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ABORDAGEM COMPORTAMENTAL (BEHAVIORISMO) Adotando e adaptando para a administração conceitos originalmente elaborados dentro das ciências como a antropologia, a psicologia e a sociologia, propunha-se a fornecer uma visão mais ampla do que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do modo que o fazem, particularizando as situações específicas do indivíduo no trabalho. Ferreira, Reis e Pereira (1997). Abordagem Comportamental da Administração A abordagem comportamental – também chamada behaviorista (em função do behaviorismo na psicologia) – marca a mais forte influência das ciências do comportamento na teoria administrativa e a busca de novas soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. Comportamento é a maneira pela qual um indivíduo age ou reage em suas interações com o seu meio ambiente e em resposta aos estímulos que dele recebe. Conclusões das ciências comportamentais sobre a natureza e características do ser humano influências na teoria administrativa 1. O homem é um animal social dotado de necessidades. 2. O homem é um animal dotado de um sistema psíquico. 3. O homem tem capacidade de articular a linguagem com o raciocínio abstrato. 4. O homem é um animal dotado de aptidão para aprender. 5. O comportamento humano é orientado para objetivos. 6. O homem caracteriza-se por um padrão dual de comportamento. Abordagem Comportamentalista (1950-1960) Considerações: Desdobramento da Teoria de Relações Humanas; Estabelece críticas à Teoria Clássica e aos princípios gerais por ela estabelecidos, pela sua rigidez e mecanicismo. Também critica a Teoria da Burocracia pelo seu ‘modelo de máquina’. Consideração: a idéia de que um trabalhador satisfeito seria um trabalhador produtivo nem sempre se mostrou válida. Adoção de uma orientação mais psicológica, com foco no ajustamento pessoal do trabalhador na organização e nos efeitos dos relacionamentos intragrupais e dos estilos de liderança. Comportamento Organizacional estudo dos indivíduos e grupos nas organizações (Silva, 2008). Enfoque: abordagem da ciência do comportamento humano dentro das organizações. Ênfase: nas pessoas com enfoque mais amplo do contexto organizacional / redefinição do conceitos administrativos. Novas proposições sobre a motivação humana: • O comportamento da organização é derivado do comportamento individual conduzido pela motivação humana. • O administrador precisa conhecer as necessidades humanas para entender melhor o comportamento humano. TEORIA COMPORTAMENTAL (BEHAVIORISTA) DA ADMINISTRAÇÃO A consolidação do conceito de complexidade do homem e as diversas teorias derivadas desse conceito. Mudanças no contexto social (anos 60 e 70) Os jovens trabalhadores (Pós-Materialistas) exigiam melhores condições de trabalho do que seus pais tiveram. Além de bons salários, almejavam a realização de seu potencial humano e eram dotados de espírito crítico, contestando a validade de regras e a obediência cega às normas e procedimentos. Autores como Likert, Argyris, McGregor, Herzberg, dentre outros prescreviam um estilo de liderança democrática, que permitisse a participação dos empregados e principalmente o enriquecimento de tarefas (descentralização e redesenho das atividades e tarefas de modo a permitir o aprendizado e o desenvolvimento dos indivíduos). Entendendo a complexidade do comportamento humano Comportamento Humano • Necessidades múltiplas e complexas. • Desejo de autodesenvolvimento e realização. • Trabalho fornece sentido à sua existência. • Autonomia de pensamento. IDÉIAS CENTRAIS (PONTOS-CHAVE): Processo decisório Liderança Autoridade e consentimento Homem administrativo Conflito de objetivos Motivação Ferreira, Reis e Pereira (1997). CONCEPÇÃO DE HOMEM HOMEM ADMINISTRATIVO Os homens são racionais diante de uma situação com vários dados: eventos futuros e distribuição de probabilidades desses eventos, alternativas de ação disponíveis e suas conseqüências, princípios próprios de ordem de preferência. Baseando-se em tomada de decisões, o homem administrativo tem comportamento apenas satisfatório e não otimizante. Ferreira, Reis e Pereira (1997). Modelo de Homem O modelo de homem da Escola Comportamental é chamado de “Homem Administrativo”, que possui um comportamento satisfaciente (satisficier) e não otimizante em relação à tomada de decisão, pois, sem poder procurar todas as alternativas possíveis ou obter todas as informações necessárias para sua decisão, a mesma deverá ser tomada com base no que está a seu alcance na situação ou no momento e no que representa para ele o máximo (não procurar o melhor funcionário, mas o funcionário adequado). Muniz e Faria (2007). Homem Administrativo Procura a “maneira satisfatória” e não a melhor maneira de fazer um trabalho. Concepção que parte da suposição de que as pessoas são motivadas, simultaneamente, por recompensas e incentivos salariais/materiais e por recompensas e incentivos sociais e simbólicos, que se alternam ao longo da vida. O comportamento administrativo não é otimizante nem procura a melhor maneira, mas satisfaciente, pois procura a maneira satisfatória entre aquelas que conseguir comparar. Comportamento administrativo é satisfaciente (“satisficer”) e não otimizante, pois o homem administrativo toma decisões sem poder procurar todas as alternativas possíveis: não procura o máximo lucro, mas o lucro adequado; não o preço ótimo, mas o preço razoável. Homem Administrativo “Satisficer”: o homem que considera suas satisfações contentando-se com o que está a seu alcance, mesmo que seja um mínimo, mas que na situação ou no momento, representa para ele o máximo. Processo decisório → coleta e processamento de informações → alternativas limitadas. Organizações → solução satisfatória e não solução ótima. Síntese: homem administrativo → Processo decisório: 1. O tomador de decisões evita a incerteza e segue as regras padronizadas da organização para tomar suas decisões. 2. Ele mantém inalteradas as regras e as redefine somente quando sob pressão ou crise. 