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PROVA ORAL MAGISTRATURA FEDERAL – TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PONTO 1 
CONSTITUCIONAL: Constituição. Conceito. Classificação. Elementos. Ordem Econômica e Financeira. Princípios Gerais da Atividade Econômica. Política Urbana. Política Agrícola e Fundiária. Reforma Agrária. Sistema Financeiro Nacional.
Direito Constitucional: Constituição. Conceito. Classificação. Elementos. Ordem Econômica e Financeira. Princípios Gerais da Atividade Econômica. Política Urbana. Política Agrícola e Fundiária. Reforma Agrária. Sistema Financeiro Nacional. 
* Conceito É o sistema de normas jurídicas, produzidas no exercício do poder constituinte, dirigidas precipuamente ao estabelecimento da forma de Estado, da forma de governo, do modo de aquisição e exercício do poder, da instituição e organização de seus órgãos, dos limites de sua atuação, dos direitos fundamentais e respectivas garantias e remédios constitucionais e da ordem econômica e social.
* Classificação:
* A CF/88 pode ser classificada como escrita, social, promulgada, dogmática, eclética, dirigente, principiológica, analítica, normativa e rígida 10.
Quanto à forma Escrita (x não escrita) Documento único e solene, que sistematiza a estrutura fundamental do Estado e da sociedade. 
Quanto ao objeto Social (x liberal) Estão inseridas normas específicas em relação à ordem econômica, uma vez que o Estado social, malgrado afirme e assegure a propriedade privada e a liberdade de iniciativa, condiciona o uso dos bens e a atividade na economia ao bem-estar social.
Quanto à origem Promulgada (x outorgada = 1.824; 1.937; 1.967; EC 1/69) É externada com a participação dos cidadãos, visto que as normas constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do poder constituinte. 
Quanto ao modo de elaboração Dogmática (x histórica) É produto de elaboração por órgão constituinte, que consubstancia os valores predominantes em determinado momento histórico.
Quanto à dogmática Eclética (x ortodoxa) É informada por ideologias conciliatórias, tendo a elaboração constitucional sido resultante do compromisso entre forças políticas diferentes. 
Quanto ao modelo Dirigente (x garantia) Legitima e limita o poder do Estado em face da sociedade, bem como define as finalidades do exercício do poder político para o futuro, mediante a instituição de normas constitucionais programáticas. Ex. ADI por omissão e MI.
Quanto ao sistema Principiológica (x preceitual) Predominam os princípios, identificados como normas constitucionais providas de alto grau de abstração, consagradores de valores, pelo que é necessária a mediação concretizadrora. 
Quanto à extensão Analítica (x sintética) Estatui prolixamente a estrutura fundamental do Estado e sociedade, por intermédio de normas material e formalmente constitucionais. 
Quanto ao critério ontológico Normativa (x semântica e nominal) O processo político é configurado pela ordem constitucional, de maneira que há concordância entre as normas constitucionais e a realidade política. OBS. Na semântica, a CF serve aos interesses dos detentores do poder político e não ao povo. OBS. Na nominal, a CF tem nome, mas cede ao processo político.
Quanto à estabilidade Rígida (x flexível e semirrígida) É modificável por processo de reforma constitucional, em consequência do exercício do poder constituinte derivado reformador, de forma que eventuais conflitos entre normas constitucionais e normas legais são solucionados pelo critério hierárquico. 
Quanto ao conteúdo (a) Formal Consiste no texto votado pela Assembleia Constituinte, isto é, são as normas inseridas no texto constitucional. Ex. Art. 42, § 2º, CF. O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal. (b) Material É o conjunto de regras de matéria de natureza constitucional, relacionadas ao poder, quer esteja no texto constitucional ou não. Ex. Normas do CC que tratam da personalidade, direito ao nome.
OBS. Na constituição flexível, a sua alteração se dá por processo legislativo ordinário, em decorrência do exercício do poder constituído, de modo que as eventuais colisões entre normas constitucionais e normas legais são solucionadas pelo critério cronológico.
OBS. Na constituição semirrígida, existe uma parte rígida, modificável por processo de reforma constitucional, e outra parte flexível, modificável por processo legislativo ordinário. Ex. CF brasileira de 1824.
* Elementos.
* A CF é formada por 5 elementos, quais sejam, orgânicos, limitativos, socioideológicos, de estabilização constitucional e formais de aplicabilidade.
Orgânicos São expostos nas normas const. que prescrevem a divisão territorial e funcional do exercício do poder político. Ex. Da organização do Estado. Ex. Da Organização dos Poderes. Ex. Das Forças Armadas. Ex. Da Segurança Pública. Ex. Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas. Ex. Da Tributação e do Orçamento.
Limitativos São expressos nas normas const. que prescrevem a afirmação e a garantia dos direitos fundamentais. Ex. Dos Direitos e Garantias Fundamentais.
Socioideológicos São presentes nas normas const. que prescrevem os fins públicos a serem alcançados na ordem econômica e social. Ex. Da Ordem Econômica e Financeira. Ex. Da Ordem Social.
Estabilização constitucional São externados nos meios de proteção das próprias normas const. Ex. ADI + ADC + ADO + ação direta de inconst. interventiva + ADPF.
Formais de aplicabilidade São expressos nas normas const. que prescrevem as técnicas de aplicação das próprias normas const. Ex. ADCT.
OBS. STF O ADCT, promulgado em 1.988, pelo legislador constituinte, qualifica-se, juridicamente, como um estatuto de índole constitucional A estrutura normativa que nele se acha consubstanciada ostenta, em consequência, a rigidez peculiar às regras inscritas no Texto Básico da Lei Fundamental da República Disso decorre que inexistem, entre as normas inscritas no ADCT e os preceitos constantes da Carta Política, quaisquer desníveis ou desigualdades quanto à intensidade da sua eficácia ou prevalência de sua autoridade. Situam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica. 
* Ordem Econômica e Financeira. Princípios Gerais da Atividade Econômica.
* A ordem econômica indica o conjunto de normas que disciplina o fenômeno econômico, ao fixar a opção por um modelo econômico e a forma como deve se operar a intervenção do Estado no domínio econômico.
