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EQUINOS SÍNDROME CÓLICA - Qualquer dor abdominal relacionada ao trato gastrointestinal O animal pode: - Olhar para o flanco - Posição antiálgica – comum gastrite - Cavar ou rolar FISIOLOGIA TGI EQUINOS – diferente das outras espécies - alimentação continua: passam de 14-18h do dia se alimentando - movimentação segmentar, propulsiva - emulsificação laboral (boca – reto) - monogástrico - fazem quebra da fibra lignina PECULIARIDADES - incapacidade do vômito (apenas fazem regurgitação “espotânea”) - Esofago lateralizado a esquerda - Capacidade volumétrico do estômago de 15-18L variando entre raça e tamanho - Ceco – mesma função do rúmen dos ruminantes -> digestão e quebra de fibras por fermentação bacteriana - Intestino grande com grande capacidade de armazenar água (até 90L) - baixo limiar de dor – SENSÍVEIS! - 90% do LEC está no intestino - Ceco e IG é semelhante a poligástrico – quebra e fermentação das fibras para transformar em energia FATORES PREDISPONENTES - pouca ingestão de água - tipo de volumoso - fibra de baixa digestibilidade - excesso de fermentado - parasitas – parascaris ecorum – obstrução/intussuscepção do lúmen intestinal - mudança de manejo - exercício intenso Anamnese » Houve mudanças de manejo? 1. Banhos carrapaticidas (formamidinas ou organofosforados); 2. Oferta de forragem fibrosa, fermentada ou em excesso; 3. Feriados, festas ou mudanças de tratador. » Qual a intensidade e frequência da dor? 1. Contínua ou em crises; 2. Leve, moderada ou grave; 3. Melhora súbita. » Foi administrado algum medicamento ou realizada alguma conduta? »O animal defecou? 1. Quantidade e aspecto - alimento não digerido -> problema dentário - presença de fibrina nas fezes -> trânsito gastrointestinal lento 2. Cor, quantidade e frequência; 3. Não defeca a quanto tempo? AVALIAR SE EXISTE REFLUXO - Passar sonda NASOGÁSTRICA *** PRIMORDIAL >> Conteúdo gástrico ou refluxo? - Refluxo é o conteúdo de IG ou ID que por alguma causa o conteúdo reflui e volta para o estômago >> Como diferenciar conteúdo gástrico de refluxo? - pH gástrico é ÁCIDO(pH entre 3 - 5) x pH refluxo ALCALINO (pH entre 7 – 8) - Refluxo amarelo e viscoso - Odor do refluxo é fétido PARAMETROS NORMAIS DOS EQUINOS FC normal: 20-40 bpm FR normal: 12-20 mrm TPC normal: 1-2’’ Tugor normal: 1’’ Motilidade normal: ++ Exame físico » Comportamento geral e atitude do paciente; - dor, apático? » Características e grau da dor; » Distensão e tensão abdominal; - unilateral, bilateral » Coloração de mucosa ocular e oral; - pálida, congesta, cianótica » Tempo de perfusão capilar; - desidratação? » Medida do pulso e suas características; » Frequência cardíaca; » Frequência respiratória; - pleuropneumonia leva a SC similares a síndrome cólica » Avaliação cutânea – desidratação estimada » Auscultação do tórax; » Auscultação abdominal; » Temperatura retal; » Palpação transretal; - compactação, deslocamento de alças intestinais? » Caracterização das fezes; » Refluxo e sondagem nasogástrica; » Exame ultrassonográfico; » Paracentese. - avaliar líquido peritoneal SONDAGEM NASOGÁSTRICA - PRIMORDIAL » Sonda » Contenção 1. Física: Caximbo 2. Anestésicos: Xilazina ou detomidina (alfa 2 agonistas) » Procedimento » Interpretação: 1. Gás (cheiro) – adocicado >> fermentação 2. Fluido (cheiro, pH) 3. Mais que 5 litros fluido já causa desconforto 4. Fluido marrom com sangue digerido >> indica refluxo PARACENTESE ABDOMINAL >> Avaliar aspecto do líquido peritoneal - 4 dedos após término da xifóide ou região abaulada no abd NA LINHA ALBA - realizar tricotomia e antissepsia e coleta LÍQUIDO PERITONEAL » É um dialisado de sangue com pH e conteúdo de eletrólitos semelhantes ao plasma (BACH, 1973) » Função: Proteger e reduzir atrito entre os órgãos da cavidade abdominal » composto de neutrófilos + macrófagos (2:1) + PP INTERPRETAÇÃO >> AMARELO OURO E LÍMPIDO – COLORAÇÃO NORMAL >> esverdeado e com fibras – rompimento gástrico ou intestinal/punção gástrica ou intestinal ventral >> alaranjado/avermelhado – torção de alça com perda de permeabilidade da membrana causando extravasamento de hemácias, neutrófilos etc - autólise e necrose >> Sangue puro – torção severa/recente >> Sangue coagulado >> Líquido sero-sanguinolento >> Turbidez aumentada - peritonite >> Aspecto purulento - peritonite >> Material vegetal e odor de ingesta >> Odor de urina – ruptura de bexiga ANÁLISE DO LÍQUIDO » Análise física 1. Coloração (amarelo, verde, alaranjado, avermelhado e marrom); 2. Turbidez (transparente, turvo, opaco e floculento); 3. Odor. » Contagem global de células 1. Eritrócitos 2. Leucócitos » Contagem diferencial de leucócitos » Cultura e antibiograma PALPAÇÃO RETAL Importante – método diagnóstico POSSÍVEL