3. Ajustamento lento no processo de mudanças. Modelo atual X condições modificadas. As Teorias de Motivação e Liderança e a complexidade do comportamento humano O conceito de comportamento complexo vai além do conceito do homo social da Escola de RH. Passa-se a considerar o comportamento complexo como um indivíduo que tem necessidades ligadas ao seu ego, ao seu desenvolvimento pessoal, á sua aprendizagem e á sua realização. Assim, em teoria, ao buscar ativamente a sua auto- realização no trabalho, os indivíduos se envolvem mais com a organização e canalizam a sua energia vital produtiva para a consecução dos objetivos organizacionais. MOTIVAÇÃO O estudo da motivação é um dos temas centrais do enfoque comportamental, porque é necessário compreender os mecanismos que movimentam as pessoas, para os comportamentos de alto desempenho, indiferença ou improdutividade, a favor ou contra os interesses da organização e da administração. Maximiano (2004) Motivação Diferentes significados Pode-se falar em motivação para estudar, ganhar dinheiro, viajar e até mesmo para não fazer nada. Conceito: Indica as causas ou motivos que produzem determinado comportamento, seja ele qual for. É a energia ou força que movimenta o comportamento. A motivaçãorefere-e a forças que energizam, dirigem e sustentam os esforços de uma pessoa. Maximiano (2004) Motivação Definições: É o processo de induzir uma pessoa ou um grupo, cada qual com necessidades e personalidades distintas, a atingir os objetivos da organização, enquanto tenta também atingir os objetivos pessoais (Megginson, Mosley, e Petri Jr., 1998). Disposição de exercitar um nível persistente e elevado de esforço na direção de metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer certa necessidade individual (Robbins, 2000). É alguma força direcionada dentro dos indivíduos, pela qual eles tentam alcançar uma meta, a fim de preencher uma necessidade ou expectativa” (Silva, 2008). MOTIVAÇÃO Considerações: A motivação é específica. Uma pessoa motivada para trabalhar pode não ter motivação para estudar ou vice- versa. Não há um estado geral de motivação, que leve uma pessoa a sempre ter disposição para tudo. No campo da administração, pessoa motivada usualmente significa alguém que demonstra alto grau de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza. As pessoas também se motivam para fazer coisas que vão na direção oposta à desejada pela empresa, como greves, sabotagens, roubo de mercadorias ou invasões de fábricas que demitem funcionários. Maximiano (2004) Motivação Propriedades: Direção: o objetivo do comportamento motivado ou a direção para a qual a motivação leva o comportamento. Intensidade: magnitude da motivação. Permanência: duração da motivação. Maximiano (2004) Hipóteses sobre a motivação HIPÓTESES SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA Homem econômico- racional A motivação encontra-se na perspectiva de ganho. O motivo importante é ter bens materiais. Homem social A motivação é o grupo. Os motivos importantes são o reconhecimento e a aceitação pelos colegas. Homem auto- realizador A motivação é a realização interior. O que importa e motiva é a satisfação íntima. Homem complexo A motivação não tem causa única. Diversos motivos ou causas são importantes para mover o comportamento. Fonte: Maximiano (2004). p.285. Alguns equívocos conhecidos sobre motivação e recompensas MITOS FATOS Mito: a motivação é específica ao indivíduo. Fato: a motivação é específica à situação. Mito: um trabalhador motivado é um funcionário de alto desempenho. Fato: o elevado desempenho do funcionário requer habilidade e apoio, além de motivação. Mito: os jovens de hoje não são motivados. Fato: os jovens de hoje são heterodoxos, rebeldes e possuem valores diferentes dos da geração anterior, mas não são menos motivados. Mito: a maioria das pessoas está interessada em recompensas absolutas. Fato: as pessoas são mais sensíveis às diferenças relativas que às diferenças absolutas. Mito: todo mundo deseja um trabalho desafiador Fato: nem todos valorizam um trabalho desafiador. Fonte: Baseado em Robbins (2003). Comportamentos Motivados de Trabalho A empresa deve motivar as pessoas a: 1. Fazer parte da organização 2. Permanecer na organização 3. Comparecer ao trabalho regularmente 4. Ter bom desempenho 5. Demonstrar cidadania Bateman e Snell (1998). Teorias de Motivação Qualquer teoria de motivação se preocupa em determinar as razões pelas quais as pessoas adotam determinados comportamentos e o processo que causa tais comportamentos. Aquelas teorias cujo foco está em “o que” motiva o comportamento são chamadas teorias de conteúdo, e aquelas cujo foco está em “como” o comportamento é motivado são chamadas teorias de processo. Além desses dois tipos, existem as teorias de reforço, que tentam ajudar os administradores a entender como o comportamento dos indivíduos é influenciado pelas conseqüências do ambiente. (Silva, 2008). Teorias de Conteúdo Concentram-se nas necessidades internas que motivam o comportamento. Ajudam a entender a necessidades humanas e como as pessoas com necessidades diferentes podem reagir a diferentes situações de trabalho. Chamadas de teorias da necessidade, se preocupam com a questão das causas pelas quais as pessoas agem. Stoner e Freeman (1999); Schermerhorn Jr. (1999); Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998). Teorias de Processo Ajudam a entender como as pessoas dão significado às recompensas e oportunidades de trabalho disponíveis para alcançá-las. Oferecem conselhos e visões sobre como as pessoas fazem realmente escolhas quanto a trabalhar duro ou não, com base em suas preferências individuais, nas recompensas disponíveis e nos resultados possíveis do trabalho. Stoner e Freeman (1999); Schermerhorn Jr. (1999); Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998). Teorias de Processo da motivação Tentam explicar o processo pelo qual o comportamento é originado, dirigido e relacionado a desempenho e satisfação. Consideram as necessidades como apenas mais um elemento no processo através do qual as pessoas decidem como se comportar. Outros elementos são: As capacidades dos indivíduos; Sua percepção de papel; Compreensão de quais comportamentos são necessários para alcançar um alto desempenho. Expectativas com relação às conseqüências de certos comportamentos Stoner e Freeman (1999); Schermerhorn