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MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 11 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr MÓDULO 04 – RETAS E PLANOS 1. Retas no espaço Considere o vetor 0 T v l m n , ilustrado na Figura 01. Todas as combinações lineares do vetor v definem a retas que passa pela origem com direção dada por v , como mostra a Figura 02. Diz-se que v é o vetor diretor da reta s. xl y n m Q l,m,n T v l m n O xl y n m Q Tv l m n z s 1P l, m, n 1u OP v O Figura 01 Figura 02 Uma equação para a reta s descreve o lugar geométrico de todos os pontos , ,P x y z , extremidades dos vetores paralelos ao vetor v . Assim, a equação vetorial da reta s é expressa por ,OP P O v . Utilizando coordenadas, escreve-se a forma paramétrica dessa equação: , , 0,0,0 T x y z l m n , x l s y m z n . A reta r, paralela à s, e que passa pelo ponto 0 0 0 0, ,P x y z é determinada pela translação de s pelo vetor 0 0 0 0 T OP x y z , como ilustra a Figura 03. Figura 03 x y0x 0 yQ T v l m n z s 0 0 0 0 T OP x y z O 0 0 0 0x , y ,z P 0z r MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 22 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr A equação da reta r descreve o lugar geométrico de todos os pontos , ,P x y z , extremidades dos vetores 0 ,OP OP v . Isto é ilustrado na Figura 4. x y Qv z s 0OPO 0P rPv 0OP OP v Figura 04 Logo, a equação vetorial da reta r é expressa por 0 ,OP OP v ou 0P P v ( I ). Utilizando coordenadas, escreve-se a forma paramétrica dessa equação: 0 0 0 , x x l r y y m z z n ( II ). Caso 0l m n , a forma ( II ) pode ser alterada para as equações simétricas da reta r: 0 0 0x x y y z zr l m n ( III ). Exemplo 01: Determine as formas ( I ), ( II ) e ( III ) da reta r que passa pelos pontos 2 5 2A , , e 1 7 3B , , . Adote 0P A e 1 2 1 T v B A . Equação vetorial: r P A B A A v , com . Equações paramétricas: 2 5 2 2 x r y z , com . Equações simétricas: 2 5 2 1 2 1 x y z r . Exemplo 02: Considere a reta r do Exemplo 01. Determine o valor do parâmetro e as coordenadas dos seguintes pontos: i) A , simétrico de A em relação a B ii) B , simétrico de B em relação a A iii) M, ponto médio do segmento AB iv) M , simétrico de M em relação a B v) R r Oxy vi) S tal que 8s sS x , ,z MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 33 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr Caso i) : 2 2 2 0 9 4AA A v A A v A , , Caso ii) : 1 3 3 1BB A v B A v B , , Caso iii) : 1 1 1 3 5 6 2 2 2 2 2 MM A v M A v M , , Caso iv) : 3 3 3 1 7 8 2 2 2 2 2 MM A v M A v M , , Caso v) : 0 2 0 2 4 1 0R R R R RR x ,y , z R , , Caso vi) : 3 1 7 8 5 2 8 8 2 2 2 S S S S SS x , ,z y S , , Exemplo 03: Esboçar em Oxyz a reta r do Exemplo 01 e localizar todos os pontos determinados no Exemplo 02. x y z AB A B MM R S1 1 2 r Exercícios propostos: R01. Seja r a reta dos pontos 4 3 2A , , e 5 4 4B , , . a) Escreva a equação vetorial e as correspondentes equações paramétricas da reta r. b) Determine m e n para que o ponto 7 2 Q m,n, r . c) Mostre que 11 9 5 2 2 R , , r . d) Mostre que 6 6 6S , , r . e) Faça um esboço da reta r e marque os pontos Q e R, justificando suas posições relativamente aos pontos A e B. MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 44 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr R02. Escreva as equações na forma simétrica da reta t determinada pelos pontos 1 4 2R , , e S, médio do segmento de extremidades 1 3 5A , , e 3 3 1B , , . R03. Usando somente números inteiros, escreva uma equação vetorial da reta que contém o ponto médio do segmento de extremidades 1 1 3J , , e 3 1 1K , , , com vetor diretor 3 3 3 3 49 98 7 T u . R04. Sejam 3 6 7A , , , 5 2 3B , , e 4 7 6C , , . a) Mostre que A, B e C são vértices de um triângulo. b) Escreva equações paramétricas da reta que contém a mediana relativa ao vértice C. R05. Mostre que as equações 2 1 1 1 3 2 x y z descrevem uma reta, escrevendo-as de modo que possam ser reconhecidas como equações na forma simétrica. Exiba um ponto e um vetor diretor da reta. R06. Procure na reta 4 3 1 2 x t r y t z t pontos P cujas distâncias a 6 4 3A , , sejam iguais a 3. R07. Seja a reta 2 1 2 3 x r y z e o ponto 1 2 5A , , r . a) Escreva equações paramétricas para a reta s r que passa pelo ponto A. b) A figura ilustra o segmento 1 2S S de s, que contém o ponto A. Situe no segmento 1 2S S os pontos listados a seguir, fornecendo suas coordenadas e também o valor correspondente ao parâmetro . s 1 2 5A , , 0 1S 2S MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 55 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr b.1) Ponto B, determinado por 1 ; b.2) Ponto C, tal que 2dist A,C dist A,B e 2 1dist C,S dist C,S ; b.3) Ponto D, simétrico de B em relação a A; c) Escreva equações paramétricas da reta t, simétrica de