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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA VET 343 – SAÚDE AVIÁRIA OPTATIVA PARA OS CURSOS DE ZOOTECNIA E AGRONOMIA Introdução Objetivos da disciplina: fazer considerações sobre resistência genêtica e saúde; biosseguridade e saúde; noções de anatomia; etiologia, epizootiologia e controle das doenças virais, bacterianas e parasitárias; etiologia e controle das doenças de origem tóxica; etiologia e controle das doenças nutricionais e metabólicas; colheita e remessa de material para exame laboratorial; planejamento sanitário de granjas; e custo e benefício da terapêutica em avicultura. Avaliações: duas provas (30% e 35%); um trabalho de custo e benefício (10%), uma revisão bibliográfica, escrita e apresentada (20%) e um exercício sobre importância do sistema imune das aves (5%). 2 Livros: Saif, Y.M. et al. Diseases of Poultry, 12th ed., 2008. Bercheri, A. et al. Doenças das Aves, 2ª ed., 2009. Santos et al. Manual de Doenças Avícolas, 1ª ed., 2009. Santos et al. Guia de Diagnóstico de Doenças Avícolas, 1ª ed.,2008. Santos et al. Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas nas Aves de Produção, 1ª ed., 2009. Santos et al. Terapêutica e Desinfecção em Avicultura, 1ª. Ed., 2008. 3 Periódicos científicos: American Journal of Veterinary Research Advances in Veterinary Science and Comparative Medicine Applied Microbiology Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia Australian Veterinary Journal Brazilian Journal of Poultry Science (Revista Brasileira de Ciência Avícola) British Poultry Science Canadian Veterinary Journal Poultry Digest Poultry Science The Journal of Nutrition Veterinary Immunology and immunopathology World’s Poultry Science Journal www.capes.gov.br www.facta.org.br 4 Genética e Doenças Saúde: existência de armonia entre as funções orgânicas de modo a permitir que os animais produzam adequadamente. Doença: desarmonia das funções orgânicas em razão de reações frente aos agentes agressores, que, dependendo da gravidade, pode ocorrer mortes ou reduzir a produção. Genética e Saúde A seleção genética objetivando-se linhagens de aves resistentes as doenças foi uma prática muito comum no passado, quando as vacinas e drogas terapêuticas não eram disponíveis. Na década de 60 com os surtos constantes da doença de Marek (DM) e, devido as grandes perdas provocadas por essa doença contra a qual não existia vacina, vários geneticistas empregaram esforços para obter linhagens resistentes ao vírus da DM, o que permitiu o surgimento de linhagens altamente resistente ao vírus e linhagens altamente sensíveis. 5 Genética e Saúde Com o surgimento da vacina no mercado, o programa de seleção genética para a resistência para a DM foi totalmente abandonado. Pesquisas foram conduzidas para linhagens resistentes a outros patógenos, como salmonelas sorovares Pullorum e Gallinarum, com gradiente de temperaturas corporal (temperatura corporal mais alta = maior resistência as salmoneloses. Na Universidade de Cornell (Leghorn), duas linhagens resistentes ao complexo leucótico aviário (linhagens K e C) e uma altamente sensível (linhagem S). Eles verificaram que as linhagens resistentes produziam mais ovos que a sensível. Para atender ao Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) do MAPA, os estabelecimento s avícolas de controle permanente e eventuais devem ser submetidos às medidas de vigilância para a doença de Newcastle (DNC) e influenza aviária e de controle e erradicação da DNC e estarem livres das salmonelas Pullorum e Gallinarum e livres ou controlados das salmonelas Enteritidis e Typhimurium e livres de Mycoplasma gallisepticum, M. synoviae e M. melleagridis (certificados). 6 Biosseguridade Um programa de biosseguridade, conforme as exigências que são requeridas pelos estabelecimentos avícolas de controle permanente e eventual, é composto por diferentes componentes ou práticas de manejo, que buscam um único fim que é a redução ou eliminação dos patógenos. Etapas: Isolamento; controle de tráfego; higienização; vacinação; e monitoria de doenças, podendo ser expandido para atender novas exigências. O projeto de biosseguridade inicia-se com a construção do aviário, exigindo localização adequada que permita fuxo em sentido único, construídas com materiais de fácil limpeza e desinfecção e que evita a entrada de pássaros, animais domésticos e silvestres. Evitar a entrada de pessoas não necessárias - deve controlar a entrada de pessoas e controlar e registrar o trânsito de veículos e nenhum veículo deve entrar na granja sem ser desinfetado. 