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Dimensionamento de Sistemas de Irrigação por Aspersão Convencional

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Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
Prof. Alberto E. Knies 
1
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO 
 
DEFINIÇÃO: é o processo de se produzir sobre as plantas ou sobre o solo o 
fenômeno artificial da chuva. Na irrigação fazemos o controle da intensidade, duração e 
momento da irrigação por aspersão. 
 
Vantagens: maior uniformidade, distribuição e controle da quantidade de água 
aplicada. 
Desvantagem: a gota provida de Energia Cinética ao cair no solo causa uma certa 
desagregação do mesmo, bem como sua compactação. 
 
 
COMPONENTES DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 
 
* CONJUNTO MOTOBOMBA 
* TUBULAÇÕES: 
- Linha de suprimento (adutora): vai da bomba até a área a ser irrigada, é 
facultativa. 
- Linha principal: é a continuação da linha de suprimento dentro da área a ser 
irrigada, é facultativa. 
- Linha de irrigação ou linha lateral: parte da linha principal, componente 
indispensável é onde estão instalados os aspersores. 
 
*ASPERSORES: São equipamentos responsáveis pela distribuição da água 
 
* ACESSÓRIOS: embora não sejam indispensáveis melhora o funcionamento do sistema. 
 
a)Motobomba: Em geral, em irrigação por aspersão convencional, as bombas 
centrífugas de eixo horizontal são as mais utilizadas. Tem a função de captar a água na 
fonte e suprir o sistema de aspersores. Acoplado a bomba existe um motor, normalmente 
elétrico ou diesel, para transferir potência. O conjunto deverá ser dimensionado para 
fornecer vazão suficiente ao sistema à altura manométrica requerida. A altura de elevação 
da água, desde o manacial até a área irrigada, constitui um dos principais fatores 
envolvidos no consumo de energia e, a medida que aumenta essa altura mais elevados 
deverão ser os níveis de eficiência dos sistemas de irrigação para resultar em um 
consumo energético satisfatório. 
 
b)Tubulações: Normalmente são de alumínio, aço zincado, aço galvanizado ou PVC 
rígido, com comprimento padrão de 6 metros e diâmetro variando entre 2" e 8". Outros 
materiais, tais como, ferro fundido e cimento amianto, podem ser utilizados em linhas fixas 
enterradas. Com a função de conduzir a vazão necessária desde a motobomba até os 
aspersores, as tubulações, segundo a disposição no terreno, classificam-se em: linhas 
laterais - geralmente são providas de acoplamentos rápidos, conduzem a água até os 
aspersores; linhas secundárias - de alumínio, PVC ou aço zincado, alimentam as linhas 
laterais a partir da linha principal; linha principal - em PVC, aço zincado ou alumínio, 
conduz a água da motobomba até as linhas secundárias. Obs.: PVC até 80 mca e de aço 
até 200 mca. 
 
c)Aspersores: Constituem as peças principais do sistema, responsáveis pela distribuição 
da água sob o terreno na forma de chuva. 
 
 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
Prof. Alberto E. Knies 
2
CARACTERÍSTICAS DOS ASPERSORES 
 
* Quanto ao funcionamento: 
 -Rotativos: de giro completo (360o) 
-Tipo setorial 
 
* Ângulo de inclinação do jato: 
-inclinação normal entre 25o e 30o 
-subcopa com ângulo de 6o 
- 
* Número de bocais: 
- um, dois ou três bocais cujo diâmetro varia de 2 a 30 mm 
 
* Quanto à pressão 
 -Baixíssima pressão - 10 a 100 KPa 
 -Baixa pressão - 100 a 250 KPa 
 -Média pressão - 250 a 500 KPa 
-Alta pressão - maior que 500 KPa 
 
Obs.: A escolha é baseada, principalmente, na intensidade de precipitação por eles 
fornecida (função da pressão, do diâmetro do bocal e do espaçamento). A disposição no 
campo mais comum é a retangular, podendo ser quadrada ou triangular. O espaçamento 
(múltiplo de 6 metros) no campo pode ser definido pelas condições de velocidade do 
vento, sendo na linha de 30% a 50% do diâmetro do círculo molhado e de até 65% entre 
linhas. 
 
