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Resumo - Helmintos

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1 - SCHISTOSOMA MANSONI
Popularmente conhecida como: Doença do Caramujo ou barriga d’água.
1. CLASSIFICAÇÃO GERAL DO SCHISTOSOMA
• HELMINTO Corpo achatado
• CLASSE Trematoda
• ORDEM Digenea
• FAMÍLIA Schistosomatidae
• GÊNERO Schistosoma
• ESPÉCIE Schistosoma mansoni (África, Antilhas, Brasil)
Schistosoma haematobium (Egito / urina)
Schistosoma japonicum (China, Japão / fezes)
Schistosoma intercalatum (África Central)
Schistosoma mekongi
2. MORFOLOGIA
Fêmea: 
• Mede cerca de 1,5 cm;
• É maior e tem cor mais escura que o macho;
• Corpo dividido em duas porções: anterior e posterior. Na metade anterior encontramos a ventosa oral e o acetábulo. A metade posterior é preenchida pelas glândulas vitelogênicas (ou vitelinas) e o ceco.
Macho:
• Mede cerca de 1,0 cm;
• Tem cor esbranquiçada;
• Corpo dividido em duas porções: anterior e posterior. Na metade anterior encontramos a ventosa oral e a ventosa ventral (acetábulo) e na região posterior encontramos o canal ginecóforo (local onde o macho abriga a fêmea para a cópula).
Ovo:
• Mede cerca de 150µm;
• Formato oval e na parte mais larga apresenta um espículo (característica específica do ovo de Schistosoma Mansoni).
Miracídio:
• Tem forma cilíndrica;
• Apresenta células epidérmicas onde se implantam os cílios – que permitem o movimento no meio aquático-;
• Presença da papila apical ou terebratorium onde estão presentes as células sensitivas que ajudam no processo de penetração nos moluscos;
• Vivem cerca de 8 a 10 horas;
• Cada miracídio já leva definido o sexo das cercarias que serão produzidas.
Esporocisto: 
• São saculações germinativas que sofrem diferenciação por mitose.
• Esporocisto: Primário (I), Secundário (II) e Terciário (III). Apenas o esporocisto terciário dará origem às cercárias.
Cercárias:
• Comprimento de 500µm;
• Possuem cauda bifurcada;
• Apresentam ventosa oral, onde estão localizadas as glândulas de penetração;
• Perdem a cauda no processo de penetração no hospedeiro definitivo.
Caramujo:
• Gênero – Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea, Biomphalaria tenagophila.
• Forma infectante do hospedeiro intermediário: ovo com miracídio.
3. HÁBITAT
• Vermes adultos: Sistema Porta Hepático;
• Acasalamento e Postura: ramos terminais da veia mesentérica inferior na altura do plexo hemorroidário.
4. CICLO BIOLÓGICO
• Heteroxênico: pois tem hospedeiro definitivo (homem) onde ocorre reprodução sexuada e intermediário (caramujo) onde ocorre a reprodução assexuada.
• No homem ocorre a reprodução sexuada.
5. TRANSMISSÃO
• Penetração ativa das cercárias através da pele e/ou mucosa.
• Áreas mais atingidas: pés e pernas.
• Locais de maior transmissão: valas de irrigação, açudes, pequenos córregos.
6. PATOGENIA – Origem da Doença.
• Fatores epidemiológicos: idade, sexo, estado nutricional e lugar.
• Alta carga parasitária pode causar dermatite cercariana (sensação de comichão).
7. FORMA TOXÊNICA – Sintomas.
• Sudorese
• Calafrios
• Esplenomegalia
• Alterações das transaminases (enzimas encontradas no fígado).
8. MEDIDAS DE PROFILAXIA
• Saneamento básico
• Educação sanitária
• Tratamento dos doentes
• Combate ao molusco presentes nos focos peridomiciliares através de moluscocidas.
9. ASCITE OU BARRIGA D’ÁGUA
• Causa hepatomegalia, 
• esplenomegalia, 
• vasodilatação, 
• aumento da pressão portal e; 
• aumento da cavidade abdominal
• ativação da circulação colateral.
