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Competência Jurisdicional

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COMPETÊNCIA
1. CONCEITO
	Competência é a limitação ao exercício legítimo da jurisdição, ou seja, é o “o poder que tem um órgão jurisdicional de fazer atuar a jurisdição diante de um caso concreto”. Como diria CHIOVENDA, “é o conjunto de causas nas quais o órgão jurisdicional pode exercer, segundo a lei, a jurisdição”. O juízo incompetente, portanto, exerce esse poder de modo ilegítimo, razão pela qual seus atos podem vir a ser anulados.
2. VOCABULÁRIO ESSENCIAL PARA O ESTUDO DA COMPETÊNCIA
Foro: município ou conjunto de municípios sujeito à competência de um ou vários juízos de primeiro grau.
Comarca: o mesmo que foro.
Fórum: imóvel que serve de sede para os órgãos jurisdicionais de uma comarca.
Juízo: cada um dos órgãos jurisdicionais instalados na comarca.
Vara: o mesmo que juízo.
Seção judiciária: nome que se dá à divisão da Justiça Federal (art. 110 da CF) correspondente à área de um estado federado e ao DF.
Circunscrição judiciária: nome que se dá às subdivisões da Seção Judiciária nos estados federados e no DF. 
Instância: grau de jurisdição.
Entrância: divisão e classificação administrativa das comarcas.
3. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL (arts. 88 e 89 do CPC)
	Quando o CPC fala, nos arts. 88 e 89, em competência internacional ele está querendo se referir, na verdade, às situações em que a República Federativa do Brasil terá competência para atuar nos conflitos subjetivos envolvendo estrangeiros. Como não há uma ordem jurídica supranacional que defina a competência de cada um dos estados internacionais nesses casos, cabe a cada um deles, no exercício de sua soberania, estabelecer as demandas em que atuará, isolada ou conjuntamente, perante outros estados. 
	Por meio das regras de competência internacional fixa-se:
As situações de direito material que podem ser julgadas pelo judiciário brasileiro;
As situações em que se admite sejam válidas e eficazes as decisões de outros países, desde que convalidadas pelo STJ (art. 105, I, “i”, da CF);
Os casos em que somente as decisões do Poder Judiciário nacional podem produzir efeitos no Estado Brasileiro.
Os casos do art. 88 são hipóteses de competência concorrente, ou seja, casos em que tanto o Poder Judiciário do Brasil quanto o poder judiciário de outros estados podem atuar. Já os casos do art. 89 são de competência exclusiva. Nestes, só o Poder Judiciário brasileiro tem competência para agir, sendo inválidas e ineficazes no nosso território as decisões proferidas por órgãos judiciários estrangeiros. Confira-se o texto dos dispositivos citados:
Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III – a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no n. I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. 	
Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II – proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
Atente-se para o fato de que as regras fixadas no art. 89 têm o condão de garantir a integridade do território nacional. É que, sendo tal elemento essencial à constituição de qualquer estado, pois é nessa base que seu povo se estabelece e é ali onde as relações entre eles se desenvolvem, decisões estrangeiras a seu respeito poderiam causar instabilidade e terminar pondo em risco a própria ideia de soberania. Descabido, portanto, a outros estados disciplinar algo sobre propriedade de bens imóveis situados no Brasil.
	O contrário ocorre com as hipóteses do art. 88 do CPC. Logo, como o dispositivo não regula nada a respeito da propriedade de bens imóveis, tanto a autoridade judiciária brasileira quanto a estrangeira poderão atuar. Não se esqueça de que se elas atuarem conjuntamente, prevalecerá a decisão nacional, salvo se aquela oriunda de estado estrangeiro for proferida e acabar sendo homologada antes da decisão proferida entre nós pelo STJ (art. 105, I, “i”, da CF). 
4. CRITÉRIOS DE DIVISÃO DE COMPETÊNCIA INTERNA
	Os critérios propostos pela doutrina para dividir-se internamente a competência são os seguintes:
Material (que leva em conta o tipo de conflito submetido à apreciação do Judiciário) (art. 102, I, da CF�);
Pessoal (que leva em conta quem são os sujeitos envolvidos na demanda) (art. 109, I, da CF�);
Territorial (que leva em conta a relação que os dados objetivos e subjetivos da demanda mantêm com um dado território) (arts. 94 e 100, I, II, do CPC);
Valor da causa (que leva em conta o valor atribuído à causa para fixar competência);
Funcional.
