Buscar

2 Roteiro de estudo Síndrome cólica em equinos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
SÍNDROME CÓLICA EM EQUINOS 
Prof. Erica Guirro 
 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE EQÜINO COM CÓLICA 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
CÓLICA EQÜINA 
Cólica 
Abdômen agudo 
Síndrome cólica 
 
A cólica, definida como transtorno agudo do TGI, pode resultar na morte do eqüino conforme o 
grau de comprometimento do TGI, do desequilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-base e da dor do 
paciente. 
 
 
ANATOMIA 
Estômago (A) 
intestino delgado (B) 
duodeno 
jejuno 
íleo 
intestino grosso 
ceco (C) 
cólon (D) 
cólon dorsal direito 
cólon dorsal esquerdo 
cólon ventral esquerdo 
cólon ventral direito 
cólon menor (E) 
reto (F) 
 
EPIDEMIOLOGIA DA CÓLICA 
Incidência difícil de ser estabelecida 
≈ 30%: resolução espontânea ou tratamento doméstico 
População de 100 cavalos: 
4 a 10 casos/ano 
10-15% recidivas  2 a 4 episódios/ ano 
 
 
ETIOLOGIA DA CÓLICA 
Mudanças de manejo: dieta, habitat e/ou atividades físicas 
 
 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
 
EXAME CLÍNICO DO TGI DE EQÜINOS 
Emergência, independente do grau de dor 
Atenção contínua até a resolução do problema 
Atendimento veterinário, exclusivamente 
Buscar o diagnóstico ou aproximar-se dele: 
 identificação, anamnese, exame físico e exames complementares 
 
 
 
 2 
 
 
IDENTIFICAÇÃO Sexo, idade, raça, sexo, etc. 
ANAMNESE 
Manejo 
Dieta alimentar e hídrica 
Controle antiparasitário 
Início e característica do processo 
Manifestação e tratamento de episódios anteriores 
Defecação e micção 
Estado imunitário e reprodutivo 
EXAME FÍSICO 
GERAL 
Inspeção: 
- Atitude, comportamento, aparência externa, forma do abdômen, etc. 
- Mímica de dor, grau e tipo de dor 
- Parâmetros vitais: FC, f, T°, pulso TPC, cor das mucosas, 
hidratação, etc 
EXAME FÍSICO 
ESPECÍFICO 
Exame da boca, esôfago e abdômen (palpação externa, percussão, 
auscultação, etc.) 
EXAMES 
COMPLEMENTARES 
Sondagem nasogástrica 
Abdominocentese 
Palpação retal 
Laboratoriais: hematócrito, proteína total, etc. 
 
 
IDENTIFICAÇÃO 
 
Idade 
Raça 
Sexo 
Pelagem 
Tamanho 
Atividade 
Escore corporal 
Conformação 
Temperamento 
 
 
ANAMNESE 
Histórico 
início dos Sinais Clínicos 
alteração de comportamento antes dos sinais de dor 
medicação já realizada 
 
Episódios anteriores de cólica 
há quanto tempo? 
tipo de tratamentos recebidos? 
restabelecimento do animal? 
 
Rotina do animal e alterações 
condições do habitat 
estado reprodutivo e imunitário 
doenças graves ou traumatismos 
trabalho, intensidade, horário 
programa de vermifugação 
estado de outros animais
 
Dieta 
alimentação: tipo, quantidade e qualidade; programa alimentar; alterações 
água: qualidade e quantidade 
 
 
 
3 
3 
EXAME FÍSICO 
 
alterações clínicas ← SÍNDROME CÓLICA → alterações comportamentais 
 
Sinais Clínicos: 
 Aumento de freqüência cardíaca  25-40bpm 
 Aumento da pressão arterial (PAM, PAS, PAD) 
 Coloração de mucosas: róseas (normal), congestas, toxêmicas, cianóticas 
 Aumento do TPC  1-2seg 
 Aumento da freqüência respiratória  10-20mpm 
 Aumento de temperatura (?)  37,5-38,5°C 
 Desidratação 
 