* Intensidade de precipitação: chuva fornecida pelo aspersor no tempo (mm/h) 
 
-Intensidade de precipitação efetiva: representa a chuva distribuída por aspersor 
isolado. 
( )h/mm
m
h/m
A
Q
I
2
3
EF →





= � 
4
d.
A
2π
= 
 
-Intensidade de precipitação média: representa a chuva distribuída por um sistema de 
irrigação. 
( )h/mm
m
h/m
S
Q
I
2
3
EF →





= � exlS = 
 
d)Acessórios: Os acessórios mais comuns são, tampão final, haste de subida do 
aspersor, engate rápido para aspersores com válvula de saída, curvas, válvulas de linha, 
cotovelos de derivação, manômetros, registros de gaveta, derivação em "T", válvula de 
retenção, borrachas de vedação, etc. 
 
 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
Prof. Alberto E. Knies 
3
TIPOS DE INSTALAÇÕES 
 
1) REDE CLÁSSICA COM COBERTURA PARCIAL 
1.1) Móvel, portátil ou transportável 
Ele se caracteriza, justamente, pela mobilidade da bomba que, em geral, é montada 
sobre rodas, o que facilita o seu transporte para as fontes de água em que será 
utilizada e que, normalmente, são as mais próximas das plantações a serem irrigadas. 
As tubulações, principal e lateral, também são móveis, podendo ser mudadas de 
posição e de local, de acordo com as necessidades. As mais modernas tubulações 
com aspersores são adaptadas sobre rodas, podendo ser rebocadas, aspergindo a 
água sobre toda a plantação. Isso facilita o trabalho e diminui o tempo gasto nas 
aspersões; 
 *uma linha principal que pode ser ou não fixa 
 *uma linha lateral com aspersores 
 (linha de irrigação sempre móveis) 
 
Vantagens: menor consumo de materiais (equipamentos) 
Desvantagens: - mão-de-obra muito demanda 
 - Desgaste intenso dos equipamentos 
 
Obs.: Não se aconselham ramais com mais de 300 a 400 m e o diâmetro no máximo de 
100 a 125 mm. 
 
 
Figura 1 - Sistema convencional portátil. 
 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
Prof. Alberto E. Knies 
4
 
1.2) Sistema semifixo, semimóvel, semiportátil ou semitransportável 
Nesse caso, ou tipo, a bomba ou unidade de potência e a tubulação principal são 
fixas no terreno, enquanto que os ramais ou linhas laterais são móveis, e podem ser 
de metal ou PVC; 
 
*Linhas laterais duplas e opostas com aspersores 
 
Vantagens: - melhor aproveitamento do conjunto moto-bomba 
 - menor demanda de mão-de-obra 
 
Desvantagens: - Uso de material em dobro nas linhas laterais 
 
 
Figura 2 - Sistema Convencional Semiportátil 
 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
Prof. Alberto E. Knies 
5
2) COBERTURA TOTAL 
 
2.1) TUBOS EM COBERTURA TOTAL 
Tipo fixo ou permanente 
A característica desse último tipo é o fato de a bomba, a linha principal e todos os 
ramais serem fixos e subterrâneos. Somente os hidrantes ou tomadas ficam na 
superfície, onde são acoplados os aspersores. O custo desse tipo de irrigação é 
muito mais elevado do que os outros dois tipos, anteriormente descritos. 
 *uma linha principal 
 *linhas de irrigação em toda a extensão da área 
 
Vantagens: - Facilidade de operação, deslocamento só dos aspersores 
- a tubulação pode ser toda enterrada 
 
2.2) TUBOS E ASPERSORES EM COBERTURA TOTAL 
 * apenas a operação de abrir e fechar registros 
 
Vantagens: -mínimo uso de mão-de-obra 
 -o sistema pode ser totalmente automatizado 
Desvantagens: -alto custo de implantação 
 
 
Figura 3 - Sistema convencional fixo-permanente. 
 
