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Sistema de fornecimento e utilização de energia Sistema Músculo-Esquelético Rodrigo Viana - 2018 Estrutura e função Composto por vários tecidos: Células musculares Tecido nervoso Sangue Tecido conjuntivo Estrutura e função Componentes: Músculo Fáscia (tecido conjuntivo) Fibras musculares Fascículos Camadas: Epimísio Perimísio Endomísio Estrutura e função Componentes: Músculo Fáscia (tecido conjuntivo) Fibras musculares Fascículos Camadas: Epimísio Perimísio Endomísio 2 1 3 4 Características Apresentam organelas (mitocôndrias, lisossomos, etc) Multinucleados Estrias (bandas claras e escuras) Estrutura e função Estrutura dos sarcômeros: Sarcolema – membrana celular Sarcoplasma - citoplasma Miofibrilas (contém as proteínas contráteis) Miosina (espesso) Actina (fino) Troponina Tropomiosina Aspecto estriado Regulação contrátil Estrutura e função Estrutura do sarcômero Linha Z – divisão dos sarcômeros por proteína Banda escura – filamentos de miosina Banda clara – filamentos de actina Zona H – filamento de miosina sem sobreposição de actina 1 2 3 4 5 6 7 Função Geração de força para a locomoção e para a respiração Geração de força para a sustentação postural Produção de calor durante períodos de exposição ao frio Junção neuromuscular Junção neuromuscular - é local onde o neurônio motor e a célula muscular se encontram Unidade motora – neurônio motor e todas as fibras que ele inerva. Placa motora – sinapse neuromuscular Fenda neuromuscular – espaço entre o neurônio motor e a fibra muscular Junção neuromuscular Unidade motora Junção neuromuscular Liberação da acetilcolina provoca aumento da permeabilidade do sarcolema ao sódio resultando num despolarização: potencial da placa motora (PPM). PPM início do processo contrátil. Fenda neuromuscular ACh Mecanismo de contração muscular Contração muscular é um processo complexo que envolve diversas proteínas celulares e sistemas de produção de energia. Modelo do filamento deslizante As fibras musculares se contraem pelo encurtamento de suas miofibrilas em razão do deslizamento da actina sobre a miosina. Isso acarreta redução da distância de uma linha Z a outra. As cabeças das pontes cruzadas da miosina estão voltadas para a molécula de actina Durante a contração haverá deslizamento de actina e miosina em decorrência da ação das pontes cruzadas. Se ligam como “braços” num “estado de ligação forte”. O desenvolvimento da força e a contração muscular somente ocorre no “estado de ligação forte”. Esse estado acarreta orientação das pontes cruzadas, que quando ligam à actina, em cada lado do sarcômero, podem puxá-la em direção ao centro. Essa “puxada” acarreta o encurtamento muscular e geração de força. O termo acoplamento excitação – contração se refere à sequencia de eventos na qual um impulso nervoso (potencial de ação) atinge a membrana muscular e produz o encurtamento muscular por meio da atividade das pontes cruzadas Energia para a contração A energia é retirada da degradação do ATP pela enzima ATPase. ATPase está localizada na cabeça da ponte cruzada da miosina. Energiza as pontes cruzadas de miosina, que puxam a actina e encurtam o músculo. Regulação do acoplamento Excitação-Contração No repouso a actina e miosina não estão firmemente ligados e por essa razão tem um “estado de ligação fraca” O que regula a interação entre a actina e miosina e consequentemente a contração muscular? Regulação do acoplamento Excitação-Contração 1° passo: início do estímulo nervoso à junção neuromuscular; Liberação da acetilcolina na fenda sináptica 2° passo: acetilcolina se liga aos receptores da placa motora Gera um potencial de ação na placa motora 3° passo: despolarização da célula muscular (excitação), ocorro nos túbulos transversos. 