* Fundamentos da ordem econômica:
Valorização do trabalho humano Proteção do trabalhador, o que sugere intervenção estatal para sua efetivação.
Livre-iniciativa Liberdade para o desenvolvimento da atividade econômica pelo indivíduo, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei (art. 170, §único, CF) Qualquer intervenção estatal na ordem econômica deve ser justificada a partir da proteção da dignidade da pessoa humana e da justiça social, bem como a exploração direta da atividade econômica pelo Estado somente será possível de forma subsidiária, por meio das empresas estatais e para a defesa da segurança nacional ou de interesse coletivo. 
* Princípios (art. 170, CF).
* A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
Soberania nacional A soberania também é prevista como um dos fundamentos da República No contexto da ordem econômica, caracteriza-se pelo poder do Estado em interferir e dirigir a ordem econômica de acordo com o interesse público. Abrange o desenvolvimento de políticas públicas que pretendem conferir ao país a condição de igualdade em relação às demais nações no contexto econômico global.
Propriedade privada É direito individual que garante aos agentes que atuam na ordem econômica a apropriação de bens e meios de produção. É uma condição intrínseca para o exercício da livre iniciativa, pois determina o respeito pela propriedade alheia e limitaa ação do Estado, que só está autorizado a restringir a propriedade privada nos casos expressamente previstos na CF.
Função social da propriedade A função social da propriedade é uma restrição ao princípio da propriedade privada. A propriedade deve cumprir sua função econômica ao gerar riqueza, tributos ao Estado, trabalho, e desenvolvimento econômico. Desta forma, a propriedade é assegurada desde que esteja cumprindo a sua função social, caso contrário, o descumprimento de tal requisito enseja a intervenção do Estado e aplicação de sanções. Podemos entender, portanto, que este é um meio que busca proporcionar a existência digna de todos e a justiça social.
Livre concorrência O princípio impõe ao Estado abrigar uma ordem econômica fundada na rivalidade dos entes exploradores do mercado. O mercado deve ser explorado pela maior quantidade de agentes possíveis, e o Direito deve garantir a entrada e a capacidade de concorrer a quem quer explorá-lo. A livre concorrência garante melhores condições de competitividade entre as empresas, forçando-as a um constante aprimoramento dos seus métodos tecnológicos e custos, na procura constante de criação de condições mais favoráveis ao consumidor. A CF diz que a lei deve reprimir o abuso de poder econômico que visar a dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros (art. 173, §4º).
Defesa do consumidor Na relação entre fornecedor e o consumidor, cabe ao Estado criar condições equitativas entre tais partes naturalmente desiguais. Nas relações de consumo, a atividade econômica deve proteger o consumidor, visto que a qualidade e segurança dos produtos, a veracidade das informações repassadas ao consumidor, a abusividade de determinadas cláusulas, o atendimento pós-consumo, etc, atestam a vulnerabilidade e fragilidade deste que é o elo mais fraco da relação de consumo, e ensejam normas que o protejam. Desta forma, este princípio visa proporcionar igualdade de oportunidade e tratamento, um equilíbrio entre os atores econômicos.
Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação A atividade econômica deve atender ao desenvolvimento sustentável, de modo que a exploração não cause danos ao meio ambiente. O meio ambiente saudável é indispensável para a sobrevivência de todos os seres, e direito da coletividade. Os meios utilizados para a atividade privada podem causar danos ao ambiente. O crescimento econômico deve ser realizado atento à preservação dos recursos naturais, de maneira sustentável, e é por isso que o ambiente saudável é um dos limites para o livre exercício da atividade econômica. Desta forma, as políticas públicas voltadas para o meio ambiente não devem ser vistas como inibidoras do desenvolvimento, mas tão somente como ferramentas utilizadas para a gestão de um ambiente ecologicamente equilibrado. O agente econômico, público ou privado, está proibido de causar danos ao meio ambiente utilizando como escusa para tal o seu direito à livre iniciativa.
Redução das desigualdades regionais e sociais Os atores econômicos, e fundamentalmente o Estado, têm o dever de evitar as desigualdades. Diante das dimensões do Brasil, o legislador demonstra a preocupação em promover o desenvolvimento mais equilibrado possível entre as diferentes regiões do país e determinadas atividades econômicas O princípio justifica programas que favoreçam regiões mais pobres e políticas públicas de distribuição de renda (ex. SUDENE, fome zero, políticas afirmativas).
Busca do pleno emprego A ordem econômica tem o fim de assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social. Trata-se de norma programática, estabelecendo um objetivo a ser atingido por meio atividade ulterior do legislador infraconstitucional. Ex. Opção pela prioridade na manutenção dos empregos na nova lei de falências (Lei 11.101/2005), coloca o regime jurídico de insolvência empresarial em sintonia com os princípios constitucionais da ordem econômica.
O princípio que está intimamente relacionado ao direito à vida, pois com a remuneração pelo trabalho é possível se obter os recursos indispensáveis para a sobrevivência. A busca pelo pleno emprego é uma forma de garantir a função social da propriedade e serve de direção para o desenvolvimento de políticas públicas do Estado.
Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País As empresas de pequeno porte são hoje responsáveis por grande parte da geração de emprego e renda do país, sendo assim importantes sustentáculos da economia brasileira. É imprescindível, portanto, que se criem condições para um melhor equilíbrio de mercado entre estas e as empresas de grande porte A União/Estados/DF/Municípios dispensarão às ME e EPP tratamento jurídico diferenciado visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
OBS. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
OBS. A livre iniciativa é a possibilidade de todos poderem exercer a atividade econômica A livre concorrência trata das regras do exercício da atividade econômica, para que o seu livre funcionamento não seja prejudicado pelo abuso do poder econômico.
OBS. Súmula 646, STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
OBS. Podem ser citados princípios implícitos da ordem econômica:
Subsidiariedade O poder público só pode atuar no mercado em situações constitucionais expressamente previstas A regra é a de que o mercado deve ser resultado da atuação privada. 