 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
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6
DISPOSIÇÃO DAS TUBULAÇÕES 
 
A linha principal geralmente é instalada no sentido perpendicular ao declive e as linhas de 
irrigação em nívelQ 
Q/2 Q/2 
Q/2 
Q 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
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7
PROJETO DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO 
CONVENCIONAL 
 
-Requisitos: 
*Área (dimensão, topografia) 
 250 x 400 topografia: 5% declividade 
Obs.: trabalhar sempre que possível com área retangular 
 
*Solo 
-Capacidade de infiltração básica (CIB) = 15 mm/h 
-Umidade de capacidade de campo (θ cc) = 20% 
-Umidade de ponto de murcha permanente (θ pmp) = 12% 
-Densidade global ou aparente (ρg) = 1,5 g/cm3 
 
*Cultura 
-Tipo: Feijão 
-Prof. Efetiva do Sistema Radicular (p) = 0,30 m 
-Altura da cultura = 0,50 m 
-Evapotranspiração ou Uso Consuntivo Máximo (Etm) = 5 mm/dia 
 
*Dados Gerais 
- Topografia 
- Ventos = 2,0 m/s (máximo) 
- Eficiência da irrigação = 75% 
- Fator de disponibilidade (f) = 0,7 
- Tempo diário de irrigação = 16 h/dia (tempo de funcionamento do conjunto 
motobomba) 
- Diferença do nível d’água até a bomba = 1,0 m 
- Variação do nível d’água = 0,5 m 
 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
Prof. Alberto E. Knies 
8
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE 
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO 
 
1) CÁLCULO DA LÂMINA A SER APLICADA 
 
a) DISPONIBILIDADE TOTAL DE ÁGUA NO SOLO 
 
( ) pgpmpcc10DTA ⋅ρ⋅θ−θ= 
em que: 
θcc = umidade de capacidade de campo (%) 
θpmp = umidade de ponto de murcha permanente (%) 
ρg = densidade global (g/cm3) 
p = profundidade efetiva do sistema radicular (m) 
 
( ) mm3630,05,1122010DTA =⋅⋅−= 
 
b) DISPONIBILIDADE REAL DE ÁGUA NO SOLO 
 
fDTADRA ⋅= 
 
em que: 
f = fator de disponibilidade que representa a fração de água em relação a 
capacidade de água disponível que poderá ser utilizada ou apropriada pela 
cultura sem que ocorra déficit de água (em decimal) 
 
mm2,257,036fDTADRA =⋅=⋅= 
 
c) TURNO DE REGA: intervalo entre duas irrigações sucessivas numa 
mesma área. 
 
dias5
5
2,25
Etm
DRA
TR === 
 
 
d) LÂMINA BRUTA DE IRRIGAÇÃO 
 
mm33,33
75,0
55
EI
TREtm
LBI =
⋅
=
⋅
= 
 
e) PERÍODO DE IRRIGAÇÃO (PI): é o número de dias necessárias para completar 
uma irrigação em uma determinada área. 
 
PI ≤ TR 
PI = 5 dias 
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9
 
2) ÁREA IRRIGADA POR DIA 
 
( )
dia/ha2
5
250400
PI
AREA
DIA/AI =
×
== 
 
 
3) DISPOSIÇÃO DO SISTEMA NA ÁREA 
 
 Com a linha principal no centro ou na lateral da área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) ESCOLHA DO ASPERSOR (IP ≤ TIB) 
 
 O aspersor deverá apresentar Intensidade de Aplicação menor ou igual a taxa de 
infiltração de água do solo. A intensidade de aplicação de água do aspersor deverá ser 
calculada (fórmula abaixo) em função do espaçamento, considerando a sobreposição (a 
qual por sua vez depende da velocidade do vento. Dar preferência por aspersores com 
baixa pressão de serviço. 
 
Modelo Diâmetro 
do bocal 
(mm) 
Pressão 
de serviço 
(mca) 
Diâmetro 
molhado 
(m) 
Q 
(m3/h) 
Precipitação 
(mm/h) 
ZED-30 6,0 x 7,5 30 35,40 6,06 14,04 
ZED-30 6,0 x 8,5 40 38,00 8,21 14,25 
ZED-30 6,0 x 9,5 20 36,10 8,30 14,42 
 
 
4.1) ESPAÇAMENTO ENTRE ASPERSORES (EA): DM x Sobreposição 
Onde: EA = espaçamento entre aspersores, em metros; DM = diâmetro molhado, 
em metros; Sobreposição = conforme tabela abaixo, em decimal (0,..). 
 