2 - ASCARIS LUMBRICOIDES
Popularmente conhecidos como: Lombriga ou bicha.
1. CLASSIFICAÇÃO
• Ordem: Ascaridida
• Família: Ascarididae
• Gênero: Ascaris
• Espécie: Ascaris lumbricoides
2. MORFOLOGIA
Macho:
• Mede 20 a 30 cm;
• Cor leitosa;
• Boca contornada por três lábios;
• Dois espículos iguais que funcionam como órgãos acessórios da cópula;
• Sem gubernáculo;
• Extremidade posterior recurvada.
Fêmea:
• Mede 30 a 40 cm;
• Mais grossa que o macho;
• Cor, boca e aparelho digestivo semelhantes aos do macho;
• Extremidade posterior é retilínea.
Ovo:
• Cerca de 50µm de diâmetro;
• São originalmente brancos e adquire cor castanha devido contato com as fezes;
• Possuem duas membranas internas e uma externa Mamilonada (constituída por mucopolissacarídeos);
• São Gel-hemintos.
Larva Rabditóide L1 e L2.
• Caracterizada por esôfago Rabditóide (claviforme), termina no bulbo cardíaco.
Larva Filarióde L3.
• Caracterizada por esôfago Filarióde (filiforme).
3. HÁBITAT
• Forma adulta: Intestino Delgado (jejuno e íleo).
4. CICLO BIOLÓGICO
• Monoxênico;
Os ovos são eliminados através das fezes no meio ambiente e no solo se desenvolvem em L1, L2 e L3. A L3(forma infectante) ao ser ingerida sofre ação do suco gástrico e ocorre a saída de L3 no Intestino Delgado, uma vez liberadas, essas larvas penetram a mucosa intestinal, caem na corrente sanguínea e passam pelo fígado, coração direito chegando nos pulmões (ciclo de LOSS), lá elas sofrem muda para L4 rompem os capilares e caem nos alvéolos pulmonares, onde mudam para L5. Sobem pela árvore brônquica chegando até a faringe onde podem ser ingeridas ou expelidas. Se ingeridas, elas atravessam o estômago fixando-se no intestino delgado, onde se transformam em vermes adultos, alcançam a maturidade sexual, ocorre a cópula e postura de ovos que são encontrados nas fezes do hospedeiro.
→ Síndrome de Loüffler.
• É o conjunto de alterações em conseqüência da passagem das larvas pelos pulmões. 
→ Ciclo Pulmonar ou Ciclo de Loss.
• Os vermes do Ascaris lumbricóides realizam o ciclo pulmonar, pois é nos pulmões que ocorre a mudança de L4 para L5.
5. TRANSMISSÃO
• Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a L3;
• Poeira, aves e insetos (moscas e baratas) são capazes de veicular mecanicamente ovo de A. lumbricoide.
6. PATOGENIA
• Responsáveis: Larva L3 e o verme adulto.
Larva: 
• Causa lesões hepáticas e pulmonares.
Verme Adulto:
Vão ter quatro ações patogênicas.
• Ação Espoliadora: Ocorre quando os vermes consomem grande quantidade de nutrientes (Lipídios, Carboidratos e Vitaminas em especial A e C) do hospedeiro levando-o a subnutrição e depauperamento físico e mental.
• Ação Mecânica: Os vermes causam irritação na parede intestinal e podem enovelar-se, causando obstrução da via intestinal.
• Ação Tóxica: Ocorre quando há reação no combate entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro.
• Ação Ectópica: Ocorre devido o aumento da carga parasitária, o que ocasiona o deslocamento dos vermes do seu habitat normal (Intestino Delgado) para qualquer órgão do corpo do hospedeiro.
→ Sintomas.
• Cólicas.
• Má digestão.
• Náuseas.
• Sono intranqüilo.
• Ranger dos dentes.
• Manchas brancas na pele.
→ Fatores que interferem na prevalência da Ascaris lumbricóides.
• Baixo nível socioeconômico.
• Precárias condições de saneamento. 
