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Escopo da Epidemiologia e conceitos

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ex. Pandemia de peste bovina, febre aftosa e febre suína africana foram causas de 
 substanciais perdas econômicas; Pelos anos de 1970, casos de peste bovina foram 
 detectados somente no noroeste da África e no subcontinente Indiano, mas a doença 
 tornou-se pandêmica na África e no Oriente Médio durante o início dos anos de 1980 e 
 passou a ser alvo de uma campanha global de erradicação; No final dos anos de 1970, uma 
 pandemia de infecção por parvovírus ocorreu em cães em muitas partes do mundo; Graves 
 epidemias humanas têm sido registradas, incluindo a peste (Peste Negra) na Idade Média, 
 a cólera no século XIX e a influenza logo após a Primeira Guerra Mundial; 
 -Ocorrência esporádica ; Doença que ocorre irregularmente e ao acaso; Circunstâncias 
 apropriadas têm que ocorrer localmente para produzir surtos pequenos e localizados. 
 ex. A febre aftosa não é endêmica na Grã-Bretanha. Um surto esporádico, que se pensou 
 estar associado com a importação de carne infectada da América do Sul, ocorreu em 
 O~westry, em outubro de 1967. Infelizmente, esse incidente resultou em uma epidemia que 
 não foi eliminada até o meio de 1968; Entretanto, a doença não se tornou endêmica em 
 decorrência da intervenção veterinária; Em oposição, um esporádico e único surto de raiva 
 ocorreu em cães na Grã-Bretanha em 1969, após ter sido completado o período legal de 
 quarentena de seis meses. Nenhum outro animal foi infectado, dessa forma esse surto 
 esporádico foi confinado ao caso original. 
 Assim, ocorrência esporádica pode significar tanto um único caso quanto um conjunto de 
 casos de uma doença ou infecção (estágio em que a doença não se manifesta), que 
 normalmente não está presente na área em questão. 
 ● Causa da Doença 
 - causa dos eventos é relevante em todos os ramos da ciência. 
 -Isso é discutido no contexto geral por Taylor (1967), e no contexto epidemiológico por Buck 
 (1975) e Evans (1993); 
 -Em epidemiologia, estudos são geralmente realizados para identificar causas das doenças 
 para que se possam desenvolver e implementar medidas preventivas, que serão avaliadas 
 subseqüentemente quanto à eficácia; 
 -houve uma alteração no conceito de que a doença tenha uma causa única, sendo 
 atualmente aceito o conceito das múltiplas causas; 
 - A primeira idéia é resumida pelos postulados de Kock; 
 1. POSTULADOS DE KOCK: A maior compreensão das doenças microbianas no final 
 do século XIX levou Robert Kock a formular seus postulados para determinar a 
 causa das doenças infecciosas; Esses postulados afirmaram que um 
 microrganismo é o agente etiológico da doença: 
 1. Se estiver presente em todos os casos da doença; 
 2. Se não ocorrer em outra doença como um oportunista ou parasita não patogênico; 
 3. Se for isolado em cultura pura de um animal e, se transmitido a outros animais, 
 reproduzisse a mesma doença 
 tais postulados trouxeram um necessário grau de ordem e disciplina para se estudar 
 uma doença infecciosa. Poucos poderiam contestar que um organismo que 
 preenchesse os critérios acima não causaria a doença em questão: mas essa seria 
 a única e completa causa? Kock forneceu uma estrutura rígida para avaliar o agente 
 etiológico, mas ignorou a influência dos fatores do meio ambiente, que eram pouco 
 pesquisas em indivíduos. A demonstração de uma associação estatisticamente 
 significante, entretanto, não prova que um determinado fator é o agente etiológico. A 
 lógica prova da redução requer que o mecanismo de indução da doença pela causa 
 seja explicado por uma cadeia de eventos, da causa ao efeito, no nível molecular. 
 Entretanto, na ausência de evidência experimental, a identificação epidemiológica da 
 associação pode ser de valor preventivo considerável por indicar fatores, cuja 
 redução ou remoção reduzirão a ocorrência da doença, apesar da causa específica 
 não ter sido identificada 
 ● Variáveis 
 -objetivo da análise estatística detalhada é identificar os fatores que causam a doença. 
 - doença e fatores causais são variáveis; 
 -Uma variável é um evento observável que pode variar; 
 -Exemplos de variáveis são peso e idade de um animal e número de casos da doença. 
 1. Variável em estudo - é uma variável que está sendo considerada no estudo. 
 2. Variáveis respostas ou explanatórias - variável resposta é uma que é afetada por 
 outra variável (explanatória); 
 ● TIPOS DE ASSOCIAÇÃO 
 -Associação é o grau de dependência que ou independência entre duas variáveis. 
 -dois principais tipos: 
 1. Associação não estatística - associação não estatística entre a doença e uma causa 
 hipotética é uma associação que surge ao acaso . Isto é, a freqüência da ocorrência 
 simultânea da doença e do agente causal não é maior que a esperada ao acaso ; 
 ex. Mycoplasma felis, foi isolado dos olhos de gatos com conjuntivite. Isso 
 representa uma associação entre o M. felis e a conjuntivite nesses gatos. 