7 A água e a ração deve merecer a atenção com relação a qualidade sanitária. Salienta-se que os acidentes de relevo como rios, matas ou florestas, plantações podem melhorar o isolamento. É importante controlar a população de roedores e de cascudinho. Os ovos para incubar devem ser colhidos em intervalos frequentes, desinfetados e armazenados em local apropriado. O destino correto dos resíduos do sistema de criação de aves é fundamental para a manutenção da condição sanitária dos plantéis. O modo mais adequado é o uso de composteiras. 8 A rastreabilidade permite resgatar a origem e a historia do produto e de todas as etapas do processo adotado, que vai da produção ao consumidor. Na rastreabilidade destaca-se o controle sobre as aves, seus produtos, processos e matéria prima. Vacinas e vacinação Vacinas ou imunógenos são produtos biológicos, imunogênicos, inócuos e especifícos, vivos e, ou, inativados, elaborados a partir de unidades ou subunidades antigênicas de estirpes vacinais cultivadas em substratos especiais, e utilizados para combater e, ou, previnir doenças nos animais- alvo. As vacinas pertencem a duas categorias: as de organismos vivos ou atenuados e as de organismos mortos ou inativados. DOENÇA DE NEWCASTLE Características gerais Doença causada pelo Rubulavirus aviário do sorotipo 1 (APMV 1), que apresenta índice de patogenicidade intracerebral de pelo menos 0,7 em pintos de um dia. A doença é de notificação obrigatória. Tipos de vírus: a) velogênico = viscerotrópica e pneumoencefálica; b) mesogênico = respiratória e nervosa; c) lentogênico = respiratória (reação pós-vacinal); e d) apatogênico = tropismo para o tecido intestinal. 10 Formas de apresentação: digestiva, respiratória e nervosa. Diagnóstico: sorologia e isolamento e identificação. Controle: biosseguridade (isolamento, higiene e vacinação). A vacinação contra a doença é obrigatória e sistemática para aves reprodutoras. A vacinação após 3 semanas de idade é feita em matrizes e poedeiras. As vacinas inativadas são usadas em aves reprodutoras e em poedeiras comercias. INFLUENZA AVIÁRIA Características gerais É uma doença causada pelo Influenzavirus A (IA). A forma mais grave é a sistêmica, que pode causar 100% de mortes. A introdução dos vírus IA em aves domésticas ocorre por contato direto ou indireto com aves infectadas. Assim, podem ser evitadas as infecções pelo vírus se implementar medidas de biosseguridade nos diferentes tipos de criação de ave. Os vírus do tipo A são divididos em subtipos de acordo com a natureza da hemaglutinina (H) e da neuraminidase (N). Há 16 H e 9 N, que podem originar diferentes combinações. No Brasil, é proibido o uso de vacina, já que não existe nenhum diagnóstico da doença, o que a torna exótica. Controle: biosseguridade e vacinação. No Brasil, o sorotipo Massachusetts, estirpes H-52, H-90 e H-120 (atenuadas) e MA-5 (clonada) foram autorizadas pelo MAPA para uso comercial. Vacinas inativadas são vacinas produzidas com o vírus morto. Elas são usadas em reprodutoras e em poedeiras. Nas reprodutoras o estabelecimento de imunidade sólida confere proteção ao desafio de campo e também garante transferência de anticorpos à progênie. BRONQUITE INFECCIOSA DAS GALINHAS Características gerais É uma doença aguda altamente contagiosa, que afeta somente galinhas. A doença é causada por um coronavírus, sendo encontrada em todas regiões avícolas do mundo e tem transmissão somente horizontal. A doença caracteriza-se por lesões no trato respiratório e renal das galinhas e sistema reprodutor da fêmea. O vírus sofre constante transformações, devido a sua instabilidade genética, associada à pressão de seleção pelo uso prolongado de vacinas vivas, fazendo aparecer novas variantes com diferentes graus de patogenicidade. No Brasil, somente o sorotipo Massachusetts estirpes H-52 , H- 90 e H-120 (atenuadas por passagem em ovos embrionados de galinhas SPF) e MA-5 (clonada) foram autorizadas pelo MAPA para uso comercial. Controle Biosseguridade: isolamento, higiene e vacinação. As vacinas vivas podem ser reativas em presença de fatores como associação de antígenos, má