NA PALPAÇÃO: - arota e ramos de artérias -> bem dorsal - rim esquerdo e ligamento nefroesplênico -> lado esquerdo - bordo caudal do baço, colón maior, dorsal e ventral, flexura pélvica -> mais ventral do lado esquerdo - cólon menor e raramente ID – ventral - ceco (corpo, ápice e tênias) – lado direito (deslocado? Acumulo de gás? - palpação do anel inguinal em machos e útero/ovários em fêmeas – ventralmente NÃO É POSSIVEL PALPAR O RIM DIRETO DEVIDO A LOCALIZAÇÃO SE DAR ENTRE FÍGADO E MAIS CRANIAL FLUIDOTERAPIA »Desidratação leve (5%): TPC 2-3 seg., sede, prega de pele levemente diminuída »Desidratação moderada (10%): TPC 4-6 seg., prega de pele diminuída, extremidades frias, mucosas secas »Desidratação severa (15%): TPC acima de 6 seg., retração do globo ocular, depressão, mucosas secas, ausência de elasticidade da pele - RL, GLICOSE 5% E FISIOLÓGICA – SEMPRE NA V. JUGULAR GLICOSE EM EXCESSO – DIURESE – CUIDADO!! MEDICAÇÕES Alfa-2-agonistas (xilazina, detomidina) Xilazina »Analgesia visceral (10 – 30 minutos dependendo da dor – mesmo receptor da adrenalina) » Sedativo » Relaxamento muscular » Bradicardia com hipotensão »↓ moƟlidade intesƟnal por até 2 horas Detomidina »Ação analgésica (Visceral) » Sedativo » Relaxamento muscular » Bradicardia com hipotensão »Até 3 horas AINES Flunixin Meglumine »Analgésico (1,1 mg/kg) BID »Antipirético »Antitoxêmico (0,25 mg/kg) TID » Eficaz para tecidos moles » 8-12 horas ** APENAS USAR EM CASOS CLÍNICOS – AFIM DE NÃO MASCARAR SINTOMAS P/ CIRURGIA Fenilbutazona »Analgésico »Antipirético » Pequena analgesia visceral » Eficaz para sistema músculo esquelético IV* - causa necrose local Dipirona »Ação curta (1-3 horas) »Dor leve » Potencializa a vasodilatação periférica » Pouco efetiva »Antipirética ESPASMOLÍTICOS N- Butilbrometo de hioscina + dipirona »Analgesia em cólicas espasmódicas (hipermotilidade) » IV ou IM Atropina »Não é recomendada como espasmolítico » Causa cólica em equinos por atonia intestinal NÃO UTILIZAR EM AQUINOS – ATONIA INTESTINAL ESTIMULANTES DE MOTILIDADE – usar em hipomotilidade Cálcio » Estímulos peristálticos (estomago e ceco) »Gluconato de cálcio em solução fisiológica (lento) »Hipomotilidade SEM estrangulamento intestinal » Intestino delgado e distensões de cólon maior Neostigmine » Estimula motilidade do cólon » Reduz a motilidade do jejuno » Retarda o esvaziamento gástrico »Não deve ser usada em comprometimento motor de ID – obstrução, intussuscepção Metoclopramida » Esvaziamento gastroentérico »Atua principalmente em ID e estomago » IV em equinos NUNCA – causa excitação Lidocaína »↑ do fluxo sanguíneo » Combate de íleo adinâmico » Lento » Pode ser feito bolus incial – importante para potencializarefeito » Promove analgesia AFECÇÕES MAIS COMUNS NA SINDROME COLICA Cólica espasmódica » Mais comum afecção »Animais estabulados, que engolem ar » Resolução Clínica – retirar o gás e reduzir hipermotilidade Sobrecarga gástrica – excesso de conteúdo » Comum » Excesso de ração » Volumoso fibroso (fibras de baixa digestibilidade) Enterite anterior (inflamação ID) »Duodenojejunite proximal » Salmonela e Clostridiose »Dor severa » Refluxo (Fétido 10 a 20 L) » Febre »Hipomotilidade »Óbito 24 horas »Neutrofilia Perfuração de reto - palpação inadequada Torção de intestino delgado - grau de isquemia Abscesso e peritonite - torções Deiscência de anastomose - pós cirúrgico - peritonite Tromboembolia de vaso cólico - migração de larvas - migração de trombo - endotoxemia Torção de cólon maior - 180/360 sobre seu eixo AINTIHORARIO Compactação e timpanismo de ceco - acumulo de ingesta ou gás no ceco Compactação de cólon maior -comum - acumulo de ingesta Enterólitos » Centro de deposição » Predisposição ? » CE ingeridos » Fosfato de amônio e sílica » Idade superior a 7 anos – pode ocorrer em animais mais jovens » alimentados somente com Alfafa – rica em cálcio Obstrução por corpo estranho Compactação ou enterólitos em cólon menor Hérnia inguinoescrotal - garanhões com anel inguinal maior - encarceramento de ID Colites - inflamação do colon maior - excesso de aine, atb (oxitetraciclina) INDICAÇÃO CIRURGICA » Severa dor abdominal que responde pouco a terapia analgésica » Líquido peritoneal com aumento significativo de hemácias, proteínas e células brancas » obstruções, compactações severas ou deslocamentos de alças na palpação transretal » Progressiva deterioração no status cardiovascular com diagnóstico incerto » Presença de refluxo gastroentérico Laparotomia exploratória ou celiotomia » Musculatura incisada: - decúbito dorsal - acima da linha branca – incisar as aponeuroses: - Músculo oblíquo abdominal externo - Músculo oblíquo abdominal interno - Músculo reto do abdominal
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