Alterações Comportamentais: 
 esticar-se 
 ajoelhar-se 
 escavar o chão 
 decúbito freqüente ou tentativas 
frustradas de deitar-se 
 rolar pelo chão 
 debater-se de forma descontrolada 
 depressão ou excitação 
 olhar ansioso e repetido para o flanco e 
abdômen 
 bruxismo e resposta/sinal de Flehming 
 sede espúria = “brincar com a água, sem 
beber” 
 escoicear 
 inapetência 
 tenesmo vesical (espasmo no esfíncter 
da bexiga) 
 sudorese 
 ereções 
 
Auscultação Abdominal: 
 sistemática 
 motilidade intestinal 
 distingüir gás de fluido 
 
 
 
1- cólon menor; 
 
2- intestino delgado; 
 
3- cólon ventral 
esquerdo; 
 
4- ceco; 
 
5- cólon ventral 
direito 
 
 
 
Forma de Notação: 
 
 
esq. dir. 
ceco 
cólon ventral 
direito 
intestino 
delgado 
cólon ventral 
esquerdo 
 
 
Sendo: 
 
- ausência de motilidade 
+- movimento peristáltico incompleto 
+ hipomotilidade 
++ motilidade normal 
+++ hipermotilidade 
 
 
 
 
 
 
 
4 
4 
Sondagem nasogástrica 
 procedimento diagnóstico e terapêutico 
 permite a saída de gases, a retirada do refluxo enterogátrico e, també, auxilia no retorno 
do peristaltismo 
 verificar: 
Aspecto 
Volume 
pH 
 
Considerar: 
Passagem da sonda nasogástrica 
Calibre da sonda / fenestração 
Métodos: 
passivo (bomba de vácuo) 
ativo (sifonagem) 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Abdominocentese: 
coleta de fluido abdominal 
tricotomia e antissepsia 
local: 15 cm caudal ao processo xifóide 
 
Falhas de técnica: agulha (ou cânula) curta ou perfuração de alça intestinal 
 
Fluido Abdominal do Eqüino: 
Células nucleadas/µl 1800-4600 
Neutrófilos (%) 24-62 (43) 
Linfócitos (%) 4-36 (20) 
Macrófagos (%) 17-50 (34) 
Eosinófilos (%) 1-6 (2) 
Eritrócitos/µl 0 
Proteína total (g/dl) 0,5-1,5 
Fibrinogênio (mg/dl) <10 
Densidade específica 1,000 – 1,015 
Cor Amarela 
Turbidez Ligeiramente turva 
 
DECISÃO CIRÚRGICA / INDICAÇÕES CIRÚRGICAS PARA O EQÜINO COM CÓLICA 
Início repentino 
Rápida piora do quadro clínico 
Dor persistente e refratária a analgésicos 
Irresponsividade ao tratamento clínico 
Distensão abdominal severa 
Ausência de motilidade intestinal 
Refluxo gástrico persistente 
Anormalidades na palpação retal 
Fluido abdominal com presença de sangue 
 
 
 
 
 
 
5 
5 
 
TERAPÊUTICA NA SÍNDROME CÓLICA EM EQÜINOS 
 
 
Objetivos do Tratamento 
1. redução da dor 
2. restauração da motilidade 
3. correção e manutenção do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-base 
4. prevenção/tratamento da endotoxemia 
 
 
 
Analgesia 
 flunixin-meglumine: 1,1mg/kg, iv ou im, 1-3 X/dia (1ª escolha) 
 dipirona: 5 a 22mg/kg, IM ou IV, até 4 vezes/dia 
 xilazina: 0,2-0,5mg/kg, iv ou im (analgesia e severa sedação por 10-40min) 
 butorfanol: 0,05-0,1mg/kg, iv ou im (analgesia potente por 10-90min) 
 
Neuroleptoanalgesia: 
 0,4mg/kg xilazina + 0,03mg/kg butorfanol  
 0,4mg/kg xilazina + 0,001mg/kg buprenorfina 
 0,4mg/kg xilazina + 0,04mg/kg meperidina 
 0,4mg/kg xilazina + 0,06mg/kg morfina 
 
 
 
Antiespasmódicos 
Espasmos  dor 
Obstruções simples 
 N-butilescopolamina: 
Bloqueio colinérgico  relaxamento e atonia mm. lisa 
Dose: 0,2 a 0,3mg/kg, IV 
 