r em relação a s; R08. Reconheça a posição relativa dos seguintes pares de retas: i) 3 3 1 4 7 2 x r y z e 2 1 2 3 4 x y z s ; ii) 3 1 4 2 3 x y z r e 7 2 2 12 6 9 x y z s ; iii) 2 3 3 x m r y z e 10 10 2 4 2 1 x y z s ; iv) 4 1 2 x r y z e 1 2 2 2 4 x s y z ; R09. O ponto 2 1 4A , , é um vértice do hexágono regular ABCDEF cujos vértices B e F pertencem à reta 1 3 1 2 x r y z . a) Qual éo ângulo ? E qual é um vetor diretor u da reta r. b) Encontre AF em função de . c) Determinar as coordenadas de B e F, sabendo-se que a abscissa do vértice F é maior que a abscissa do vértice B. d) Encontre as coordenadas do ponto M, médio de B e F. e) A seguir, encontre as coordenadas dos vértices C, D e E do hexágono. ruM AB C DE F MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 66 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr R10. Escreva equações paramétricas da perpendicular comum p das retas reversas 7 2 3 x r y z e 2 3 3 3 x s y z . Encontre os pontos R e S onde p encontra as retas r e s, respectivamente. R11. São dadas as retas não paralelas 7 2 2 x y z a e 1 3 2 1 2 x y z . Pede-se: a) Achar o valor 1a de a para o qual e são concorrentes. Neste caso, determine P tal que P . b) A seguir faça 2a e expresse para cada par de valores e as coordenadas do vetor v , P Q . c) Calcule valores e tais que v , dê a direção da perpendicular comum p das retas e . d) Encontre os pontos A e B onde p corta e , respectivamente. e) Estabeleça equações paramétricas para a perpendicular comum p de e . R12. Sejam o ponto 0 0 2A , , a , com 0a , e a reta 0x s y z a . Pede-se: a) Representar A e s no sistema Oxyz. b) Considere o ponto P x, y,z genérico e determine em função de x, y e z as fórmulas que fornecem 1 dist P, A e 2 dist P,s . c) Encontre a equação do lugar geométrico L dos pontos P equidistantes de A e s. d) Esboce em Oxyz o lugar geométrico L, destacando as intersecções L Oz e L Oxy . R13. Determine os valores de e para os quais 2 1A , , e 1 1 2B , , são os pés da perpendicular comum p das retas 1 1 2 Tr P A t e 3 1 1 Ts P B . Qual a distância destas retas? Escreva equações paramétricas para a reta p. 2u 1up v , B A MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 77 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr R14. São dadas as retas 4 2 4 3 2 x r y z e 7 3 1 2 2 x t s y t z t . Pede-se: a) Determinar as coordenadas dos pontos P de r tais que 2 3dist P,s . b) Interpretar geometricamente o resultado. R15. Sejam as retas 1 3 2 2 x r y a z e 1 3 2 4 5 3 x y z s . Pede-se os valores de a para os quais o (menor) ângulo de r e s é igual a 30 . R16. O ponto 3 3 2A , , é um dos vértices do quadrado ABCD que tem diagonal BD na reta 4 2 x r y z , com . Pede-se: a) Escrever a norma do vetor v P A . b) As coordenadas dos pontos B e D, sabendo-se que a abscissa de B é menor do que a abscissa de D. c) Determinar as coordenadas do vértice C do quadrado ABCD. d) É possível verificar suas respostas anteriores efetuando o produto escalar entre os vetores AC e BD . Por quê? R17. São dados o ponto 3 3 1A , , e a reta 6 1 2 x r y z , com . Pede-se: a) Calcular By e Bz para que 2 B BB , y ,z r . b) As coordenadas do vetor v P A . c) As coordenadas do vértice D. d) As coordenadas do vértice C e do ponto M de simetria do losango ABCD. e) A área do losango. P BC DA rur M C A r D B P MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 88 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 2. Planos 2.1 Introdução Em Matemática, um plano é um objeto geométrico infinito a duas dimensões. Sob o ponto de vista da Álgebra Linear, um plano é o análogo bidimensional de um ponto (zero dimensional), de uma reta (ou linha, unidimensional) e de um espaço geométrico (tridimensional)1. Planos podem ser criados como subespaços de um espaço vetorial de dimensão superior (como paredes em uma sala) ou podem possuir existência independente, como enunciado na Geometria Euclidiana. É neste contexto que este estudo se concentra, embora, em alguns momentos, os conceitos de subespaço e espaço vetorial sejam brevemente retomados. Euclides estabeleceu o primeiro tratamento axiomático da Geometria. Em seu trabalho, Elementos, selecionou um pequeno núcleo de termos primordiais (sem definição rigorosa), aos quais denominou noções comuns, e postulados (ou axiomas), os quais empregou para demonstrar diversas proposições geométricas. Embora nos Elementos não seja fornecida nenhuma definição do objeto geométrico plano, no sentido compreendido pela Matemática moderna, este pode ser compreendido como parte das noções comuns. De fato, no espaço euclidiano, um plano é uma superfície tal que, dados quaisquer pontos na superfície, esta também contém a única linha reta que passa pelos pontos. 