Igualdade A CF estabelece a igualdade na exploração da atividade econômica pelo Estado frente aos particulares e mesmo entre os próprios particulares, mas delimita exceções, como a proibição do abuso de poder de mercado, proteção das ME e EPP.
Desenvolvimento Econômico É resultado de políticas de pleno emprego Direito fundamental ao desenvolvimento.
Democracia Econômica Politização da economia.
Livre Exercício de Atividade Econômica Deve ser observada a lei regulamentadora da profissão (OAB, CRM, CREA, etc.), registros em órgãos ambientais, sanitários, etc.
* STF Responsabilidade objetiva do Estado por danos decorrentes de atos estatais comissivos, consiste na fixação de preços em valores abaixo da realidade e em desconformidade com a legislação aplicável ao setor Empecilho ao livre exercício da atividade econômica, com desrespeito ao princípio da livre iniciativa.
OBS. Outros dispositivos const. relacionados à ordem econômica:
* SALVO casos previstos na CF A exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo.
* A lei estabelecerá o estatuto jurídico da EP + SEM + suas subsidiárias que explorem atividade econômica ou prestação de serviços, dispondo sobre: 
Sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade.
A sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
Licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública.
A constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários.
Os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
* As EP e SEM não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
* A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à Dominação dos mercados + eliminação da concorrência + aumento arbitrário dos lucros.
*A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da PJ, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
* Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
* Política Urbana.
* A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
* A política urbana objetiva desenvolver as funções sociais da cidade e garantir o bem-estar da população, que, em geral, são a habitação e a livre circulação O plano diretor do Município irá determinar quando a propriedade urbana cumprirá sua função social.
OBS. A política urbana comporta 2 dimensões: (a) o desenvolvimento da rede de cidades (dimensão interurbana) e (b) o desenvolvimento urbano no quadro do território municipal (intra-urbana), sendo que o art. 182, CF contemplou apenas esta última.
* O plano diretor aprovado pela Câmara Municipal é obrigatório para cidades com > 20 mil habitantes Instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
* A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
* As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
* É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir do proprietário do solo urbano não edificado/subutilizado/não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
(1) Parcelamento/edificação compulsórios Considera-se subutilizado o imóvel cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido no plano diretor ou em legislação dele decorrente O proprietário será notificado pelo PE municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis A notificação será feita por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário a quem tenha poderes de gerência na PJ ou por edital quando frustrada, por 3X, a tentativa de notificação Os prazos para implemento da obrigação não poderão ser inferiores a 1 ano (a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal competente); e 2 anos (a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento) Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a lei municipal específica poderá prever a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização, sem interrupção de quaisquer prazos.
(2) IPTU progressivo no tempo Majoração da alíquota pelo prazo de 5 anos consecutivos O valor da alíquota será fixado na lei específica e não excederá a 2X o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15% Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva.
Desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais O valor real da indenização refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a notificação para uso compulsório, e não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios Os títulos não terão poder liberatório para pagamento de tributos O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de 5 anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.
OBS. Para a aplicação das sanções, a área deve estar prevista no plano diretor.
* Usucapião especial urbana (pro misero).
* Aquele que possuir como sua área urbana de até 250 m2 por 5 anos ininterruptamente e sem oposição utilizando-a para sua moradia ou de sua família irá adquirir o domínio desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
OBS. Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
OBS. Não se exige que a pessoa prove que tinha um justo título ou que estava de boa-fé.
OBS. Inf. 584, STJ Não obsta o pedido declaratório de usucapião especial urbana o fato de a área do imóvel ser inferior à correspondente ao módulo urbano (área mínima a ser observada no parcelamento de solo urbano por determinação infraconstitucional) Preenchidos os requisitos do art. 183 da Constituição Federal, o reconhecimento do direito à usucapião especial urbana não pode ser obstado por legislação infraconstitucional que estabeleça módulos urbanos na respectiva área em que situado o imóvel (dimensão do lote).
* OBS. Enunciados da IV Jornada de Direito Civil que constam do Livro do Couto:
Enunciado 313 Arts.1.239 e 1.240. Quando a posse ocorre sobre área superior aos limites legais, não é possível a aquisição pela via da usucapião especial, ainda que o pedido restrinja a dimensão do que se quer usucapir.
Enunciado 317 Art. 1.243. A accessio possessionis, de que trata o art. 1.243, 1a parte, CC, não encontra aplicabilidade relativamente aos arts. 1.239 e 1.240, CC, em face da normatividade do usucapião constitucional urbano e rural, arts. 183 e 191, respectivamente.
* Política Agrícola e Fundiária. 
* Qual é a diferença entre política agrícola e fundiária?
Política agrícola É a política que orienta, no interesse da economia rural, a atividade agropecuária, traçando planos, com a finalidade de harmonizá-la com o processo de industrialização do país e de melhorar a utilização da terra, implementando a produção, o aproveitamento da mão-de-obra rural e a colonização oficial e rural, atualizando a legislação e adaptando-a aos planos e programas de ação governamental, e ainda, elevando o nível de vida rural e concedendo benefícios e estímulos. 
Política fundiária A política fundiária, por sua vez, difere da política agrícola, sendo um capítulo, uma parte especial desta, tendo em vista o disciplinamento da posse da terra e de seu uso adequado (função social da propriedade) Nesse contexto, a política fundiária deve visar e promover o acesso à terra daqueles que saibam produzir, dentro de uma sistemática moderna, especializada e profissionalizada.
* Distinção A política agrícola não importa modificação na estrutura das relações de produção e de propriedade fundiária e tem por objetivo propiciar facilidades, benefícios e incentivos. 
* A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
Instrumentos creditícios e fiscais.
Preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização.
Incentivo à pesquisa e à tecnologia.
Assistência técnica e extensão rural.
Seguro agrícola.
Cooperativismo.
Eletrificação rural e irrigação.
Habitação para o trabalhador rural.
OBS. Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias,pesqueiras e florestais.
OBS. Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária.
* A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a 2.500 hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do CN Excetuam-se as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária.
* Reforma Agrária.