Velocidade Sobreposição 
sem vento 65 a 70% 
0 a 2 m/s 55 a 65% 
2 a 4 m/s 45 a 55% 
> 4 m/s 30 a 45% 
 
4.2) ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS LATERAIS (EL): normalmente o 
mesmo que o espaçamento entre os aspersores. 
400 m 
 250 m 5% 
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10
 
 
4.3) TAXA DE APLICAÇÃO 
 
 
 
 
Onde: q é a vazão do aspersor em m3/h, EL = espaçamento entre laterais, em 
metros; EA = espaçamento entre aspersores, em metros. 
 
 
5) TEMPO DE IRRIGAÇÃO 
 
horas
ÃOPRECIPITAÇ
LBI
TI 37,2
04,14
33,33
=== 
 
6) NÚMERO DE POSIÇÕES NA LINHA PRINCIPAL - NPLP 
 
NPLP = 
lateraislinhasentreoespaçament
áreadaocompriment
 = 250/24 = 10,4 = 10 posições 
 
1a posição = 12 m 
2a posição = 36 m 
3a posição = 60 m 
........ 
10a posição = 228 m (alcance do aspersor = 17,7 m) chegando a 245,7 m) 
 
7) NÚMERO DE LINHAS LATERAIS (NL): 
 Duas condições: 
1 - Se linha principal na borda da área: NL = NPLP 
 
2 - Se linha principal no centro da área: NL = 2 x NPLP 
(pois terá laterais para ambos os lados da linha principal). 
 
 
8) NÚMERO DE LINHAS LATERAIS IRRIGADAS POR DIA (NLID): 
 
NLID = NL / PI 
 
9) NÚMERO DE IRRIGAÇÕES POR DIA 
 
hora1TI
trabalhoedJornada
NID
+
= (1 hora � tempo de mudança) 
 
E . E
.1000 q
 = TA
AL
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11
474,4
137,2
16
NID ==
+
= irrigações por dia (laterais irrigadas/dia) 
 
10) NÚMERO DE LATERAIS IRRIGADAS SIMULTÂNEAMENTE (NLIS): 
 
NLIS = NLID / NID 
 
 
11) NÚMERO DE IRRIGAÇÕES POSSÍVEIS 
 
NIP = NID x PI 
 
 
12) NÚMERO DE ASPERSORES POR LINHA LATERAL 
 
LALL = Largura da área da linha lateral 
EA 
 
13) DISPOSIÇÃO DOS ASPERSORES NA LINHA LATERAL 
 Duas situações: 
 
13.1) LINHA LATERAL DESLOCADA À DIREITA DA LINHA PRINCIPAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1o Aspersor = 12 m 
2o Aspersor = 30 m 
3o Aspersor = 48 m 
...... 
10o Aspersor = 174 m 
11o Aspersor = 192 m 
 
13.2) LINHA PRINCIPAL NO MEIO DAS LATERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
1o Aspersor = 12 m 
2o Aspersor = 36 m 
3o Aspersor = 60 m 
....... 
 
 6 m 
 12 m 
 aspersor Linha principal 
 12 m 12 m 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
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14) DIMENSIOAMENTO DA LINHA LATERAL 
 
A linha lateral, sob o ponto de vista hidráulico, é uma tubulação com 
distribuição em marcha – a vazão vai se reduzindo do início para o final à 
medida que vai abastecendo os diversos aspersores. Para garantir adequada 
pressão essa linha deve ser disposta em nível, devendo-se cuidar para que a 
pressão média ao longo da linha seja igual à pressão de serviço do aspersor 
(PS). Para que isto ocorra, a máxima perda de carga por atrito ao longo 
da linha lateral não pode ser superior a 20% da pressão de serviço. A 
perda de carga ao longo da linha lateral é calculada por meio de fórmulas, 
dentre elas a mais usada é a equação de Hazen-Willians. 
A perda de carga real em tubulações com múltiplas saídas (hfr), que é o 
caso da linha lateral, é igual à perda de carga determinada como se a 
tubulação não tivesse saída alguma (hf), multiplicada por um fator F, que é 
função do número de saídas, ou seja: 
 
hfr = hf x F 
 
em que: 
hfr = perda de carga em tubulações com múltiplas saídas (linha 
lateral); 
hf = perda de carga como se não existisse saída intermediárias; 
F = fator de correção, em função do número de saídas; 
 
� Baseado na equação de Hazen-Williams o fator F é determinado 
pela seguinte expressão. 
 