qualidade do pintinho, técnica de vacinação imprópria e condições ambientais desfavoráveis. A vacina pode ser aplicada via água de bebida ou aerossol. Vacinas inativadas: é esperada proteção contra a queda de postura em matrizes e poedeiras. É aplicada antes do início da postura. LARINGOTRAQUEÍTE INFECCIOSA Características gerais É altamente contagiosa, que afeta o sistema respiratório, podendo causar altas perdas econômicas à avicultura industrial, devido a elevada mortalidade e severa queda na produção de ovos. A doença é causada por um alfa-herpesvírus que afeta principalmente galinhas. A forma respiratória aguda caracteriza-se por dispnéia, tosse, expectoração de exsudato mucossanguinolento e taxa de mortalidade de até 70%. É causada por um do gênero Iltovirus. A melhor forma de se evitar a entrada do vírus na granja é implantando medidas adequadas de biosseguridade de ordem sanitária, de limpeza, de desinfecção, de controle de transito de pessoas, de animais e de veículos, para reduzir o risco de introdução e de disseminação da doença. Deve manter distantes aves de fundo de quintal, ou de exposição, de vida livre e silvestres. É necessário um longo período de desinfecção e isolamento das granjas contaminadas, já que as aves infectadas continuam como portadoras do vírus. Controle Biosseguridade: isolamento, higiene e vacinação. As vacinas usadas comercialmente apresentam efeitos adversos relacionados com a disseminação do vírus vacinal para as aves não vacinadas, devido pouca atenuação viral. O emprego de vacinas vivas modificadas implica em vacinar todas as aves da área geográfica considerada. Assim, no Brasil a utilização da vacina, bem como a importação, é proibida pelo MAPA. Só é recomendada nas áreas em que a doença foi confirmada e que se apresenta de forma endêmica. 21 ENCEFALOMIELITE Caracteristicas gerais Também conhecida como tremor epidêmico, é uma doença altamente infecciosa que afeta aves jovens. Por afetar o sistema nervoso, os principais sintomas são incoordenação motora, paralisia e tremores intermitentes da cabeça e pescoço. As aves adultas se infectadas podem apresentar queda na produção de ovos e diminuição da eclodibilidade. A doença é de distribuição mundial e a transmissão é principalmente vertical. Controle A vacinação dos plantéis de reprodutores e de aves de postura comercial durante a fase de recria, 4 semanas antes do início da produção, é de grande valor para o controle da doença. A imunidade humoral transmitida à progênie garante a proteção dos pintos contra o desafio 23 de campo por 3 a 10 semanas de vida. As vacinas contra a doença são atenuadas e inativadas. Para poedeiras em gaiolas, recomenda-se a vacina inativada e para reprodutores e poedeiras criadas no piso, recomenda-se a vacina atenuada, vacina-se 10% do plantel entre10-12 semanas de idade. 24 DOENÇA DE GUMBORO Características gerais Doença infecciosa bursal, tem caráter agudo, é altamente infecciosa e afeta galinhas jovens (3 a 6 semanas de idade). O vírus possui tropismo para o tecido linfóide da bolsa cloacal e é transmitido horizontalmente. A doença é responsável por grandes perdas econômicas em todo o mundo devido ao seu caráter imunodepressor. O vírus é altamente resistentes às condições ambientais. 25 26 Controle Biosseguridade: isolamento, higiene e vacinação Dois tipos principais de vacina são disponíveis para o controle da doença: vacinas vivas atenuadas e inativadas. E estas são produzidas somente com o sorotipo 1, já que o sorotipo 2 não está relacionado com a doença. As vacinas atenuadas são conhecidas como suaves ou intermediárias e intermediárias plus (forte). Vacinas inativadas contra a doença infecciosa bursal são usadas para induzir altos, prolongados e uniformes níveis de anticorpos em matrizes que foram previamente vacinadas com vacina viva. O programa preconiza administrar a vacina viva até 8 semanas de idade, seguida pela aplicação da vacina inativada até 16-20 semanas. 27 DOENÇA DE MAREK Características Gerais Doença de natureza neoplásica, é provocada por um herpesvírus DNA e caracteriza-se por infiltração e proliferação de células linfóides pleomórficas nos nervos, vísceras, gônodas, músculos, pele e globo ocular. È doença de aves jovens, de transmissão horizontal e é encontrada em todo o mundo. 