 
 
Descompressão 
Sondagem nasogástrica: 
 saída de gases 
 retirada do refluxo enterogástrico 
 auxilia no retorno do peristaltismo 
 
Passagem da sonda nasogástrica 
Calibre da sonda 
Métodos: 
 passivo (bomba de vácuo) 
 ativo (sifonagem) 
 
Tiflocentese/Cecocentese e Colonocentese 
 saída de gases 
 antissepsia cirúrgica 
 catéter 14 ou 16G 
 local: 
Ceco: na fossa paralombar direita, entre a última costela e tuberosidade ilíaca 
Cólon: procedimento idêntico, porém mais perigoso 
AB (peritonite): 
Penicilina G benzatina: 40000UI, cada 48h, im 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
6 
Fluidoterapia 
desidratação > 7% 
 expansão volêmica 
 correção eletrolítica 
 
Fluidoterapia Intravenosa 
Administração rápida de fluido 
 Metade do fluido perdido deve ser reposto na primeira hora 
 Taxa de infusão: 15-30l/hora, por 1-2h 
 
Cateter, equipo longo, frascos de soro (bolsas, bombas) 
Desbalanços eletrolíticos: 
 pH<7,2  fornecer bicarbonato de sódio 
- 500ml de NaHCO3 5%para cada 5 litros de soro sem Ca 
 ↓Cai 
- gluconato de cálcio 20%  125-250ml /cada 5l fluido, até 500ml 
 ↓Mg 
- 1-5g sulfato de magnésio 
 
Tipos de FluidosCristalóides: 
 Ringer simples 
 Ringer lactato 
 NaCl 0,9% 
 hipertônica (NaCl 7,2 à 7,5%) 
4-6ml/kg, 10-30min 
associada à reposição de fluido isotônico 
 
Colóides 
 hidroxietilamido  $$ 
 
Fluidoterapia Oral 
Ausência de refluxo enterogástrico 
Indicada nos casos de compactação 
Ingestão voluntária ou sonda nasogástrica 
5 litros a cada 3 horas 
 
 
 
 
Regulação da Motilidade Intestinal 
Ileus adinâmico ou paralítico: 
 
 hipovolemia 
 hipotensão 
 desbalanço eletrolítico 
 dor 
 enterocolite 
 peritonote 
 endotoxemia 
 isquemia 
 distensão por gás, material líquido ou 
sólido 
 
 
 
 
Fármacos pró-cinéticos  agem sobre a motilidade 
Cisaprida: 0,1 – 0,2mg/kg, iv ou im 
Betanacol: 0,025-0,03mg/kg, sc, 4-6X/dia 
Lidocaína: 1,3mg/kg em 5min + 0,05mg/kg/min infusão continua por mais de 24h, iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Laxantes ou Catárticos 
facilitam o amolecimento das fezes e sua eliminação  compactação 
introdução após a descompressão gástrica 
Principais: 
 Óleo mineral: até 4 litros 
 Psilium: 450g em 4-8 litros de água 
 Dioctyl sodium sulfosuccinate (DSS, 4%): 10-30mg/kg, 8 litros de água, até 2X, QOD 
 Sulfato de magnésio: 0,5-1,0g/kg em 8 litros de água, SID, até 3 dias 
 
 
 
Emolientes 
Lubrificam fezes e mucosas, sem interferir no peristaltismo 
Vaselina, glicerina ou óleo mineral: 
 5 a 10ml/kg, cada 24h 
 
 
 
Antiácidos 
Tamponam a acidez gástrica 
 Hidróxido de magnésio (Leite de Magnésia®) 
 Hidróxido de alumínio (Pepsamar®) 
 Associação de ambos (Mylanta® ou Malox®) 
50ml/100kg, cada 4h 
 
 
 
Inibidor de Receptor H2 
Cimetidina (Tagamet ®): 
 8,8mg/kg, TID, VO ou 4,4 a 6,6mg/kg, TID, IV 
Ranitidina (Antak ®): 
 4,4 a 6,6mg/kg, BID ou TID, VO ou 1,5mg/kg, IV, TID 
Famotidina (Famoset ®): 
 4mg/kg, TID, VO 
Nizatidina (Axid ®): 
 6,6mg/kg, TID, VO 
 
