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* * Formas de Condução do Processo Fermentativo Aula 4 Referências: Livro: Biotecnologia Industrial Walter Borzani. Vol 2 – Cap 8, 9, 10, 12, 13 e 14. * * * * Processos Fermentativos Podem ser classificados quanto: Modo de condução; Forma de desenvolvimento do agente; Suprimento de Oxigênio; Quanto à forma de Fermentação do meio; * * * * Quanto ao modo de condução: I) Batelada ou Descontínuo II) Batelada Alimentada ou Semi-Descontínuo III) Contínuo BATELADA OU DESCONTÍNUO São processos pelo qual o mosto, esterelizado previamente, ou não, é colocado na dorna de fermentação, o agente é inoculado e, após a fermentação, o mosto é descarregado para separação/purificação do produto. Para uma nova fermentação, repete-se todas as etapas, desde de o preparo do inóculo. Um processo de regime de bateladas pode ser conduzido de três formas: Convencional; Por Cortes: Com recuperação do Inóculo * * Quanto ao modo de condução: I.a. Batelada Convencional Batelada Convencional/Descontínuo O mosto é colocado na dorna, esterelizado e posteriormente recebe o inóculo requerido. Após a fermentação, efetuada em tempo adequado, o processo é interrompido e o produto, subproduto e resíduos separados. É a forma mais antiga e que apresenta menor risco de contaminação, porém é um processo caro, o que faz com que seja usado somente para produtos nobres como vitaminas, esteróides, antibióticos e enzimas. A cada nova fermentação é necessário que todas as etapas sejam repetidas; * * Quanto ao modo de condução: I.a. Batelada Convencional Fase boa para interromper. A fase estacionária é causada pela baixa concentração de nutrientes, mudança no pH, acúmulo de toxinas ou problemas de oxigenação * * Prepara-se o inóculo para a 1ª dorna; Após determinado tempo, transfere-se parte do mosto (já fermentado) para uma 2ª dorna, completando-se o volume de ambas com mosto estéril, e assim sucessivamente. Ou seja, utiliza-se apenas um inóculo para uma série de dornas. Reduzindo o custo do processo. Quanto ao modo de condução: I.b. Batelada por CORTES * * Os cortes pode sem feitos: Na fase de crescimento mais intensa, quando se deseja propagar o inóculo; Após o término do processo fermentativo; O número de cortes não é ilimitado, e este número é limitado pelo controle do rendimento das fermentações sucessivas. Fatores que desencadeiam a necessidade de nova inoculação: Rendimento; Degeneração do agente; Qualidade do produto; Economia nos custos de preparo; Quanto ao modo de condução I.b. Batelada por CORTES * * Caracterizado pelo fato de que, apenas na partida da planta haverá necessidade de se preparar um inóculo para da cada biorreator; Após a fermentação, o mosto é levado para a seção de separação e de recuperação do produto (SRP); Etapas: Centrifugação/Filtração/Decantação), As células são separadas, tratadas e reativadas, sendo utilizadas como inóculo para outra fermentação obtém-se um concentrado de suspensão de microorganimos. Quanto ao modo de condução I.c. Processo descontínuo com recirculação de células (Recuperação do Inóculo) * * I.c. Processo descontínuo com recirculação de células (Recuperação do Inóculo) O tratamento visa a eliminação de células inativas e microorganimos contaminantes; Tratamento com H2SO4 (pH=2,5%); Tempo: 2-3 horas; A suspensão tratada é então reciclada para a dorna de fermentação; As células recuperadas não são indefinidamente utilizada, pois sofrem degeneração e contaminação após vários reciclos; * * I.C Processo descontínuo com recirculação de células (Recuperação do Inóculo) Na indústria alcooleira – 5 a 9 recuperações; Há uma economia de cerca de 30% de matéria prima para produzir o mesmo álcool que o processo de batelada convencional; SRP, Setor de Recuperação de Produto Ex: Processo Melle-Boinot para produção de etanol * * Quanto a forma de condução: II.a Regime de Batelada Alimentada ou Semi-Contínuo Na batelada alimentada, uma corrente de alimentação é adicionada ao biorreator, sem que efluente e célula sejam removidas do sistema; O substrato é alimentado constantemente, durante o processo fermentativo, de forma a manter a concentração constante, ou aproximadamente constante; * * Indicado quando algum componente do meio de cultivo provoca inibição se estiver em alta concentração(efeito “crabtree”). Inibição pelo substrato: produção