28 29 Controle Biosseguridade: isolamento, higiene e vacinação A vacinação contra a doença de Marek é a única obrigatória é aplicada no primeiro dia de vida da ave. O vírus na sua forma infectante associa-se aos folículos da pena, que descamam e entram em suspensão no ambiente e se localizam em locais de difícil acesso dos desinfetantes. As vacinas são vírus vivos associados às células ou na forma livre liofilizados, ou HVT. Os sorotipos são classificados em 1, 2 e 3 e caracterizam três vacinas distintas: - sorotipo 1 – todas as estirpes patogênicas do vírus, que podem ser atenuadas; - sorotipo 2 – estirpes naturalmente avirulentas; e - sorotipo 3 – estirpes de herpes vírus de perus (HVT), são naturalmente avirulentas. 30 As estirpes de peru são usadas como uma vacina monovalente e em combinação com as estirpes dos sorotipos 1 e 2 (bi ou trivalente) contra estirpes muito virulentas do vírus da doença de Marek. As pesquisas sugerem que o título de 1.500 PFUs é suficiente para evitar mortalidade e conferir proteção contra a doença nas formas clínica e subclínica (efeito imunodepressor do vírus). Vias de aplicação: intramuscular, subcutânea ou intraovo, com uma dose por ave, segundo especificações do fabricante. 31 LEUCOSE AVIÁRIA Aspéctos gerais Doença neoplásica, causada por um retrovírus, que infecta galinhas adultas, caracterizada por formação de tumores nos diversos órgãos. A leucose linfóide e a leucose mielóide são as principais do grupo leucose/sarcoma aviário. A doença ocorre em todas as partes do mundo, em menor proporção que a doença de Marek. A mortalidade é em torno de 0,5%, é considerada específica de galinhas, afetando-as com mais de 20 semanas de idade. Os vírus são divididos em 10 subgrupos: A, B, C, D, E, F, G, H, I, e J. Os vírus A e B são de ocorrência comum no campo, o E é encontrado com frequência, mas é de baixa patogenicidade; o C e D são raramente encontrados; o F e G 32 são encontrados em psitacídeos e faisões; o H foi isolado de perdiz; o I foi isolado de codorna; e o J tem sido encontrado em galinhas com leucose mielóide. As aves infectadas excretam o vírus pelo albúmen e nos machos, o vírus pode ser encontrado no sêmen. A transmissão é vertical e horizontal, sendo a vertical mais importante por garantir a perpetuação do agente infeccioso no meio avícola. 33 Controle Biosseguridade: limpeza, desinfecção e vazio sanitário após a saída de cada lote, de forma a evitar o contato de aves mais jovens com material contaminado. Recomendam-se eliminar os reprodutores portadores e escolha de linhagens resistentes e a resistência é subgrupo específico. Identificar os portadores pelos testes: RIF (fator indutor de resistência); cofal (fixação de complemento para o vírus da leucose aviária); imunofluorescência; detecção da transcriptase reversa; ELISA indireto; e PCR. Não alojar reprodutores de linhagens diferentes em um mesmo núcleo. 34 BOUBA AVIÁRIA Características gerais Doença contagiosa que se caracteriza por erupções na pele ou placas e, ou, membranas diftéricas na mucosa. A transmissão é somente horizontal, por contato direto ou através de vetores. 35 Controle A forma de controlar a bouba aviária é por vacinação particularidade da região e época do ano. Muitas empresas procuram vacinar durante a estação das chuvas, em razão da proliferação de mosquitos que atuam como vetores mecânicos do vírus. Há dois tipos de vacina de vírus vivo: vírus de galinha (suave ou fraca = aves com menos de 6 semanas e a forte = para aves com mais de 6 semanas); vírus de pombo (galinhas, perus e pombos), deve ser de produção recente. A vacina produzida em embriões é aplicada na membrana da asa de aves de no mínimo 4 semanas de idade e no máximo de 4 semanas antes do início de produção. A vacina produzida em cultura celular usada em combinação com a vacina de Marek no incubatório. 