	Os quatro primeiros desses critérios (material, pessoal, territorial e do valor da causa) tomam por base, para fixar a competência dos órgãos jurisdicionais, um dado específico da lide que foi deduzida em juízo. Ora é a matéria deduzida, ora é a pessoa que integra a lide ou o território do ato ou fato ocorrido, ora é o valor que se atribui à causa. Enfim, nessas hipóteses dados da causa são tomados para fixar-se competência.
O mesmo não ocorre com relação ao critério funcional. É que, aqui, se leva em conta não aspectos da demanda, mas sim o exercício de determinada função pelo julgador. Imagine-se a seguinte situação: alguém ajuíza ação de indenização por danos morais perante juiz de direito e perde. Caso queira recorrer, a quem dirigirá sua súplica? Ao Tribunal de Justiça. Isso porque a competência do Tribunal é fixada tomando-se por base uma função específica, qual seja, a de julgar o recurso de apelação. Não se leva em consideração aspectos da demanda para se fixar competência. 
5. PRINCÍPIOS DA COMPETÊNCIA
	Dois, basicamente, são os princípios reitores da competência: (a) perpetuação da jurisdição (perpetuatio iurisdictionis); e (b) juiz natural. 
	O primeiro deles está previsto textualmente no art. 87 do CPC, que diz:
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia. 
	Como se vê, por força deste princípio, os critérios para determinação de competência deverão ser aferidos por ocasião da propositura da ação, pouco importando as mudanças de fato ou de direito que ocorrerem depois. Essa regra só não vale quando (1) o órgão judiciário for suprimido ou (2) a competência em razão da matéria ou da hierarquia for alterada. Por conseguinte, se alguém mudar de endereço ou se divorciar no curso do processo, ou se o imóvel questionado for vendido a terceiros nesse ínterim, não vai se alterar a competência anteriormente firmada.
	O princípio do juiz natural aplicado à competência estabelece, essencialmente, a garantia às partes de que elas só serão processadas por órgão jurisdicional cuja competência decorra de regras contidas na Constituição Federal. Ou seja, se a competência tiver sido distribuída sem que se tenha observado as regras de competência constitucionais, o exercício dela será indevido. Isso poderá, a depender da espécie de incompetência, gerar a nulidade dos atos praticados e provocar inúmeros outros desdobramos no processo.
6. NATUREZA E REGIME JURÍDICO DOS CRITÉRIOS DETERMINANTES DA COMPETÊNCIA
	O que se tentará demonstrar aqui é que os critérios determinativos de competência (material, pessoal, território, valor da causa e funcional) não têm todos a mesma força. De fato, uns são estabelecidos tendo em vista o interesse público preponderante, ao passo que outros tomam por base o interesse particular dos litigantes. 
	Levando-se em conta o interesse prevalente (sepúblico ou particular), a competência se subdivide em: (a) competência absoluta e (b) competência relativa, respectivamente. Se encaixam na competência absoluta os seguintes critérios determinativos: 
Material;
Pessoal; e
Funcional.
Por sua vez, são critérios relativos de competência:
Territorial; e
Valor da causa.
	Essa classificação da competência traz diferenças de considerável monta no tocante aos regimes jurídicos aplicáveis. Regras mais rígidas num, menos rígida noutro; invalidade total dos atos num, invalidade parcial noutro. O quadro abaixo tentará realçar essas particularidades. Veja-se:
	COMPETÊNCIA ABSOLUTA
	COMPETÊNCIA RELATIVA
	Fundada em interesse público
	Fundada em interesse particular
	Instituída por norma indisponível
	Instituída por norma disponível
	Incompetência absoluta é cognoscível de ofício
	Incompetência relativa é cognoscível mediante alegação da parte interessada, salvo a exceção do art. 112, parágrafo único do CPC.
	A incompetência absoluta é cognoscível a qualquer tempo de grau de jurisdição ordinário.
	A incompetência relativa é cognoscível até o prazo da resposta do réu, sob pena de, não alegada, sanar-se o vício (prorrogação tácita de competência).
	A incompetência absoluta deve ser alegada pelo réu na contestação. Caso não o faça, pode, posteriormente, ser alegada por meio de simples petição.