 
 
 
Onde N é o número da saídas ou aspersores da linha lateral. 
 
Portanto, para o dimensionamento da linha lateral, há a 
necessidade de se conhecer a vazão de água que passará na lateral 
(QLL), o comprimento da tubulação e a perda de carga admissível real 
na tubulação (hf) e ainda o material empregado, ou seja: alumínio, ferro 
fundido, aço galvanizado, PVC, etc. 
 
13.1) Cálculo da vazão a ser transportada na linha lateral (QLL) 
 
QLL = Vazão de cada aspersor (m3/h) x no de aspersores em cada lateral 
QLL = 6,06 x 11 
QLL = 66,66 m3/h 
QLL = 0,018517 m3/s 
N6
0,923
 + 
2N
1
 + 0,3506 = F
2
Projeto do Método de Irrigaçãopor Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
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13
 
13.2) Cálculo da perda de carga admissível real na linha lateral (hfa) 
 
hfadmissível ≤ 0,20 PS z∆± 
hfadmissível ≤ 0,20 PS + 0 (LL em nível � z∆ = 0) 
hfadmissível ≤ 0,20 PS z∆+ (LL em declive � morro abaixo) 
hfadmissível ≤ 0,20 PS z∆− (LL em aclive � morro acima) 
 
No caso estudado a linha lateral está disposta em nível 
 
hfadmissível ≤ 0,20 x 30 
hfadmissível ≤ 6,0 m.c.a. 
 
Para estipular o valor do diâmetro (D), emprega-se a Fórmula de Bresse 
 
D = 15,5 Q p/ (Q � m3/h e D � mm) 
D = 126,55 mm 
 
Calcula com um diâmetro comercial abaixo e um acima. 
 
Tubulação empregada de aço galvanizado e seus diâmetros comerciais 
 
Diâmetro Nominal (mm) 50 70 89 108 133 159 
Diâmetro Interno (mm) 48 68 87 106 130 156 
 
Cálculo da perda de carga unitária (J) 
J = 
54,0
1
63,2DC2788,0
Q






××
 
 
Como valores médios de C pode-se citar: 
 
Ferro fundido C = 100 
Aço galvanizado C = 125 
Aço zincado C = 130 
Alumínio C = 130 
PVC C = 150 
Mangote (sucção) C = 140 
 
Q (m3/s) 
L 
(m) D (m) C 
J 
(m/m) 
hf = L x 
J (mca) F 
hfr = hf x 
F (mca) 
V 
(m/s) 
0,018517 192 0,087 125 0,1261 24,22 0,392 9,49 3,12 
0,018517 192 0,106 125 0,0482 9,25 0,392 3,62 2,10 
0,018517 192 0,130 125 0,0178 3,42 0,392 1,34 1,40 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
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Obs.: * Usar o tubo de menor diâmetro em que hfr < hf admissível; 
 * Admitir velocidades no intervalo de 0,6 a 2,4 m/s 
Q (m3/h) = A(m2) * V (m/s) V = Q / A 
 
Recomenda-se o diâmetro de 106 mm para a linha lateral. 
 
 
14) CÁLCULO DA PRESSÃO NO INÍCIO DA LINHA LATERAL (PinLL) 
 
PinLL = hfo x J + PS +0,75 hfr + ha ± z∆ (-)� morro abaixo ou (+)� morro 
acima) 
 
 
Em que: 
hfo = perda de carga até 1o aspersor 
ha = altura do aspersor 
 
PinLL = 12 x 0,0482 +30 +0,75 x 3,62 + 1,0 
PinLL = 34,21 m.c.a 
 
 
15) DIMENSIONAMENTO DA LINHA PRINCIPAL 
 
� DIMENSIONAMENTO BASEADO NO MÉTODO DO LIMITE DE VELOCIDADE 
 É o método mais utilizado, devido a sua praticidade. Consiste em limitar a 
velocidade de escoamento na tubulação entre 1,0 e 2,4 m/s (ideal máximo 2,0 m/s). Uma 
vez fixada a velocidade, determina-se o diâmetro usando a equação da continuidade: 
 
D = 4 x Q 0,5 
π x V 
Onde: D = diâmetro interno da tubulação, em metros; Q = vazão do sistema, em m3/s; π = 
pi (3,1415...); V = velocidade da água na tubulação, em m/s, normalmente usa-se 1,5 m/s. 
 
� PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO PRINCIPAL (Hfp): 
HfP = J x L 
Onde: HfP = perda de carga na tubulação principal, em mca; J = perda de carga unitária, 
em m/m e, L = comprimento da tubulação, em metros. 
 
Comprimento da linha principal (L) = 228 m 
228
100
5
Z ×=∆ � Z∆ = 11,4 m 
Recomenda-se o diâmetro de 106 mm na linha principal 
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16) CÁLCULO DA PRESSÃO NA SAÍDA DA BOMBA (PsMB) 
 
PsMB = PinLL + hfLP x J + Z∆ + hf registro de gaveta + hf válvula de retenção 
PsMB = 34,21 + 228 x 0,0482 + 11,4 + 0,7 x 0,0482 + 8,4 x 0,0482 
PsMB = 57,12 m.c.a 
 
17) PRESSÃO DE SUCÇÃO (Hfs) (sempre 1 diâmetro > que a tubulação 
principal) 
 
Hfs = hf tubulação + hf curva de 90o + hf conexão excêntrica + hf válvula de pé com crivo 
Hfs = 3 x 0,0178 + 1,9 x 0,0178 + 0,90 x 0,0178 + 30,0 x 0,0178 
Hfs = 0,64 mca 
 
17) PRESSÃO MANOMÉTRICA OU ALTURA MANOMÉTRICA (Hman) 
 
Hman = PsMB + Hfs + Zs∆ 
Hman = 57,12 + 0,64+ 1,5 
Hman = 59,26 m.c.a. 
Hman = 60,00 m.c.a. 
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16
 
Comprimentos equivalentes 
 
Para conexões e registros (em metros de tubulação). Os dados de cima 
da célula se referem a tubulações de aço galvanizado e os de baixo da célula 
se referem a tubulações de PVC ou cobre ou aço. 
Diam (galv - pol) 
Diam (PVC - mm) 
1/2 
15 
3/4 
20 
1 
25 
1 1/4 
32 
1 1/2 
40 
2 
50 
2 1/2 
60 
3 
75 
4 
100 
5 
125 
6 
150 
 
Joelho 90º 
0,4 
1,1 
0,6 
1,2 
0,7 
1,5 
0,9 
2,0 
1,1 
3,2 
1,4 
3,4 
1,7 
3,7 
2,1 
3,9 
2,8 
4,3 
3,7 
4,9 
4,3 
5,4 
 
Joelho 45º 
0,2 
0,4 
0,3 
0,5 
0,4 
0,7 
0,5 
1,0 
0,6 
1,3 
0,8 
1,5 
0,9 
1,7 
1,2 
1,8 
1,5 
1,9 
1,9 
2,4 
2,3 
2,6 
 
Curva 90º 
0,2 
0,4 
0,3 
0,5 
0,3 
0,6 
0,4 
0,7 
0,5 
1,2 
0,6 
1,3 
0,8 
1,4 
1,0 
1,5 
1,3 
1,6 
1,6 
1,9 
1,9 
2,1 
 
Curva 45º 
0,2 
0,2 
0,2 
0,3 
0,2 
0,4 
0,3 
0,5 
0,3 
0,6 
0,4 
0,7 
0,5 
0,8 
0,6 
0,9 
0,7 
1,0 
0,9 
1,1 
1,1 
1,2 
 
Tê fluxo direto 
0,3 
0,7 
0,4 
0,8 
0,5 
0,9 
0,7 
1,5 
0,9 
2,2 
1,1 
2,3 
1,3 
2,4 
1,6 
2,5 
2,1 
2,6 
2,7 
3,3 
3,4 
3,8 
 
Tê fluxo 
lateral 
1,0 
2,3 
1,4 
2,4 
1,7 
3,1 
2,3 
4,6 
2,8 
7,3 
3,5 
7,6 
4,3 
7,8 
5,2 
8,0 
6,7 
8,3 
8,4 
10,0 
10,0 
11,1 
 
