Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Circuitos Prof. Fernando G. Pilotto UERGS Força eletromotriz – FEM Nos circuitos, a corrente flui, convencionalmente, do terminal positivo para o terminal negativo. Quando a carga chega ao terminal negativo, ela deve ser “bombeada” para o terminal positivo. Assim, o circuito se fecha e a corrente continua fluindo. O dispositivo que leva as cargas de um terminal a outro é uma fonte de tensão. Exemplos: bateria, pilha, gerador hidrelétrico, gerador eólico, célula solar, etc. Para fechar o circuito, a fonte produz sobre as cargas uma diferença de potencial, que é chamada de força eletromotriz (FEM). A força eletromotriz é igual ao trabalho que a fonte realiza sobre as cargas, dividido pela quantidade de carga. dq dW = unidade: V (volt) EqxxFW =⋅= ExdqdW = Ex= ∫ ⋅−= dsEV ExV −= A bateria aplica uma força F sobre as cargas, as quais se movem por uma distância x. Quando uma carga passa por uma resistência e diminui sua voltagem, ela perde energia potencial. dq dUV = energia química perdida pela bateria B trabalho realizado pelo motor sobre a massa m energia térmica produzida pela resistência R energia química armazenada na bateria A Cálculo da corrente Método da Energia A energia total dissipada no circuito é igual à energia total fornecida ao circuito. RdtidE 2= bateria resistor Cálculo da corrente Método do Potencial A variação total do potencial no circuito é nula. potencial no ponto a potencial depois da passagem pela bateria potencial depois da passagem por todo circuito Regra das Malhas A soma das variações de potencial numa malha deve ser nula. Regra da Resistência A variação de potencial através de uma resistência é –iR quando percorrida no sentido da corrente e +iR se percorrida no sentido contrário. Regra da FEM A variação de potencial através de uma FEM é + quando percorrida no sentido da corrente e – se percorrida no sentido contrário. Baterias reais e ideais A diferença de potencial através de uma bateria ideal com FEM de é . Não interessa se a bateria está ligada ou não a um circuito. A diferença de potencial através de uma bateria real com FEM de é se a bateria não estiver ligada a um circuito. Se a bateria estiver ligada a um circuito a FEM será menor que . Toda bateria real possui uma resistência interna. Isso faz com que a FEM fornecida seja menor que a FEM nominal. variações de potencial ao longo do circuito variação de potencial na passagem pela bateria real (diferença de potencial entre os terminais da bateria) corrente fluindo no circuito Dissipação de energia potência dissipada num dispositivo elétrico potência fornecida ao circuito pela bateria potência dissipada na própria bateria potência da bateria Recarga de bateria a queda de potencial corresponde à FEM da bateria mais a queda no resistor potência dissipada na própria bateria potência fornecida à bateria e armazenada como energia química A corrente circula contra a direção “natural” imposta pela bateria. O celular esquenta quando o carregamos...( ) Circuito de múltiplas malhas Regra dos Nós A soma das correntes que entram num nó é igual à soma das correntes que saem do nó. 210 iii += nó Exemplo... 1) Escolher os sentidos das correntes (já está feito) 2) Aplicar a regra dos nós 3) Aplicar a regra das malhas 312 iii += 033111 =+− RiRiE 022233 =−−− ERiRi 0222111 =−−− ERiRiE três incógnitas três malhas Essa eq é combinação linear das duas eqs anteriores. 312 iii += 033111 =+− RiRiE 022233 =−−− ERiRi 0)( 223133 =−+−− ERiiRi eliminar i2: 32 212 3 RR RiEi + + −= eliminar i3: 03 32 212 111 =+ + −− R RR RiERiE 1 32 32 11 32 32 1 − + − − + = RR RRRE RR REi calcular o valor de i1 calcular o valor de i3 calcular o valor de i2 Ligação em série e em paralelo Dispositivos bipolares, ou seja, que têm dois polos e são conectados ao circuito por dois fios condutores, podem ser ligados em série ou em paralelo. Ligação em série: os dispositivos são ligados em sequência, conectando-se um polo de um deles a um polo do outro. A corrente elétrica que passa por eles é a mesma. Ligação em paralelo: os dispositivos são conectados pelos dois polos. A diferença de potencial nos dispositivos é a mesma. Resistências em série A corrente que passa pelas resistências é a mesma. Resistências em paralelo A diferença de potencial entre as resistências é a mesma. Amperímetro e voltímetro • Amperímetro: – mede correntes – deve ser inserido num corte do fio, de modo que a corrente passe pelo aparelho – deve ter resistência muito baixa, para não alterar o funcionamento do circuito • Voltímetro: – mede voltagens – é colocado em paralelo aos pontos onde será feita a medição – deve ter resistência muito alta Carregando um capacitor Quando a bateria é ligada, o capacitor está descarregado. Uma corrente começa a circular e o capacitor, a carregar. Quando o capacitor está carregado, a diferença de potencial entre as suas placas é igual à da bateria; a corrente cessa. diferenças de potencial ao longo do circuito relação entre a carga no capacitor e a corrente equação diferencial ordinária não homogênea de primeira ordem para determinar a carga no capacitor como função do tempo: q(t) solução particular + solução geral da eq. homogênea a derivada... jogando tudo na eq. original... vemos que: finalmente... mas K ainda é uma constante livre Solução da equação Condição de contorno Em t=0, a carga é nula: q(0)=0. Portanto: agora sim, acabou... Descarregando um capacitor A bateria é desligada quando o capacitor está carregado. Uma corrente começa a circular e o capacitor, a descarregar. Quando o capacitor está descarregado, a diferença de potencial entre as suas placas é nula; a corrente cessa. diferenças de potencial ao longo do circuito relação entre a carga no capacitor e a corrente (a carga que passa pelo resistor foi perdida pelo capacitor) equação diferencial ordinária homogênea de primeira ordem para determinar a carga no capacitor como função do tempo: q(t) solução geral da eq. homogênea a derivada... jogando tudo na eq. original... vemos que: foi mais fácil... mas K ainda é uma constante livre Solução da equação Condição de contorno Em t=0, a carga é máxima: Portanto: A constante de tempo capacitiva é: Essa constante determina o tempo de carregamento e o tempo de descarregamento do capacitor. Se a resistência é grande, passa pouca corrente pelo circuito, assim o carregamento/descarregamento demora mais. Se a capacitância é grande, demora mais para carregar/descarregar todo o capacitor.
Compartilhar