETIVO 
Estabelecer os critérios técnicos para padronização dos procedimentos referentes aos 
trabalhos de georreferenciamento e de demarcação dos limites da poligonal outorgada 
visando à imissão de posse, em atendimento ao disposto no artigo 45 do Decreto-Lei n° 
227, de 28 de fevereiro de 1967 (Código de Mineração) e no § 3º do art. 66 do Decreto 
nº 62.934, de 2 de julho de 1968 (Regulamento do Código de Mineração). 
2 CONCEITUAÇÃO BÁSICA 
Georreferenciamento - Entende-se por georreferenciamento de títulos minerários o 
estabelecimento e a implantação dos vértices delimitadores de uma área onerada por 
processo de mineração de acordo com as coordenadas geodésicas constantes no 
memorial descritivo outorgado, referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com 
precisão posicional definida pelo DNPM. 
 
Demarcação - Entende-se como demarcação de uma área de mineração o ato de 
implantar no terreno os marcos de apoio básico, os marcos delimitadores e, se 
necessário, os marcos de apoio imediato relativos à poligonal do título minerário; 
 
Global Navigation Satellite System (GNSS) – Sistema global de navegação por 
satélites. 
 
Linha de Base – É o vetor que representa a distância entre dois pontos ocupados 
concomitantemente por rastreadores GNSS geodésicos. 
 
Marcos de Apoio Básico – São marcos de referência planimétrica utilizados como 
apoio para a demarcação e o georreferenciamento da área. Estes marcos fazem a 
amarração do levantamento geodésico local com o Sistema Geodésico Brasileiro. 
 
Marcos de Apoio Imediato – São marcos auxiliares utilizados como apoio para a 
locação de vértices via Estação Total, nos casos em que os vértices não podem ser 
definidos diretamente por meio de rastreadores GNSS. 
 
Marcos Delimitadores - São os marcos implantados nos vértices da poligonal que 
define o título minerário. 
 
Marcos Indicativos – São marcos implantados para indicar os vértices cujas 
coordenadas coincidem com locais inacessíveis, impossibilitando a materialização dos 
Marcos Delimitadores e/ou para indicar os limites à jusante e a montante de poligonais 
localizadas em leitos de rio, definindo a seção onerada pelo título minerário. 
 
Precisão (posicional) - valor associado ao nível de aderência de um grupo de medições 
obtidas sob as mesmas condições ao valor médio dessas medições, quando calculado 
sob o valor de 01 (um) desvio padrão ou 01 (um) sigma (distribuição normal). O seu 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
resultado deve ser expresso pela resultante das componentes horizontais σE e σN, ao 
nível de confiança de 68,3%. Os valores de precisão deverão ser calculados segundo a 
equação abaixo: 
 
P = (σE² + σN²)½ 
Onde: 
P = Precisão 
σE = Desvio padrão da componente E, em metros 
σN = Desvio padrão da componente N, em metros 
 
Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) – Segundo o Decreto-lei nº 243, de 28 de fevereiro 
de 1967 e a Resolução do Presidente do IBGE nº 22, de 21 de julho de 1983, é o sistema 
de pontos geodésicos de controle materializados na porção da superfície terrestre 
delimitada pelas fronteiras do país por meio de marcos, pilares e sinais, onde se 
apoiam, obrigatoriamente, os levantamentos cartográficos sistemáticos. Este pontos 
são determinados por procedimentos operacionais e com coordenadas calculadas, 
segundo modelos geodésicos de precisão compatível com as finalidades a que se 
destinam. 
3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 
3.1 DEMARCAÇÃO DOS VÉRTICES DELIMITADORES DA POLIGONAL 
Os equipamentos a serem utilizados na demarcação e no georreferenciamento das 
poligonais deverão ser rastreadores GNSS geodésicos e/ou Estação Total. 
 
