Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 1 IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO DEFINIÇÃO: é o processo de se produzir sobre as plantas ou sobre o solo o fenômeno artificial da chuva. Na irrigação fazemos o controle da intensidade, duração e momento da irrigação por aspersão. Vantagens: maior uniformidade, distribuição e controle da quantidade de água aplicada. Desvantagem: a gota provida de Energia Cinética ao cair no solo causa uma certa desagregação do mesmo, bem como sua compactação. COMPONENTES DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO * CONJUNTO MOTOBOMBA * TUBULAÇÕES: - Linha de suprimento (adutora): vai da bomba até a área a ser irrigada, é facultativa. - Linha principal: é a continuação da linha de suprimento dentro da área a ser irrigada, é facultativa. - Linha de irrigação ou linha lateral: parte da linha principal, componente indispensável é onde estão instalados os aspersores. *ASPERSORES: São equipamentos responsáveis pela distribuição da água * ACESSÓRIOS: embora não sejam indispensáveis melhora o funcionamento do sistema. a)Motobomba: Em geral, em irrigação por aspersão convencional, as bombas centrífugas de eixo horizontal são as mais utilizadas. Tem a função de captar a água na fonte e suprir o sistema de aspersores. Acoplado a bomba existe um motor, normalmente elétrico ou diesel, para transferir potência. O conjunto deverá ser dimensionado para fornecer vazão suficiente ao sistema à altura manométrica requerida. A altura de elevação da água, desde o manacial até a área irrigada, constitui um dos principais fatores envolvidos no consumo de energia e, a medida que aumenta essa altura mais elevados deverão ser os níveis de eficiência dos sistemas de irrigação para resultar em um consumo energético satisfatório. b)Tubulações: Normalmente são de alumínio, aço zincado, aço galvanizado ou PVC rígido, com comprimento padrão de 6 metros e diâmetro variando entre 2" e 8". Outros materiais, tais como, ferro fundido e cimento amianto, podem ser utilizados em linhas fixas enterradas. Com a função de conduzir a vazão necessária desde a motobomba até os aspersores, as tubulações, segundo a disposição no terreno, classificam-se em: linhas laterais - geralmente são providas de acoplamentos rápidos, conduzem a água até os aspersores; linhas secundárias - de alumínio, PVC ou aço zincado, alimentam as linhas laterais a partir da linha principal; linha principal - em PVC, aço zincado ou alumínio, conduz a água da motobomba até as linhas secundárias. Obs.: PVC até 80 mca e de aço até 200 mca. c)Aspersores: Constituem as peças principais do sistema, responsáveis pela distribuição da água sob o terreno na forma de chuva. Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 2 CARACTERÍSTICAS DOS ASPERSORES * Quanto ao funcionamento: -Rotativos: de giro completo (360o) -Tipo setorial * Ângulo de inclinação do jato: -inclinação normal entre 25o e 30o -subcopa com ângulo de 6o - * Número de bocais: - um, dois ou três bocais cujo diâmetro varia de 2 a 30 mm * Quanto à pressão -Baixíssima pressão - 10 a 100 KPa -Baixa pressão - 100 a 250 KPa -Média pressão - 250 a 500 KPa -Alta pressão - maior que 500 KPa Obs.: A escolha é baseada, principalmente, na intensidade de precipitação por eles fornecida (função da pressão, do diâmetro do bocal e do espaçamento). A disposição no campo mais comum é a retangular, podendo ser quadrada ou triangular. O