2.2 Construção geométrica A noção de plano exposta na seção de introdução leva a quatro formas de se construir geometricamente um plano, todas elas ilustradas na Figura 01. Em (a), nota-se que é possível construir um plano a partir de três pontos não colineares. Na parte (b), um plano no espaço euclidiano é definido por duas retas concorrentes. Já na construção ilustrada em (c), um plano é estabelecido por uma reta e um ponto não pertencente à esta reta. Por fim, em (d), define-se um plano a partir de duas retas paralelas. 1 A noção de dimensão é aqui empregada de forma intuitiva. A descrição rigorosa deste conceito será abordada mais adiante. MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 99 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr a b c d AC B r s rA rs Figura 01: Construção geométrica de planos a partir de – (a) Três pontos não colineares; (b) Retas concorrentes; (c) Uma reta e um ponto fora desta reta; (d) Duas retas paralelas. Sob o ponto de vista vetorial, as quatro situações ilustradas na Figura 01 podem ser resumidas em um único conceito. Os elementos necessários à construção de um plano são duas direções (vetores) independentes e um ponto, como visto na Figura 02. Deve-se notar que o ponto selecionado determina qual dos infinitos planos paralelos definidos pelas duas direções independentes (chamados de feixe de planos paralelos ou família de planos paralelos) será escolhido para estudo. a b c d AC B r s rA rs u v Auv R r u v R rS suv Figura 02: As formas de se construir um plano podem ser condensadas emum único conceito: duas direções independentes e um ponto determinam um, e um só, plano. MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1100 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr Na Figura 02(a), situação em que o plano foi determinado anteriormente por três pontos não colineares, as duas direções independentes foram adotadas como u AB e v AC ; o ponto selecionado foi A. Evidentemente, outras configurações são equivalentes. Em (b), em que havia sido construído um plano a partir de duas retas concorrentes, as direções independentes são as direções das referidas retas ( ru u e sv u , em que ru e su são os vetores diretores das retas r e s, respectivamente); o ponto selecionado foi o ponto A r s . Em (c), o plano havia sido criado a partir de uma reta r e um ponto A r . Seleciona-se o ponto A e as direções independentes podem ser construídas a partir de u AR , com R r , e rv u . Finalmente, em (d), o plano antes concebido com base em duas retas paralelas agora é construído pela seleção do ponto R r e das direções independentes u RS , com S s , e sv u . A abordagem vetorial adotada na Figura 02, embora correta, não é tão efetiva do ponto de vista de manipulação algébrica das equações (condições de pertinência) que descreverão os planos. Este fato será investigado na próxima seção. De fato, a condição geométrica de que duas direções independentes e um ponto determinam um plano também pode ser entendida como: Um plano pode ser determinado a partir de uma direção normal (ortogonal) a este plano e de um ponto conhecido deste plano. a b c d AC B r s r rs u v uv R r u v R rS suv n u v A n u v Av n u v v n u v Figura 03: Abordagem vetorial na qual um plano é definido por um ponto conhecido e também por uma direção ortogonal a ele. A Figura 03 revela que é sempre possível encontrar uma direção ortogonal a um plano, caso sejam conhecidas duas direções independentes que determinem um feixe de planos paralelos. Um plano específico deste feixe é determinado por um ponto a ele pertencente. MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1111 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 2.3 Equações do plano No AP-12 foram estudadas as retas no espaço 3 . Foi estabelecido que uma reta s que passa pela origem, com direção dada pelo vetor v , é definida como o conjunto de todos os vetores paralelos ao vetor v . Ou seja, a reta s é um subespaço (unidimensional) do 3 . Deve-se notar que uma reta r construída pela translação de s não é um subespaço do 3 (Por quê?). O que ocorre se, ao invés de um único vetor v não nulo, considerarmos dois vetores u e v não paralelos? Neste caso, todas as combinações lineares de u e v serão do tipo w u v , com , . Assim, o conjunto de todos os vetores w u v – gerados por u e v – é um subespaço (bidimensional) do 3 . Este subespaço é um plano que passa na origem, como mostra a Figura 04. Deve-se notar que esta definição, estabelecida sob o ponto de vista da Álgebra Linear, é equivalente à afirmação geométrica de que um plano é definido por duas direções independentes ( u e v ) e um ponto conhecido – neste caso, a origem do sistema de coordenadas Oxyz. x y 2Q l,m,n T v l m n z O 1r ,s,t Q T r s t u P x, y,z O plano definido pelas direções dos vetores u e v , e que passa pela origem, é o