 
 
Inibidor da Bomba de H
+ 
Bloqueia a secreção de HCl 
Omeprazol: 
 1,5mg/kg, SID, VO 
 0,5mg/kg, SID, IV 
 
 
 
Sucralfato 
Polissacarídeo sulfatado com afinidade por áreas lesadas da mucosa (5X) 
1 a 2g/100kg, BID ou TID 
 
é quebrado em sais de alumínio e adere às úlceras 
 
proteção contra a ação do HCl e da pepsina 
 
Antibióticos 
Duodeno-jejunite: 
 Penicilina (20000 a 40000 UI/kg, BID) + metronidazol (15mg/kg, QID) 
Colite: 
 Enrofloxacina (2,5mg/kg, BID, IV) 
 Ciprofloxacina (2,5mg/kg, SID, VO) 
 Ceftiofur (2 a 4mg/kg, BID, IV) 
 
 
8 
 
Suporte Adicional 
observação dos primeiros sinais de laminite, palmilhas amortecedoras 
instituir nutrição adequada assim que houver melhora dos Sinais Clínicos 
acompanhamento do animal até a completa resolução do quadro 
 
 
 
 
 
9 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE CÓLICA EM EQUINOS 
 
 
Cólica Espasmódica 
alterações neurovegetativas (nervosas) 
 
contração da musculatura da parede do intestino 
 
Isquemia 
 
 
 Tratamento: 
 SN 
 Antiespasmódicos  escopolamina 
 Fluidoterapia, se necessário 
 
 
 
 
Sobrecarga Gástrica e Cólica Gasosa 
 
 Dilatação gástrica por: 
 excesso de alimento 
 ingestão de alimentos fermentáveis 
 processos obstrutivos na região do piloro 
 
 Tratamento: 
 SN 
 Alívio da dor 
 Fluidoterapia, se necessário 
 Timpanismo 
 
 
 
Timpanismo 
 
alimentos não digeridos 
 
fermentação 
 
distensão intestinal 
 
redução do peristaltismo 
 
 
 Timpanismo intestinal primário 
 Timpanismo cecal 
 
 
 Tratamento: 
 SN 
 Alívio da dor 
 Descompressão 
 Fluidoterapia, se necessário 
 
 
 
Gastrite e Ulceração Gástrica 
 Potros de 2 dias  adultos (atletas!!!) 
 Sinais de cólica, bruxismo e possível diarreia 
 
 
 
10 
 Tratamento: 
 SN 
 Anti-ácidos (14-21 dias) + sucralfato (potros) 
 Inibidor da bomba H+  omeprazol 
 Suspensão das atividades atléticas 
 
 
 
Duodeno-jejunite Proximal 
 
 Síndrome clínica  inflamação do ID 
 
 Tratamento: 
 Empírico e agressivo! 
 SN – retirada do refluxo 
 Fluidoterapia IV (50-100l/dia na fase aguda) 
 Sol. glicose-aa-vits: Stimovit, Aminovit 
 AINE: flunixim-melglumine (0,5mg/Kg, BID-QID, IM) 
 Risco de Infecção: 
 Penicilina (20000 a 40000 UI/kg, BID) + metronidazol (15mg/kg, QID) 
 + gentamicina ou cefalosporina 
 Laparotomia exploratória??? 
 
 
 
Colite ou Colite X 
 
 Agressivo 
 SN 
 Fluidoterapia 
 AINEs: flunixim meglumine: 0,5mg/Kg, BID – QID, IM 
 Carvão ativado: Enterex 
 Tratamento antimicrobiano: 
 Enrofloxacina (2,5mg/kg, BID, IV) 
 Ciprofloxacina (2,5mg/kg, SID, VO) 
 Ceftiofur (2 a 4mg/kg, BID, IV) 
 Óleo mineral e/ou sulfato de magnésio – eliminação de CHOs  endotoxinas 
 
 
 
Compactação 
 
 
acúmulo de alimentos em qualquer parte do TGI 
 
bloqueio total ou parcial do trânsito do conteúdo intestinal 
 
 Geralmente: 
 alimentos de baixo valor nutricional 
 baixa ingestão de água 
 água com areia 
 