36 ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS Aspectos gerais Doença infecciosa de etiologia viral disseminada na indústria avícola na maioria dos países de avicultura intensiva. A doença causa imunodepressão em aves jovens, caracterizada por anemia, aplasia da medula óssea, destruição das células da linha eritoblastoide, atrofia generalizada de órgãos linfóides e mortalidade variável. A doença tem transmissão horizontal e vertical. cina liofilizada – vírus livre, somente sorotipo 3 Vacina congelada – vírus associado a célula (sorotipos 1, 2 e 3 ) 37 38 Controle É baseado na tranferência de imunidade passiva das matrizes à progênie. Deve ser assegurado que as matrizes desenvolvam imunidade mediada por anticorpos neutralizantes, antes do início do período de postura, evitando a transferência vertical do vírus. Assim, transferem para o ovo anticorpos em níveis suficientes para previnir a infecção da progênie no período suscetível. No Brasil há 2 vacinas comerciais com vírus vivo atenuado, que são utilizadas no campo: amostra CAV P4, produzida em cultivo celular e pode ser administrada via IM, SC, membrana da asa ou associada às vacinas contra BA, EA e reo; e a amostra Cux 1, que é administrada via água de bebida. Indicadas para reprodutoras, visando à proteção da progênie (frangos e poedeiras comerciais). 39 REOVIROSE (ARTRITE VIRAL) Características gerais O reovírus (Reo) é o agente causador da artrite viral ou tenossinovite em galinhas, que se caracteriza por lesões inflamatórias nas articulações tíbiotársicas. As aves apresentam dificuldade de locomoção, queda de peso e morte devido à inanição e à desidratação. Em linhagens pesadas os Reo, que possuem capacidade de se multiplicar no trato intestinal, causam lesões na mucosa do intestino, resultando em problemas de má absorção ou má digestão, levando a problemas de “trânsito rápido”. A doença é conhecida mundialmente e possui transmissão vertical e horizontal. 40 Controle Biosseguridade: isolamento, higiene e vacinação Recomendam-se a limpeza e a desinfecção das instalações, bem como o vazio sanitário por um período de 15 dias. A imunização é uma ferramenta de controle. Os programas de vacinação devem privilegiar a proteção nos primeiros dias de vida por meio da imunidade materna. Assim utiliza vacinas vivas durante a recria e vacinas inativadas no período anterior à produção de ovos. 41 Controle Biosseguridade: isolamento, higiene e vacinação Recomendam-se a limpeza e a desinfecção das instalações, bem como o vazio sanitário por um período de 15 dias. A imunização é uma ferramenta de controle bastante eficaz contra o Reo. Os programas de vacinação devem privilegiar a proteção nos primeiros dias de vida por meio da imunidade materna. Utilizam-se de vacinas vivas durante a recria e vacinas inativadas no período anterior à produção de ovos. 42 SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA (Egg-Drop Syndrome) Características gerais É causado por um adenovírus, que infecta galinhas adultas durante a fase de postura, causando queda na produção e alteração na qualidade externa do ovo (p. 108). A principal forma de transmissão é a vertical. Os sinais se evidenciam próximo ao pico de produção. 43 Controle Evitar a reutilização de bandejas de ovos, já que o vírus também se encontra na superfície do ovos. A vacina inativada em adjuvante oleoso é muito eficiente no controle da doença, tanto em plantéis de postura e em matrizes. Uma única aplicação antes da 18 semanas de idade é suficiente para imunizar as aves durante toda a vida produtiva. Nas áreas de maior desafio, recomenda-se revacinações anuais. 44 PNEUMOVIROSE AVIÁRIA Características gerais Agrupam-se duas doenças: a rinotraqueíte aviária ou rinotraqueíte dos perus (TRT – Turkey Rinotracheitis) e a síndrome da cabeça inchada (SHS – Swollen Head Syndrome), que ocorre em galinhas. Muitos fatores contribuem para o aparecimento da doença, incluindo, manejo, ambiente e os desafios por agentes virais e bacterianos. Em matrizes e poedeiras, a infecção leva a um quadro respiratório, com edema facial e submandibular, sinais neurológicos e queda na produção de ovos. Em frangos de corte, a infecção resulta em sinais respiratórios, envolvendo o trato respiratório superior, que são exacerbados 45 por infecções secundárias de origem viral e, ou, bacteriana. 46 Controle A doença é emergente em aves em muitas partes do mundo e o controle via vacina (viva e inativada) começou no Brasil em 1998. Há 3 vacinas originárias de perus e uma de galinhas. As vacinas vivas produzem uma proteção parcial entre os subtipos de vírus (A, B e C). Em frangos de corte e perus utiliza-se somente a vacina viva e em matrizes e poedeiras comerciais, usam-se vacinas viva e inativada. As vias são: ocular, spray e água de bebida (vacinas com vírus vivo); e intramuscular (vacinas com vírus inativado).
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