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FUNDAÇÃO DOM ANDRÉ ARCOVERDE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE VALENÇA FACULDADADE DE MEDICINA VETERINÁRIA DE VALENÇA CLÍNICA MÉDICA DE EQUIDEOS ➔ Doença Inflamatória das Vias-aéreas - DPOC É uma doença geralmente causada por hipersensibilidade, é difícil ver em animais soltos a pasto, é mais comum em animais velhos, que ficam em baias. Sua etiologia pode ser devido a exposição a poeira, mofo, endotoxinas, serragem, maravalha, feno, ou por agentes como Aspergillus spp, Microspolyspora faeni e vírus. É uma doença crônica, demora dias a semanas. O animal apresenta espasmo brônquico, na ausculta pode-se escutar o síbilo, pode ter ronco, crepitação e isso em função do muco dentro da luz das vias aéreas. Sinais clínicos: Dificuldade respiratória, intolerância ao exercício, o animal apresenta dispnéia mesmo em repouso. O aumento da FR acontece mesmo com o animal em repouso, e isso é devido a quantidade de secreções, narinas dilatadas. Devido ao esforço inspiratório ocorre hipertrofia dos músculos abdominais. O diagnóstico é feito pelos sinais clínicos, pode-se fazer endoscopia (vai ver muco nas vias-aéreas) e lavado brônquio-alveolar (verá grande quantidade de células inflamatórias e presença de muco), no lavado não é comum encontrar muita bactéria (é comum encontrar bactéria em pneumonia bacteriana). Tratamento: primeiramente é necessário fazer mudanças no manejo (muitas vezes só isso resolve) => importante deixar o animal solto, mudar o piso (preferencialmente borracha), oferecer alimentação que não faça poeira, molhar o feno (diminui a quantidade de poeira) e caso não melhore com essas mudanças (a melhora leva tempo) e são animais muito debilitados, pode se utilizar broncodilatadores, ATB (penicilina) e mucolíticos. O uso do ATB é devido a uma possível infecção secundária. O tratamento pode durar semanas, e deve ser associado a mudança nos manejos. ➔ Pneumonia Bacteriana O principal agente etiológico é o Streptococcus zooepidemicus (faz parte da flora normal do trato respiratório do equino), porém existe outros. Pode-se ter infecções mistas (bactérias gram + e gram - ). Pode acometer equinos de qualquer idade. Alguns fatores podem reduzir as defesas do trato respiratório, como infecções virais, estresse, aglomeração, má nutrição, condições ambientais (frio excessivo, calor excessivo, etc). Sinais clínicos: O animal apresenta febre, apatia, corrimento nasal, intolerância ao exercício, ↑ da FC e dispnéia mesmo em repouso, tosse, alterações e ausculta pulmonar. �1 Diagnóstico: Alterações clínicas (porém são inespecíficas), na patologia clínica pode-se ter leucocitose e neutrofilia e hiperfibrinogenia. Na radiografia pode ter opacidade dos campos pulmonares crânio-ventral e no aspirado traqueobrônquico pode se fazer cultura e citologia (muito neutrófilo degenerado, pode fazer coloração para ver bactéria). Tratamento: é baseado nos achados de cultura, pode-se usar penicilina (no mínimo 10 dias), pode-se usar AINEs e é extremamente importante o animal ficar em repouso até a remissão dos sinais. ➔ Pneumonia Bacteriana por Rhodococcus equi A rodococose é uma doença de distribuição mundial causada pelo Rhodococcus equi, responsável por taxas elevadas de mortalidade e grandes perdas econômicas relacionadas à pneumonia grave em potros com menos de seis meses de idade. É um patógeno de importância veterinária, por causar pneumonia grave, muitas vezes, fatal, em potros de um a seis meses de idade. Dentre as características da bactéria, destacam-se a versatilidade e a ampla capacidade de adaptação a ambientes tão diversos como o solo e o organismo de mamíferos. Geralmente acomete animais imunocompetentes. R. equi é um habitante do solo e aparentemente um microrganismo saprófito do intestino de herbívoros. Multiplica-se facilmente nos solos que recebem esterco desses animais apresentando ampla disseminação em propriedades de criação de equinos. Além disso, R. equi apresenta elevada resistência no ambiente, podendo persistir viável por até 12 meses, mesmo quando exposto a condições extremas de temperatura e pH. A rodococose é um problema mundial e, no Brasil, é assinalada como uma das doenças mais severas na criação de potros. Investigações epidemiológicas indicam que os potros que desenvolvem pneumonia por R. equi são infectados durante os primeiros dias de vida, ainda que os sinais clínicos se manifestem ao redor da quinta semana de vida. A manifestação inicial da doença é uma infecção inaparente com ou sem alterações respiratórias. Com o desenvolvimento dos abscessos pulmonares, os potros apresentam um aumento progressivo na frequência respiratória, e a respiração passa a ser realizada com dificuldade. A doença na sua forma severa caracteriza-se pela massiva abscedação do pulmão com presença de hipertermia, taquipneia e depressão, podendo ou não estar associada a tosse e descarga nasal. Com a progressão do quadro clínico, os animais tendem a apresentar anorexia, decúbito, respiração abdominal e cianose, que caso não imediatamente controlados culminam no óbito. A auscultação pulmonar dos animais doentes pode variar consideravelmente, sibilos ou estertores expiratórios podem ser audíveis e são mais comumente localizados cranioventralmente. Os sons pulmonares podem estar diminuídos em áreas de consolidação severa, formação extensiva de abscesso ou efusão pleural. O animal pode apresentar colite ulcerativa, devido a ingestão do agente! O diagnóstico precoce da rodococose é de fundamental importância para a sobrevivência do potro, já que a bactéria não é responsiva aos antimicrobianos �2 comumente utilizados para o tratamento de outros tipos de pneumonia e o sucesso do tratamento está fortemente relacionado ao uso de antimicrobianos apropriados. O diagnóstico deve levar em conta e epidemiologia, exame físico, raio-x, isolamento da bactéria no fluido traqueobrônquico ou detecção do DNA bacteriano por PCR. Tratamento: Eritromicina + rifampicina durante 6-8 semanas e fazer o controle com exames de imagem e observar sínais clínicos. A profilaxia é baseada no recolhimento de fezes e diminuição da poeira, administrar colostro e fazer isolamento de potros recém-adquiridos. �3
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