espaçamento (múltiplo de 6 metros) no campo pode ser definido pelas condições de velocidade do vento, sendo na linha de 30% a 50% do diâmetro do círculo molhado e de até 65% entre linhas. * Intensidade de precipitação: chuva fornecida pelo aspersor no tempo (mm/h) -Intensidade de precipitação efetiva: representa a chuva distribuída por aspersor isolado. ( )h/mm m h/m A Q I 2 3 EF → = � 4 d. A 2π = -Intensidade de precipitação média: representa a chuva distribuída por um sistema de irrigação. ( )h/mm m h/m S Q I 2 3 EF → = � exlS = d)Acessórios: Os acessórios mais comuns são, tampão final, haste de subida do aspersor, engate rápido para aspersores com válvula de saída, curvas, válvulas de linha, cotovelos de derivação, manômetros, registros de gaveta, derivação em "T", válvula de retenção, borrachas de vedação, etc. Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 3 TIPOS DE INSTALAÇÕES 1) REDE CLÁSSICA COM COBERTURA PARCIAL 1.1) Móvel, portátil ou transportável Ele se caracteriza, justamente, pela mobilidade da bomba que, em geral, é montada sobre rodas, o que facilita o seu transporte para as fontes de água em que será utilizada e que, normalmente, são as mais próximas das plantações a serem irrigadas. As tubulações, principal e lateral, também são móveis, podendo ser mudadas de posição e de local, de acordo com as necessidades. As mais modernas tubulações com aspersores são adaptadas sobre rodas, podendo ser rebocadas, aspergindo a água sobre toda a plantação. Isso facilita o trabalho e diminui o tempo gasto nas aspersões; *uma linha principal que pode ser ou não fixa *uma linha lateral com aspersores (linha de irrigação sempre móveis) Vantagens: menor consumo de materiais (equipamentos) Desvantagens: - mão-de-obra muito demanda - Desgaste intenso dos equipamentos Obs.: Não se aconselham ramais com mais de 300 a 400 m e o diâmetro no máximo de 100 a 125 mm. Figura 1 - Sistema convencional portátil. Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 4 1.2) Sistema semifixo, semimóvel, semiportátil ou semitransportável Nesse caso, ou tipo, a bomba ou unidade de potência e a tubulação principal são fixas no terreno, enquanto que os ramais ou linhas laterais são móveis, e podem ser de metal ou PVC; *Linhas laterais duplas e opostas com aspersores Vantagens: - melhor aproveitamento do conjunto moto-bomba - menor demanda de mão-de-obra Desvantagens: - Uso de material em dobro nas linhas laterais Figura 2 - Sistema Convencional Semiportátil Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 5 2) COBERTURA TOTAL 2.1) TUBOS EM COBERTURA TOTAL Tipo fixo ou permanente A característica desse último tipo é o fato de a bomba, a linha principal e todos os ramais serem fixos e subterrâneos. Somente os hidrantes ou tomadas ficam na superfície, onde são acoplados os aspersores. O custo desse tipo de irrigação é muito mais elevado do que os outros dois tipos, anteriormente descritos. *uma linha principal *linhas de irrigação em toda a extensão da área Vantagens: - Facilidade de operação, deslocamento só dos aspersores - a tubulação pode ser toda enterrada 2.2) TUBOS E ASPERSORES EM COBERTURA TOTAL * apenas a operação de abrir e fechar registros Vantagens: -mínimo uso de mão-de-obra -o sistema pode ser totalmente automatizado Desvantagens: -alto custo de implantação Figura 3 - Sistema convencional fixo-permanente. Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 6 DISPOSIÇÃO DAS TUBULAÇÕES A linha principal geralmente é instalada no sentido perpendicular ao declive e as linhas de irrigação em nívelQ Q/2 Q/2 Q/2 Q Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 7 PROJETO DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO CONVENCIONAL -Requisitos: *Área (dimensão, topografia) 250 x 400 topografia: 5% declividade Obs.: trabalhar sempre que possível com área retangular *Solo -Capacidade de infiltração básica (CIB) = 15 mm/h -Umidade de capacidade de campo (θ cc) = 20% -Umidade de ponto de murcha permanente (θ pmp) = 12% -Densidade global ou aparente (ρg) = 1,5 g/cm3 *Cultura -Tipo: Feijão -Prof. Efetiva do Sistema Radicular (p) = 0,30 m -Altura da cultura = 0,50 m -Evapotranspiração ou Uso Consuntivo Máximo (Etm) = 5 mm/dia *Dados Gerais - Topografia - Ventos = 2,0 m/s (máximo) - Eficiência da irrigação = 75% - Fator de disponibilidade (f) = 0,7 - Tempo diário de irrigação = 16 h/dia (tempo de funcionamento do conjunto motobomba) - Diferença do nível d’água até a bomba = 1,0 m - Variação do nível d’água = 0,5 m Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 8 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO 1) CÁLCULO DA LÂMINA A SER APLICADA a) DISPONIBILIDADE TOTAL DE ÁGUA NO SOLO ( ) pgpmpcc10DTA ⋅ρ⋅θ−θ= em que: θcc = umidade de capacidade de campo (%) θpmp = umidade de ponto de murcha permanente (%) ρg = densidade global (g/cm3) p = profundidade efetiva do sistema radicular (m) ( ) mm3630,05,1122010DTA =⋅⋅−= b) DISPONIBILIDADE REAL DE ÁGUA NO SOLO fDTADRA ⋅= em que: f = fator de disponibilidade que representa a fração de água em relação a capacidade de água disponível que poderá ser utilizada ou apropriada pela cultura sem que ocorra déficit de água (em decimal) mm2,257,036fDTADRA =⋅=⋅= c) TURNO DE REGA: intervalo entre duas irrigações sucessivas numa mesma área. dias5 5 2,25 Etm DRA TR === d) LÂMINA BRUTA DE IRRIGAÇÃO mm33,33 75,0 55 EI TREtm LBI = ⋅ = ⋅ = e) PERÍODO DE IRRIGAÇÃO (PI): é o número de dias necessárias para completar uma irrigação em uma determinada área. PI ≤ TR PI = 5 dias Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 9 2) ÁREA IRRIGADA POR DIA ( ) dia/ha2 5 250400 PI AREA DIA/AI = × == 3) DISPOSIÇÃO DO SISTEMA NA ÁREA Com a linha principal no centro ou na lateral da área. 4) ESCOLHA DO ASPERSOR (IP ≤ TIB) O aspersor deverá apresentar Intensidade de Aplicação menor ou igual a taxa de infiltração de água do solo. A intensidade de aplicação de água do aspersor deverá ser calculada (fórmula abaixo) em função do espaçamento, considerando a sobreposição (a qual por sua vez depende da velocidade do vento. Dar preferência por aspersores com baixa pressão de serviço. Modelo Diâmetro do bocal (mm) Pressão de serviço (mca) Diâmetro molhado (m) Q (m3/h) Precipitação (mm/h) ZED-30 6,0 x 7,5 30 35,40 6,06 14,04 ZED-30 6,0 x 8,5 40 38,00 8,21 14,25 ZED-30 6,0 x 9,5 20 36,10 8,30 14,42 4.1) ESPAÇAMENTO ENTRE ASPERSORES (EA): DM x Sobreposição Onde: EA = espaçamento entre aspersores, em metros; DM = diâmetro molhado, em metros; Sobreposição = conforme tabela abaixo, em decimal (0,..). Velocidade Sobreposição sem vento 65 a 70% 0 a 2 m/s 55 a 65% 2 a 4 m/s 45 a 55% > 4 m/s 30 a 45% 4.2) ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS LATERAIS (EL): normalmente o mesmo que o espaçamento entre os aspersores. 400 m 250 m 5% Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 10 4.3) TAXA DE APLICAÇÃO Onde: q é a vazão do aspersor em m3/h, EL = espaçamento entre laterais, em metros; EA = espaçamento entre aspersores, em metros. 