4° passo: potencial de ação atinge o retículo sarcoplasmático, há liberação de Ca++. Regulação do acoplamento Excitação-Contração 4° passo: Ca++ se difunde pelo músculo e se uni-a troponina. Detonador da contração muscular Regulação através da troponina e tropomiosina (interação actina e miosina) * * Relação anatômica entre actina, troponina e tropomiosina Actina formada por filamentos duplos e enrolados de proteínas Tropomiosina é uma molécula fina que repousa sobre a actina, ligados a tropomiosina encontra-se a proteína troponina. TROPONINA + TROPOMIOSINA LIGAÇÃO DE ACTINA c/ PONTES CRUZADAS MIOSINA regulação * Relação anatômica entre actina, troponina e tropomiosina No músculo relaxado: Tropomiosina bloqueia os sítios ativos da molécula de actina, onde as pontes cruzadas de miosina devem se fixar -> estado de ligação fraco -> e não produz contração. Principal responsável pela contração é o Ca++ (retículo sarcoplasmático) Baixa concentração no sarcoplasma. Regulação do acoplamento Excitação-Contração 4° passo: Ca++ se difunde pelo músculo e se uni-a troponina. Detonador da contração muscular Regulação através da troponina e tropomiosina (interação actina e miosina) * 5° passo:Ca++ se liga a troponina -> causa mudança de posição da tropomiosina e os sítios de actina são descobertos. Isso permite uma ligação forte de uma ponte cruzada de miosina com a actina. 6° passo: essa ligação causa um movimento angular das pontes cruzadas -> encurtamento muscular ATPase hidrolisa novamente o ATP que fornece energia para o reacoplamento da actina 7° passo: a contração se repete enquanto houver Ca++ e ATP Falha nos níveis adequados de Ca++ e ATP -> distúrbio da homeostasia muscular que gera fadiga. 8° passo: a interrupção da contração é a ausência do impulso nervoso. desta forma o Ca++ volta para o retículo endoplasmático. 9° passo: a remoção de Ca++ da troponina faz com que a tropomiosina mova para trás -> cobrindo os sítios de ligação da molécula de actina e interação das pontes cruzadas. Tipos de fibras A maioria dos grupos musculares do corpo contém uma combinação de fibras musculares. Os tipo de fibras pode ser influenciada pela: Genética Níveis hormonais no sangue Hábitos de exercício Na prática, a composição das fibras dos músculos esqueléticos possui um papel importante no desempenho de eventos de força e de resistência Características bioquímicas e contráteis do músculo esquelético Bioquímicas: Capacidade oxidativa Tipo de isoforma da ATPase Contráteis: Produção de força máxima Velocidade de contração Eficiência da fibra muscular Bioquímicas Capacidade Oxidativa: Determinada pelo número de mitocôndrias Maior capacidade de produção aeróbica de ATP Número de capilares que circundam a fibra O2 adequado nos períodos de contração muscular Quantidade de mioglobina no interior da fibra aumenta a liberação de O2 do capilar para as mitocôndrias IMPORTANTE: Fibra muscular com alta concentração de mioglobina aliada a um número elevado de mitocôndrias e capilares possuirá alta capacidade aeróbica e portanto será mais resistente a fadiga. Bioquímicas Tipo de isoforma da ATPase ATPase com alta atividade: Degradam o ATP rapidamente Maior velocidade do encurtamento muscular ATPase com baixa atividade Encurtam mais lentamente Contráteis Produção de força máxima Força produzida depende da área transversa. Força específica = força/área transversa da fibra Velocidade de contração das fibras individuais Velocidade de encurtamento máximo das fibras. A ATPase da miosina é quem regula a velocidade da fibra. Alta atividade de ATPase possui Vmáx. elevada Baixa atividade de ATPase possui Vmáx baixa Eficiência da fibra muscular Uma fibra muscular eficiente exige menos energia para realizar determinado trabalho. Tipos de fibras Fibras lentas Tipo I ou oxidativa