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Sistema de Aeração Aula 10 AERAÇÃO Nos microorganismos de metabolismos aeróbio, o O2 é utilizado como aceptor final de e-, ao final da cadeia respiratória, sendo reduzido a água e a formação de moléculas transportadoras de ATP fonte energéticas das células. (CH2O)n + nO2 nCO2 + nH2O (carboidrato simples) MO(C,H,N,S) + 5O2 CO2 + H2O + NO3- + SO42- (MO complexa) Ex. de processos conduzidos em AEROBIOSE: Produção de antibióticos, ácido lático, acético, cítrico, enzimas, vitaminas, fermentos, vacinas. Tratamento biológico e de águas residuais. A síntese de ATP é oriunda da oxidação da matéria orgânica, que é bastante solúvel em água, assim como a maioria dos componentes de um dado meio de cultivo. Solubilidade do Oxigênio Em processos naturais: A presença do O2 na água se deve, em parte dissolução do ar atmosférico na água; Outra fonte de oxigênio é o processo de fotossíntese; É possível dissolver grandes quantidades de fontes de C, N,P entre ou nutrientes. Entretanto, o O2 é pouco solúvel em água, tornando-se impossível fornecer de uma só vez todo o O2 necessário: A baixa solubilidade está relacionada ao caráter apolar do O2 que faz uma interação intermolecular fraca com a água. )()( 22 aqOgO Cálculo da Concentração de Saturação de O2. A partir do conhecimento da composição química do meio: avaliação instantânea trabalhoso e exige conhecimento detalhado da composição do meio; Em se tratando de soluções diluída LEI DE HENRY “concentração de O2 dissolvido no equilíbrio (saturação) é proporcional à pressão parcial de O2 no gás”. gS PHC . Lei de Henry Para soluções bastante diluídas, o processo de dissolução do O2, pode ser definido pela equação de Henry: Cs, concentração de O2 na saturação (gO2/m3). H, constante de Henry (gO2/m3.atm). Pg, pressão parcial de O2, na fase gasosa (atm) = XO2.P XO2, fração molar (ou volumétrica)do O2 no gás. P, pressão total do gás (atm). Considerando: P=1 atm; T= 25oC X02 = 0.21%O2 no ar seco; H = 1,29 X10-3 mol/L.atm; gS PHC . L mol 107,2 4 xCs L mgCs 6,8 Solução: O2 deve ser continuamente suprido ao fermentador; Operação Unitária – Transferência de massa: Transferência de soluto de uma fase gasosa para uma fase líquida. Absorção de um gás (O2) por um líquido. Algumas Observações: Temp. mais baixa aumentam a sua solubilidade. Atmosfera rica em O2 aumenta a sua solubilidade. Sólidos dissolvidos reduzem a solubilidade do O2. A concentração de sólidos dissolvidos varia ao longo da fermentação. Sistemas de Transferência de Oxigênio (1)Aeração superficial; (2) Aeração em contrafluxo com o mosto - reator com células imobilizadas. Aeração serve também como agitador; (3) Tanque agitado e aerado; (4) Coluna de bolhas; (5) Air-lift (ar introduzido numa chaminé no interior do reator promove intensa agitação; (6)”Draught-tube” 1 2 3 4 5 6 Controle de OD num Bioreator Variável Controlada: concentração de O2 dissolvido Variável manipulada: vazão de ar na linha Atuador: compressor de ar Sensor: eletrodo de íon específico em contato com o meio Perturbação: Alterações no metabolismo dos microorganimos no reator SENSOR CONTROLADOR ATUADOR Mecanismos de Transferência de O2 Objetivo do sistema de agitação e aeração: transferir O2 da fase gasosa para a fase líquida. Objetivo: manutenção da atividade respiratória de um conjunto de células. Transf. de O2 da fase gasosa para a fase líquida Penetrar nas células O2 deve chegar e ser metabolizado as células FORÇA MOTRIZ GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO Esquema das principais etapas da transferência de O2 Várias