5) TEMPO DE IRRIGAÇÃO horas ÃOPRECIPITAÇ LBI TI 37,2 04,14 33,33 === 6) NÚMERO DE POSIÇÕES NA LINHA PRINCIPAL - NPLP NPLP = lateraislinhasentreoespaçament áreadaocompriment = 250/24 = 10,4 = 10 posições 1a posição = 12 m 2a posição = 36 m 3a posição = 60 m ........ 10a posição = 228 m (alcance do aspersor = 17,7 m) chegando a 245,7 m) 7) NÚMERO DE LINHAS LATERAIS (NL): Duas condições: 1 - Se linha principal na borda da área: NL = NPLP 2 - Se linha principal no centro da área: NL = 2 x NPLP (pois terá laterais para ambos os lados da linha principal). 8) NÚMERO DE LINHAS LATERAIS IRRIGADAS POR DIA (NLID): NLID = NL / PI 9) NÚMERO DE IRRIGAÇÕES POR DIA hora1TI trabalhoedJornada NID + = (1 hora � tempo de mudança) E . E .1000 q = TA AL Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 11 474,4 137,2 16 NID == + = irrigações por dia (laterais irrigadas/dia) 10) NÚMERO DE LATERAIS IRRIGADAS SIMULTÂNEAMENTE (NLIS): NLIS = NLID / NID 11) NÚMERO DE IRRIGAÇÕES POSSÍVEIS NIP = NID x PI 12) NÚMERO DE ASPERSORES POR LINHA LATERAL LALL = Largura da área da linha lateral EA 13) DISPOSIÇÃO DOS ASPERSORES NA LINHA LATERAL Duas situações: 13.1) LINHA LATERAL DESLOCADA À DIREITA DA LINHA PRINCIPAL 1o Aspersor = 12 m 2o Aspersor = 30 m 3o Aspersor = 48 m ...... 10o Aspersor = 174 m 11o Aspersor = 192 m 13.2) LINHA PRINCIPAL NO MEIO DAS LATERAIS 1o Aspersor = 12 m 2o Aspersor = 36 m 3o Aspersor = 60 m ....... 6 m 12 m aspersor Linha principal 12 m 12 m Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 12 14) DIMENSIOAMENTO DA LINHA LATERAL A linha lateral, sob o ponto de vista hidráulico, é uma tubulação com distribuição em marcha – a vazão vai se reduzindo do início para o final à medida que vai abastecendo os diversos aspersores. Para garantir adequada pressão essa linha deve ser disposta em nível, devendo-se cuidar para que a pressão média ao longo da linha seja igual à pressão de serviço do aspersor (PS). Para que isto ocorra, a máxima perda de carga por atrito ao longo da linha lateral não pode ser superior a 20% da pressão de serviço. A perda de carga ao longo da linha lateral é calculada por meio de fórmulas, dentre elas a mais usada é a equação de Hazen-Willians. A perda de carga real em tubulações com múltiplas saídas (hfr), que é o caso da linha lateral, é igual à perda de carga determinada como se a tubulação não tivesse saída alguma (hf), multiplicada por um fator F, que é função do número de saídas, ou seja: hfr = hf x F em que: hfr = perda de carga em tubulações com múltiplas saídas (linha lateral); hf = perda de carga como se não existisse saída intermediárias; F = fator de correção, em função do número de saídas; � Baseado na equação de Hazen-Williams o fator F é determinado pela seguinte expressão. Onde N é o número da saídas ou aspersores da linha lateral. Portanto, para o dimensionamento da linha lateral, há a necessidade de se conhecer a vazão de água que passará na lateral (QLL), o comprimento da tubulação e a perda de carga admissível real na tubulação (hf) e ainda o material empregado, ou seja: alumínio, ferro fundido, aço galvanizado, PVC, etc. 13.1) Cálculo da vazão a ser transportada na linha lateral (QLL) QLL = Vazão de cada aspersor (m3/h) x no de aspersores em cada lateral QLL = 6,06 x 11 QLL = 66,66 m3/h QLL = 0,018517 m3/s N6 0,923 + 2N 1 + 0,3506 = F 2 Projeto do Método