De início, antes da demarcação e do georreferenciamento da área, deve-se implantar 
01 (um) ou mais Marcos de Apoio Básico observando os critérios descritos na Tabela 
3.1. Estes marcos devem ser implantados pelo transporte de coordenadas a partir de 
estações de referência, utilizando-se da técnica de posicionamento relativo estático e 
com precisão mínima de 10 cm. As estações de referência a serem usadas deverão se 
enquadrar nos seguintes tipos: 
a) Estações ativas receptoras de sinais de satélites do GNSS, constituintes da Rede 
Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC); ou 
b) Estações ativas ou passivas estabelecidas a partir do rastreamento de sinais de 
satélites do GNSS pertencentes a outros órgãos ou empresas privadas, sendo 
constituintes ou não de redes estaduais ou municipais, desde que homologadas 
pelo IBGE. 
 
Em linhas de base de até 20 km é obrigatória a solução fixa no pós-processamento das 
observações GNSS. Em linhas de base maiores que 20 km o marco de apoio básico 
deverá ser determinado por aparelhos de duas frequências (L1/L2) e, quando possível, 
a partir de duas ou mais estações de referência, sendo, neste caso, aceitável a solução 
flutuante. Nos casos onde o marco de apoio básico for definido com base em duas 
estações, será estabelecido um polígono ou rede com dois vetores independentes, 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
permitindo, assim, realizar o ajustamento. O polígono ou rede resultante deverá ser 
ajustado pelo método dos mínimos quadrados e deverá prever a propagação de erros 
dos marcos a partir do SGB. Para os levantamentos com linha de base superiores a 101 
km, os quais necessitam de 2 ou mais sessões de rastreio, as coordenadas finais devem 
ser calculadas por meio da média aritmética simples. Os marcos de apoio básico 
deverão ser colocados em locais de fácil acesso e com boas condições de rastreio dos 
sinais do GNSS. 
Tabela 3.1 – Critérios para as sessões de rastreio no método de posicionamento relativo 
estático. 
Comprimento da 
linha de base 
(km) 
Ocupação 
mínima (min) 
Observáveis (φ) Tipo de solução Nº de sessões 
0 a 10 20 L1 ou L1/L2 Fixa 1 
11 a 20 30 L1/L2 Fixa 1 
11 a 20 60 L1 Fixa 1 
21 a 100 120 L1/L2 Fixa/Flutuante 1 
101 a 500 240 L1/L2 Fixa/Flutuante 2 
501 a 1000 480 L1/L2 Fixa/Flutuante 3 
 
A poligonal envolvente descrita na concessão de lavra deve ser demarcada por Marcos 
Delimitadores em todos os vértices, quando possível. Os marcos devem ser 
implantados preferencialmente pelo método de locação de pontos, a partir das 
coordenadas dos vértices da poligonal disponibilizadas pelo Cadastro Mineiro, que 
deverão estar de acordo com o memorial descritivo apresentado no respectivo 
processo minerário, e dentro da precisão mínima de 50 cm. 
 
Os marcos de apoio imediato deverão ser implantados com auxílio de rastreadores 
GNSS em posições próximas ao vértice a ser demarcado. A determinação das 
coordenadas dos marcos de apoio deverá ser feita a partir de marcos de apoio básico 
ou das estações do SGB. Nesta situação, as coordenadas deverão, quando possível, ser 
obtidas por meio do ajustamento de no mínimo dois vetores independentes, ou seja, 
usando dois ou mais marcos de referência, com precisão mínima admissível de 20 cm, 
obtidas com solução fixa e por meio das técnicas de posicionamento relativo estático 
ou estático rápido. 
 
No exemplo abaixo (Figura 3.1), as coordenadas do marco de apoio básico (MAB) 
foram determinadaspor transporte direto, a partir da RBMC e de um marco 
planimétrico – SAT do SGB, usando um par de receptores GNSS. Neste caso, foi 
possível realizar o ajustamento dos dois vetores independentes. 
 
As coordenadas dos marcos dos vértices V2, V3 e V4 foram determinadas a partir do 
marco de apoio básico, no entanto para o marco do vértice V1 foi necessário implantar 
dois marcos de apoio imediato (MAI1 e MAI2) para o uso de estação total, em razão da 
obstrução do sinal do aparelho GNSS naquele local. As precisões em função dos tipos 
de marcos estão resumidas na (Tabela 3.2). 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
Tabela 3.2 - Tipos de marcos DNPM e suas respectivas precisões em função da finalidade. 
Tipo Precisão (m) Finalidade 
Marco de Apoio 
Básico 
≤ 0,10 
Servir de marco de referência na definição das bases de 
apoio imediato e dos marcos delimitadores 
Marco de Apoio 
Imediato 
≤ 0,20 
Apoio para levantamentos de vértices demarcados por 
estação total 
Marco 
Delimitador 
≤ 0,50 Definir a poligonal do título minerário em campo 
 
