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Plasmodium Falciparum


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Introdução
Plasmodium falciparum é um protozoário parasita causador da malária. Este vetor é o mais grave de todas as possíveis causas da malária, correlacionado com quase a totalidade de mortes por malária Os outros vetores que causam malária incluem: P. vivax, P. ovale e P. malariae.
Os humanos são infectados pelo mosquito Anopheles fêmea, que transfere o vetor parasitário através de sua saliva para a corrente sanguínea e assim, por meio desta, o parasita infecta o fígado iniciando assim seu ciclo de replicação e o desencadeamento da doença. 
O P. falciparum altera a superfície de um glóbulo vermelho infectado, levando-o a aderir a vasos sanguíneos, bem como a glóbulos vermelhos. Em casos graves, isso leva a obstruções da microcirculação, resultando em disfunção de muitos órgãos. Os sintomas dependem da gravidade da infecção e podem apresentar vários sinais, como sintomas semelhantes aos da gripe, vômitos, diarréia, choque, insuficiência renal, coma e morte. O Plasmodium falciparum infecta principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, bem como mulheres grávidas.
Vias de transmissão
A fêmea do mosquito Anopheles (mosquito-prego, anófeles) é uma das mais comuns vias de transmissão da malária. É, também, possível que o parasita seja transmitido por transfusão sanguínea, transplante de órgãos ou através da partilha de agulhas (pelo compartilhamento de agulhas entre usuários de drogas injetáveis) quando ele passa a estar em contato com os glóbulos vermelhos, apesar de ser muito menos provável de ocorrer. 
Uma outra possibilidade é a transmissão entre mãe e filho durante o parto, conhecido como malária congênita, porém esta é relativamente improvável perto da frequência de casos de transmissão pela picada do mosquito Anopheles. O mosquito, geralmente, se infecta ao picar uma pessoa já infectada com o parasita.
Sintomas
O P.falciparum infecta o indivíduo, ficando em estado de encubação por, pelo menos, 4 semanas. Os sintomas que ocorrem no primeiro momento da infecção podem ser confundidos com uma gripe comum. Como pode ser visto no trecho a seguir da Agencia de Notícias da Fiocruz, há uma piora significativa no estado de saúde do pacientea medida que ocorre a evolução da doença: 
Após a picada do mosquito transmissor, o P. falciparum peranece incubado no corpo do indivíduo infectado por pelo menos uma semana. A seguir, surge um quadro clínico variável, que inclui calafrios, febre alta (no início, contínua, e depois com frequência de três em três dias), sudorese e dor de cabeça. Podem ocorrer também dor muscular, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Na malária cerebral, além da febre, pode aparecer dor de cabeça, ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos, podendo o paciente chegar ao coma. (BRESSAN, BRASIL, 2013.)
Tratamento
A melhor linha de defesa contra qualquer forma de malária é o tratamento preventivo. Visto que ainda são estudadas vacinas para a profilaxia da malária, a melhor forma é evitar contato com o transmissor. Havendo necessidade de viajar para lugares onde haja uma grande exposição ao transmissor, medidas devem ser tomadas: como o uso de roupas que cubram todo o corpo e repelente nas partes que ficam expostas, o uso de mosquiteiro também é uma medida bastante eficaz.
Nas palavras de Andreia Patrícia Gomes, entre outros pesquisadores, no que se trata a terapia farmacológica, o ideal é uma terapia com artemisina e seus derivados, ou, como conhecida pela sigla em inglês, ACT (artemisinin-basedcombinationtherapy):
Os derivados da artemisinina – artesunato e artemeter – são as substâncias comumente utilizadas, sendo a primeira de uso intravenoso, intramuscular e retal e a segunda disponível apenas para uso intramuscular. Estes fármacos são extraídos da Artemisiaannua, planta originada na China. Do ponto de vista famacológico, são esquizonticidas rápidos – os mais rápidos disponíveis – atuando ainda sobre gametócitos de P. vivax. Estão indicados no tratamento da malária grave, principalmente a malária cerebral, devido a sua rapidez na redução da parasitemia. São bem tolerados pelos pacientes, com poucos efeitos adversos – diarréia, dor abdominal e náuseas são os mais relevantes. (GOMES, et al., 2011)
Já em casos malária já agravadas, o foco principal é evitar que o paciente morra. Assim é difícil não perceber que a avaliação clínica rápida e a confirmação são fundamentais.
Considerações finais
A malária grave (causada pelo P falciparum) é uma emergência médica, devendo ser diagnosticada e tratada prontamente, destacando-se a importância da terapia intensiva para o manejo dos pacientes. O prognóstico da infecção está intimamente relacionado com o início precoce do tratamento e com as medidas de suporte necessárias para abordagem das complicações. Vale ressaltar que o acompanhamento adequado, as medidas de suporte avançado e o diagnóstico rápido diminuem a letalidade relacionada à enfermidade. As funções hepáticas e renais devem sempre serem controladas através de exames de hepatograma e exames de função renal do paciente. 
Desta forma, a nível global, é difícil não concluir que não se deve substituir ou relegar medidas de controle tais como o combate ao mosquito, uso de inseticidas e a difusão do uso de repelentes, dentre outros, assim como o continuado estudo para o desenvolvimento de uma vacina a fim de evitar a difusão dessa doença.
Referências Bibliográficas
BRESSAN, Clarisse. BRASIL; Patrícia. Malária. Agência Fiocruz de Notícias, 2013. Disponível em: < https://agencia.fiocruz.br/malária>. Acessado em 22 de abril de 2018.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL ANDA PREVENTION (2017). Malária.Disponível em: <https://www.cdc.gov/dpdx/malaria/index.html>. Acessado em 22 de abril de 2018.
EURO CLINIX. Transmissão da Malária. Disponível em: <https://www.euroclinix.net/br/saude-do-viajante/malaria/transmissao>. Acessado em 22 de abril de 2018.
GOMES, Andréia Patrícia et al. Malária grave por Plasmodiumfalciparum. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. São Paulo, vol. 23 n. 3, Julho/Setembro 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2011000300015>. Acessado em 22 de abril de 2018.
MICROBEWIKI (2016). Plasmodiumfalciparum. Disponível em: <https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/Plasmodium_falciparum>. Acessado em 22 de abril de 2018.
LEITO, Àbeira. Como diagnosticar acidose metabólica em pacientes graves? Revista da Associação Médica Brasileira. São Paulo, vol. 48 n. 3. Julho/Setembro 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000300015>. Acessado em 22 de abril de 2018.