Jr. (1999); Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998). Classificação das Teorias sobre Motivação TEORIAS SOBRE A MOTIVAÇÃO TEORIAS DE PROCESSO Procuram explicar como funciona a motivação TEORIAS DE CONTEÚDO Procuram explicar quais fatores motivam as pessoas 1. Modelo do Comportamento 2. Teoria da Expectativa 3. Behaviorismo 4. Teoria da Equidade 1. Teorias Clássicas 2. Teorias das Necessidades 3. Frustração 4. Teoria dos Dois Fatores Focalizam geralmente as necessidades humanas de algum tipo A força das necessidades e o modo específico como uma pessoa deseja satisfazê-las são usualmente apreendidos pelas teorias de processo. Alguns autores importantes da Teoria Comportamental Herbert Alexander Simon. Chester Barnard. Douglas McGregor. Rensis Likert. Chris Argyris. Campo da Motivação Abraham Maslow. Frederick Herzberg. David McClelland. Outros A teoria de campo e a dinâmica de grupo, de Lewin O núcleo central da teoria de Lewin é o estudo dos pequenos grupos, enfatizando coesão grupal, padrões grupais, motivação, participação, processo decisório, produtividade, tensões, estilos de liderança etc. Kurt Lewin (1890-1947) (Silva, 2008). p. 201. A dinâmica de grupo e suas características Os elementos a considerar nos grupos assim formados são: solidariedade; continuidade e duração da associação; Tamanho; Papel e natureza das tarefas do grupo; Objetivos e produção grupal; e Autonomia e acomodação dentro da organização. (Silva, 2008). p. 201. A dinâmica de grupo Os fatores que determinam a formação de grupos se apoiam na idéia de consenso interpessoal, isto é, a base comum de concordância entre os membros do grupo, sobre os objetivos e sobre os meios de alcançá-los, resultando daí a solidariedade grupal. Partindo desse consenso, encontram-se os seguintes determinantes: Interação Localização Interesses comuns Tamanho Comunicação. (Silva, 2008). p. 201. HERBERT SIMON (1916-2001) Tomada de decisões e o Processamentode Informações Constatou que os executivos raramente tinham acesso a informações perfeitas, davam mais valor aos dados encontrados no início da busca de informações do que as informações coletadas mais tarde, e tomavam decisões que não alcançavam os resultados máximos, apenas satisfatórios (acomodação – satisficing). Racionalidade Delimitada Estreitava a forma da tomada de decisões em consonância com o pragmatismo e as limitações dos gerentes realistas. Montana e Charnov (2010). Processamento de informações e Tomadas de Decisão Herbert A. Simon (1916-2001) Fonte: Montana e Charnov (2008); Motta e Vasconcelos (2002) MODELO DA RACIONALI DADE LIMITADA (MODELO CARNEGIE) Decisões satisfatórias, mas não “ótimas” Limitação do ser humano em ter acesso e processar cognitivamente todas as opções. Considera a otimização de decisões uma ficção. Impossibilidade material de obter todas as informações, dados os problemas de tempo e custo. Pressões afetivas, culturais e jogos de poder influenciam no conteúdo das decisões Herbert Simon Antes de Simon, os teóricos da Administração aceitavam a idéia de que executivos tinham acesso imediato a informações perfeitas e tomavam a melhor decisão para otimizar os resultados organizacionais. Simon descobriu que os executivos raramente tinham acesso a informações perfeitas, valorizavam dados encontrados no início da busca por informações mais do que aqueles colhidos posteriormente, e tomavam decisões que atingiam resultados satisfatórios e não ótimos ( Processo satisfaciente). As Funções do Executivo de Chester Barnard Na análise de Barnard, os executivos operam como centros de interconexão em um sistema de comunicação e procuram manter a coordenação para o esforço cooperativo. Chester Irving Barnard (1886-1961) CHESTER BARNAD (1886-1961) Funções do Executivo Sustentou que as pessoas formam organizações para alcançar objetivos comuns e, enfatizou o esforço cooperativo como chave para o sucesso organizacional e a eficácia gerencial Teoria da Aceitação da Autoridade Afirmava que os funcionários determinam se a ordem gerencial é legítima e aceitável. Montana e Charnov (2010). Ele postulou três funções que o executivo deveria realizar: 1. Prover um sistema de comunicação para manter a organização em funcionamento eficaz; 2. Promover a garantia dos esforços pessoais para estabelecer uma relação cooperativa; 3. Formular e definir objetivos da organização para a ordenação dos trabalhos necessários Chester Irving Barnard (1886-1961) As Funções do Executivo de Chester Barnard Funções do Executivo – Chester Barnard De acordo com Barnard, as pessoas juntam-se em organizações formais para atingir objetivos que não poderiam alcançar trabalhando sozinhas. Mas à medida que perseguem os objetivos das organizações, elas também precisam satisfazer suas necessidades individuais. Assim, Barnard chegou à sua tese central: uma empresa só pode operar com eficiência e sobreviver quando os objetivos da organização são mantidos em equilíbrio com os objetivos e as necessidades dos indivíduos que nela trabalham. Universalidade da “organização informal”. Compreensão da “zona de indiferença e da zona de aceitação” de um subordinado. Senso de propósito moral nos empregados. Enfatizava a organização como um empreendimento cooperativo de indivíduos trabalhando juntos como grupos. (Stoner e Freeman, 1999). Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow Maslow via a motivação humana como uma hierarquia de cinco necessidades, que iam das necessidades fisiológicas mais básicas até as necessidades mais elevadas de autorrealização. Abraham H. Maslow (1908-1970) (Stoner e Freeman, 1999). p. 328. Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow A teoria sobre a hierarquia de necessidades de Abraham Maslow (1943) foi fundamental para os estudos sobre motivação. Os estudos de Maslow voltaram-se para a teoria da personalidade e do desenvolvimento humano, independente de preocupações com eficiência organizacional. Segundo Maslow, o ser humano tem necessidades complexas que podem ser hierarquizadas. As necessidades variam e se alteram de acordo com as expectativas do indivíduo e as mudanças que ele enfrenta em sua vida. Abraham H. Maslow (1908-1970) Hierarquia das Necessidades Necessidades de Auto-realização Exemplos: atingir nosso próprio potencial, autodesenvolvimento, crescimento. O que fazer: dar tarefas desafiantes e trabalho criativo para o seu desenvolvimento. Necessidades do Ego (auto-estima) Exemplos: status, autoconfiança, salário, apreciação, reconhecimento. O que fazer: poder, ego, títulos, símbolos de status, elogios, prêmios, promoção. Necessidades Sociais Exemplos: associação, aceitação, amor, amizade, sentimento de equipe. O que fazer: grupos de trabalho formais e informais, clubes, atividades patrocinadas pela empresa. Necessidades de Segurança Exemplos: proteção e estabilidade. O que fazer: desenvolvimento do empregado, boas condições de trabalho, planos de aposentadoria, poupança, pensão, seguros (vida, hospitalar, dentário). Necessidades Fisiológicas Exemplos: respiração, alimento, bebida, eliminação. O que fazer: salário, férias, período de descanso no trabalho, pausa para refeições, banheiros, ar e água puros. Fisiológicas Segurança Sociais Estima Auto- realização (AR) AR A Hierarquia das Necessidades segundo MASLOW AUTORREALIZAÇÃO Provar a si próprio. Necessidade de trabalho desafiante e criativo Quero contribuir com valor STATUS Desejo de sobressair socialmente. Oportunidade de progresso. Reconhecimento do mérito Quero ser reconhecido ASSOCIAÇÃO Filiação e aceitação por grupos. Amizade com colegas. Relações interpessoais harmoniosas. Quero ser aceito pelo grupo SEGURANÇA Ordem e segurança públicas, previdência social etc. Planos de aposentadoria. Planos de assistência médica, seguros. Poupança. Investimentos Quero continuar existindo no futuro BÁSICAS Abrigo, roupa, comida, água, conforto físico etc. Melhor remuneração imediata. Melhores condições de trabalho. Quero existir (Lacombe, 2009). p. 131; p 135. O Modelo de Maslow Auto- Realização Auto-Estima Sociais Segurança Funções Fisiológicas Ex.: Aprendizagem Ex.: Plano de carreira/Status Ex.: Plano de saúde e benefícios Ex.: Inserção em grupos Condições básicas equipamentos - remuneração Baixo status Baixo salário Sensação de iniqüidade Tipo de trabalho e ambiente de trabalho mal-estruturados Políticas imprevisíveis Auto- realização Estima (ego) Sociais (amor) Segurança Fisiológicas SATISFAÇÃO NÃO-SATISFAÇÃO Sucesso na profissão Prazer no trabalho Insucesso na profissão Desprazer no trabalho Interação facilitada pelo arranjo físico Prestígio na profissão Elevada interação e relacionamento com colegas, chefias e subordinados Tipo de trabalho e ambiente de trabalho bem-estruturados Remuneração adequada Baixa interação e relacionamento com colegas, chefias e subordinados Confinamento do local de trabalho A satisfação e não satisfação das necessidades humanas Teorias “X” e “Y” Teoria X (Douglas McGregor)Teoria segundo a qual os empregados não gostam de trabalhar e precisam ser coagidos, controlados e dirigidos para atingir os objetivos organizacionais. Teoria Y (Douglas McGregor) Teoria segundo a qual os empregados aceitam o trabalho naturalmente, buscam responsabilidades e exercitam o autodirecionamento e o autocontrole para atingir os objetivos organizacionais. Douglas McGregor (1906-1964) 2.2 Douglas McGregor e os Pressupostos da Teoria X e da Teoria Y McGregor retoma alguns dos argumentos de Maslow para explicar o seu modelo, no qual relaciona os conceitos de motivação e liderança. Descreve a teoria gerencial convencional denominando-a de “Teoria X”, que corresponde às propostas da Escola de Administração Científica. A ideologia da Teoria X afirma que o ser humano é avesso ao trabalho e o evitará sempre que puder e, por conseguinte, a administração precisa incrementar a produtividade, os esquemas de incentivo etc. Representa as necessidades fisiológicas e de segurança no esquema de Maslow. A partir da Teoria Y, surgiram novos propostas no sentido de redesenhar as tarefas e os processos de trabalho, permitindo-se uma maior descentralização da autoridade e concessão de autonomia aos indivíduos. A participação nas decisões e um estilo democrático de gerência são pressupostos da Teoria Y. Essa teoria introduz elementos pessoais na relação de trabalho, fazendo apelo às qualidades do líder. 1906 - 1964 As características das teorias X e Y TEORIA X TEORIA Y Centrada na produção Autocrática Controle externo Centrada no empregado Democrática Controle interno Papel gerencial Supervisão próxima, com comportamento diretivo. Supervisão ampla, com comportamento de apoio. Enfoque principal Ênfase no controle, na coerção e na punição. Ênfase no crescimento, na autonomia e na recompensa. Natureza humana As pessoas são preguiçosas, têm falta de ambição, precisam ser conduzidas e têm baixo nível de motivação. As pessoas, por natureza, gostam do trabalho, querem fazer o melhor e são motivadas pelo autocontrole e auto desenvolvimento. Fonte: Silva (2008). p. 234 Quadro comparativo da Teria X e da Teoria Y de McGregor As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas tendem a evitar o trabalho. As pessoas evitam a responsabilidade para se sentirem seguras. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas gostam do tra- balho que exercem e são esforçadas e dedicadas. As pessoas consideram o trabalho como algo natural a ser realizado. As pessoas podem se controlar e assumir responsabilidades. As pessoas são criativas e competentes. TEORIA X TEORIA Y Estilos Visão de homem Características Conseqüências Teoria X Indolente e preguiçoso Falta-lhe ambição Pensa somente nos seus próprios objetivos. Resistente às mudanças Dependente (precisa ser dirigido). Ênfase nos recursos. As pessoas são conduzidas para os objetivos organizacionais. Os incentivos são econômicos. Administração dura, rígida e autocrática. As pessoas trabalham segundo padrões estabelecidos. As pessoas são meros recursos da organização. Teoria Y Não tem desprazer em trabalhar. Não são resistentes por natureza. Têm motivação e potencial de desenvolvimento. Capaz de assumir responsabilidades. É responsabilidade da administração criar o clima de desenvolvimento, Proporcionar a participação Administração aberta, dinâmica e democrática. Descentralização das decisões e delegação das responsabilidades. Auto-avaliação do desempenho. Estilos de administração - McGregor Teoria dos Dois Fatores/ Teoria