Enzimas oxidativas Grande capacidade de metabolismo aeróbico Alta resistência a fadiga Vmáx mais lento Menor tensão específica Mais eficientes Fibras rápidas Tipo IIa, IIb, IIb Glicolíticas Pequeno número demitocôndrias Capacidade metabólica anaeróbica limitada Tensão específica similar a IIa e > tipo I Atividade ATPase > Vmáx. Maior Menos eficiente IIa Fibra intermediária Extremamente adaptáveis Eleva sua capacidade oxidativa a níveis iguais a tipo I – treino de resistência Tipos de fibras Tipos de fibras e desempenho Sem diferença idade sexo SEDENTÁRIOS 47 – 53% FIBRAS LENTAS ATLETAS POTÊNCIA FIBRAS RÁPIDAS ATLETAS RESISTÊNCIA FIBRAS LENTAS Alterações dos tipos de fibra muscular e treinamento físico O treinamento físico pode acarretar alterações nos tipos de fibras musculares? Alterações dos tipos de fibra muscular e treinamento físico Treinamento de resistência Treinamento de força Fibras rápidas Fibras lentas Alterações dos tipos de fibra muscular e treinamento físico O treinamento de resistência resulta num aumento da porcentagem de fibras tipo I? Alterações dos tipos de fibra muscular e treinamento físico Treinamento de longa duração Fibras rápidas Fibras lentas Alterações dos tipos de fibra muscular e treinamento físico Fibras musculares esqueléticas são PLÁSTICAS - Aumento da atividade física - Fatores humorais Alterações dos tipos de fibra muscular e idade Perda de massa muscular Perda lenta (25 – 50 anos) – 10% Perda rápida (50 – 80 anos) – 40% > 80 anos – 50% ↓ Fibras rápidas ↑ Fibras lentas Alterações dos tipos de fibra muscular e idade O envelhecimento diminui a capacidade de o músculo esquelético se adaptar ao treinamento físico? Alterações dos tipos de fibra muscular e idade ↑Resistência à fadiga ↑ Força muscular Ações musculares Diferentes tipos de contrações musculares Vários tipos de ações musculares: Ação isométrica(estático) Ação isotônica (dinâmico) Ação concêntrica Ação excêntrica Ações musculares Velocidade da ação muscular e relaxamento 1 2 3 Velocidade da ação muscular e relaxamento Velocidade da contração depende do tipo de fibra muscular e do estímulo realizado. Fibras rápidas contraem numa menor período de tempo do que as fibras lentas. PORQUE? Retículo sarcoplasmático das fibras rápidas liberam Ca++ em maior velocidade e a ATPase maior atividade (degradação mais rápida do ATP e liberação mais rápida de energia) Regulação da força muscular A força gerada por uma fibra muscular está relacionada ao número de pontes cruzadas da miosina que estão em contato com a actina. A força exercida durante a contração muscular vai depender de três fatores principais: Quantidade e os tipos de unidade motora recrutada Comprimento inicial do músculo Natureza da estimulação nervosa das unidades motoras Regulação da força muscular Quantidade e os tipos de unidade motora recrutada Fibras rápidas exercem maior força específica do que as fibras lentas Comprimento inicial do músculo Não havendo sobreposição entre actina e miosina -> pontes cruzadas não se acoplam -> NÃO A TENSÃO Músculo encurtado cerca de 60% do seu comprimento em repouso -> linhas Z muito próximas limitando a força Natureza da estimulação nervosa das unidades motoras Maior atividade da ATPase ATP é degradado mais rapidamente Liberação de Ca++ é mais rápida Relação força – velocidade/potência - velocidade Fibras rápidas produzem maior força muscular numa velocidade maior. PORQUE? Diferenças bioquímicas Quanto maior a potência maior a velocidade. O platô da potencia é causado pela força muscular diminuída a medida que a potência aumenta. Velocidade ideal que irá resultar numa Maior produção de potência. Relação força – velocidade/potência - velocidade Fibras rápidas produzem maior potência PORQUE?
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