 
Figura 3.1 - Exemplo prático de integração de dados GNSS e topografia. 
3.2 SISTEMA DE REFERÊNCIA PARA LEVANTAMENTO DOS DADOS 
Embora atualmente o DNPM utilize em seu banco de dados espacial o sistema 
geodésico de referência Datum SAD69, todos os procedimentos citados neste 
documento (levantamentos, demarcações, locações e pós-processamento) deverão ser 
executados no novo sistema geodésico de referência oficial do país, o Datum 
SIRGAS2000. Esta determinação visa assegurar a qualidade dos trabalhos geodésicos 
de precisão e em atender a Resolução do Presidente do IBGE nº 01, de 25 de fevereiro 
de 2005, que especifica o novo sistema de referência, o prazo de transição e 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
estabelece que “(...) os usuários deverão adequar e ajustar suas bases de dados, 
métodos e procedimentos ao novo sistema (...)”. 
 
As transformações de coordenadas entre o SAD69 e o SIRGAS2000, e vice-versa, 
deverão utilizar a opção “SAD69 Técnica Doppler ou GPS” disponibilizada no programa 
oficial de transformações em uso no Brasil, o ProGriD, encontrado no sítio do IBGE 
(http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/param_transf/default_param_tr
ansf.shtm). Esta opção de transformação utiliza os mesmos parâmetros de 
transformação Dx, Dy e Dz fornecidos pela Resolução do Presidente do IBGE nº 01, de 
25 de fevereiro de 2005. Opcionalmente, poderá ser empregado nas transformações 
SAD69 <-> SIRGAS2000 outros programas computacionais que possibilitem a 
customização de transformações entre Data, porém deve-se manter o método de 
translação geocêntrico e os parâmetros Dx, Dy e Dz fornecidos pela Resolução nº 
01/2005. 
4 MODELOS DE MARCOS E PLAQUETAS DE IDENTIFICAÇÃO 
Para o cumprimento integral dos procedimentos, deverão ser observadas as seguintes 
considerações e modelos: 
4.1 MODELOS DE PLAQUETAS 
A confecção das plaquetas de identificação dos marcos deverá ser elaborada com 
material não corrosivo, contendo um orifício de centragem, a sigla “DNPM”, o número 
do processo, o número do título autorizativo de lavra (portaria ou decreto ou 
manifesto) e a data de sua expedição e, também, a identificação do vértice. Conforme 
modelos a seguir (Figura 4.1 e Figura 4.2): 
 
Figura 4.1 - Modelo de plaqueta de identificação de marcos com furos para fixação. 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
 
Figura 4.2 - Modelo de plaqueta de identificação de marcos com haste maciça para fixação. 
4.2 MODELOS DE MARCOS 
A confecção dos marcos deverá obedecer aos ditames estabelecidos no § 3º do art. 66 
do Decreto nº 62.934, de 2 de julho de 1968 (Regulamento do Código de Mineração), 
com as seguintes especificações: 
a) Marcos de concreto de forma tronco piramidal, medindo 14 cm na base e 10 
cm no topo com comprimento de 1 m. No marco de apoio básico deverá ser 
colocada uma base protetora de concreto de 50 cm x 50 cm, aflorando do solo 
20 cm (Figura 4.3). 
b) Os marcos deverão ser enterrados no mínimo 65 cm no solo, ficando 
obrigatoriamente 35 cm fora do solo. A parte que ficará acima do solo deverá 
ser pintada de cor amarelo para facilitar a sua visualização. 
c) As plaquetas metálicas de identificação devem ser fixadas no topo do marco. 
d) As gravações na plaqueta metálica de identificação devem ter caracteres 
gravados em baixo relevo e pintados na cor preta com verniz incolor anti-
corrosão. 
e) A posição dos caracteres na placa metálica deve ficar direcionada para o 
próximo marco da sequencia numérica dos vértices da poligonal, de forma que 
o observador ao ler a gravação na placa fique voltado para a direção do 
próximo marco. 
f) A colocação dos marcos deve obedecer numericamente á ordem dos vértices 
relacionada na Portaria de Lavra. 
g) Apenas no marco utilizado como marco de apoio básico ou imediato deve 
conter as coordenadas de latitude e longitude (GG:MM:SS,SSSS) e o datum de 
referência. 
h) Nos casos em que o vértice for compartilhado com outras poligonais limítrofes, 
proceder da seguinte forma: fixar uma chapa metálica na face lateral do marco 
com as seguintes gravações: número do processo, o número da portaria de 
lavra, a sigla DNPM e a identificação do vértice. 
i) Marcos de imissões de posse homologadas pelo DNPM não deverão ter sua 
posição alterada. 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
j) A manutenção e preservação dos marcos são de responsabilidade do titular da 
área. 
 