* Conceito De acordo com o art. 1º, §1º da Lei 4.504/64 (Estatuto da Terra), considera-se reforma agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade A luta dos movimentos sociais pela reforma agrária tem fundamento constitucional A reforma agrária não é questão ideológica, é um valor constitucionalmente reconhecido STJ O movimento popular visando implantar a reforma agrária configura direito coletivo, expressão da cidadania.
* Compete à União desapropriar por interesse social para fins de reforma agrária Imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir do 2o ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
OBS. As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro (com observância do sistema de precatórios).
* STF O art. 184, § 1º, CF determina que o pagamento das benfeitorias necessárias e úteis deve ser feito em dinheiro, enquanto que o valor da terra nua será ressarcido em TODA A discussão é se esse pagamento “em dinheiro” deve, ou não, ser realizado por meio dos precatórios (art. 100, CF) O pagamento das benfeitorias úteis e necessárias deverá ser feito em atendimento ao art. 100 da CF, ou seja, deverá ocorrer por meio de precatório.
OBS. As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária são isentas de impostos federais/estaduais/municipais.
OBS. O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
OBS. Cabe à LC estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.
OBS. O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício
* São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
Pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra.
Propriedade produtiva.
* A função social é cumprida quando a propriedade rural atende os seguintes requisitos:
Aproveitamento racional e adequado.
Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente.
Observância das disposições que regulam as relações de trabalho.
Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
* Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de domínio/concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de 10 anos.
* Desapropriação especial rural Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural/urbano, possua como seu, por 5 anos ininterruptos, sem oposição Área de terra em zona rural não > 50 hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho/família, tendo nela sua moradia, poderá adquirir a propriedade.
* O valor da área de preservação permanente deve ser indenizado na desapropriação?
* STJ O valor atribuído à cobertura florestal, quando for insuscetível de exploração econômica, deve ser excluído da indenização Apenas se houver plano de manejo aprovado para a área será possível a indenização.
* STF A área de cobertura vegetal sujeita à limitação legal e, consequentemente, à vedação de atividade extrativista não elimina o valor econômico das matas protegidas. Desapropriação por interesse social: inclusão, na indenização, da área de preservação permanente, sob pena de ferir o princípio da justa indenização.
* Sistema Financeiro Nacional.
* O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram (art. 192, CF).
* Conceito O sistema financeiro nacional é entendido como o conjunto de órgãos, entidades e PJ que lidam com o fluxo de dinheiro e títulos, incluindo atividades que envolvam circulação de valores, incluindo o mercado financeiro em sentido estrito, de crédito, de câmbio e de capitais, bem como seguros, consórcio, capitalização ou qualquer tipo de poupança.
* Há 2 sistemas financeiros regulados na CF: (a) o público, que envolve finanças e orçamentos públicos (art. 163 a 169); (b) e o parapúblico, denominado Sistema Financeiro Nacional (art. 192). 
* Objetivos Desenvolvimento equilibrado do país + Servir aos interesses da coletividade.
* STJ Quanto aos juros remuneratórios: (1) as instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Dec. 22.626/1933), como já dispõe a Súmula 596, STF; (2) a simples estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano não indica abusividade; (3) são inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406, CC; (4) é admitida a revisão das taxas de juros em situações excepcionais, desde que haja relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, § 1º, CDC) esteja cabalmente demonstrada, diante das peculiaridades do caso concreto.
OBS. O Banco Central pode estabelecer limites às tarifas bancárias Fundamentos Art. 192, CF: o sistema financeiro nacional deve ser estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade + Art. 170, CF: uma das finalidades que deve ser assegurada pela ordem econômica é a justiça social + Art. 170, V, CF: um dos princípios que deve ser observado pela ordem econômica é a defesa do consumidor.
OBS. É defeso ao juiz rever de ofício as cláusulas abusivas em contratos bancários.
OBS. As instituições financeiras não se limitam ao limite de 12% para a cobrança de juros remuneratórios.
OBS. A capitalização dos juros bancários não se submete à limitação anual (art. 591, CC), mas pode ser mensal A partir de 31/3/2000 é facultado às instituições financeiras, em contratos sem regulação em lei específica, desde que expressamente contratado, cobrar a capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual, direito que não foi abolido com o advento do CC.
OBS. Súmula 379 STJ: Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.
OBS. Súmula 283, STJ: As empresas administradoras de cartão de crédito são instituições financeiras e, por isso, os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem as limitações da Lei de Usura.
Direito Tributário: Sistema Constitucional Tributário Brasileiro. Elementos Constitutivos. Características. Crédito Tributário. Constituição. Suspensão. Extinção. Garantias. Privilégios. Administração Tributária. Exclusão. Planejamento Tributário. 
* A CF tem um capítulo próprio para regular o Sistema Tributário Nacional, que consiste no conjunto de princípio e regras que informam o quadro orgânico de normas fundamentais e gerais de Direito Tributário vigentes.
* Elementos constitutivos:
Discriminação das competências tributárias.
Classificação dos tributos em espécies e subespécies.
Estabelecimento da regramatriz das várias espécies e subespécies de tributos.
Limitação do exercício das competências tributárias (princípios + imunidades).
Repartição das receitas tributárias.
* Características:
* O Sistema Constitucional Tributário brasileiro, em face das normas constantes do texto da CF, apresenta 2 características evidentes:
Rigidez A CF não confere ao legislador ordinário liberdade para modificar qualquer traço fundamental, pois define com exaustão as normas de competência tributária.
Complexidade A CF traça todos os contornos do sistema de maneira minuciosa.
OBS. Há doutrinadores, inclusive, que afirmam que o sistema tributário nacional é um verdadeiro subsistema, que trata dos aspectos da imposição tributária pelo Estado, dos poderes exercidos por este na esfera tributária e das garantias dos contribuintes perante estes poderes.
OBS. O âmbito constitucional do tributo, é a delimitação da competência para instituir o tributo tendo em vista as regras previstas na CF O significado da expressão “produtos industrializados”, por exemplo, compõe a delimitação da competência atribuída.
* Constituição do Crédito Tributário.