de Motivação e Manutenção (Frederick HERZBERG) Modelo pelo qual fatores intrínsecos estão relacionados à satisfação no trabalho, enquanto os fatores extrísecos estão associados à insatisfação. Frederick Herzberg (1923-2000) Fatores de motivação: fatores que têm efeito de enaltecimento na atitude das pessoas e levam a um melhor desempenho relacionados ao conteúdo do trabalho. Fatores de Manutenção (Fatores de Higiene): fatores que não motivam, mas que contribuem para a insatisfação se não estão presentes. Relacionam-se ao contexto do trabalho. Isto é, só têm significado quando ausentes, o que causa maior insatisfação. Sua presença apenas evita a insatisfação. Esses fatores podem ser comparados à higiene dental. Escovar os dentes regularmente não melhora dos dentes, mas ajuda a prevenir sua deterioração. Teoria dos dois fatores de Herzberg Fatores Higiênicos, ou fatores extrínsecos: • São fatores de contexto relacionado ao cargo, situam-se no ambiente que rodeia o indivíduo e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. São definidos pela empresa (Salários, Benefícios, Tipo de chefia, Condições ambientais, etc). São também chamados de fatores insatisfaciente por estarem relacionados a insatisfação. Fatores Motivacionais, ou fatores intrínsecos: • São fatores de contexto relacionado ao conteúdo do cargo, abrangem a natureza das tarefas que a pessoa executa. São de controle do indivíduo (Sentimento de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização). São também chamados de fatores satisfaciente por estarem relacionados a satisfação. Fatores Satisfacientes e fatores insatisfacientes como entidades separadas - Herzberg Fatores Motivacionais + Satisfação Não-Satisfação - (neutros) Fatores Higiênicos + Não - Insatisfação Insatisfação - Fatores independentes entre si Os Fatores Higiênicos (Extrínsecos) do Modelo de Herzberg • Condição necessária, mas não suficiente para manter uma boa produtividade. • Atendem a necessidades básicas dos indivíduos. • Exemplos: Salário de mercado; Máquinas e equipamentos; Ambiente aceitável; Benefícios mínimos. Fatores Higiênicos ou Extrínsecos Os Fatores Motivacionais (Intrínsecos) do Modelo de Herzberg • Dependem das características específicas de cada indivíduo ou grupo organizacional. • Fatores identitários de difícil generalização. • Necessidades ligadas à auto- realização e auto-estima. • Plano de carreira, treinamentos, podem corresponder a estas necessidades. • Fatores motivacionais, enquanto mantidos, retêm os indivíduos na organização. Fatores Motivacionais ou Intrínsecos Sistemas de Administração, de Likert Rensis Likert (1903-1981) O objetivo de Likert era estabelecer a natureza da relação entre estilo de gerência e supervisão, de um lado, e desempenho e satisfação, do outro. Likert desenvolveu uma quádrupla classificação dos estilos gerenciais, a que chamou de Sistemas 1, 2, 3, e 4: Sistema 1 – Autoritário-coercitivo Sistema 2 – Autoritário-benevolente Sistema 3 – Consultivo Sistema 4 – Participativo O trabalho de Likert Desmistificou o princípio da amplitude de controle (Administração Científica). Supervisores bem-sucedidos não obrigavam seus subordinados a se prenderem a ciclos de trabalhos estritos, dedicando-se com empenho à formação de grupos de trabalho. Likert pregava a concessão de maior autonomia aos empregados como forma destes envolverem-semais na organização e com seus objetivos. Likert e seus quatro sistemas administrativos Sistemas Processo decisorial Sistema de comunicação Relações Interpessoais Sistema de recompensas e punições Sistema I Mão-de-obra intensiva e tecnologia rudimentar, ou seja, pessoas de pouca qualificação e educação Totalmente centralizado na cúpula da organização Muito precário. Somente comunicações verticais e descendentes por meio de ordens diretivas Clima de desconfiança em relação à organização informal. É vedada e considerada prejudicial Utilizam medidas disciplinares. Obediência “cega” aos regulamentos internos. Raras recompensas Fonte: Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). p. 126 Likert e seus quatro sistemas administrativos Sistemas Processo decisorial Sistema de comunicação Relações Interpessoais Sistema de recompensas e punições Sistema II Tecnologia mais apurada e mão de obra mais especializada; coerção para manter controle sobre o comportamento Centralizado na cúpula, mas permitindo algumas delegações para atividades rotineiras. Precário. As comunicações descendentes prevalecem sobre as comunicações ascendentes Toleradas. É incipiente e considerada uma ameaça à empresa Utilizam punições e medidas disciplinares mais amenas. Obediência restrita aos regulamentos internos. Raras recompensas. Fonte: Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). p. 127 Likert e seus quatro sistemas administrativos Sistemas Processo decisorial Sistema de comunicação Relações Interpessoais Sistema de recompensas e punições Sistema III Áreas administrativas mais organizadas e avançadas em termos de relação com os empregados Consulta aos níveis inferiores permitindo participações e delegações. A cúpula procura facilitar o fluxo de comunicação, tanto no sentido descendente como no ascendente. Certa confiança nas pessoas e nas relações Utilizam recompensas materiais e sociais. As punições e castigos são raros. Fonte: Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). p. 127 Likert e seus quatro sistemas administrativos Sistemas Processo decisorial Sistema de comunicação Relações Interpessoais Sistema de recompensas e punições Sistema IV Sofisticada tecnologia e pessoal altamente especializado Totalmente descentralizado. A cúpula define políticas e controla os resultados Sistema de comunicação eficiente é fundamental para o sucesso da organização Trabalho em equipe, confiança mútua, participação grupal intensa. Utilizam recompensas materiais e sociais. As punições são raras. Fonte: Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). p. 127 Sistemas de administração segundo Likert Processo decisorial Sistema de comunicação Relações interpessoais Sistema de recompensas e punições Exemplos Autoritário (coercitivo) Totalmente centralizado na cúpula da organização. Muito precário. Somente comunicações