Figura 4.3 - Modelo de marco de concreto com seção quadrada 
4.3 VÉRTICES LOCALIZADOS EM LOCAIS INACESSÍVEIS 
Nas situações em que o local para implantação de algum marco delimitador esteja 
inacessível (ex. leito de rio, lago, área de várzea, telhados de edificações, rodovias e 
acessos, praça de operações etc.), o vértice poderá ser materializado através de um 
Marco Indicativo em outra posição, o mais próximo possível do local correto e que seja 
possível manter a integridade do marco. Nesta condição, o responsável técnico deverá 
apresentar uma justificativa técnica, circunstanciando os fatos que geraram a 
inacessibilidade, onde deverá constar também as coordenadas e indicação da direção 
e distância até o vértice original da poligonal. Este marco auxiliar deverá ser 
identificado por uma plaqueta metálica afixada em seu topo, seguindo a numeração 
sequencial de marcação do vértice ao qual faz referência, acrescido de uma letra (ex. 
12a, 12b, 12c, etc.). 
4.4 LAVRAS LOCALIZADAS EM LEITO DE RIO 
Nos casos de poligonais parcial ou totalmente contidas em leitos de rio, 
independentemente de vértices coincidentes ou não com o rio, deverão ser colocados 
marcos indicativos identificando, em ambas as margens, os limites extremos a jusante 
e a montante da seção do rio onerada pela poligonal. A numeração sequencial deverá 
ser crescente, acrescido de uma letra, de acordo com o exemplificado na (Figura 4.4a). 
Nos casos em que o marco indicativo do limite à jusante ou montante também fizer 
referência a vértice inacessível, seguir a numeração indicada no item 4.3 (Figura 4.4b). 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
Colocar o Marco de Apoio Básico fora do leito do rio e em local aberto para ser 
utilizado no georreferenciamento da área (Figura 4.4). 
 