* O crédito tributário é constituído com o lançamento (art. 142, CTN), não se confunde com o fato gerador, podendo ser definido como uma obrigação tributária em estado ativo.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do FG da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
* Com efeito, o lançamento é o instrumento que confere a exigibilidade à obrigação tributária, quantificando-a (aferição do quantum debeatur) e qualificando-a (identificação do an debeatur). 
OBS. Enquanto o lançamento confere a exigibilidade à obrigação tributária, a inscrição em dívida ativa e extração da CDA confere exequibilidade.
* Desse modo, o crédito tributário é a obrigação tributária tornada líquida e certa por intermédio do lançamento. 
* O FG apenas constitui a obrigação tributária da qual decorrerá o crédito tributário. 
OBS. Hipótese de incidência + FG = Obrigação tributária.
OBS. Obrigação tributária + Lançamento = Crédito tributário.
* Lançamento:
* Conceito É o ato documental de cobrança por meio do qual se declara a obrigação tributária nascida do fato gerador, constituindo-se o crédito tributário É ato privativo da autoridade fiscal e independe do reconhecimento do débito pelo contribuinte ou sua anuência.
* Qual é a NJ do lançamento? NJ dúplice (a) declaratória em relação à obrigação (efeito ex tunc à data do FG); e (b) constitutiva em relação ao crédito (ex nunc). 
* Segundo o art. 142, CTN, o lançamento é procedimento administrativo, no entanto, a maioria da doutrina entende se tratar de um ato administrativo vinculado. 
* A competência para realizar o lançamento é exclusiva (indelegável e insuscetível de avocação) do Fisco, porém, a constituição do crédito tributário pode ser feita por ato privativo do Fisco (lançamento) ou por ato de particular por meio de declarações e outras confissões de débito (ex. apresentação de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Por isso, de acordo com o STF, não se pode propor ação penal por crime de sonegação fiscal antes da conclusão do procedimento de lançamento, pois o juiz não tem competência para decidir acerca da existência ou não do crédito tributário cuja sonegação é alegada.
* Súmula 436 STJ: A entrega da declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer oura providência por parte do fisco.
* Quais são as formas de constituição por declaração do contribuinte?
Declaração no lançamento por homologação.
Realização de depósito judicial em ações preventivas.
Declaração de compensação há repercussão geral quanto à constitucionalidade da aplicação de multa de 50% sobre o valor referente a pedidos de restituição, ressarcimento ou compensação de créditos considerados indevidos pela Receita Federal Para o TRF-4, a regra afronta o artigo 5º, XXXIV, alínea “a”, CF, no qual é assegurado o direito de petição contra ilegalidades ou para defesa de direitos Nos casos em que não há evidência de má-fé do contribuinte, as penalidades conflitam com a CF, uma vez que inibem a iniciativa do contribuinte buscar junto ao fisco coibir a cobrança de valores indevidamente recolhidos (STF, RE 796939). 
Confissão de dívida para fins de parcelamento.
OBS. Segundo o art. 114, VIII, CF, a Justiça do Trabalho deve promover a execução de ofício das contribuições sociais decorrentes das sentenças que proferir. Neste caso, a sentença trabalhista transitada em julgado constitui o crédito tributário.
* Funções do lançamento (a) verificar a ocorrência do FG; (b) identificar o sujeito passivo (art. 97, III, CTN); (c) determinar a matéria tributável (BC); (d) calcular o montante do tributo devido; (e) aplicar a penalidade (multa), se for o caso.
* STJ É irregular a notificação de lançamento que vise constituir crédito tributário na hipótese em que não conste, na notificação, prazo para a apresentação de defesa administrativa.
* Em regra, o lançamento não pode ser modificado Exceções (art. 145):
Impugnação do sujeito passivo OBS. Pode resultar em agravamento da exigência contra ele formalizada se verificada alguma incorreção/omissão Lançamento suplementar.
Recurso de ofício Se a autoridade julgadora concorda com a insurgência do contribuinte, haverá remessa necessária ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
Iniciativa de ofício da Adm (autotutela). 
* Erro de direito Não pode alterar o lançamento já realizado.
* Art. 146, CTN. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução
* Súmula nº 227 TFR: A mudança de critério jurídico adotado pelo fisco não autoriza a revisão de lançamento É incabível lançamento suplementar motivado por erro de direito. 
* STJ: Aceitando o Fisco a classificação feita pelo importador no momento do desembaraço alfandegário ao produto importado, a alteração posterior constitui-se em mudança de critério jurídico vedado pelo CTN.
* Erro de fato Pode alterar o lançamento já realizado Se refere às circunstâncias objetivas que não dependem de interpretação normativa para sua verificação. 
* Modalidades de lançamento:
De ofício ou direto (art. 149) Iniciativa da Administração sem auxílio do contribuinte É aquele em que o Fisco, por meio de autoridade administrativa, dispondo de dados suficientes em seus registros para efetuar a cobrança do tributo, realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte Todos os tributos podem vir a ser objeto de lançamento de ofício, quer porque o sejam, quer porque se há de suprir alguma omissão ou incorreção. Exs: IPTU + IPVA + Taxas + Contribuições. Súmula nº 397, STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
§ único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
Declaração ou misto (art. 147) Iniciativa da Administração com auxílio do contribuinte Éaquele realizado com base na declaração do sujeito passivo, que presta à autoridade as informações necessárias à sua confecção (obrigação acessória do contribuinte de prestar informações sobre matéria de fato). Exs: II + IE + ITBI.
Homologação ou autolançamento (art. 150) É aquele em que o contribuinte auxilia ostensivamente o Fisco na atividade de lançamento, recolhendo o tributo, antes de qualquer providencia da Administração, com base em montante que ele próprio mensura (matéria de fato e de direito). A não homologação do lançamento resolve os efeitos do ato, como a extinção do crédito tributário. O pagamento extingue o crédito? Doutrina: o crédito só se extingue com o lançamento e não com o pagamento antecipado. Exs: ICMS + ISS + IPI + IR – Discrimina as despesas (fato) e as enquadra como dedutíveis ou não dedutíveis (direito) + ITCMD + PIS e COFINS + Empréstimos compulsórios.