conjunto de todos os pontos 3P x, y,z tais que OP u v , com , (I). (I) é a condição de pertinência dos pontos P ao plano , sendo denominada equação paramétrica vetorial de . Utilizando as coordenadas dos pontos e vetores envolvidos na Figura 04 é possível escrever, a partir de (I): Figura 04: Construção de um plano que passa na origem do sistema de coordenadas Oxyz. II T T T x r l x y z r s t l m n y s m z t n As relações presentes em (II) são as equações paramétricas do plano . Outra representação algébrica do plano é encontrada ao se notar que a construção OP u v implica em que os vetores T OP P O x y z , T u r s t e T v l m n são coplanares. Então: MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1122 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 0 0 0 a b c x y z s t r t r s OP u v r s t x y z ax by cz m n l n l m l m n (III) A equação (III) é denominada equação geral ou equação cartesiana do plano . Deve-se notar a maneira pela qual os coeficientes a, b e c foram calculados. De fato, tais coeficientes são as coordenadas do vetor produto vetorial entre u e v (direções que definem o feixe ou família de planos paralelos). Assim, na equação geral 0ax by cz , o vetor T n a b c possui direção ortogonal ao plano, sendo chamado de vetor normal associado ao plano . Um plano – paralelo ao plano – que passa pelo ponto 0 0 0 0, ,P x y z , é construído como a translação de por um vetor 0 0 0 0 T OP x y z , como visto na Figura 05. O plano não é um subespaço do 3 (por quê?). Figura 05: Construção do plano como uma translação do plano . O plano definido pelas direções (independentes) dos vetores u e v , e que passa pelo ponto 0 0 0 0, ,P x y z , é o conjunto dos pontos 3P x, y,z tais que 0OP OP u v , com , (IV). A equação (IV) é denominada equação vetorial paramétrica de . Utilizando as coordenadas dos pontos e vetores envolvidos em (IV), escreve-se: 0 0P x,y,z P O P O u v P P u v 0 0 0 0 0 0 (V) T T x x r l x, y,z x , y ,z r s t l m n y y s m z z t n . As relações presentes em (V) são chamadas equações paramétricas de . x y v z O u 0OP MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1133 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr Analogamente ao que foi feito no caso dos planos que passam pela origem do sistema de coordenadas, deve-se notar que 0 0 0P P u v P P u v P P u v . Logo, o vetor 0P P é uma combinação linear (única) de u e v . Em outras palavras, os vetores 0P P , u e v são coplanares. Então: 0 0 0 0 0 0 00 0 a b c x x y y z z s t r t r s P P u v r s t x x y y z z m n l n l m l m n 0 0 0 0 0 com 0T d ax by cz ax by cz ax by cz d , n a b c (VI). A forma (VI) é chamada equação geral ou equação cartesiana do plano . Nesta equação, o vetor 0 T n a bc dá a direção normal do plano , ou seja, fornece a direção das retas perpendiculares a . Deve-se notar que (III) é um caso particular de (VI), no qual o plano passa pela origem, resultando em 0d . Assim, um plano será um subespaço do 3 quando 0d . A seguir, são apresentados alguns exemplos de construção da equação de um plano a partir das situações geométricas presentes na Figura 01. Exemplo 01: Sejam os pontos 2 7 3A , , , 3 5 4B , , e 4 4 2C , , . Determine as formas vetorial, paramétrica e geral da equação do plano determinado por A, B e C. Da Figura 06, pode-se escrever: 3 5 4 2 7 3 1 2 1 T u B A , , , , e 4 4 2 2 7 3 2 3 1 T v C A , , , , . Adotando-se 0 2 7 3P A , , como referência, o ponto P x, y,z pertencerá ao plano se, e somente se: Figura 06: Um plano 0 2 7 3 1 2 1 2 3 1 T T P P u v x, y,z , , Esta é a equação paramétrica vetorial do plano . As equações paramétricas são: 2 2 7 2 3 3 x y z A forma geral é construída a partir de 0 0P P u v . Uma vez que 0 0 2 7 3 2 7 3 T P P P P x,y,z , , x y z , A C BP u vu v MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1144 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr escreve-se: 0 2 7 3 1 2 1 5 2 3 7 3 0 5 3 34 0 2 3 1 x y z P P u v x y z x y z . Exemplo 02: Escreva a equação geral do plano determinado pelas retas 5 2 1 3 3 x r y z e 4 13 2 9 x s y z . Primeiramente, nota-se que r e s não são paralelas, pois 2 1 3 1 2 0 T T r su u . Logo, para que r e s determinem um plano, devem ser concorrentes em um ponto I. De fato: 5 2 4 5 2 4 5 1 13 2 1 13 2 2 3 3 9 2 , o que mostra que existe um ponto de intersecção das retas r e s (pois o sistema linear acima é consistente e determinado), com coordenadas 2 5 1 3 9I r s , , . O problema proposto será resolvido de duas formas: a primeira usa a coplanaridade entre três vetores (como no Exemplo 01); a segunda emprega a direção normal ao plano . 