• Má educação sanitária
7. MEDIDAS DE PROFILAXIA
• Melhoria das condições de saneamento básico;
• Construção de fossas sépticas;
• Educação sanitaria;
• Lavar as mãos antes de tocar os alimentos;
• Tratamento das pessoas parasitadas;
• Proteção dos alimentos contra insetos.
3 - TRICHURIS TRICHIURA
1. CLASSIFICAÇÃO:
• Classe: Nematoda
• Ordem: Trichuroidea
• Família: Trichuridae
• Gênero: Trichuris
• Espécie: Trichuris trichiura
2. INTRODUÇÃO:
A infecção por Trichuris trichiura possui distribuição cosmopolita , sendo estimado que cerca de um bilhão de pessoas estejam infectadas no mundo. Apesar de estar amplamente distribuída, a tricuríase é mais prevalente em regiões de clima quente e úmido e com as condições sanitárias precárias, que por conseqüência, favorecem a contaminação ambiental e a sobrevivência dos ovos do parasito.
3. MORFOLOGIA:
Verme adulto –
Mede de 3 – 5 cm de comprimento;
Machos menores que as fêmeas
Na extremidade anterior localizam-se: boca (abertura simples e sem lábios, seguida por um esôfago longo e delgado que ocupa 2/3 do comprimento total do verme. Na porção final, oesôfago apresenta-se como um tubo de parede delgada, rodeado por uma camada de unicelular de grandes esticócitos)
Na extremidade posterior, cerca de 1/3 do comprimento total correspode a porção alargada, local este em que está localizado o sistema reprodutor simples e o intestino que termina no ânus.
São dióicos e com dimorfismo sexual 
Macho: Mede cerca de 3 cm, possui testículo único, canal deferente, canal ejaculador que termina com um espículo.
Fêmea: Mede cerca de 4cm, possui ovário, oviduto, útero e vagina.
Ovos: Medem cerca de 50-55 µm (comprimento) x 22 µm (largura), apresenta um formato elíptico e a casca formada por três camadas: Camada externa (lipídica), Camada intermediária (quitinosa) e a Camada interna (vitelínica), o que favorece a resistência destes ovos à fatores ambientais.
4. HABITAT:
Os vermes adultos vivem no intestino grosso, porém dependendo do grau de infecção eles podem viver no ceco e colo ascendente quando a carga parasitária estiver menor ou caso contrário, no colo descendente, reto e até no íleo.
5. CICLO EVOLUTIVO:
Ele é do tipo monoxeno, em que fêmeas e machos habitam o intestino grosso se reproduzem sexuadamente e os ovos são eliminados para o meio externo através das fezes. Estima-se que esses vermes tenha sobrevida de 3 a 4 anos. Por dia chegam a ser eliminados cerca de 7.000 ovos. Vale ressaltar também que para que ocorra o desenvolvimento do ovo é necessário que haja condições ambientes favoráveis para tal, sendo que a temperatura irá influenciar diretamente nesse processo e um determinado período de tempo.
O indivíduo pode contaminar-se através da ingestão dos ovos infectante seja através de alimentos sólidos ou líquidos contaminados. Uma vez ingeridos, os ovos as larvas eclodem no intestino delgado através dos poros presentes nos ovos, recebendo influência direta para tal do suco gástrico e pancreático.
De forma mais específica o ciclo ocorre da seguinte maneira:
• Ingestão do ovo embrionado
• Ação do suco gástrico e conseqüentemente eclosão dos ovos
• Liberação da larva no intestino delgado
• Migração da larva para o intestino grosso, em que se fixa e modifica-se em adulto
• Ocorre a cópula e a liberação dos ovos nas fezes
• Evacuação, e conseqüentemente contaminação de água e alimentos.
• A imagem está no final do resumo.
6. TRANSMISSÃO:
Os ovos do parasita são eliminados com as fezes do hospedeiro infectado, contaminando assim o ambiente. Como os ovos são resistentes às condições ambientais, podem ser disseminadas pelo vento ou pela água e assim contaminar sólidos e líquidos, assim como podem ser disseminados via moscas domésticas e transportam os ovos e depositam os ovos no alimento.