* Prescrição para a repetição de indébito no lançamento por homologação O STJ adotava a tese dos 5+5 para a contagem da prescrição do direito de pleitear a repetição do indébito tributário Nesse caso, o prazo prescricional para o contribuinte somente começaria a correr da homologação do pagamento (o que, no caso da homologação tácita, poderá ocorrer 05 anos após o pagamento), podendo ser de 10 anos (05 + 05), conforme entendimento do STJ.
OBS. O STF decidiu no sentido de ser indevida a retroatividade do prazo de prescrição quinquenal para o pedido de repetição do indébito relativo a tributo lançado por homologação. Entretanto, em relação ao termo e ao critério para incidência da novel legislação, entendeu “válida a aplicação do novo prazo de 05 anos tão somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 09/06/2005”
* Incorreto: “O lançamento por homologação é exceção à regra de que o lançamento é ato privativo da autoridade fazendária, uma vez que o mesmo é levado a efeito pelo próprio contribuinte, sendo apenas homologado posteriormente à sua formalização”. 
* Súmula nº 446, STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa. 
* Súmula nº 360, STJ: O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.
* Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de 5 anos, a contar da ocorrência do FG; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
OBS. O arbitramento é técnica aplicada quando as declarações/esclarecimentos prestados sejam omissas ou não mereçam fé Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
Súmula nº 76 TFR: Em tema de imposto de renda, a desclassificação da declaração somente se legitima na ausência de elementos concretos que permitam a apuração do lucro real da empresa, não a justificando simples atraso na declaração.
* Suspensão do Crédito Tributário.
* Considerações iniciais.
* As causas de suspensão podem ocorrer antes, durante ou depois do lançamento. Ex. liminar em MS mesmo antes da constituição do crédito A autoridade fiscal não fica impedida de realizar lançamento, uma vez que a suspensão recai diretamente sobre a exigibilidade do crédito, impedindo apenas a propositura de execução fiscal.
* A relação das causas de suspensão da exigibilidade é exaustiva A taxatividade da lista é reforçada pelo art. 111, I, CTN, que determina a interpretação literal da legislação que disponha sobre suspensão do crédito tributário Não corre a prescrição enquanto a exigibilidade do CT estiver suspensa.
* Suspendem a exigibilidade do crédito tributário (art. 151, CTN):
(1) Moratória.
(2) Depósito do seu montante integral.
(3) Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo.
(4) Concessão de medida liminar em MS.
(5) Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial.
(6) Parcelamento.
OBS. A suspensão do CT não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias.
* (1) Moratória Consiste na dilação do prazo de pagamento do tributo. 
Moratória geral é diretamente concedida pela lei, não sendo necessário, para sua fruição, reconhecimento por ato de autoridade administrativa Gera direito adquirido.
Moratória individual é aquela concedida em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei Não gera direito adquirido.
* A moratória somente pode ser concedida: I - em caráter geral: (a) pela PJ de direito público competente para instituir o tributo a que se refira (autônoma); (b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado (heterônoma); II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.
OBS. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da PJ de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.
* A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
* Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela datapor ato regularmente notificado ao sujeito passivo A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.
* A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele (o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito); II - sem imposição de penalidade, nos demais casos (a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito).
* STJ Como a revogação repercute no patrimônio jurídico do particular, deve ser precedida de procedimento administrativo em que se assegure ampla defesa e contraditório.
* Qual é a diferença entre moratória e parcelamento?
* A diferença reside nos pressupostos de fato que ensejam o manejo dos institutos:
A moratória é medida excepcional, que somente deve ter lugar em casos de situações naturais, econômicas ou sociais que dificultem o normal adimplemento das obrigações tributárias As leis concessivas de moratória, reconhecendo que a dificuldade dos sujeitos passivos para adimplir suas obrigações tributárias decorre de eventos externos (caso fortuito ou força maior), têm permitido que o futuro pagamento seja feito livre de qualquer penalidade pecuniária e até mesmo de juros.
O parcelamento é corriqueira medida de política fiscal, que visa a recuperar créditos e a permitir o retorno de contribuintes inadimplentes à situação de regularidade O CTN indica que, salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito não exclui a incidência de juros e multas.
(2) Depósito do montante integral Se o sujeito passivo não concorda com o lançamento realizado, pode impugná-lo, administrativa ou judicialmente.
* Se a opção é a via judicial, o contribuinte poderá suspender a exigibilidade do crédito tributário mediante o depósito do montante integral do valor exigido pelo Fisco Trata-se de direito do contribuinte, que não pode ter seu exercício obstado pela Fazenda Pública.
* Se a opção é a via administrativa, a própria instauração do processo administrativo fiscal tem por efeito a suspensão da exigibilidade do crédito, mas pode o contribuinte decidir realizar o depósito do montante integral como meio de se livrar da fluência dos juros de mora Assim, só faz sentido falar em depósito do montante integral caso haja algum litígio judicial ou administrativo instaurado ou na iminência de instauração.
OBS. Se ao término do litígio, decidir-se que o crédito é efetivamente devido, ocorrerá a automática conversão do depósito em renda (hipótese de extinção do Crédito Tributário). Nesse caso, tendo sido feito o depósito do montante integral, não será cobrado mais nenhum outro valor do sujeito passivo a título de juros ou multa de mora Nos casos em que há extinção do processo sem julgamento do mérito, o STJ entende que o depósito deve ser convertido em renda, pois a única hipótese que ensejaria o levantamento do depósito seria a decisão favorável ao contribuinte.
OBS. Se o sujeito passivo obter decisão favorável, ele tem direito de levantar o valor depositado, corrigido conforme previsto em lei (na esfera federal a taxa é a SELIC).
* Súmula 112, STJ: O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. 
* Súmula vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
* Súmula vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do crédito tributário.