 
 
 Tratamento: 
 SN 
 Alívio da dor 
 Fluidoterapia intesna  reposição da volemia: 
 Reequilíbrio hidro-eletrolítico 
 Amolecimento da massa compactada 
 Laparotomia exploratória 
 
 
 
 
11 
Deslocamentos e Torções 
 
 
 Fatores predisponentes: 
 poucos pontos de fixação do intestino  movimentação das alças intestinais 
 
 
 Fatores desencadeantes: 
 alterações dos movimentos intestinais, principalmente: 
 diarréias 
 movimentos intestinais bruscos 
 rolamento 
 
 
 Conseqüências: 
 obstrução da passagem do conteúdo intestinal 
 Prejuízo da irrigação sanguínea  morte tecidual 
 As lesões são mais graves conforme a proximidade ao estômago 
 Torção da raiz do mesentério!!! 
 Sinais Clínicos: 
 Dor intensa e incontrolável 
 Rápida deterioração do estado clínico 
 Deslocamentos e Torções – cont. 
 
 Diagnóstico: 
 Palpação retal 
 Abdominocentese 
 Laparotomia exploratória 
 
 Tratamento: 
 SN 
 Fluidoterapia, se necessário 
 Laparotomia exploratória 
 
 
Enterolitíase 
 
 Enterólitos = cálculos intestinais encontrados no IG (cólon menor) 
 
 Composição: 
 sais de fósforo e magnésio precipitados num pequeno núcleo 
 pequenos pedaços de plástico, borracha, esponja, arame e pedriscos 
 Tamanho, peso e número variável 
 5 a 15 centímetros de diâmetro 
 200g a 3,6kg 
 velocidade de formação é desconhecida (2 anos???) 
 
 patogenia é incerta, mas parece ser multifatorial: 
 elevado consumo de proteína e magnésio 
 alfafa 
 farelo de trigo 
 
 Alta incidência em determinadas áreas geográficas: 
 solo, pasto e água 
 
 confinamento e menor tempo de pastoreio e exercícios 
 
 Diagnóstico: 
 
 palpação retal: somente 40% da cavidade abdominal é palpável 
 líquido peritoneal normal, exceto quando há necrose compressiva 
 laparotomia exploratória 
 
 
 
12 
 Tratamento: 
 SN 
 laparotomia pela linha média (ou flanco em alguns casos) 
 taxa de sobrevida: 80-90% 
 redução da taxa: 
 lesão na parede da alça intestinal 
 localização do enterólito em porções não exteriorizáveis 
do intestino 
 peso excessivo do enterólito 
 
 
Hérnia Ínguino-escrotal 
 
 Exame físico: 
 Visual 
 Palpação 
 Encaminhamento imediato para a cirurgia 
 Tratamento: 
 Herniorrafia 
 Orquiectomia? 
 
 
Intussuscepção 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
1. Colahan, P. T.; Mayhew, I. G.; Merritt, A. M.; Moore, J. N. Eqüine Medicine and Surgery. 
Missouri: Mosby, 1999 (5
a
 ed.), v.1 e 2 
2. Speirs, V. C. O Sistema Alimentar. In.: __ Exame Clínico de Eqüinos. São Paulo: Artmed, 
1999. p.269-306. 
3. Goloubeff, B. Abdome Agudo Eqüino. São Paulo: Varela, 1993. 
4. Smith, B. P. Tratadode Medicina Interna de Grandes Animais. São Paulo: Manole, 1994, v. 
1 e 2. 
5. Mair, T.; LOVE, S.; Schumacher, J.; Watson, E. Equine Medicine, Surgery and 
Reproduction. Philadelphia: Saunders, 1998. 
6. Viana, F. A. B. Fundamentos de Terapêutica Veterinária – ed.2000. Disponível 
http://www.vet.ufmg.br/clinica, em 24/05/2006 
7. Murray, M. J. The Gastrointestinal System. In.: Robinson, N. E. Current Therapy in Equine 
Medicine – 4. Philadelphia: W. B. Saunders, 1997. p.165-191.

Continue navegando