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RESENHA DO FILME "MEU PÉ ESQUERDO"

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RESENHA CRÍTICA DO FILME “MEU PÉ ESQUERDO”
MEU PÉ ESQUERDO, Direção: Jim Sheridan, Produtor: Noel Pearson. Reino Unido/Irlanda: Granada Film,1989, 103 min.,son, color.Título original: MyLeftFoot
O filme é baseado na história real de Christy Brown, filho de uma família irlandesa, representado pelo ator Daniel Day-Lewis (Oscar de melhor ator).
O filme trata das dificuldades vividas por Christy, pois ao nascer ele foi diagnosticado com Paralisia Cerebral, e só consegue movimentar o pé esquerdo. O filme tem início com uma cena que marca a característica de Christy com o seu pé esquerdo ele põe um disco de vinil para tocar, e a música sonoriza as primeiras cenas.
De acordo com Basil (1995), Paralisia Cerebral é um nome que engloba vários distúrbios que significam uma alteração ou perda de controle motor secundária a uma lesão encefálica. E que P.C. é um estado patológico e não é uma doença.
Na época em que Christy Brown viveu a sociedade o via como um “doido” e muitos acreditavam que uma pessoa com deficiência era um peso para a família, até seu próprio pai não o aceitava como um Brown. O senhor Brown (Ray McAnally) vê Christy como um estorvo, um imbecil, uma mentalidade insana. Apesar que nos dias de hoje a sociedade ainda tem preconceito em relação a uma pessoa com necessidades especiais. Vale destacar que: 
“[...] a criança com P.C. não deve ser considerada como uma criança doente, senão como uma pessoa com certas características específicas das quais derivam necessidades especiais que pais, professores e diversos especialistas devem tentar atender da melhor maneira possível.” (BASIL, 1995, p.253)
Tudo muda quando Christy, com seu pé esquerdo pega um giz e consegue escrever o nome MÃE. Pois sua mãe,Sra. Bridget (Brenda Fricker) sempre o incentivou nunca o menosprezava, o amor era igual a todos os filhos, ela foi quem o estimulou a ler, lhe ensinandoo alfabeto. Após este fato o senhor Brown se enche de orgulho do pequeno Christy, carrega seu filho nas costas ao bar e apresenta aos seus colegas dizendo que aquele menino é um gênio, um verdadeiro Brown. A Sr. Bridget sempre esteve ao lado de Christy tentando fazer com que ele tivesse uma qualidade de vida melhor, mais normal, digamos assim, pois ela confiava que Christy poderia encontrar soluções pessoais para as suas eventuais dificuldades. Seu apego com sua mãe era muito forte o que permitiu mesmo com tantas limitações físicas ajudá-la a obter socorro após rolar as escadas. Christy foi se superando cada vez mais com o apoio de sua família.
Ele não era bem aceito pela sociedade, mas seus irmãos o defendiam das provocações que sofria e procuravam sempre o incluir em suas diversões. Certa dia Christy, acorda na madrugada com muito frio, diante daquela situação, planeja com seus irmãos roubar parte da carga de carvão de um caminhão. O que dá certo. Sua mãe, não apoia aquela atitude dos filhos e castiga a todos da mesma forma não fazendo distinção entre Christy e seus irmãos. Sendo assim, vale ressaltar que:
“[...] o objetivo último é garantir que esta criança, da mesma forma que as demais, consiga desenvolver ao máximo suas capacidades, para conseguir uma vida de relação e um aproveitamento de seu tempo de trabalho e de lazer o mais intenso, adaptado e feliz possível”. Basil (1995, p. 261).
Em meio à dificuldade financeira, sem recursos para comprar uma cadeira de rodas, mas com muito esforço sua mãe faz economia e consegue compra sua cadeira de rodas e a sua vida ganhou novo sentido, mais comodidade, a senhora Brown, ao comprar a tão almejada cadeira de rodas ao seu filho, é abordada por uma funcionária da clínica de tratamento a pacientes com paralisia cerebral. É sugerida a ela procurar a Dr. Eileen Cole (Fiona Shaw) resistente ao tratamento no início, Christy acaba aceitando à experiência.Ele não se adaptou a clínica por ser tratado como criança, A Dr. Eileen persiste e consegue o convencer a se tratar em casa,passado algum tempo, depois de muito esforço, o paciente tem melhoras significativas. A paixão de Christy pela médica foi inevitável, mas não era correspondido o que o levou a um profundo estado depressivo o levando a parar de pintar por um longo tempo, e só com o amor de sua mãe foi que ele permitiu-se e deu uma nova chance para a vida.
Christy com a ajuda do seu irmão mais novo escreve o livro de sua história, o qual lhe rendeu algum dinheiro contribuindo assim com a melhora da situação financeira da família, pois seu pai já era ausente vítima de um infarto fumiante.
Christy Brown não desistiu do amor, então, em um evento em sua homenagem, que conheceu a enfermeira Mary Car, a qual se apaixonou e foi correspondido. Casou-se em 5 de Outubro de 1972.
A paralisia cerebral de Christy não era propriamente nem “paralisia” nem “cerebral”, pois ele conseguiu ir muito mais além do que os outros pudessem esperar dele, ele tinha uma mente brilhante e conseguiu superar não apenas as barreiras físicas, mas também as dificuldades emocionais, tornando-se poeta e pintor respeitado.
REFERÊNCIAS:
BASIL, C. Os alunos com paralisia cerebral: desenvolvimento e educação. In COLL, C; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. p. 252-271.

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