* Inf. 576, STJ: O depósito judicial integral do débito tributário e dos respectivos juros de mora, mesmo antes de qualquer procedimento do Fisco tendente à sua exigência, não configura denúncia espontânea (art. 138, CTN) A denúncia espontânea somente se configura quando a Administração Tributária é preservada dos custos administrativos correspondentes à fiscalização, constituição, administração, cobrança administrativa e cobrança judicial dos créditos tributários, em uma relação de troca entre o custo de conformidade (custo suportado pelo contribuinte para se adequar ao comportamento exigido pelo Fisco) e o custo administrativo (custo no qual incorre a máquina estatal para as atividades acima elencadas) balanceada pela regra prevista no art. 138 do CTN.
(3) Reclamações e recursos administrativos no processo administrativo fiscal.
* Reclamações Com a impugnação instaura-se um litígio a ser dirimido por um órgão julgador de primeira instância (ou instância única).
* Recurso Decidido o processo em 1 instância e havendo previsão na lei do processo administrativo fiscal, poderá haver recurso contra a decisão, direcionado ao órgão de segunda instância.
* Efeito suspensivo das reclamações e recursos A regra tem o efeito de evitar que em matéria tributária seja aplicado o abominável “solve et repete” (pague e depois reclame), cláusula segundo a qual, mesmo discordando de um valor que lhe é cobrado, o suposto devedor deveria promover o pagamento e, posteriormente, contestar a cobrança, pedindo a devolução (repetição).
* STJ: O pedido administrativo de compensação tem o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário. A manifestação apresentada após a inscrição em dívida ativa nada mais representa que o exercício do direito de petição aos órgãos públicos, não sendo causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário na forma do art. 155, III, CTN.
(4) Concessão de liminar em MS A medida liminar em MS suspende a exigibilidade do crédito tributário, independentemente do depósito do tributo controvertido; se o juiz condiciona a concessão da medida liminar à realização do depósito, está, na verdade, indeferindo a medida liminar. 
(5) Liminar ou tutela antecipada em outras espécies de ação judicial.
* Até o advento da LC 104/01, o CTN não continha disposição expressa reconhecendo efeito suspensivo sobre o crédito tributário das liminares e tutelas antecipadas concedidas em ações judiciais diversas do MS Atualmente, a situação está legalmente resolvida, com a previsão expressa dos aludidos provimentos judiciais como forma de suspensão do crédito.
(6) Parcelamento.
* Será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica (art. 155-A, CTN), isto é, do ente da Federação com competência para a instituição do tributo Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do não exclui a incidência de juros e multas. 
* Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial A inexistência da lei específica importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica.
OBS. No âmbito federal, foi inserido o art. 10-A, na Lei 10.522/02 Art. 10-A. O empresário ou a sociedade empresária que pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, poderão parcelar seus débitos com a Fazenda Nacional, em 84 parcelas mensais e consecutivas, calculadas observando-se os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valor da dívida consolidada.
* A Lei 12.382/11 acresceu §§ ao art. 83, Lei 9.430/1996, estabelecendo que a concessão de parcelamento impede o encaminhamento ao MP de representação fiscal para fins penais relativas aos crimes contra a ordem tributária definidos nos arts. 1 e 2, Lei 8.137/90 A proibição somente cessase houver exclusão da pessoa física ou jurídica do parcelamento, ficando suspensa a pretensão punitiva e a prescrição criminal enquanto vigente o favor, desde que o pedido de parcelamento tenha sido formalizado antes do recebimento da denúncia criminal.
* STJ O instituto da denúncia espontânea (art. 138, CTN) não se aplica nos casos de parcelamento de débito tributário. 
* Extinção do CT.
* Extinguem o crédito tributário:
Pagamento.
Compensação.
Transação.
Remissão.
Prescrição e a decadência.
Conversão de depósito em renda.
Pagamento antecipado e a homologação do lançamento.
Consignação em pagamento.
Decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória.
Decisão judicial TJ.
Dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
* (1) Pagamento A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário.
* O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: (a) quando parcial, das prestações em que se decomponha; (b) quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.
* Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo.
* Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.
* O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês OBS. Na esfera federal existe lei prevendo a TAXA SELIC.
OBS. O disposto acima não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito Ricardo Alexandre adverte que o dispositivo somente se aplica quando o procedimento de consulta se embasar em dúvida razoável, decorrente de omissão/obscuridade/contradição na legislação tributária.
* O pagamento é efetuado em moeda corrente, cheque ou vale postal A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado.
* Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma PJ de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
Débitos por obrigação própria Débitos decorrentes de responsabilidade tributária.
Contribuições de melhoria taxas impostos (Fundamento Contribuição e taxas são tributos contraprestacionais).
Na ordem crescente dos prazos de prescrição.
Na ordem decrescente dos montantes.
* Consignação em pagamento A importância de CT pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
Recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória.
Subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal.
Exigência, por mais de uma PJ de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo FG.
OBS. A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.
OBS. Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
* Pagamento Indevido O sujeito passivo tem direito, à restituição total ou parcial do tributo, nos seguintes casos:
Cobrança/pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do FG efetivamente ocorrido.
Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento.
Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
* A restituição de indébito obedece a um princípio basilar do direito: a vedação ao enriquecimento sem causa Assim, ainda que não haja lei disciplinando a restituição, ela deve existir e pode ser deferida, especialmente na via judicial, e independentemente de prévio protesto.
* Tributos indiretos São aqueles que comportam, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro, determinada por lei Repercussão jurídica = possibilidade de transferência + previsão legal (e não repercussão econômica).
* A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.
* Questão discursiva TRF2 A repetição do indébito do IPI (tributo indireto) deve seguir a orientação do art. 166, CTN. É dizer, só pode ser pleiteada pelo sujeito passivo tributário desde que prove que assumiu o referido encargo ou, no caso de repercussão a terceiro, desde que esteja autorizado por este a recebê-la. Contudo, o que se vê da questão é que Túlio da Silva não é contribuinte do IPI (art. 51 do CTN), mas apenas terceiro estranho à relação jurídica tributária - mero adquirente consumidor do produto Por não integrar a relação jurídica tributária, o terceiro não tem legitimidade ativa para ajuizar a repetição de indébito tributário.
* A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do TJ da decisão definitiva que a determinar.
* O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 anos, contados:
Na hipótese de cobrança/pagamento espontâneo de tributo indevido/erro na edificação do sujeito passivo, alíquota, cálculo do montante do débito Da data da extinção do crédito tributário.