7. PATOGENIA:
A gravidade da tricuríase depende da carga parasitária, assim como da influência de fatores como idade do hospedeiro, estado nutricional e a distribuição dos vermes adultos no intestino.
A maioria dos casos são assintomáticos . Geralmente, ocorre o processo de irritações nas terminações nervosas locais, estimulando assim, o aumento do peristaltismo e dificultando a absorção de líquidos no intestino grosso.
Infecções moderadas: Colite (condição inflamatória do intestino), dores abdominais, disenteria crônica, sangue e muco nas fezes (disenteria).
Infecções intensas e crônicas: Dor abdominal, disenteria, sangramento, tenesmo (sensação dolorosa na região anal) e prolapso retal .
Alterações sistêmicas: Perda de apetite, vômito, eosinofilia, anemia, má nutrição e retardamento do desenvolvimento.
8. IMUNOLOGIA:
Trata-se da resposta imune mediada por Th-2 que por sua vez é regulada pelas interleucinas IL4, IL5, IL9 e IL13, com aumento de IgA, IgE, IgG1 ou IgG4.
9. DIAGNÓSTICO:
Clínico: Não é específico, portanto deve ser confirmado com diagnóstico laboratorial.
Laboratorial: Detecção de ovos no material fecal, ou seja, via exame de fezes.
10. EPIDEMIOLOGIA:
Cosmopolita; clima tropical com temperatura elevada assim como umidade elevada, dispersão de ovos através de chuvas, vento, moscas e baratas; as crianças são as mais acometidas e há sem dúvida, maior prevalência da ação de tal parasita em locais onde há ausência de serviços de esgoto e água tratada.
11. TRATAMENTO:
Mebendazol – 100 mg (duas doses) por três vezes ao dia.
Albendazol – 400 mg (dose única).
12. PROFILAXIA:
• Educação sanitária;
• Construção de fossas sépticas;
• Higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar os alimentos);
• Tratamentos de pessoas parasitadas;
• Proteção dos alimentos contra moscas e baratas.
4– ENTEROBIUS VERMICULARES
1. RESERVATÓRIO:
O homem.
 
2. MODO DE TRASNMISSÃO:
Predominantemente fecal-oral. São diversos os modos de transmissão:
Autoinfecção externa ou direta – Do ânus para a cavidade oral, por meio dos dedos, principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene.
Autoinfecção indireta – Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou.
Heteroinfecção – Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um novo hospedeiro.
Retroinfecção – Migração das larvas da região anal para as regiões superiores do intestino grosso, chegando até o ceco, onde se tornam adultas.
Autoinfecção interna – Processo raro no qual as larvas eclodem ainda dentro do reto e depois migram até o ceco, transformando-se em vermes adultos.
3. PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O ciclo de vida do parasito dura de 2 a 6 semanas. A sintomatologia aparece quando existe um número de vermes resultante de infestações sucessivas, que ocorre alguns meses após a infestação inicial.
 
4. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Dura enquanto as fêmeas grávidas expulsam ovos na pele perianal, que permanecem infectantes por 1 ou 2 semanas fora do hospedeiro.
 
5. COMPLICAÇÕES
Salpingites, vulvovaginites, granulomas pélvicos. Infecções secundárias as escoriações.
 
6. ENTEROBÍASE
Infestação intestinal causada por helminto. Pode cursar assintomática ou apresentar, como característica principal, o prurido perianal, frequentemente noturno, que causa irritabilidade, desassossego, desconforto e sono intranquilo. As escoriações provocadas pelo ato de cocar podem resultar em infecções secundárias em torno do ânus, com congestão na região anal, ocasionando inflamação com pontos hemorrágicos, onde se encontram, frequentemente, fêmeas adultas e ovos. Sintomas inespecíficos do aparelho digestivo são registrados, como vômitos, dores abdominais, tenesmo, puxo e, raramente, fezes sanguinolentas. Outras manifestações, como vulvovaginites, salpingites, ooforite e granulomas pélvicos ou hepáticos, têm sido registradas, esporadicamente.