Tê fluxo 
bilateral 
1,0 
2,3 
1,4 
2,4 
1,7 
3,1 
2,3 
4,6 
2,8 
7,3 
3,5 
7,6 
4,3 
7,8 
5,2 
8,0 
6,7 
8,3 
8,4 
10,0 
10,0 
11,1 
 
Registro 
gaveta 
aberto 
0,1 
0,1 
0,1 
0,2 
0,2 
0,3 
0,2 
0,4 
0,3 
0,7 
0,4 
0,8 
0,4 
0,9 
0,5 
0,9 
0,7 
1,0 
0,9 
1,1 
1,1 
1,2 
 
Registro globo 
aberto 
4,9 
11,1 
6,7 
11,4 
8,2 
15,0 
11,3 
22,0 
13,4 
35,8 
17,4 
37,9 
21,0 
38,0 
26,0 
40,0 
34,0 
42,3 
43,0 
50,9 
51,0 
56,7 
 
Registro 
angular 
2,6 
5,9 
3,6 
6,1 
4,6 
8,4 
5,6 
10,5 
6,7 
17,0 
8,5 
18,5 
10,0 
19,0 
13,0 
20,0 
17,0 
22,1 
21,0 
26,2 
26,0 
28,9 
 
Válvula de pé 
e crivo 
3,6 
8,1 
5,6 
9,5 
7,3 
13,3 
10,0 
15,5 
11,6 
18,3 
14,0 
23,7 
17,0 
25,0 
20,0 
26,8 
23,0 
28,6 
30,0 
37,4 
39,0 
43,4 
 
Válvula de 
retenção leve 
1,1 
2,5 
1,6 
2,7 
2,1 
3,8 
2,7 
4,9 
3,2 
6,8 
4,2 
7,1 
5,2 
8,2 
6,3 
9,3 
8,4 
10,4 
10,4 
12,5 
12,5 
13,9 
 
Válvula de 
retenção 
pesada 
1,6 
3,6 
2,4 
4,1 
3,2 
5,8 
4,0 
7,4 
4,8 
9,1 
6,4 
10,8 
8,1 
12,5 
9,7 
14,2 
12,9 
16,0 
16,1 
19,2 
19,3 
21,4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
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17
18) ESCOLHA DO CONJUNTO MOTOBOMBA 
 
Como a maioria das bombas que se usa na irrigação pertence ao tipo 
centrífuga e de eixo horizontal, serão discutidas suas principais características. 
Elas requerem escorvamento e válvula de pé, sendo necessário observar o 
limite máximo de altura de sucção. Podem ser portáteis ou fixas e são acionadas por 
motores elétricos, a óleo ou a gasolina. As portáteis são montadas em bloco sobre 
rodas, o que facilita sua movimentação. 
Como em irrigação trabalha-se com água limpa, usam-se normalmente 
rotores fechados. As bombas com um só rotor são denominadas bombas de mono-
estágio. Quando a altura manométrica exigida da bomba é muito grande, usam-se 
bombas com dois ou mais rotores, denominadas bombas de multi-estágios. 
Nos projetos de irrigação, em geral, as bombas não trabalham afogadas, ou 
seja, são sempre instaladas em posição acima do nível da água da fonte de captação 
(poço, rio ou açude). 
 
 
 
Esquema de instalação de uma bomba centrífugaProjeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional 
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18
- Cálculo da potência absorvida pelo motor é encontrado pela seguinte 
equação: 
Emb
xHmanQ
P
1000×
= 
 
em que: 
P = potência necessária ao sistema (cv); 
Q = vazão bombeada (m3/s); 
Hman = altura manométrica total (m.c.a.); 
Emb = eficiência da motobomba, em decimais (geralmente < 70%). 
Q = 66,66 m
3
/h 
Hman = 60,00 m.c.a. 
 
 
Deve-se admitir um acréscimo na potência instalada, em função da potência 
absorvida pela bomba, conforme indicado a seguir: 
 
Potência necessária Acréscimo 
< 2 cv 30% 
2 a 5 cv 25% 
5 a 10 cv 20% 
10 a 20 cv 15% 
> 20 cv 10%

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