 
Figura 4.4 – (a) Instalação dos marcos de apoio básico, delimitadores e indicativos para 
processos localizados em leito de rio. Os marcos indicativos se referem somente aos limites à 
jusante e montante. (b) Processos vizinhos com seus respectivos marcos de apoio básico, 
delimitadores e indicativos instalados. Os marcos indicativos se referem aos limites jusante e 
montante e, também, a vértices inacessíveis. Em alguns casos a linha perpendicular à margem 
do rio pode não coincidir com o limite da poligonal, delimitadapor segmentos de reta Norte-Sul 
ou Leste-Oeste verdadeiros. 
4.5 VEDAÇÕES 
É vedado o uso de receptor que rastreie apenas o código C/A (GPS de navegação), 
mesmo que permita a correção diferencial da observável pseudodistância. 
4.6 TITULAR DA ÁREA 
O titular do processo deverá colocar à disposição do DNPM um técnico da empresa 
para o acompanhamento, em campo, da conferência do posicionamento dos marcos 
da poligonal do respectivo processo. 
5 DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PARA ANÁLISE 
5.1 RELATÓRIO TÉCNICO 
Para a comprovação da realização dos trabalhos de georreferenciamento e/ou 
demarcação de uma área titulada, deverá ser apresentado ao DNPM o relatório 
técnico com as descrições dos procedimentos e dos resultados obtidos, conforme 
disposto nos itens a seguir. Os trabalhos deverão ser executados sob a 
responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado, contratado pelo 
interessado, devendo ser apresentada a Anotação de Responsabilidade Técnica. 
 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
5.1.1 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 
É o relatório que deverá descrever os detalhes dos trabalhos realizados, com 
explanação geral da metodologia adotada, das atividades desenvolvidas e dos 
resultados obtidos, devendo apresentar: 
a) O período de execução dos trabalhos relativos à determinação dos marcos de 
apoio básico, marcos delimitadores e, se for o caso, marcos de apoio imediato 
até a finalização da demarcação da poligonal autorizada pelo DNPM; 
b) A equipe técnica envolvida nos trabalhos, identificando-os com nome completo 
e formação profissional; 
c) As monografias das estações geodésicas de referência da RBMC utilizadas no 
pós-processamento dos dados GNSS observados; 
d) As monografias de todos os marcos de apoio utilizados, sejam básico e/ou 
imediato, conforme modelo da Tabela 5.1; 
e) A descrição detalhada de todos os serviços executados e a metodologia 
empregada em cada situação encontrada. 
f) Informar os programas utilizados em escritório (informar também a versão) e a 
marca, o modelo e a precisão dos equipamentos empregados nas atividades de 
campo. 
5.1.2 RELATÓRIOS DE PÓS-PROCESSAMENTOS E TABELAS DE DADOS 
a) Os relatórios completos do pós-processamento e do ajustamento de todos os 
dados observados pelo rastreador GNSS, conforme o caso; 
b) Os relatórios completos do processamento dos dados levantados por estação 
total, quando utilizada. 
c) Tabela de coordenadas geodésicas georreferenciadas ao Datum SIRGAS2000 e 
no formato GG:MM:SS,SSSS, contendo a identificação do vértice, a altitude 
geométrica (elipsoidal), o desvio padrão de cada componente, as precisões 
alcançadas e o método aplicado para a implantação de cada um dos marcos 
delimitadores implantados referentes aos limites da poligonal autorizada pelo 
DNPM. 
i. Além do formato obrigatório em GG:MM:SS,SSSS, também serão aceitas 
as coordenadas no formato UTM com a indicação do respectivo fuso. 
Lembrando-se que a poligonal deve ser definida em relação ao norte 
geográfico, e não ao norte da quadrícula utilizada pela projeção UTM. 
d) Documentação fotográfica, panorâmica e de detalhe, dos marcos de apoio e do 
primeiro vértice implantados no terreno, que possibilitem a visualização da 
identificação do marco, vias de acesso e/ou de referências físicas próximas. 
e) ART - Anotação de Responsabilidade Técnica do profissional que realizou o 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
Tabela 5.1 – Formulário modelo para monografias dos marcos de apoio e de apoio imediato. 
MONOGRAFIA DE MARCO DE APOIO 
 
INFORMAÇÕES DO MARCO 
Nome do Marco Data da Medição 
Tipo do Marco Tempo de rastreio 
Inscrição da plaqueta 
 
INFORMAÇÕES SOBRE A LOCALIZAÇÃO 
Município Estado 
Localização 
Observação 
COORDENADAS DO MARCO – SIRGAS 2000 
Latitude Sigma Lat. (m) 
Longitude Sigma Long. (m) 
Alt. Geom. Sigma Alt. Geom. (m) 
UTM (N) Precisão = (σE² + σN²)
½
 
UTM (E) Ajustado (sim/não) 
 
INFORMAÇÕES DO RECEPTOR GNSS 
Fabricante S/N do receptor 
Modelo Modelo da Antena 
Tipo Altura da Antena [m] 
 