verticais. Provoca desconfiança. Organização informal vedada. Punições disciplinares, obediência restrita às normas, raras recompensas. Empresas com mão- de-obra intensiva e tecnologia rudimentar. Autoritário (benevolente) Centralizado na cúpula, mas permite alguma delegação de caráter rotineiro. Relativamente precário, prevalecendo comunicações descendentes sobre as ascendentes. São toleradas com restrições, pois a organização informal ainda é considerada uma ameaça. Punições disciplinares mas com menor arbitrariedade. Recompensas materiais e raras recompensas sociais. Empresas com tecnologia mais apurada e mão-de- obra mais especializada Consultivo Consulta os níveis inferiores, permitindo participação e delegação. A cúpula procura facilitar o fluxo no sentido vertical (descendente e ascendentes) e horizontal. Certa confiança nas pessoas e nas relações. A cúpula facilita a organização informal sadia Recompensas materiais com algumas recompensas sociais. Raras punições. Áreas administrativas mais organizadas e avançadas. Participativo Totalmente descentralizado. A cúpula define políticas e controla os resultados. Sistemas de comunicação eficientes são fundamentais para o sucesso da empresa. Trabalhos em equipe, formação de grupos, confiança, participação e envolvimento. Utilização de recompensas materiais e sociais. Raras punições e quando ocorrem são definidas pela equipe. Empresas com tecnologias sofisticadas e pessoal altamente especializado. Teoria das Necessidades Adquiridas (ou realização), de David McClelland Para McClelland, existem certas necessidades que são aprendidas e socialmente adquiridas assim que o indivíduo interage com o ambiente. Ele classificou essas necessidades em três categorias: Necessidade de realização (nAch). O impulso de destacar-se, realizar em relação a um conjunto de padrões, esforçar-se para ser bem-sucedido. Necessidade de afiliação (nAff). O desejo de amizade e relações interpessoais próximas. Necessidade de poder (nPow). A necessidade de fazer os outros se comportarem de maneira que, em outras circunstâncias, não se comportariam. É o desejo de exercer impacto, ser influente e controlar as outras pessoas. David C. McClelland (1917-1998) O Modelo de David McClelland TEORIA DA CONTINGÊNCIA DA MOTIVAÇÃO Necessidade de Realização (N.ACH) Necessidade de Poder (N.POW) Necessidade de Afiliação (N.AFF) Necessidades apreendidas Teoria das Necessidades Adquiridas, de McClelland Necessidades de realização O desejo de alcançar algo difícil exige um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras. É uma necessidade de desafio para a realização pessoal e para o sucesso em situações competitivas. Necessidades de afiliação É o desejo de estabelecer relacionamentos pessoais próximos, de evitar conflitos e estabelecer fortes amizades. É uma necessidade social, de companheirismo e apoio, para o desenvolvimento de relacionamentos significativos com pessoas. Necessidades de poder É o desejo de influenciar ou controlar outros, ser responsável por outros e ter autoridade sobre eles. É a necessidade de dominar, influenciar ou controlar as pessoas. (Silva, 2008). Teoria ERG, de Clayton P. ALDERFER Teoria que afirma haver três grupos de necessidades centrais: existência, relacionamento e crescimento – em inglês E de existence, R de relationship e G de growth (crescimento). Teoria ERG (cont.) O grupo existência diz respeito ao provisionamento dos requisitos materiais básicos à nossa existência, incluindoos itens que Maslow considerou como necessidades fisiológicas e de segurança. O segundo grupo inclui necessidades de relacionamento – o desejo que temos de manter relações interpessoais. Esses desejos de sociabilidade e status exigem interação com os outros para serem satisfeitos e correspondem à necessidade de associação e ao componente externo de sua classificação da estima. Teoria ERG (Cont.) Finalmente, Alderfer distinguiu as necessidades de crescimento – um desejo intrínseco de desenvolvimento pessoal, compostas do componente interno da categoria da estima de Maslow e das características incluídas na auto-realização. A teoria ERG contém ainda uma dimensão de frustração- regressão. Basicamente, Alderfer afirmou que a frustração de necessidades de ordem superior sucinta demandas de maior satisfação daquelas de ordem inferior. A incapacidade de satisfazer uma necessidade de relacionamento, tal como a de interação social, por exemplo, tende a aumentar o desejo de mais dinheiro ou melhores condições de trabalho. Chris Argyris Organização Tipo A e B Dizia que o domínio do local de trabalho por parte dos administradores poderia deixar os subordinados passivos e dependentes e, reduzir seus senso de responsabilidade e autocontrole. Argumentava em favor de um projeto organizacional que atendesse melhor às necessidades humanas e aumentasse a satisfação dos membros da organização. (Stoner e Freeman, 1999). p. 240. A Organização “A” e “B” de Chris Argyris Centralização vertical do poder. Pouco conhecimento do trabalho desenvolvido nos outros setores da organização. Baixa integração horizontal. Indivíduo voltado unicamente para o atingimento de metas de sua unidade ou departamento Privilegia-se o curto prazo. Participação dos indivíduos nos processos decisórios. Visão integrada das diversas partes da organização. Integração Horizontal. Conhecimento pela maioria dos objetivos globais da organização. Privilegia-se o médio e o longo prazos. MODELO A MODELO B Eiji Toyoda Taiichi Ohno Modelo Japonês/Toyotismo Os dois princípios mais importantes do sistema Toyota são: eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade. Para o bom funcionamento desses dois princípios, o sistema Toyota depende do comprometimento e envolvimento dos funcionários Gestão Participativa (Maximiano, 2008). p. 134. Modelo Toyotista de Produção Modelo Toyotista de Produção • Gerência participativa. • Integração horizontal. • Estabilidade e “cidadania corporativa”. • Cultura organizacional forte. • Comprometimento do empregado com a organização. • Ferramentas como “Kanban” e “Just in Time”. • Círculos de qualidade e qualidade total. • Melhoria de processos e mudança (“Kaizen”). Teoria Z Norte-americano familiarizado com as práticas