	A incompetência relativa deve ser alegada no prazo da resposta do réu, por meio de exceção de incompetência, que é uma peça de defesa autônoma. 
	A incompetência absoluta gera nulidade absoluta, que não se extingue nem com o trânsito em julgado.
	A incompetência relativa gera nulidade relativa, que, se não for corrigida no prazo estipulado pela lei (resposta do réu), é convalidada, ou seja, deixa de existir. 
	A incompetência absoluta é um vício que enseja o emprego de ação rescisória.
	A incompetência relativa não dá azo à ação rescisória.
7. MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA (HIPÓTESES DE PRORROGAÇÃO)
	Como visto, a competência relativa é fixada tendo por base a preponderância do interesse das partes. Por isso, sua modificação é possível. O mesmo, contudo, não se pode dizer da competência absoluta, já que fixada com base no interesse público. A modificação da competência relativa, no direito processual civil brasileiro, opera-se por três formas: (a) prorrogação por vontade legal; (b) prorrogação por vontade tácita; e (c) prorrogação por vontade expressa.
	A primeira delas - prorrogação por vontade legal – ocorre nos casos de conexão e continência. Conexão e continência são institutos processuais (previstos nos arts. 103 e 104 do PC) em que apenas alguns dos elementos da ação – e não todos – coincidem, o que fez com que o legislador determinasse a reunião perante um só juízo desses processos. A finalidade precípua da reunião desses processos é evitar que as decisões sejam díspares e causem, assim, insegurança jurídica. Atente-se, contudo, para o fato de que nem sempre a reunião ocorrerá, pois como a finalidade desta é evitar decisões conflitantes, se uma das causas conexas ou continentes já tiver sido julgada não será o caso de reunião. Vale dizer: a reunião de ações conexas ou continentes não é obrigatória. Dá base a esse entendimento o teor da Súmula 235 do STJ, cujo teor diz: “A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado”.
	A segunda – prorrogação por vontade tácita – se configura quando, não sendo o caso de conexão ou continência, a parte interessada em arguir a incompetência relativa deixa de apresentar exceção declinatória de foro. Há, aí, nítida manifestação tácita de sua vontade no sentido de prorrogar a competência de um órgão que inicialmente não a possuía. Exemplo típico desse tipo de situação é o caso da mulher que, numa ação de divórcio, é demandada fora de seu domicílio, mas, mesmo assim, e rejeitando a proteção do art. 100, I, do CPC, opta por responder à demanda em outra comarca.
	Por último, a terceira hipótese de prorrogação de competência relativa - prorrogação por vontade expressa – dá-se quando as partes, fazendo uso da prerrogativa conferida pelo legislador, firam, de comum acordo, o chamado foro de eleição. Foro de eleição nada mais é do que cláusula prevista em acordo de vontades por meio da qual se estabelece foro para processamento e julgamento de demandas futuras. Veja-se que nesse caso o legislador prevê, sim, hipoteticamente, um foro como sendo o competente. Portanto, caso as partes nada disponham a respeito do foro de eleição, prevalecerá aquele previsto pelo legislador. 
8. REGRAS GERAIS PARA FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL NO CPC
	A regra geral para fixação de competência, prevista no art. 94 do CPC, estabelece que as ações pessoais e as ações reais sobre bens móveis deverão ser ajuizadas no domicílio do réu. É a comarca do domicílio do réu, portanto, o foro competente para as ações contra ele dirigidas que tenham por base direito pessoal ou direito real sobre bens móveis.
	Caso a relação seja fundada em direito real e diga respeito a bens imóveis, o foro competente será o da situação da coisa. Esse caso é, segundo doutrina renomada, uma espécie de competência territorial absoluta. Ou seja, sua mudança (prorrogação) não é possível, devendo prevalecer o disposto no CPC, no art. 95. Não se enquadram nesse caso, ou seja, seguem a regra geral de que as demandas são propostas no domicílio do réu, as ações lastreadas em direitos reais sobre bens imóveis que não digam respeito a direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova. Exemplo desse tipo de situação é a ação fundada em direito real sobre bem imóvel que diga respeito ao direito de superfície. Aqui, prevalecerá, ainda que a demanda esteja lastreada em direito real sobre bem imóvel, a norma geral do art. 94, segundo a qual a ação será proposta no domicílio do réu.