de vinagre pelo etanol; Inibição pelo meio: produção de ácido acético. resultando em altas produtividades, geralmente muito maiores que o obtido na batelada simples. Este procedimento é possível de se repetir durante meses consecutivos, antes que o rendimento diminua a ponto de necessitar de interrupção, reiniciando-se o processo de fermentação com o inóculo recém preparado. Muito usado em processos biossíntético onde o interesse é a produção de biomassa. Ex: antibióticos. * * Quanto a forma de condução: II.a Regime de batelada alimentada ou Semi-Contínuo No processo batelada alimentado um ou mais nutrientes são adicionados ao fermentador durante o cultivo; A alimentação pode ocorrer continuamente ou em pulsos; Maior risco de contaminação; Maior necessidade de controle do processo (adição de nutrientes); * * Quanto a forma de condução: III. Regime Contínuo São caracterizados pela continuidade operacional do biorreator, ou seja, uma vez dada a partida, o biorreator opera ininterruptamente durante períodos longos de operação; Processo contínuo sempre começa com uma batelada. Característica importante: uniformidade após a partida o processo atinge o estado estacionário; O substrato é adicionado continuamente de modo que a sua concentração fique constante. Ao mesmo tempo retira-se o mosto fermentado na mesma vazão. Normalmente, a 2/3 da fase exponencial de crescimento, tem início o processo contínuo. * * Quanto a forma de condução: III.a Regime Contínuo – Única Dorna Nestes processos o substrato não é totalmente esgotado, saindo um pouco no produto. Altas vazões provocam baixos tempos de residência na dorna, o que provoca um empobrecimento em número de células (“wash out”) além de altas concentrações de substrato na saída. Vazões baixas reduzem a concentração de substrato no reator, podendo provocar autólise das células e/ou diauxia; Tipo de reator mais comum CSTR (“Continuous Stirred Tank Reactor”), CSTF (“Continuous Stirred Tank Fermenter”), CSTB (“Continuous Stirred Tank Bioreactor”), * * Empregado quando a matéria prima usada no processo é cara e, é necessário que o mosto deixe a dorna com o mínimo de substrato não fermentado. Se a redução de vazão não for suficiente utiliza-se mais de uma dorna em série. . Neste caso, o fermentado (vinho) passa a ser a alimentação de uma nova dorna. Os processos de fermentação conduzidos em regime contínuo, podem ainda ser conduzidos com ou sem recuperação do inóculo. Quanto a forma de condução: III.b Regime Contínuo – Mais de uma dorna * * Comparação processo Contínuo x Batelada * * Quanto ao desenvolvimento do agente microbiano: a) Processos em Superfície b) Processos em profundidade Processo em Superfície Aplica-se para microorganismos aeróbicos estritos como bolores e algumas bactérias O agente se desenvolve na superfície do meio de cultura O tempo de fermentação é muito grande, devido a necessidade de difusão dos nutrientes do meio para a superfície. * * O agente se desenvolve na seio do mosto agitado; Devido ao maior contato mosto-microorganimos são maiores as taxas de transferências de massa, de nutrientes e de O2 (se necessário), acarretando menores tempos de fermentação; Os processo cujos agentes são anaeróbicos estritos, facultativos são necessariamente conduzidos em profundidade; Quanto ao desenvolvimento do agente microbiano: b) Processos em profundidade (submerso) * * Processos Aerados Usado para agentes aeróbios estritos Ex: Produção de ácido cítrico, vitamina B12; Tipos de Aeração: Natural: O mosto é exposto ao ar ambiente, como no caso da fermentação cítrica em bandejas; Forçada: O ar é introduzido na dorna, sob pressão, borbulhando na massa líquida, onde o O2 se dissolve, para ser posteriormente utilizado pelo agente de fermentação; Ex: processos submerso para produção de penicilina, ácido cítrico e levedo prensado. Quanto ao suprimento de oxigênio a) Processos Aerados b) Processos Não Aerados * * Aplica-se em agentes que desenvolvem metabolismo anaeróbico, onde o aceptor de H+ não é o O2 do ar atmosférico e sim outras substâncias como os nitratos e aldeídos. Ex: Produção de solventes orgânicos por Clostridium (anaeróbico restrito) e de etanol por Saccharomyces (anaeróbico facultativo). Quanto ao suprimento de oxigênio b) Processos Não Aerados * * AERACAO EM BIOPROCESSOS
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