1ª Solução: O ponto P x, y,z se, e somente se, os vetores IP , ru e su forem coplanares. Então, com 1 3 9 1 3 9 T IP P I x, y,z , , x y z , tem-se: 1 3 9 2 1 3 6 1 3 3 3 9 0 1 2 0 r s x y z IP u u x y z Ou seja, 6 3 3 42 0x y z ou 3 3 14 0 3 14 0x y z x y z . Esta última manipulação algébrica mostra que planos que possuem equações gerais múltiplas uma da outras são, na verdade, coincidentes. 2ª Solução: As direções de r e s determinam a direção normal ao plano , por meio do vetor 2 1 3 6 3 3 3 2 1 1 1 2 0 T T r s i j k n u u . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1155 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr Adota-se, por exemplo, 2 1 1 T n . Esta direção define uma família de planos paralelos, todos ortogonais à n , como mostra a Figura 07. r s I s s r r r r s s n n n Figura 07: Família (ou feixe) de planos paralelos ao plano Esta família de planos paralelos é descrita pela expressão: 2 0i ix y z d , 1 2i , , O valor do parâmetro id é quem determina qual dos planos da planilha está sendo selecionado. Este valor, por sua vez, depende do ponto 0 0 0P x , y ,z tomado como referência para o plano (deve-se lembrar que 0 0 0 0 0 02id ax by cz x y z , no presente caso). A expressão anterior não precisa ser memorizada, pois surge diretamente do fato de que a equação do plano selecionado deve ser satisfeita, em especial, para o ponto tomado por referência. Assim, uma vez que o plano deve passar por 1 3 9I , , , tem-se: 2 1 1 3 1 9 0 14i id d E então: 3 14 0x y z . Exemplo 03: Construa a equação do plano que passa pelo ponto 1 5 0M , , e contém a reta 2 6 1 2 0 1 Tt T x, y,x , , , como ilustrado na Figura 08. Todos os pontos da reta t são também pontos do plano . Seja 2 6 1T , , um desses pontos. Assim, os pontos P x, y,z do espaço pertencem ao plano se, e somente se, os vetores MP , MT e tu (vetor diretor da reta t) são coplanares – como visto na Figura 09. tM Figura 08: Um plano definido por um ponto e uma reta tM tuTMT PMP Figura 09: Determinando a equação do plano Portanto, é necessário que 0tMP MT u . Assim, tem-se: MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1166 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 1 5 0 1 5 T MP P M x, y,z , , x y z ; 2 6 1 1 5 0 1 1 1 T MT T M , , , , e 2 0 1 T tu . Então: 1 5 1 1 1 1 1 3 5 2 0 2 0 1 t x y z MP MT u x y z . Finalmente: 1 3 15 2 0 3 2 14 0x y z x y z . Também é possível resolver este problema utilizando a estratégia descrita na 2ª Solução do Exemplo 02 – verifique! Exemplo 04: Escrever a equação geral do plano definido pelas retas paralelas 4 2 3 1 3 x r y z e 1 4 2 5 6 x s y z , como visto na Figura 10. rs ru s ru u Figura 10: Um plano definido por duas retas paralelas rs SRPSRruSP Figura 11: Determinando a equação do plano O plano contém as retas r e s. Logo, todos os pontos de r e s são também pontos do plano . Sejam 4 3 1R , , r e 1 0 5S , , s . Desta forma, os pontos P x, y,z do espaço pertencem ao plano se, e somente se, os vetores 1 0 5 1 5 T SP P S x,y,z , , x y z , 4 3 1 1 0 5 5 3 6 T SR R S , , , , e 2 1 3 T ru (ou su ) são coplanares. Ou seja, 0rSP SR u e então: 1 5 5 3 6 3 1 3 1 5 0 3 3 2 0 2 1 3 r x y z SP SR u x y z x y z . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1177 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 2.4. Posições relativas entre planos 2.4.1. Planos paralelos: Dois planos e são paralelosquando compartilham uma mesma direção normal. Duas situações são possíveis: e são estritamente paralelos ou coincidentes, como visto nas Figuras 12 e 13, em que também são vistas as condições geométricas que permitem diferenciar uma situação da outra. A A n n n n A Figura 12: Planos estritamente paralelos n A n A A n n Figura 13: Planos coincidentes 2.4.2 Planos concorrentes: Dois planos e são concorrentes quando a intersecção entre eles é uma reta, ou seja, reta r , como visto na Figura 14. Uma situação especial é o caso em que e são perpendiculares – Figura 15. n n n n r Figura 14: Planos concorrentes n n n n r Figura 15: Planos perpendiculares MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1188 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 2.5 Posições relativas entre retas e planos 2.5.1 Retas e planos paralelos: Uma reta r e um plano são paralelos se, e somente se, a direção da reta r é também uma direção do plano . Equivalentemente, o paralelismo entre reta e plano ocorre quando a direção da reta r (vetor ru ) é ortogonal à direção normal ao plano (vetor n ). São duas situações possíveis: r e são estritamente paralelos ou r está contida em , como ilustrado nas Figuras 16 e 17. n r r n r u r rn u R R r R Figura 16: Reta e plano estritamente paralelos n r n ru rn u R R r R Figura 17: Reta contida em plano 2.5.2 Retas e planos concorrentes: Uma reta r e um plano são concorrentes quando se interceptam. Ou seja, r I – vide Figura 18. Um caso particular de grande interesse consiste em uma reta perpendicular a um plano, como ilustrado na Figura 19. nrur I I r Figura 18: Reta e plano concorrentes n rur I I r n ru n Figura 19: Reta perpendicular a um plano Exemplo 05: Sejam o plano 2 7 0x y z e as retas 1 2 3 1 2 x r y z 2 4 1 3 3 x r y z 3 2 1 2 x a t r y mt z t a) Mostre que 1r e determine P tal que 1P r . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 1199 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr A condição de paralelismo entre reta e plano exige a ortogonalidade entre os vetores diretor da reta e normal do plano. Na situação de interesse, ou seja, 1 11 0r rr u n u n . Mas 1 2 1 1 2 1 2 1 2 1 0 1 ru n . Logo, tem-se 1r e existe um ponto de intersecção da reta 1r com o plano . Assim, as coordenadas deste ponto devem satisfazer as equações da reta 1r e do plano simultaneamente. Pode-se escrever 2 3 1 2 2 7 0 x y z x y z , o que leva a 1 12 2 3 1 2 7 0 1 3 2 1r P , , . b) Mostre que 2r e que 2r . A seguir, determine a distância da reta 2r ao plano . Novamente, deve-se investigar a ortogonalidade entre os vetores diretor da reta e normal do plano. Temos: 2 2 2 2 1 3 1 1 2 3 1 0 1 r ru n u n r . No entanto, a condição de paralelismo pode indicar 2r . Para testar essa possibilidade, é necessário verificar se os pontos da reta 2r também são pontos do plano . Seja 24 1 3A , , r . Caso A , as coordenadas de A devem também satisfazer a equação do plano . De fato: 22 4 1 3 7 8 1 3 7 1 0 r e então 2r . 2r 2r n 2r u 2r A 2dist distd A, r , Figura 20: A distância da reta r2 ao plano é igual à distância de entre qualquer ponto de r2 e o plano Resta determinar a distância da reta 2r ao plano . Nota-se que esta distância é igual à distância entre qualquer ponto de 2r e o plano , como visto na Figura 20. Existem dois caminhos para a determinação desta distância. O primeiro deles é ilustrado na Figura 21. De início, constroi-se a reta t que passa por um ponto de 2r (A, por exemplo) perpendicularmente ao plano . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2200 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 2r 2r n 2r A 2dist distd A, r , T t AT 2r u Figura 21: Determinando a distância de ponto a plano A seguir, determina-se o ponto T t . Assim, a distância d do ponto A ao plano é igual à norma do vetor AT . Este método é simples e de fácil aplicação. No entanto, é possível determinar a distância d por meio de uma expressão fechada, sem a necessidade da construção da reta t e da determinação do ponto T. Esta estratégia se fundamenta no esquema ilustrado na Figura 22. T n a b c 0 0 0A x , y ,z 1 1 1P x , y ,z v PA A P d 0ax by cz d A Figura 22: Uma expressão para a distância de ponto a plano Seja A um ponto do espaço. A distância d do ponto A ao plano pode ser determinada a partir de: dist distd A, A, A A A A A projn A P n A P n (VII) Além disso, é possível escrever: 1 1 1 1 1 1 1 1 10P x ,y ,z ax by cz d d ax by cz (VIII) 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 1 T A P x ,y ,z x , y ,z x x y y z z 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1A P n a x x b y y c z z ax by cz ax by cz (IX) Aplicando (VII) em (IX), tem-se: 0 0 0A P n ax by cz d (X). Também: 2 2 2n a b c (XI). Levando (X) e (XI) em (VII), vem: 0 0 0 2 2 2 dist ax by cz d d A, a b c (XII) Na situação examinada neste exemplo, a distância da reta 2r ao plano é igual à distância do ponto 4 1 3A , , ao plano . Aplicando a expressão (XII), tem-se: MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2211 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 2 22 2 2 4 1 1 1 3 7 1 1 6 62 1 1 d r , d A, . c) Determinar os valores de a e m para que 3r esteja contida em . A condição 3r implica em que 3r . Logo, tem-se 3 3 0r ru n u n . Então, 2 1 2 1 2 2 0 4 1 m m m . Agora é preciso garantir que todos os pontos da reta 3r pertençam também ao plano . Seja 32 1B a, , r . Se 3r , então B . Daí: 2 2 1 7 0 5a a . A situação geométrica examinada neste exemplo é resumida no esquema da Figura 23. 2r n 2r 1P r 3r 1 r 1r u 3r u 2rA T 2r u Figura 23: Situação geométrica do Exemplo 05 Exemplo 06: Determine os valores dos parâmetros a e b para que os planos 1 2 3 2 0ax y z e 2 2 2 6 0x by z fiquem paralelos. A seguir, mostre que 1 2 . A condição 1 2 implica em 1 2n n . Então 2 3 2 2 a b . A segunda igualdade revela que 4 3 b . Daí, 3a . Para mostrar que 1 2 , basta verificar que 1 2P P . Outra maneira, mais elegante, é mostrar que o sistema linear S é inconsistente: MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2222 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr 21 3 2 3 2 0 3 2 3 2 3 2 3 2 2 34 2 4 3 2 6 0 0 0 14 32 2 6 0 3 x y z S E x y z , que é um sistema inconsistente. Exemplo 07: Determine os parâmetros l e n para que a reta 2 4 1 4 Tr P x, y,z , , l n fique perpendicular ao plano 2 2 5 0x y z . Calcule as coordenadas de P r . Se 4 4 e 2 2 2 1 r l n r u n l n . Assim, 2 4 1 4 4 2 Tr P x, y,z , , . Para determinar as coordenadas do ponto P , basta lembrar que 2 4 4 4 1 2P r P , , . Então 2 2 4 2 4 4 1 2 5 0 1P . Logo, 1 1 2 0 1r P , , . Exemplo 08: Construa uma equação cartesiana para o plano que passa por 4 7 3A , , e é perpendicular à reta 4000 5000 7000 1 2 1 Tr x, y,z , , , . Deseja-se r . Ou seja, rn u . Adotando 1 2 1 T rn u , constroi-se a família de planos paralelos 2 0i x y z d . Mas 4 7 3A , , . Logo, as coordenadas de A devem satisfazer a equação do plano . Logo, 4 2 7 3 0 13d d e 2 13 0x y z . 