9. REGRAS ESPECIAIS PARA FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL NO CPC E EM LEIS EXTRAVAGANTES
	Ao lado das regras gerais acima fixadas – previstas nos arts. 94 e 95 do CPC – há, ainda, as chamadas regras especiais para fixação de competência territorial previstas tanto no próprio CPC quando na legislação extravagante. Vejamos algumas delas:
A demanda fundada em direito pessoal em que o incapaz for réu deverá ser ajuizada no foro do domicílio de seu representante (art. 98 do CPC);
A demanda em que o réu for ausente, será proposta no último domicílio deste (art. 97, do CPC);
A demanda para o divórcio e para a anulação de casamento deve ser proposta no foro da residência da mulher (art. 100, I, do CPC);
A demanda em que se pleiteiam alimentos deve ser proposta no foro do domicílio do alimentando, ou seja, daquele que pleiteia alimentos (art. 100, II, CPC);
A demanda em que se requer a reparação de dano deve ser aforada na comarca em que ocorreu o ato ou fato (art. 100, V, “a”, do CPC);
A demanda fundada em relação de consumo deve ser proposta no foro do domicílio do consumidor (art. 101, I, do CDC). Essa regra, contudo, por ser territorial absoluta pode ser prorrogada
Nas ações de reparação de dano sofrido em razão de delito ou de acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato (art. 100, parágrafo único, do CPC);
Todas as demandas previstas na Lei de Locações (Lei nº 8.245/91), embora tenham natureza pessoal, devem ser ajuizadas no foro da situação da coisa, salvo convenção em sentido contrário. (art. 58, I, da LL);
As ações contra pessoa jurídica deverão ser ajuizadas no lugar onde está a sua sede, assim prevista em seus estatutos (art. 100, IV, “a”, do CPC). Se se tratar de agência ou sucursal e a demanda versar sobre obrigações por elas contraídas, a competência será, aqui, não da sede, mas do lugar da respectiva agência ou sucursal (art. 100, IV, “b”, do CPC). Por último, se a ação disser respeito às sociedades de fato, o foro competente será o do lugar de sua atividade principal (art.100, IV, “c”, do CPC).
10. MÉTODO PARA A DEFINIÇÃO DE ÓRGÃO COMPETENTE
	A identificação do órgão competente passa pelos seguintes passos:
O julgamento da demanda incumbe a algum tribunal de superposição (STJ ou STF)? A resposta a esse questionamento deve ser dada tomando-se por base o disposto nos arts. 102 e 105 da CF/88;
De qual das justiças é a competência para o julgamento das demandas: da comum (estadual ou federal) ou das especializadas? Mais uma vez é a CF/88 que dirá a competência de cada uma delas.
No âmbito da Justiça competente, a competência é dos órgãos superiores (competência originária dos tribunais) ou dos órgãos inferiores (competência dos juízos singulares)?
Qual o foro competente para processar e julgar a demanda? 
Qual das juízos será o competente?
CASO PRÁTICO 1: RAÍ, residente em Cajazeiras-PB, sofre acidente de trânsito em Cabedelo-PB, provocado por JEFFERSON, o que lhe gera prejuízos materiais em torno de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Quem deve ser o órgão competente para processar e julgar a demanda proposta por RAÍ contra JEFFERSON?
RESPOSTA: incide, na hipótese, o art. 100, parágrafo único, do CPC, ou seja, a ação tanto poderá ser proposta em Cajazeiras-PB, domicílio do autor, ou em Cabedelo-PB, lugar do acidente.
CASO PRÁTICO 2: JOANA é possuidora de uma área há vinte anos, no município de João Pessoa-PB. Conforme se verifica no Registro Geral de Imóveis, o terreno está registrado em nome de MARIA. A área se confronta com terreno de marinha. Pergunta-se: quem é o órgão competente para processar e julgar a demanda de usucapião que JOANA irá propor?
RESPOSTA: A Justiça Federal de primeira instância da capital, pois sendo o imóvel usucapiendo confrontante com terreno de marinha, há interesse da União na lide, na condição de confinante. Isso atrai a competência do Juiz Federal da capital em primeira instância.
� Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição Federal, cabendo-lhe: I – Processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
� Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidente de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

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