Na hipótese de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória Da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.
* Prescreve em 2 anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.
* Súmula 188, STJ: Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a partir do TJ da sentença. 
* Súmula 162, STJ: Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido.
* É possível a restituição de tributo prescrito? SIM STJ A prescrição em matéria tributária não é regulada pelo CC, mas sim pelo CTN. Segundo o art. 156, V, do CTN, a prescrição enseja a extinção da ação e do próprio crédito tributário. Assim, verifica-se que, a partir de uma interpretação conjunta dos arts. 156, V (que considera a prescrição como uma das formas de extinção do crédito tributário), e 165, I (que trata da restituição de tributo), ambos do CTN, há o direito do contribuinte à repetição do indébito, uma vez que o montante pago foi em razão de um crédito tributárioprescrito, ou seja, inexistente. 
* Compensação A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. 
OBS. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.
* É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do TJ da respectiva decisão judicial A regra , só se aplica às ações que tenham sido ajuizadas posteriormente ao advento da LC 104/2001.
* Súmula nº 212 STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar.
* Súmula nº 213 STJ: O MS constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.
* Qual é a diferença entre a compensação tributária e a civil?
Tributária Depende de lei específica + Créditos vencidos ou vincendos + só dinheiro.
Civil Independe de lei + apenas dívidas vencidas + qualquer objeto fungível.
* Súmula 394, STJ: É admissível, em embargos à execução, compensar os valores de imposto de renda retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração anual.
* Súmula 461, STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.
* Súmula 462, STJ É incabível o MS para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte.
* Compensação em âmbito federal Lei 9.430/96 Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com TJ, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. § 1. A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados.§ 2. A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação.
* Para tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal, é autorizada a compensação por iniciativa do contribuinte, mediante a entrega de declaração contendo informações sobre os créditos e débitos utilizados, cujo efeito é o de extinguir o crédito tributário sob condição resolutória de sua ulterior homologação Se a compensação do tributo não for, de fato, devida, a declaração de compensação constitui o crédito tributário, podendo a Administração cobrá-la em juízo sem a necessidade de lançamento.
* É possível compensar tributos de natureza diversa? Não há proibição expressa no CTN, nem na CF A orientação majoritária no STJ é no sentido de se verificar o regime legal definido pela lei ordinária na época da compensação (encontro de contas) Todavia, o § único do art. 26 da Lei 11.457/2007 (criadora da Secretaria da Receita Federal do Brasil) impede de forma cabal a compensação que envolva contribuição social de natureza previdenciária.
* Transação A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de CT.
* Remissão A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total/parcial do crédito tributário, atendendo:
Situação econômica do sujeito passivo.
Erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato.
Diminuta importância do crédito tributário.
Considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso.
Condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
OBS. O despacho não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora.
OBS. A lei deve ser específica, tratar apenas desse assunto.
* A remissão só é concedida após o lançamento, e pode abranger o crédito relativo a tributo e/ou multa.
* A isenção, diferentemente, precede o lançamento.
* A anistia é forma de exclusão do crédito tributário (artigo 175, II do CTN) que consiste no perdão de infrações e, consequentemente, na exclusão da penalidade correspondente. Conforme Ricardo Alexandre, excluir o crédito é impedir o seu nascimento. Nesse sentido, a anistia (exclusão) alcançaria as multas ainda não lançadas pelo fisco e a remissão (extinção) as já lançadas. Logo, a remissão seria aplicável tanto aos tributos quanto às penalidades (estas, desde que já lançadas).
* Decadência Fulmina o direito potestativo de lançar o crédito tributário (por isso seria melhor classificá-la como forma de exclusão do crédito e não de extinção).
* O direito de a Fazenda Pública constituir o CT extingue-se após 5 anos, contados:
Do 1 dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
OBS. O direito extingue-se definitivamente com o decurso do prazo previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
* A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva.
* A prescrição se interrompe:
Citação pessoal feita ao devedor.
Despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.
Protesto judicial.
Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor.
Qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
* Exclusão do CT.
OBS. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias.
* A isenção sempre decorre de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão Pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
* Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: (a) taxas + contribuições de melhoria; (b) tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
* A isenção pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições.
* A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei/contrato para sua concessão.
OBS. O despacho não gera direito adquirido.
* A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: (a) aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; (b) às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
* A anistia pode ser concedida: (a) em caráter geral; ou (b) limitadamente: às infrações da legislação relativa a determinado tributo; às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante; a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; sob condição do pagamentode tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
* A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei/contrato para sua concessão.
OBS. O despacho não gera direito adquirido.
* Garantias e privilégios.
* A enumeração das garantias do CT no CTN é exemplificativa. 
* Pelo pagamento do CT responde a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
* Presume-se fraudulenta a alienação/oneração de bens/rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa O disposto não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens/rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
* Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. 
OBS. A indisponibilidade é limitada ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
* Preferências O CT prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. 
* Na falência (a) o CT não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (b) a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e (c) a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.
* A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento O concurso de preferência somente se verifica entre PJ de direito público, na seguinte ordem:
União.
Estados, conjuntamente e pro rata;
Municípios, conjuntamente e pro rata.
* São extraconcursais os CT decorrentes de FG ocorridos no curso do processo de falência.
* São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento.
* São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de PJ de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.
* A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. 
* A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos. 
* Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.
* Administração Tributária.
* Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
OBS. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
* Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.
* Exceções:
Requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça.
Solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. 
OBS. Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (a) representações fiscais para fins penais; (b) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (c) parcelamento ou moratória. 
* Dívida Ativa Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
OBS. A fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito.
* O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: (a) o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; (b) a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; (c) a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; (d) a data em que foi inscrita; (e) sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
* A omissão de quaisquer dos requisitos, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
* A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída A presunção é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
* Certidões Negativas A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
* Tem os mesmos efeitos da certidão negativa, a certidão de que conste (a) existência de créditos não vencidos, (b) em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, (c) cuja exigibilidade esteja suspensa.
* Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal

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