7. DIAGNÓSTICO
Em geral, clínico, devido ao prurido característico. O diagnóstico laboratorial reside no encontro do parasito e de seus ovos. Como dificilmente é conseguido nos parasitológicos de fezes de rotina, sendo achado casual quando o parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisar diretamente na região perianal, o que deve ser feito pelos métodos de Hall (swab anal) ou de Graham (fita gomada), cuja colheita é feita na região anal, seguida de leitura em microscópio. Também podem ser pesquisados em material retirado de unhas de crianças infectadas, que oferecem alto índice de positividade.
 
8. TRATAMENTO
Pamoato de Pirvínio, 10 mg/kg/VO, dose única; Pamoato de Pirantel, 10 mg/kg/VO, dose única. Mebendazol, 100 mg, VO, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Essa dose independe do peso corporal e da idade. Albendazol, 10 mg/kg, VO, dose única, até o máximo de 400 mg. Todas essas drogas são contraindicadas em gestantes.
 
5 –STRONGYLOIDES STECORALIS
Sua forma parasitária adulta é a fêmea partenogenética, que vive mergulhada nas criptas da mucosa duodenal, principalmente nas Glândulas de Lieberkuhn.
1. MORFOLOGIA: 
- Fêmea Partenogenética: Tem o corpo cilíndrico, filiforme, branco com extremidades afiladas. Cada ramo uterino possui 4 ou 5 ovos que são expulsos com as larvas ainda dentro, por isso é ovovivípara.
- Larva rabditóide: 
*Esôfago claviforme,com a presença de um bulbo cardíaco;
*Cutícula fina e hialina;
*Vestíbulo bucal curto;
*Forma não infectante;
*Cauda pontiaguada.
- Larva Filarióide:
*Esôfago retilíneo;
*Cutícula fina e hialina;
*Vestíbulo bucal curto;
*Forma infectante;
*Cauda bifurcada.
- Fêmea de vida livre:
*Diplóide (2N);
*Mede 0,8mm a 1,2mm de comprimento por 0,05 a 0,07mm de largura;
*Vulva na região mediana com útero anfidelfo repleto de ovos;
*Trato digestivo simples;
*Esôfago rabditoide.
-Macho de vida livre:
*Haplóide (1N);
*Mede 0,7mm de comprimento por 0,4mm de largura;
*Aparelho genital contendo testículos, vesícula seminal, canal deferente, canal ejaculador que se abre na cloaca;
*Apresenta dois pequenos espículos (que ajudam na cópula);
*Esôfago rabditoide.
-Ovo:
*São elípticos e transparentes;
*Os da fêmea de vida livre medem cerca de 0,07mm de comprimento por 0,04mm de largura;
*Os ovos da fêmea partenogenética medem cerca de 0,05mm de comprimento por 0,03mm de largura;
2. CICLO: É do tipo monoxênico.
A fêmea partenogenética tem capacidade de produzir três tipos de ovos, simultaneamente, que originam três tipos de larvas rabditóides, estas podendo ser haploides, diploides e triploides.
*CICLO DIRETO OU PARTENOGENÉTICO:
O hospedeiro elimina nas fezes os ovos da fêmea partenogenética triplóide (3N), que habita as criptas da mucosa duodenal, dará origem a ovos contendo larvas rabtidóides triplóides, que no solo ou até mesmo na região perianal, entre 24 e 72 horas, sofrerá mudas de L1 para L2, e dessa, para L3 filarióide, que é a forma infectante. Após a penetração ativa de L3 na pele, mucosas e submucosas, essa larva atinge a corrente sanguínea ou o sistema linfático, alcançando o fígado, o coração, chegando aos pulmões, sofrendo muda para L4 nos capilares alveolares. A larva L4 sobe a árvore brônquica, chegando à faringe, podendo ser deglutida ou expelida. Ao ser deglutida, a larva desce o esôfago, chegando ao estômago sem sofrer ação do suco gástrico, passando para o intestino delgado, onde se transforma em fêmea partenogenética, que de 17 a 25 dias após a infecção já começa a eliminar os ovos larvados.
