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Centro Universitário Claretiano
Curso de Graduação em Educação Física
Disfunções Orgânicas, Atividade Física e Saúde
CARLA LOVERBECK WALTER PEIRETTI – RA 1141861
Campo Grande - MS
2017
Centro Universitário Claretiano
Curso de Graduação em Educação Física
Disfunções Orgânicas, Atividade Física e Saúde
Trabalho apresentado a Disciplina de Disfunções Orgânicas, Atividade Física e Saúde, Docente Especialista Mestre Aldo Coelho Silva, no curso de Graduação em Educação Física, para obtenção da nota em participação de atividades.
Campo Grande – MS
2017
Descrição da atividade: elaborar um texto argumentativo no seguinte tema:
A atividade física como elemento fundamental para a promoção da saúde.
	O conceito de saúde sofreu algumas mudanças com o tempo sendo que atualmente saúde não significa apenas a ausência de doença (como no passado) e sim definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como sendo um estado de completo bem estar físico, mental e social. Essa definição aponta para uma ampla gama de ações que podem afetar “a saúde” e que vão além da questão puramente física. Essas ações que afetam a saúde não apresentam apenas um lado negativo, mas também um lado positivo quando tratamos de ações de promoção de saúde, que pode ser entendido por um conjunto orientado de ações, estratégias e intervenções que de forma integrada objetivam a promoção da saúde e prevenção de riscos capacitando os agentes da comunidade. A promoção de saúde então está presente em políticas e planos de saúde pública, na busca por criação de ambientes favoráveis, no incentivo às condutas de ações coletivas adequadas a melhoria de qualidade de vida além de promover desenvolvimento de habilidades pessoais e orientações dos serviços com controle dos fatores de riscos, ou seja, a promoção de saúde tem um aspecto prioritariamente preventivo, sendo que a qualidade de vida tem papel relevante na promoção da saúde. Por qualidade de vida entendemos, de forma geral, como o nível das condições básicas e suplementares de vida do ser humano envolvendo então questões de aspecto físico, mental, psicológico, emocional, espiritual, relacionamentos sociais, aspectos de moradia, saúde, educação, poder de compra, entre outros parâmetros que afetam a vida humana.
	Um dos pilares da promoção de saúde na atualidade está baseado no combate ao sedentarismo uma vez que as comodidades da vida moderna tem tornado as pessoas cada vez mais sedentárias, sendo que muitos estudos médicos científicos apontam para o sedentarismo como um dos fatores que aumentam de forma significativa o risco para o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas que são na atualidade uma das principais causas de mortalidade e redução da expectativa de vida. Portanto temos na prática de atividade física, principalmente quando esta é voltada a aquisição de aptidão física através do emprego de exercícios físicos, uma importante ferramenta para promoção de saúde. Como exemplo de situações atuais que se relacionam ao sedentarismo temos a questão do deslocamento das pessoas que a grande maioria é feito por transporte motorizado seja individual ou coletivo, logo o estímulo à utilização de métodos de deslocamentos não motorizados (caminhada e bicicleta) poderia gerar um impacto positivo na promoção da saúde.
	Para que possamos comprovar de forma científica que a prática de exercícios físicos adequadamente prescritos apresenta benefícios na prevenção e tratamento de diversas patologias se faz necessário o uso de estudos experimentais, dentre essas estudos destaca-se o emprego da pesquisa epidemiológica aplicada à atividade física. Por exemplo, se quisermos associar a prática de atividade física como fator de melhora para a realização das atividades de vida diária em idosos podemos realizar um estudo selecionando um grupo de idosos na comunidade, avaliar a condição de saúde com relação à prática das atividades de vida diária por um questionário, após essa análise inicial submeter esse grupo a um programa de exercícios devidamente orientados por um período de três meses quando então se fará nova análise do estado de saúde com relação prática das atividades de vida diária através do mesmo questionário, desta forma obtemos uma resposta objetiva quanto aos benefícios proporcionados pela prática bem orientada de exercícios físicos.
	O desenvolvimento de um programa adequado pra a prática de exercícios físicos deve seguir alguns princípios para que promova aquisição de aptidões cardiorrespiratória, força e flexibilidade de forma a terem efeito preventivo sobre as doenças crônicas generativos em indivíduos aparentemente saudáveis. A American College Sport Medicine (2001) traz algumas recomendações para elaboração deste tipo de programa de atividade física, sendo que para o sucesso do mesmo é de suma importância levar em consideração fatores como: interesse individual levando em conta as características e o objetivo do aluno; necessidade de saúde onde o aluno deve passar por uma avaliação física e médica para saber se o mesmo está apto para iniciar um programa; modalidade apropriada onde se deve escolher atividade em que o aluno tenha uma afinidade e também promovam os resultados desejados com menor risco de lesões; frequência onde será estipulado o número de atividades por semana; duração devendo esta ser monitora prevenindo-se assim lesões por excesso; progressão que é fundamental para continuidade do programa com mudanças no estilo de vida; intensidade que deve ser mensurada de acordo com a atividade para que se possam atingir adequadamente os objetivos propostos, sendo que em programas de atividade física que visam à promoção de saúde a intensidade deve ser de leve a moderada.
	Levando em consideração estes aspectos foram estabelecidas varias recomendações mundiais a respeito da prática de atividade física visando melhora na aptidão física e ganhos paralelos a saúde. Dentre estas recomendações podemos citar as seguintes: American College of Sports Medicine (ACSM)/2007, que recomenda 30 minutos de atividade física moderada 5 dias por semana ou 20 minutos de atividade vigorosa 3 dias por semana em sessões de pelo menos 10 minutos de duração; Organização Mundial da Saúde (OMS) 2010, que recomenda 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa por semana em sessões de pelo menos de 10 minutos de duração; Institute of Medicine (IOM) 2004, que recomenda 60 minutos de atividade física moderada todos os dias da semana; União Europeia/2008, que recomenda 30 minutos de atividade física moderada todos os dias da semana; Advisory Committee on Internacional Physical Activity Questionnaire (IPAQ)/2005, que recomenda 30 minutos de atividade física moderada 5 ou mais dias por semana, ou 20 minutos de atividade física vigorosa 3 ou mais dias por semana, ou qualquer combinação que atinja o mínimo de 600 MET-minutos/semana. Como forma de exemplificar essas recomendações pode-se propor uma prescrição geral de um programa de atividades físicas para um grupo de sedentários que façam parte de uma unidade básica de saúde de acordo com as recomendações da OMS. Para este programa vamos então nos basear na recomendação de uma prática semanal de 150 minutos de atividade física moderada distribuindo em 5 sessões de 30 minutos cada, de segunda a sexta-feira, onde iremos intercalar dias para treinamento de força com dias para treinamento cardiorrespiratório e flexibilidade, por exemplo toda segunda, quarta e sexta-feira serão realizados 30 minutos de treinamento de força e toda terça e quinta-feira 30 minutos de treinamento cardiorrespiratório e flexibilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FLORINDO, A. A.; HALLAL, P. C. Epidemiologia da atividade física. Rio de Janeiro: Atheneu, 20011.
OLIVEIRA, D. M. Disfunções Orgânicas, Atividade Física e Saúde. Batatais: Claretiano, 2016.
PITNGA, F.J.G. Epidemiologia, atividade física, do exercício físico e da saúde. 3. ed. São Paulo:Phorte, 2010.

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