resistências associadas com essas etapas Bolha de ar Resistências associadas a transferência de O2 R3 Transferência de O2 da fase gasosa para a fase líquida é controlada por 2 películas. Teoria das 2 camadas estagnadas, a de gás e a de líquido, situadas em cada lado da interface gás-líquido R1 Desprezível devido a intensa agitação. R2 Desprezível. R3 Resistência dominante. Função da difusividade do O2 no liq, e da espessura da película R4 Desprezível. Liq. suficientemente agitado. R5 Desprezível devido a enorme área exposta ao meio líquido. R6 Desprezível. O O2 penetra na célula por simples difusão. R7 Pouco significativa. No caso de células eucarióticas alguma dificuldade para o O2 atingir as membranas. Procariontes ( ~ 0) R8 Relacionado com a velocidade de consumo final do O2. Kg KL O2 Teoria das duas Películas Coeficiente de Transferência de Massa individuais: Kg, coef. de transferência de massa pela película gasosa (m/h) Relação entre a difusividade e a espessura da película estagnada KL, coef. de transferência de massa pela película líquida (m/h) O2, Fluxo de O2 (gO2/m2.h) Em virtude da intensa movimentação das moléculas de gás, a resistência na fase gasosa (R1) pode ser considerada desprezível e, portanto toda a transferência de O2 deve-se a película estagnada da fase líquida. ig PPP CCiC )( )( )( . . )( . . 2 CCkCCkPPHkPPHk iLiSgLiLiggO continuando (KL.a), coef. volumétrico de transferência de O2 (h-1). Propostas possíveis para aumentar a transferência de O2: CO2 no gás de entrada. ( pg = P.X02) P na cabeça do fermentador Frequência de agitação. a, KL Vazão de aeração ) ( k 2 CCsLO ) ( a. .k a . 2 CCsLO )( )( 3 2 2 mmeiodoVolume mOdeciatransferêndeárea a Respiração Microbiana Consumo de O2 dissolvido e disponível para a respiração; Concentração Crítica de O2 – [mg/L] Demanda de O2 - Velocidade de consumo de oxigênio – dO2/dt - [gO2/m3.h] Velocidade específica de respiração – (Q02) – [gO2/gcel.h] X, Conc. celular -(gcel/L) dt dO X QO 2. 1 2 Análise conjunta da transferência e consumo do Oxigênio Durante o cultivo do micro-organismo, ocorre a transferência de O2 da fase gasosa para a fase líquida, enquanto que, simultaneamente , o micro-organismo consome o O2 dissolvido. Balanço de O2 no meio líquido: Numa situação em que dC/dt = 0 (fornecido = consumido) XQCCak dt dC SL .02. )( )( . . 2 CCs XQ ak OL Velocidade de respiração para um micro-rganismos, pode ser descrita por: K0, Constante de saturação para o O2 (gO2/m3) No dimensionamento de um sistema de agitação e aeração para se atingir a máxima velocidade específica de respiração, deve buscar a manutenção do O2 dissolvido acima da concentração crítica, a fim de que o O2 não seja o limitante. CK C QQ OO 0 max 22 . LEI DE MONOD Acima de uma determinada concentração de O2 dissolvido, o valor de Q02 é constante e máximo Estratégias de Operação de sistemas aerados: 1) Com monitoramento constante: Uso de eletrodos para avaliar a concentração de O2 dissolvido ação de controle para manter constante a concentração. Esse estratégia de operação implica na necessidade de investir em sistema de controle, no entanto gera uma economia de energia. 2) Trabalhar no condição de máxima demanda Determinar o valor de KL.a para o instante de máximo valor de QO2.X, praticando esse valor desde o início do processo. Nesse caso, a concentração de O2 variará com o tempo, atingindo o valor mínimo no momento de Q02.X for máximo. Essa opção de controle gera um gasto maior de energia e um menor custo de investimento no sistema de controle. XQCCak dt dC SL .02. )( 0
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