*CICLO INDIRETO OU DE VIDA LIVRE:
O hospedeiro elimina para o exterior, em suas fezes, os ovos da fêmea partenogenética, contendo larvas rabditoides haploides e diploides, que darão origem a um macho de vida livre (haplóide – 1N) e a uma fêmea também de vida livre (diploide – 2N), que no solo copularão, originando larvas rabditoides triploides L1, que sofrerão muda para L2, e dessa para L3 filarióide, a forma infectante. Após a penetração ativa de L3 na pele, mucosas e submucosas, essa larva atinge a corrente sanguínea ou o sistema linfático, alcançando o fígado, o coração, chegando aos pulmões, sofrendo muda para L4 nos capilares alveolares. A larva L4 sobe a árvore brônquica, chegando à faringe, podendo ser deglutida ou expelida. Ao ser deglutida, a larva desce o esôfago, chegando ao estômago sem sofrer ação do suco gástrico, passando para o intestino delgado, onde se transforma em fêmea partenogenética, que de 17 a 25 dias após a infecção já começa a eliminar os ovos larvados.
3. TRANSMISSÃO:
*Hetero ou Primo-infecção: Penetração de L3 filarióide (infectante) atravás da pele e mucosas de um outro hospedeiro.
*Autoinfecção externa ou exógena: Pode ocorrer em crianças ou idosos, que defecam em suas fraldas ou roupas íntimas ou por condições de higiene inadequadas, no caso de pessoas que deixam resquícios de suas fezes em suas roupas íntimas ou nos pelos perinanais. A partir disso, as larvas rabditoides presentes na região perianal do homem infectado, se transformarão em larvas filarióides infectantes, ocorrendo a autoinfecção externa.
*Autoinfecção interna ou endógena: Nesse tipo de infecção, as larvas rabditoides, ainda na luz intestinal, transformam-se em filarióides, alcançando a corrente sanguínea, vão ao ventrículo direito, depois aos pulmões, sofrendo muda. Sobem a árvore brônquica e são deglutidas. A retardação na eliminação de fezes, permite a transformação de larvas rabditoides em filarióides.
4. PATOGENIA:
*A nível cutâneo: Pápulas hemorrágicas, edema, eritrema, prurido e urticárias;
*A nível Pulmonar: Broncopneumonia, síndrome de Loeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória (nos casos mais graves);
*A nível intestinal: Enterite catarral, enterite edematosa, enterite ulcerosa.
*Forma Agravante: Disseminada. As larvas podem se disseminar por todo o organismo. Íleo paralítico, Estrongiloidíase crônica: anemia, sudorese, incontinência urinária, astenia, etc.
5. DIAGNÓSTICO:
*Clínico: Em 50% dos casos não há sintomas (difícil de ser feito).
*Laboratorial: Exame de fezes ( Baerman-Moraes e Rugai).
-EPIDEMIOLOGIA:
*A estrongiloidíase atinge principalmente crianças;
*Cães, gatos e macacos são importantes reservatórios para a infecção por S. stercoralis;
*A presença de fezes de homens ou animais infectadas no solo;
*A presença de larvas infectantes originárias dos ciclos diretos e de vida livre no solo;
*Temperatura de 25° à 30°C;
*Andar descalço;
*Condições precárias de saneamento;
6. PROFILAXIA:
*Tratamento dos indivíduos contaminados;
*Manter hábitos corretos de higiene:
~Lavagem adequada dos alimentos
~Utilizar calçados
*Educação sanitária.
7. TRATAMENTO: A estrongiloidíase é a infecção mais difícil de ser tratada das causadas por nematódeos.
*Tiabendazol: Atua sobre as fêmeas partenogenéticas, inibindo o desencadeamento das vias metabólicas do parasito;
*Cambendazol: Atua sobre as fêmeas partenogenéticas e sobre as larvas;
*Albendazol: Atua sobre as fêmeas partenogenéticas e sobre as larvas; não deve ser administrado nas formas disseminadas;
*Ivermectina: É recomendada nas formas graves e disseminadas da doença e em pacientes com AIDS.

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