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Resumo - Síndrome da Exaustão em Equinos

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Síndrome do Cavalo Exausto
Introdução
A Síndrome do Cavalo
Exausto ou Exaustão é uma
condição associada aos animais
que participam de eventos que
requerem a sustentação do
exercício por períodos prolongados
(enduro). Esses cavalos são levados
ao limite de sua capacidade física,
quando as reservas orgânicas de
água e eletrólitos, além de energia
são utilizadas no seu máximo. O
quadro clínico é complexo,
podendo desenvolver apatia, cólica,
rabdomiólise, diarréia e
insuficiência renal.
Etiologia
Ligada ao trabalho
prolongado. Para cada hora de
exercício submáximo é necessário a
evaporação de 8 a 10 litros de suor.
Com a perda de líquidos e
eletrólitos, há danos na
homeostasia, na termorregulação e
nos mecanismos cardiovasculares.
Os equinos se tornam severamente
desidratados, podendo progredir
para um choque hipovolêmico.
Concomitantemente a
desidratação, temos esgotamentos
das reservas energéticas e a
termorregulação fica
comprometida.
Patogenia
As alterações observadas na
exaustão estão associadas,
inicialmente, à perda de água e de
eletrólitos, mais tarde, ao
esgotamento das reservas de
energia, e finalmente à
incapacidade de controlar o
aumento da temperatura corporal.
A desidratação altera a
volemia e tardiamente a
integridade e volume celular.
Alterações eletrolíticas prejudicam
a contração muscular, condução
nervosa e reações enzimáticas
importantes.
A insuficiência parcial do rim
está ligada a ao esgotamento do
sódio (devido a sudação),
associado a desidratação resulta
em diminuição da volemia, aumento
da viscosidade sanguínea,
inadequada perfusão tecidual e
transporte ineficiente de oxigênio e
substratos. Nos casos mais graves
de exaustão com hiponatremia,
apresenta-se fadiga, diarreia, sinais
neurológicos centrais e espasmos
musculares, evoluindo para o óbito
devido ao colapso de inúmeros
mecanismos orgânicos.
A diminuição de cloro
estimula a mobilização renal de
bicarbonato no esforço de manter
o equilíbrio eletrolítico do meio. O
aumento plasmático de íons
bicarbonato promove o
desenvolvimento de alcalose
metabólica.
O esgotamento das reservas
de glicogênio leva à diminuição da
produção de ATP e de recaptação
de Ca⁺⁺ pelo retículo
sarcoplasmático. A diminuição de
cálcio no retículo sarcoplasmático
está relacionada ao
desenvolvimento de fadiga.
Sinais Clínicos
Os primeiros sinais estão
associados à desidratação:
aumento da FC e FR, redução do
turgor cutâneo, aumento do TPC,
pulso fraco ou filiforme e
diminuição da distensibilidade
jugular.
Quanto à dificuldade de
termorregulação, a temperatura
retal pode ficar entre 40 e 42ºC.
Podem ser vistos espasmos
musculares, perda do tônus anal,
contração espamódica dos
músculos abdominais e cólica.
Animais severamente
afetados apresentam rabdomiólise
exercional , insuficiência renal
secundária, necrose muscular e
mioglobinúria, disfunção hepática,
disfunção gastrointestinal, laminite
e desordens do SNC.
Diagnóstico
Aparecimento dos sinais
clínicos após a realização de
exercícios físicos de longa duração,
mas geralmente é confirmado após
exames laboratoriais e resposta do
paciente à terapia específica.
Exames laboratoriais
recomendados: hematócrito,
proteínas totais e eletrólitos.
Terapêutica
Animais acometidos devem receber
cuidados emergenciais visando:
controle da temperatura corporal,
recomposição da volemia,
estabelecimento do equilíbrio
ácido-base e correção dos déficits
energéticos.
Controle da temperatura -
resfriamento corporal por meio de
ventiladores com aspersores de
água gelada.
Recomposição da volemia -
reposição hídrica (lembrar que
equinos só ingerem líquidos
contendo eletrólitos se forem
previamente ensinados a fazê-lo).
Restabelecimento do volume
sanguíneo - fluidos podem ser
administrados via sonda
naso-gástrica ou intravenosa.
Correção de débitos
eletrolíticos e energéticos - Ringer
simples com Glicose a 5%.
Fármacos anti inflamatórios
para controle da dor muscular
podem ser usados, mas depois de
hidratar o paciente (risco de lesão
renal).
Os animais não devem ser
transportados pelo período de 12 a
24 horas e devem manter repouso,
pois atividades podem agravar o
quadro e induzir a rabdomiólise.

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