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1 Prof. Rosemberg 2º/2009 Tratamento do gás natural- Desidratação 2 �O gás natural produzido, associado ou não, está saturado com vapor de água, isto é, contém a quantidade máxima possível de água no estado vapor para aquelas condições; �Quantidades adicionais que tendem a se vaporizar voltarão a condensar, exceto se houver alterações nas condições de pressão e/ou temperatura do gás; �O teor de água do gás é função de três parâmetros: pressão, temperatura e presença de contaminantes, ou gases ácidos, que tema propriedade de elevar este teor; �Quanto menor a pressão e maior a temperatura, maior a capacidade do gás de reter água no estado gasoso ; 1 – Introdução 3 1 – Introdução �A água contida em uma corrente de gás natural deve ser parcial ou totalmente removida com os seguintes objetivos: � �Manter a eficiência dos dutos de transporte, uma vez que a água condensada nas tubulações causa redução da área de passagem com aumento da perda de carga e redução da vazão de gás; �Evitar a formação de meio ácido corrosivo decorrente da presença de água livre em contato com gases ácidos que podem estar presente no gás; �Evitar a formação de hidratos 4 �A especificação do gás desidratado, a uma certa pressão, pode ser dada em termos de teor de água, ponto de orvalho ou depressão do ponto de orvalho; �É comum especificar um valor do ponto de orvalho requerido de 5ºC abaixo da temperatura mínima a que o gás será submetido, na pressão de operação; � Para fins práticos é comum utilizar o diagrama de Mcketta(Figura 1) para determinação do teor de água de saturação de um gás natural em função da pressão e da temperatura. 1 – Introdução 5Figura 1 - Diagrama de Mcketta 6 4.1- A desidratação �O processo de desidratação consiste em promover o contato íntimo do gás com o glicol em uma torre de absorção �Esse processo ocorre a reação de desidratação do gás de modo a atender a especificação técnica de processo; �O gás úmido entra pela base da torre e o teg pobre entra pelo topo da torre; �O gás seco sai pelo topo da torre e o teg rico sai pela base da torre; �O glicol empregado na absorção do da umidade é solúvel em água, baixa volatilidade, baixa viscosidade, estável quimicamente e não inflamável; Figura 2 Figura 3 7 4.1- A desidratação/regeneração Figura 2 - Esquema do processo de desidratação e regeneração do glicol 8Figura 3 - Torre de absorção e tipos de recheios 9 �O gás úmido após ser comprimido na unidade de compressão, escoa até a unidade de desidratação, entrando no sistema de absorção; �O gás entra na torre por meio de distribuidores para promover uma subida homogênea do gás na torre e recebe em contracorrente o glicol proveniente do sistema de regeneração; �O contato entre o gás e o glicol ocorre intimamente por meio de bandejas ou leitos(randômico ou estruturado) e, a medida que a solução desce a torre, absorve a umidade do gás; �No topo da torre absorvedora, acima do leito recheado, existe um eliminador de névoa, para remoção das partículas de glicol arrastadas pelo gás; �O gás sai pelo topo da torre, agora seco, possui um teor de umidade em torno de 40cm3/m3 a 150cm3/m3 e temperatura de orvalho de água entre -15 a 0ºC; 4.1- A desidratação 10 �Após a torre o gás passa por um vaso depurador para reter as partículas líquidas de glicol, objetivando reduzir as perdas da solução circundante, e em seguida é distribuido pelos seus consumidores como gás lift e gás combustível e exportação; 4.1- A desidratação 11 Figura 3 – vaso de flash 12 �A capacidade de absorção de água do teg é maior com o aumento de pressão e diminuição de temperatura; �O sistema de regeneração procura transformar o teg rico em teg pobre pela redução da pressão e aumento da temperatura; �O teg rico se acumula na panela de fundo da absorvedora e, posteriormente, escoa para o sistema de regeneração; �Ao sair da torre a solução de teg rico sofre uma redução de pressão na válvula controladora de nível desta, atingindo a pressão de trabalho do vaso de expansão; �Esse vaso trabalha entre 300KPa a 500KPa, tendo como finalidade a separação das três fases geradas no processo de absorção:a fase líquida de HCs, e a solução de teg rico, por meio de chicanas e comparatimentos internos do vaso de separação; �A corrente de gás liberado da solução para por um extrator de névoa antes de sair do vaso para evitar arraste de líquidos; 4.2- A regeneração 13 Figura 3 – trocador glicol/glicol 14 �Uma linha de gás combustível é utilizada para garantir uma mínima pressão no vaso de expansão, objetivando a transferência do teg rico por um diferencial de pressão; �O HC líquido é coletado em uma panela de acúmulo, drenado periodicamente; �A fase de glicol rico é mais densa se acumula no fundo e é enviada para o sistema de filtração por meio de controle de nível; �O sistema de filtração possui dois tipos de filtros, um construído por cartucho e outro com carvão ativo. O primeiro remove partículas sólidas em suspensão e o segundo remove contaminantes químicos, principalmente produtos da degradação do teg; �O teg rico filtrado é pre-aquecido em um permutador, trocando calor com o teg quente pobre regenerado e entra no topo da torre regeneradora, onde entra em contato com vapores de glicol proveniente do fundo da torre; 4.2- A regeneração 15 Figura 4- Filtro do tipo cartucho 16 Figura 4- Filtro de carvão 17 �Uma parte do glicol vaporiza e a parte líquida desce pela torre até atingir o refervedor, o qual utiliza resistências elétricas para manter a temperatura em torno de 204ºC, vaporizando a solução de teg e elevando o teor de teg para 98.7% em massa; �Os vapores quntes que saem do refervedor e sobem pela regeneradora encontram o teg mais frio descendo, ocorrendo então novas vaporizações e condensações; �N topo da torre regeneradora existe um recuperador de calor que como finalidade controlar sua temperatura e evitar perda de teg na fase vapor; �O teg pobre que deixa o refervedor se dirige para um vaso acumulador, para então ser direcionados para o trocador teg rico x teg pobre, aquecendo o teg rico que vai entrar na torre; �O teg pobre atinge a sucção da bomba por gravidade elevando sua pressão até a pressão de operação da absorvedora, sendo resfriado antes de entrar na absorvedora, fechando o circuito; 4.2- A regeneração 18 Bibliografia � [1] – Célio Eduardo, João Luis e Waldir Gomes. Tecnologia da Indústria do gás natural. Editora. Blucher, � [2] – Frederico Vieira e Robson Dourado. Processamento Primário de Petróleo. Instituto Brasileiro de Engenharia de Custo � [3] – José Eduardo Thomas. Fundamentos da Engenharia de Petróleo. Editora: interciência.
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