 Entretanto, inquéritos realizados demonstraram que M.felis também pode ser isolado 
 da conjuntiva de 80% dos gatos aparentemente normais; 
 Análises desses achados revelaram que a associação entre conjuntivite e M.felis 
 surge por acaso: o micoplasma pode estar presente em gatos saudáveis, assim 
 como naqueles com conjuntivite. Em tais circunstâncias, ao acaso, ocorre uma 
 associação não estatística, portanto o agente não pode ser inferido como etiológico; 
 2. Associação estatística - As variáveis estão positivamente associadas 
 estatisticamente quando ocorrem juntas mais freqüentemente do que seria 
 esperado por acaso ; E são negativamente associadas quando ocorrem juntos 
 menos freqüentemente do que seria esperado por acaso. As associações positivas 
 estatísticas podem indicar uma relação etiológica, entretanto, nem todos os fatores 
 que são associados estatisticamente positivos à doença são necessariamente 
 etiológicos. 
 A variável explanatória A é a causa de uma doença. As variáveis respostas B e C 
 são duas manifestações da doença. Nessas circunstâncias, há uma associação 
 estatística etiológica entre A e B e entre A e C. Há também uma associação 
 estatística positiva entre as duas variáveis respostas, B e C, surgindo das 
 associações separadas com A, mas essa é uma associação não etiológica. Um 
 componentes de uma causa suficiente para prevenir a doença, porque a remoção de 
 um dos componentes pode deixar a causa como insuficiente . 
 ex. um melhor tipo de piso pode prevenir abscessos podais de suínos, mesmo que 
 as principais bactérias piogênicas não tenham sido identificadas. 
 Uma determinada doença pode ser produzida por diferentes causas 
 suficientes . Essas podem ter certas causas componentes em comum, ou não. Se 
 a causa é um componente de cada causa suficiente, então ela é causa necessária . 
 2. causa necessária - uma causa necessária precisa sempre estar presente para 
 produzir o efeito; é o único componente aparecendo em todas as causas suficientes. 
 ex. pasteurelose pneumônica em bovinos - Infecção por Pasteurella spp. é a causa 
 necessária, masoutras causas componentes, incluindo a ausência da imunidade, 
 são requeridas para indução da doença. Outro exemplo de uma causa que é 
 necessária, mas não suficiente, é a infecção por Actinobacillus ligneresi, que tem de 
 ocorrer antes de a actinobacilose se desenvolver. Entretanto, outros fatores que 
 lesam a mucosa bucal (por exemplo, consumo de vegetação áspera e abrasiva) 
 precisam estar presentes para que a doença se desenvolva. Na ausência desses 
 fatores a bactéria pode estar presente sem a manifestação da doença. 
 É óbvio que as causas necessárias são freqüentemente utilizadas para definir a 
 doença; por exemplo, chumbo é necessário para a intoxicação por chumbo e 
 Pasteurella multocida é necessária para a pasteurelose pneumônica. 
 A causa pode ser necessária, suficiente, nenhuma das duas ou ambas, mas é 
 incomum um único componente causal ser suficiente e necessário 
 simultaneamente. 
 Causas componentes - incluem, portanto, fatores que podem ser classificados 
 como: 
 -Fatores predisponentes > que aumentam o nível de suscetibilidade do hospedeiro 
 (por exemplo, idade e estado imunitário); 
 - Fatores habilitantes que facilitam a manifestação da doença (por exemplo, nutrição 
 e instalações); 
 -Fatores precipitantes, que estão associados com o aparecimento definitivo da 
 doença (por exemplo, muitos agentes tóxicos e infecciosos); 
 -Fatores agravantes , que tendem a agravar a evolução da doença (por exemplo, 
 exposição repetida a um agente infeccioso na ausência de resposta imune). 
 ex. Pneumonia é um exemplo de doença que tem causas suficientes, mas nenhuma 
 das quais tem componente necessário; pneumonia pode ser produzida por estresse 
 ao calor, em um meio ambiente seco e poeirento, que permite que microscópicas 
 partículas alcancem os alvéolos; Estresse ao frio também pode produzir 
 clinicamente o mesmo resultado. Síndromes multifatoriais, como a pneumonia, 
 podem ter numerosas causas suficientes, não sendo necessária a presença de uma 
 causa componente; Parte da razão disso, é a taxonomia: a pneumonia está ligada 
 frouxamente a um grupo de doenças cuja classificação é baseada nas lesões 
 (inflamações dos pulmões), em vez de causas específicas; as lesões podem ser 
 produzidas por causas diferentes. 
 Quando uma doença é classificada pela etiologia, há por definição uma única causa 
 principal, a qual é, provavelmente, a necessária. 
 Exemplos incluem intoxicação por chumbo, actinobacilose, pasteurelose e doenças 
 "simples" como brucelose e tuberculose.

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