organizacionais japonesas. Em geral ele endossa uma ênfase maior na administração a partir das relações humanas como um complemento às técnicas da administração científica. William G. Ouchi (Stoner e Freeman, 1999). p. 36. Teoria Z (William OUCHI) Teoria de liderança que acentua o planejamento a longo prazo, decisão por consenso e lealdade forte e mútua entre chefe e empregados. Ouchi comparou a indústria japonesa e a norte- americana, e concluiu que algumas corporações japonesas poderiam servir de modelo para firmas norte- americanas. A chave para aumentar a produtividade é ter os empregados interessados, com o uso de técnicas como a de círculos de qualidade, desenvolvimento de habilidades interpessoais e ampliação das oportunidades e desenvolvimento da carreira. Teoria da Expectação ou Expectância ou Expectativa de Victor H. VROOM Conceito: Modelo pelo qual a força de uma tendência para atuar em determinado sentido depende da força de uma expectativa de que o ato será acompanhado por determinado resultado e da atração desse resultado para o indivíduo. Ajuda a explicar por que muitos trabalhadores não são motivados em seus cargos e fazem apenas o mínimo necessário para não perdê-los. Teoria da Expectativa Afirma que boa parte do comportamento no trabalho pode-se explicar pelo fato de que os empregados determinam com antecedência o que seu comportamento pode conseguir e o valor que dão às possíveis realizações ou resultados alternativos. Modelo de motivação especificando que o esforço para se atingir um alto desempenho é resultante de se perceber a possibilidade de que o alto desempenho é resultante de se perceber a possibilidade de que o alto desempenho pode ser alcançado e recompensado se alcançado e que a recompensa valerá o esforço dispendido. (Stoner e Freeman, 1999). p. 328. Teoria da Expectativa Teoria de motivação que propõe que os indivíduos terão um desempenho de alto grau quando perceberem: 1. Que há uma grande probabilidade de que seus esforços resultem em alto grau de desempenho; 2. Que há uma grande probabilidade de que um alto grau de desempenho dê como resultado uma maior produção; e 3. Que esses resultados lhes serão favoráveis. Modelo de Vroom (Modelo Contingencial de Motivação) Parte do princípio de que o nível de produtividade depende de três forças básicas que atuam em cada indivíduo, a saber: Expectativas: são os objetivos individuais, que podem incluir dinheiro, segurança no cargo, aceitação social, reconhecimento e uma infinidade de combinação de objetivos. Recompensas: é relação percebida entre produtividade e o alcance dos objetivos individuais Relações entre expectativas e recompensas: é a capacidade percebida de aumentar a produtividade para satisfazer suas expectativas com as recompensas. (Chiavenato, 2002). p. 423. As três dimensões básicas da motivação (Modelo de Vroom) A motivação para produzir é função de: Expectativas Força do desejo de alcançar objetivos individuais Relação entre Expectativas e Recompensas Recompensas Relação percebida entre produtividade e alcance dos objetivos individuais Capacidade percebida de influenciar o próprio nível de produtividade (Chiavenato, 2002). p. 423. Victor VROOM: As pessoas se motivam para trabalhar se: 1. Esperam que um reforço maior leve a recompensa e 2. Valorizam as recompensas resultantes de seus esforços. Motivação = [expectatia de que maior esforço levará a maiores resultados] X [valor para o indivíduo das recompensas resultantes de seus esforços]. Teoria da Expectativa Características/fatores importantes a serem considerados: Motivação Expectativa Instrumentalidade Valência M = E x I x V Vantagens e benefícios específicos para as empresas: A teoria ajuda os gerentes a recordar que cada pessoa deve ser respeitada como um indivíduo com necessidades, preferências e preocupações singulares no que se refere ao trabalho. Descobrir o que determina a disposição de um indivíduo para trabalhar com afinco em tarefas importantes para a organização. A teoria indica que as pessoas farão o que puderem quando quiserem. Modelo Motivacional de Vroom Primeiro nível Segundo nível Resultado 1 Resultado 1a Resultado 1b Resultado 2 Resultado 2a Resultado 2b Força = Valência + Expectativa Ação executada por probabilidades de outras ações que conduzam a vários resultados Fonte: Silva (2008). p. 223 Pessoa com preferênciaentre vários resultados Metas e resultados associados Teoria da Equidade, de J. Stacy Adams Conceito: Modelo pelo qual os indivíduos comparam seus investimentos e resultados no trabalho com os dos demais e, em seguida, reagem de modo a eliminar eventuais iniqüidades. Características/fatores importantes a serem considerados: Equidade percebida Injustiça percebida (respostas possíveis à injustiça percebida) Comparação entre: recompensas pessoais (estímulos pessoais) x recompensas dos outros (estímulos dos outros). Teoria da Equidade Vantagens e benefícios específicos para as empresas: A teoria da equidade é um bom lembrete de que modo como as recompensas são percebidas pelos seus receptores determina em grande parte como elas afetarão a satisfação e o desempenho. Teoria do Reforço Burrhus Frederic SKINNER (1904-1990) Conceito: É um método de motivação onde o comportamento favorável é positivamente reforçado pelas conseqüências satisfatórias, e o comportamento desfavorável é eliminado por suas conseqüências insatisfatórias. Método motivacional que afirma que o comportamento ao qual se seguem conseqüências satisfatórias tende a ser repetido, enquanto que o comportamento seguido de conseqüências insatisfatórias tende a não se repetir (Lei de Efeito – Edward Thorndike). Teoria do Reforço Positivo/Condicionamento Operante/Modificação de Comportamento/Condicionamento Skinneriano (B. F. SKINNER) Reforço positivo: aprresentação de uma recompensa atraente depois da resposta, ou a remoção de uma condição desagradável ou negativa depois da resposta. Punição: conseqüências desagradáveis depois de um comportamento (resposta) indesejável. Reforçamento Suponha que um empregado esteja faltando de vez em quando. A teoria do reforço positivo pode funcionar de duas maneiras: 1. Você pode reforçar (elogio, recompensa) o comportamento favorável do empregado (chegar na hora certa), portanto encorajando-o a repeti-lo. 2. Você pode desencorajá-lo (repreendê-lo, dar um aviso disciplinar escrito) em relação a esse comportamento desfavorável através da punição, fazendo com que não haja repetição. Condicionamento Operante Características/fatores importantes a serem considerados: Reforço positivo Reforço negativo Punição Extinção Edwin Locke Teoria do Estabelecimento de Objetivos/Metas Propôs que a intenção de lutar por um objetivo é a maior fonte de motivação no trabalho Um objetivo diz ao funcionário o que precisa ser feito e quanto esforço terá ser despendido em seu alcance (Robbins, 2005). p. 141. Teoria do Estabelecimento/Fixação de Metas/Objetivos (Edwin LOKE) Conceito: Aquela em que metas específicas e complexas, com feedback, levam a maior desempenho. Metas específicas difíceis produzem grau mais elevado de resultados que metas genéricas do tipo “faça o seu melhor”. As metas podem ser altamente motivadoras se forem propriamente estabelecidas e se forem bem administradas Teria de Fixação de Metas Características/fatores importantes a serem considerados: Participação Administração Por Objetivos – APO Tempo Relações de confiaça Vantagens e benefícios específicos para as empresas: As metas podem aumentar o desempenho individual no trabalho e a satisfação na função. Esclarecem as expectativas de desempenho entre um supervisor e um subordinado, entre colegas e trabalho e as subunidades na organização. As metas estabelecem um arcabouço de referência para o feedback de uma tarefa. Teoria das Necessidades Manifestas (Henry MURRAY) Modelo que propõe que as necessidades possuem dois componentes – direção e intensidade -, e que o comportamento seria motivado simultaneamente por múltiplas necessidades. Pode-se identificar mais de vinte necessidades que seriam adquiridas e ativadas por sinais ambientais. (Robbins, 2000). p. 345. Comparação das principais teorias de motivação TEORIA IMPLICAÇÕES Hierarquia das Necessidades Maslow (Conteúdo) As necessidades dos funcionários variam e os administradores podem motivá-los a alcançar essas necessidades ERG Alderfer (Conteúdo) As necessidades de níveis mais baixos podem ser ativadas quando os níveis mais altos não podem ser satisfeitas; mais de uma necessidade pode ser ativada ao mesmo tempo Dos Dois Fatores Herzberg (Conteúdo) Compensações, condições razoáveis de trabalho e políticas não necessariamente asseguram satisfação no trabalho, mas podem evitar a insatisfação; outros fatores (responsabilidades, por exemplo) podem ser necessários para motivar funcionários. Necessidades Adquiridas McClelland (Conteúdo) As necessidades dos funcionários são adquiridas ao longo do tempo em função da experiência de vida, o que exige que os administradores aprendam a identificá-las e criem ambientes de trabalho que sejam responsivos aos respectivos perfis das necessidades Fonte: Silva (2008). p. 230 Comparação das principais teorias de motivação (continuação) TEORIA IMPLICAÇÕES Expectação Vroom (Processo) Funcionários são motivados se as recompensas potenciais pelo alto desempenho são desejáveis e alcançáveis. Equidade Stacy Adams (Processo) Funcionários são motivados se estão sendo compensados de acordo com suas contribuições percebidas à organização. Reforço Skinner (Reforço) Bons comportamentos devem ser positivamente reforçados e comportamentos pobres devem ser negativamente reforçados para a motivação futura dos funcionários. Fonte: Silva (2008). p. 230 Qualidade de Vida no Trabalho – QVT (Organização Mundial da Saúde – OMS) Conceito: Baseia-se em uma visão integral das pessoas, que é o chamado enfoque biopsicossocial, que propõe a visão integrada, ou holística, do ser humano, ou seja, não é apenas a ausência de doenças, mas também o completo bem-estar biológico, psicológico e social. Também baseia-se em uma visão de ética da condição humana. As metas podem ser altamente motivadoras se forem propriamente estabelecidas e se forem bem administradas QVT: Características/fatores importantes a serem considerados Stress Equilíbrio → bem-estar Satisfação dos funcionários Práticas da empresa Os programas de QVT criam um local de trabalho que aumenta o bem-estar e a satisfação do empregado. A meta geral dos programas de QVT é satisfazer à ampla gama de necessidades dos funcionários. A QVT tem oito categorias: Compensação adequada e justa. Ambiente saudável e seguro. Cargos que desenvolvem a capacidade humana. Oportunidade para crescimento pessoal e segurança. Um ambiente social que promove a identidade pessoal, a liberação dos preconceitos, o senso de comunidade e a possibilidade de ascensão. Constitucionalismo, ou os direitos de privacidade pessoal, discordância e tratamento adequado. Uma função de trabalho que perturba o mínimo possível o lazer pessoal e as necessidades familiares. Ações organizacionais socialmente responsáveis. Um modelo integrado da motivação individual para o trabalho Atributos individuais Suporte orga- nizacional Esforço de trabalho MOTI- VAÇÃO DESEM- PENHO Comparação de equidade SATIS- FAÇÃO Recompensas extrínsecas Recompensas extrínsecas Silva (2008). p. 228. QVT: Vantagens e benefícios específicospara as empresas Ajuda a neutralizar: Rotatividade alta Maior absenteísmo Menor cidadania empresarial Mais queixas e processos Greves Furtos, sabotagens e vandalismo. Uma pior saúde física e mental (o que significa um estresse maior no trabalho, maiores custos com saúde e mais processos). Apreciação Crítica da Teoria Comportamental Ênfase nas pessoas Exagero na psicologização no processo decisório, os participantes são: racionais-irracionais, eficientes-não eficiente, satisfeito e não satisfeito. Abordagem mais descritiva e menos prescritiva Profunda reformulação na filosofia Administrativa “Colaboração e consenso” “Equidade de poder” “Administração como um sistema de pressuposições e convicções” Dimensão Bipolar da Teoria comportamental Análise teórica X Análise empírica Análise macro X Análise micro Análise cognitiva X Análise afetiva Organização formal X organização informal Relatividade das teorias da Motivação A Organização como um sistema de tomada de decisão Visão tendenciosa
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