de Irrigaçãopor Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 13 13.2) Cálculo da perda de carga admissível real na linha lateral (hfa) hfadmissível ≤ 0,20 PS z∆± hfadmissível ≤ 0,20 PS + 0 (LL em nível � z∆ = 0) hfadmissível ≤ 0,20 PS z∆+ (LL em declive � morro abaixo) hfadmissível ≤ 0,20 PS z∆− (LL em aclive � morro acima) No caso estudado a linha lateral está disposta em nível hfadmissível ≤ 0,20 x 30 hfadmissível ≤ 6,0 m.c.a. Para estipular o valor do diâmetro (D), emprega-se a Fórmula de Bresse D = 15,5 Q p/ (Q � m3/h e D � mm) D = 126,55 mm Calcula com um diâmetro comercial abaixo e um acima. Tubulação empregada de aço galvanizado e seus diâmetros comerciais Diâmetro Nominal (mm) 50 70 89 108 133 159 Diâmetro Interno (mm) 48 68 87 106 130 156 Cálculo da perda de carga unitária (J) J = 54,0 1 63,2DC2788,0 Q ×× Como valores médios de C pode-se citar: Ferro fundido C = 100 Aço galvanizado C = 125 Aço zincado C = 130 Alumínio C = 130 PVC C = 150 Mangote (sucção) C = 140 Q (m3/s) L (m) D (m) C J (m/m) hf = L x J (mca) F hfr = hf x F (mca) V (m/s) 0,018517 192 0,087 125 0,1261 24,22 0,392 9,49 3,12 0,018517 192 0,106 125 0,0482 9,25 0,392 3,62 2,10 0,018517 192 0,130 125 0,0178 3,42 0,392 1,34 1,40 Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 14 Obs.: * Usar o tubo de menor diâmetro em que hfr < hf admissível; * Admitir velocidades no intervalo de 0,6 a 2,4 m/s Q (m3/h) = A(m2) * V (m/s) V = Q / A Recomenda-se o diâmetro de 106 mm para a linha lateral. 14) CÁLCULO DA PRESSÃO NO INÍCIO DA LINHA LATERAL (PinLL) PinLL = hfo x J + PS +0,75 hfr + ha ± z∆ (-)� morro abaixo ou (+)� morro acima) Em que: hfo = perda de carga até 1o aspersor ha = altura do aspersor PinLL = 12 x 0,0482 +30 +0,75 x 3,62 + 1,0 PinLL = 34,21 m.c.a 15) DIMENSIONAMENTO DA LINHA PRINCIPAL � DIMENSIONAMENTO BASEADO NO MÉTODO DO LIMITE DE VELOCIDADE É o método mais utilizado, devido a sua praticidade. Consiste em limitar a velocidade de escoamento na tubulação entre 1,0 e 2,4 m/s (ideal máximo 2,0 m/s). Uma vez fixada a velocidade, determina-se o diâmetro usando a equação da continuidade: D = 4 x Q 0,5 π x V Onde: D = diâmetro interno da tubulação, em metros; Q = vazão do sistema, em m3/s; π = pi (3,1415...); V = velocidade da água na tubulação, em m/s, normalmente usa-se 1,5 m/s. � PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO PRINCIPAL (Hfp): HfP = J x L Onde: HfP = perda de carga na tubulação principal, em mca; J = perda de carga unitária, em m/m e, L = comprimento da tubulação, em metros. Comprimento da linha principal (L) = 228 m 228 100 5 Z ×=∆ � Z∆ = 11,4 m Recomenda-se o diâmetro de 106 mm na linha principal Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 15 16) CÁLCULO DA PRESSÃO NA SAÍDA DA BOMBA (PsMB) PsMB = PinLL + hfLP x J + Z∆ + hf registro de gaveta + hf válvula de retenção PsMB = 34,21 + 228 x 0,0482 + 11,4 + 0,7 x 0,0482 + 8,4 x 0,0482 PsMB = 57,12 m.c.a 17) PRESSÃO DE SUCÇÃO (Hfs) (sempre 1 diâmetro > que a tubulação principal) Hfs = hf tubulação + hf curva de 90o + hf conexão excêntrica + hf válvula de pé com crivo Hfs = 3 x 0,0178 + 1,9 x 0,0178 + 0,90 x 0,0178 + 30,0 x 0,0178 Hfs = 0,64 mca 17) PRESSÃO MANOMÉTRICA OU ALTURA MANOMÉTRICA (Hman) Hman = PsMB + Hfs + Zs∆ Hman = 57,12 + 0,64+ 1,5 Hman = 59,26 m.c.a. Hman = 60,00 m.c.a. Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 16 Comprimentos equivalentes Para conexões e registros (em metros de tubulação). Os dados de cima da célula se referem a tubulações de aço galvanizado e os de baixo da célula se referem a tubulações de PVC ou cobre ou aço. Diam (galv - pol) Diam (PVC - mm) 1/2 15 3/4 20 1 25 1 1/4 32 1 1/2 40 2 50 2 1/2 60 3 75 4 100 5 125 6 150 Joelho 90º 0,4 1,1 0,6 1,2 0,7 1,5 0,9 2,0 1,1 3,2 1,4 3,4 1,7 3,7 2,1 3,9 2,8 4,3 3,7 4,9 4,3 5,4 Joelho 45º 0,2 0,4 0,3 0,5 0,4 0,7 0,5 1,0 0,6 1,3 0,8 1,5 0,9 1,7 1,2 1,8 1,5 1,9 1,9 2,4 2,3 2,6 Curva 90º 0,2 0,4 0,3 0,5 0,3 0,6 0,4 0,7 0,5 1,2 0,6 1,3 0,8 1,4 1,0 1,5 1,3 1,6 1,6 1,9 1,9 2,1 Curva 45º 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,4 0,3 0,5 0,3 0,6 0,4 0,7 0,5 0,8 0,6 0,9 0,7 1,0 0,9 1,1 1,1 1,2 Tê fluxo direto 0,3 0,7 0,4 0,8 0,5 0,9 0,7 1,5 0,9 2,2 1,1 2,3 1,3 2,4 1,6 2,5 2,1 2,6 2,7 3,3 3,4 3,8 Tê fluxo lateral 1,0 2,3 1,4 2,4 1,7 3,1 2,3 4,6 2,8 7,3 3,5 7,6 4,3 7,8 5,2 8,0 6,7 8,3 8,4 10,0 10,0 11,1 Tê fluxo bilateral 1,0 2,3 1,4 2,4 1,7 3,1 2,3 4,6 2,8 7,3 3,5 7,6 4,3 7,8 5,2 8,0 6,7 8,3 8,4 10,0 10,0 11,1 Registro gaveta aberto 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,2 0,4 0,3 0,7 0,4 0,8 0,4 0,9 0,5 0,9 0,7 1,0 0,9 1,1 1,1 1,2 Registro globo aberto 4,9 11,1 6,7 11,4 8,2 15,0 11,3 22,0 13,4 35,8 17,4 37,9 21,0 38,0 26,0 40,0 34,0 42,3 43,0 50,9 51,0 56,7 Registro angular 2,6 5,9 3,6 6,1 4,6 8,4 5,6 10,5 6,7 17,0 8,5 18,5 10,0 19,0 13,0 20,0 17,0 22,1 21,0 26,2 26,0 28,9 Válvula de pé e crivo 3,6 8,1 5,6 9,5 7,3 13,3 10,0 15,5 11,6 18,3 14,0 23,7 17,0 25,0 20,0 26,8 23,0 28,6 30,0 37,4 39,0 43,4 Válvula de retenção leve 1,1 2,5 1,6 2,7 2,1 3,8 2,7 4,9 3,2 6,8 4,2 7,1 5,2 8,2 6,3 9,3 8,4 10,4 10,4 12,5 12,5 13,9 Válvula de retenção pesada 1,6 3,6 2,4 4,1 3,2 5,8 4,0 7,4 4,8 9,1 6,4 10,8 8,1 12,5 9,7 14,2 12,9 16,0 16,1 19,2 19,3 21,4 Projeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 17 18) ESCOLHA DO CONJUNTO MOTOBOMBA Como a maioria das bombas que se usa na irrigação pertence ao tipo centrífuga e de eixo horizontal, serão discutidas suas principais características. Elas requerem escorvamento e válvula de pé, sendo necessário observar o limite máximo de altura de sucção. Podem ser portáteis ou fixas e são acionadas por motores elétricos, a óleo ou a gasolina. As portáteis são montadas em bloco sobre rodas, o que facilita sua movimentação. Como em irrigação trabalha-se com água limpa, usam-se normalmente rotores fechados. As bombas com um só rotor são denominadas bombas de mono- estágio. Quando a altura manométrica exigida da bomba é muito grande, usam-se bombas com dois ou mais rotores, denominadas bombas de multi-estágios. Nos projetos de irrigação, em geral, as bombas não trabalham afogadas, ou seja, são sempre instaladas em posição acima do nível da água da fonte de captação (poço, rio ou açude). Esquema de instalação de uma bomba centrífugaProjeto do Método de Irrigação por Aspersão: Sistema de Aspersão Convencional Prof. Alberto E. Knies 18 - Cálculo da potência absorvida pelo motor é encontrado pela seguinte equação: Emb xHmanQ P 1000× = em que: P = potência necessária ao sistema (cv); Q = vazão bombeada (m3/s); Hman = altura manométrica total (m.c.a.); Emb = eficiência da motobomba, em decimais (geralmente < 70%). Q = 66,66 m 3 /h Hman = 60,00 m.c.a. Deve-se admitir um acréscimo na potência instalada, em função da potência absorvida pela bomba, conforme indicado a seguir: Potência necessária Acréscimo < 2 cv 30% 2 a 5 cv 25% 5 a 10 cv 20% 10 a 20 cv 15% > 20 cv 10%
Compartilhar