CROQUI DE LOCALIZAÇÃO FOTO 
 
 
OPERADOR Data PROCESSAMENTO Data MONOGRAFIA Data 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
5.1.3 PLANTA DE DETALHE 
A planta de detalhe deverá ser apresentada em escala adequada, com formato de 
papel em tamanho A3 ou superior, onde seja possível representar e visualizar as 
informações descritas abaixo e demais informações que o responsável técnico pelo 
georreferenciamento julgar relevante ao processo como: 
a) A configuração gráfica da área e, quando possível, a representação de 
elementos cartográficos existentes, tais como drenagens, estradas, serras etc.; 
b) Todos os marcos de apoio e delimitadores implantados (marcos de apoio básico 
e imediato, ponto de amarração, primeiro vértice e demais marcos 
delimitadores); 
c) O perímetro de cada lavra com sua respectiva direção de avanço e data; 
d) A planta de detalhe deverá ser georreferenciada ao Datum SIRGAS2000 e 
assinada pelo responsável técnico. 
5.1.4 ARQUIVOS DIGITAIS 
Os arquivos digitais deverão ser apresentados em meio digital e armazenadas em CD-
ROM ou DVD: 
a) O Relatório Técnico dos trabalhos desenvolvidos, constante no formato .doc ou 
.pdf; 
b) A Planta de Detalhe em formato shapefile (.shp); 
c) Os dados brutos (sem correção diferencial) de todos os dados observados por 
rastreadores GNSS de precisão, no formato RINEX, e com as suas devidas 
identificações; 
5.1.5 ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART 
Apresentar a ART com o respectivo comprovante de recolhimento junto à instituição 
bancária de todos os técnicos envolvidos nos trabalhos. 
6 CASOS ESPECIAIS 
a) Nos casos de englobamentos de áreas, com Imissão de Posse homologada 
previamente, deverá ser feita uma solicitação para atualização da Imissão de 
Posse. 
b) No caso de Grupamento Mineiro, a imissão de posse deverá ser feita para cada 
um dos processos de Concessão de Lavra do Grupamento. 
c) Nos casos de cessão parcial, com Imissão de Posse homologada previamente, 
os vértices em comum deverão ser compartilhados e acrescidos com os novos 
marcos, devendo ser solicitada a Imissão de Posse para a área cedida. 
d) Nos casos de cessão parcial circunscrita de áreas com Imissão de Posse 
homologada previamente, deverá ser solicitada a Imissão de Posse da área 
cedida. 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério de Minas e Energia 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
a) Os trabalhos de georreferenciamento e de demarcação dos limites da poligonal 
outorgada deverão ser apresentados e/ou executados pelo titular da área no 
prazo máximo de 60 (sessenta) dias contados a partir da data de recebimento 
do ofício enviado pelo DNPM, que conterá a exigência da execução dos 
trabalhos e as orientações técnicas a serem adotadas. 
i. O Superintendente da unidade regional em que se situa a área do 
processo deverá encaminhar o ofício acima antes de se marcar a data 
definitiva para a imissão de posse. 
b) Para o cumprimento desta exigência o titular deverá encaminhar um 
requerimento de juntada dirigido ao Superintendente da unidade regional do 
DNPM em que se situa a área do processo, constando o número do processo, 
em questão, acompanhado do relatório técnico e arquivos digitais. Todos os 
itens citados deverão ser protocolizados para serem juntados ao processo, 
analisados e conferidos com vistoria de campo pelo DNPM, antes do ato de 
Imissão de Posse. 
c) Os critérios técnicos aqui apresentados referentes à precisão e ao sistema de 
referência no georreferenciamento e demarcação de áreas deverão ser 
adotados para casos de áreas de conflitos e/ou litígios, áreas deslocadas e 
imissões de posse.d) Antes da execução dos trabalhos de georreferenciamento e de demarcação, é 
de fundamental relevância que o titular do direito minerário providencie a 
realização do levantamento da(s) frente(s) de lavra existente(s) e a 
confrontação com os dados da poligonal autorizada, com a finalidade de 
verificar se as atividades de lavra estão se desenvolvendo dentro dos limites 
autorizados pelo DNPM. Nos casos em que a poligonal autorizada esteja em 
uma posição diversa daquela onde as atividades de extração estão ocorrendo, 
o titular não deve proceder de imediato com a demarcação da poligonal 
autorizada, com fins a se obter a imissão de posse da área. Antes, o fato 
constatado (deslocamento) deverá ser comunicado ao DNPM, dentro do prazo 
determinado para cumprimento da exigência. 
e) Após a aprovação dos trabalhos pela vistoria do DNPM, será publicado o edital 
de imissão de posse segundo os termos estabelecidos na legislação. 
 
 
Contatos: cgtig.geo@dnpm.gov.br 
Telefone: (61) 3312-6877

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