2.6 Ângulo entre planos Sejam e dois planos concorrentes. Deseja-se determinar , , definido como o menor ângulo entre e . Equivalentemente, é o menor ângulo entre retas normais aos planos e , como ilustrado na Figura 24. De fato, é sempre possível construir r e s tal que P r s e r,s . Assim, utilizando o produto escalar, determina-se , a partir de: cos n n n n . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2233 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr n n n r r r s P r s Figura 24: Ângulo entre dois planos 2.7 Ângulo entre plano e reta O ângulo estabelecido entre uma reta r e um plano , r, , é definido como o menor ângulo possível entre todos os ângulos que a reta r faz com as retas contidas no plano que a interceptam. Este menor ângulo é realizado justamente pela reta do plano que é a projeção ortogonal da reta r (veja a Figura 25). Outra forma de visualizar é dizer que o ângulo entre uma reta e um plano é o ângulo mínimo entre o plano e a reta dentre todas as visões de perfil possíveis do plano. A Figura 25 ainda revela que r, é o complemento do ângulo formado pela reta r e por uma reta s normal ao plano, r,s . Assim, tem-se: arccos 2 2 r r n u n u arcsen sen r r r r n u n u n u n u . nrur I n projr r s Figura 25: Ângulo entre reta e plano 2.8 Exercícios propostos P01. Escrever uma equação geral para o plano das retas paralelas 1 5 3 1 2 1 2 x y z r e 2 1 3 4 2 1 2 Tr P , , . P02. Mostre que o ponto 4 1 1P , , não pertence à reta 2 4 1 1 1 2 Tr R , , e obtenha a equação geral do plano determinado por r e P. P03. Obtenha equações paramétricas e cartesianas dos planos coordenados. P04. Esboce em Oxyz os planos de equações: 1 3z 2 2 0x 3 1 0x y 4 2 0x z 5 2 3 1 0y z 6 2 3 6x y z MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2244 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P05. Determinar a equação cartesiana do plano 1 , paralelo a 2 2 10000 0x y z , que passa pelo ponto 1 10 10 10P , , . P06. Passe a equação do plano 2 3 2 x y z , com , , para a forma cartesiana. A resposta é única? P07. Dado o plano 2 3 1 0x y z , determine uma forma paramétrica para a equação de . P08. Sejam o plano 9 0ax y cz e as retas 1 4 3 1 x r y z e 2 4 2 1 x r y z . Pede-se: a) Encontrar a e c para que se tenha paralelo tanto a 1r como a 2r . b) Mostrar qual dentre as retas 1r e 2r fica mais próxima de . Qual é a distância desta reta mais próxima até o plano ? P09. Determine o valor dos parâmetros m e n para que 1 3 0x my z fique paralelo ao plano 2 2 4 0nx y z . A seguir, aponte um ponto 1 1A e B . Finalmente, construa uma equação cartesiana para o plano 2 , simétrico de 1 em relação a . P10. Construa uma equação cartesiana para o plano que passa por 5 7 1Q , , e é paralelo às retas 5 3 1 1 1 2 Tr x, y,z , , e 2100 2 2 1 x y z e s . P11. Determine a equação do plano das retas paralelas 1 1 1 6 3 2 x y z r e 2 2 3r x y z . P12. São dados o plano 2 0x y z e o ponto 1 2 3D , , . Pede-se: a) Equações paramétricas da reta t que passa pelo ponto D. b) As coordenadas do ponto M t . c) A equação geral do plano que passa por D e é paralelo a . d) A distância entre os planos e . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2255 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P13. São dados o plano 2 6 0x y z e a reta 2 1 4 4 x r y z , com . Pede-se: a) As coordenadas do ponto P onde r intercepta o plano . b) A equação do plano que projeta r ortogonalmente no plano . c) Equações paramétricas da reta r , que é a projeção ortogonal da reta r no plano .d) Equações paramétricas da reta r , simétrica de r em relação a . P14. Obtenha a equação geral do plano 1 que contém a reta 1 0 1 0 3 1 Tr R , , e é perpendicular ao plano 2 2 2 0x y z . Obtenha uma equação vetorial de 1 2 . P15. Obtenha uma equação paramétrica da reta t paralela a 1 2 1 0x y z e 2 4 2 0x y z e também concorrente com as retas 2 2 3 1 x y z r x y e 4 2 2 2 3 x y z s x y z . P16. São dados a reta 10 3 1 2 x r y z e o plano 3 2 0x y z . Pedem-se: a) As coordenadas do ponto Q r . b) Seja 10 1 2A , , . Escreva equações paramétricas da reta p que passa por A e é perpendicular a . c) Determine a projeção ortogonal A de A em . d) Encontre o ponto A , simétrico de A em relação a . e) Escreva equações paramétricas da reta r , simétrica de r em relação a . e) Determine a medida angular r, . f) Faça um esboço da situação geométrica. P17. A reta t é paralela ao plano Oxz, está contida em 2 2x y z e é concorrente com 2 1 1 1 0 2 Ts S , , . Obtenha uma equação vetorial de t. P18. Sejam os planos 1 , 2 e 3 tais que: 1 contém 1 0 0A , , , 0 1 0B , , e 0 0 1C , , ; 2 contém 1 1 0Q , , e é paralelo a 0 1 1 T u e 1 0 1 T v ; 3 1 1 1 2 1 0 1 0 1 T T X , , . Obtenha equações gerais dos três planos e mostre que a interseção dos três planos se reduz a um único ponto e determine-o. A seguir, calcule a medida angular 1 3, . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2266 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P19. Obtenha uma equação geral do plano que contém a origem do sistema de coordenadas, é paralelo a 1 1 4 5 y z r x e perpendicular ao plano 1 2 3 0 4 3 1 1 2T TX , , . P20. Sejam os planos 1 2 5 0mx y z e 6 6 12 0x ny z . a) Determine o valor dos parâmetros m e n para que 1 fique paralelo ao plano . b) A seguir, escolha um ponto 1A e um ponto B . c) Escreva a equação cartesiana do plano 2 simétrico de 1 em relação a . d) Determine 1 2, . P21. O triângulo ABC é retângulo em B e está contido em 1 1x y z . O cateto BC está contido em 2 2 2 0x y z e a hipotenusa mede 2 6 3 . Sendo 0 1 0A , , , determine os pontos B e C. P22. Na figura ao lado temos: i) 2 7 0x y z . ii) 3 5 2A , , , 8 1 4B , , e 8 3 1C , , . iii) O AB C é a projeção ortogonal do ABC em . iv) O AB C é o simétrico do ABC em relação a . a) Determinar para que se tenha A e fornecer as coordenadas de A. b) Escrever equações paramétricas da reta p que passa por B perpendicularmente. c) Fornecer as coordenadas da projeção ortogonal B de B em . d) Determinar as coordenadas do simétrico B de B em relação a . e) Encontrar para que o lado BC do ABC fique paralelo a ; dê as coordenadas de C. f) Escreva as coordenadas do vértice C do AB C . g) Escreva as coordenadas do vértice C do AB C . h) As áreas dos triângulos envolvidos são iguais? Justifique sua resposta sem o auxílio de cálculos. P23. Sejam as retas 1 1 2 0 1 1 Tr X , , , 2 1s x y z z e 3 0 2 1 0 x z t x y z . Mostre que existe um único ponto comum entre essas três retas e calcule o volume do tetraedro determinado por elas e pelo plano 3 0x y z . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2277 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P24. Existe uma reta s paralela a 1 1 1 3 0 1 T T X , que contenha 2 2 1P , , e seja concorrente com 1 0 0 2 0 1 T r R , , ? Por quê? P25. Calcule a distância entre a reta r e o plano : a) 0 2 3r x y z x y z e 4y z b) 1 3r x y z e 2 3 10 0x y z c) r é o eixo das abscissas e 2y z P26. Obtenha a equação geral dos planos que contém os pontos 1 1 1P , , e 2 1 1Q , , e distam 1 da reta 1 0 2 1 0 2 T r X , , . P27. Calcule a distância entre os planos: a) 1 2 2 9 0x y z e 2 4 2 4 21 0x y z b) 1 5 2x y z e 2 2 1 2 1 0 3 1 1 0T TX , , c) 1 5 2x y z e 2 2 0 0 1 0 1 1 1 0T TX , , P28. O plano é determinado por 5 4r x z y e 4 1 1 4 2 3 Ts S , , . Obtenha as equações gerais dos planos que distam 2 de . P29. Obtenha a medida angular entre as retas e os planos a seguir: a) 0r x y z e 0z b) 0 0 1 1 1 0 Tr X , , e 3 4 0x y c) 1 0 0 1 1 2 Tr X , , e 1 0x y z P30. Obtenha a equação geral do plano que contém a reta 0 4 0 1 4 1 Tr R , , e forma ângulos congruentes com as retas 1 1 0 1 2 6 Ts S , , e 3 1 1 3 4 4 Tt T , , . P31. Calcule a medida angular entre os planos: a) 1 1 0 0 1 0 1 1 0 0T TX , , e 2 0x y z b) 1 1 0 0 1 1 1T TX e 1 1 0 0 1 2 0 0 1 0T TX , , P32. Obtenha a equação geral dos planos que contém a reta 1 2r x z y e formam ângulo de 60º com o plano 2 3 2 0x y z . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2288 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P33. Existem dois planos 1 e 2 tais que cada um contém a reta 1 4 0 1 2 3 Tt T , , e forma ângulos congruentes com as retas 1 1 1 Tr R e 1 2 3 1 1 1 Ts S , , . Calcule a medida angular entre eles. 3. Respostas dos exercícios propostos Retas R01. a) 4 3 2 1 1 2 T P , , ou 4 3 2 2 x r y z . b) 19 15 4 4 m ; n . c) R é tal que 3 2 R r . d) Não existe tal que S r . e) Faça seu esboço!! R02. 2 3 3 4 5 x y z t . R03. 2 1 1 2 3 14 T P , , . R04. a) Verifique que AC AB . b) 1 5 4 11 2 4 x t y t z t . R05. Tem-se: 2 1 2 1 1 22 1 1 1 1 1 1 3 2 3 2 1 3 2 2 1 x y xx y z y z z r . Logo: 1 21 1P , , r e 3 2 2 1 T v r . R06. 4 3 1P , , e 19 16 17 3 3 3 P , , . R07. a) Adotando 1 2 1 T s ru u tem-se 1 2 2 5 x s y z . b) s 1 2 5A , , 0 1S 2S B C D MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 2299 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr b.1) 2 0 4B , , . b.2) A figura sugere 2 . Então: 3 2 3C , , . b.3) Faz-se 1 . Então: 0 4 6D , , . c) Seja 1 2 5 2 1 3 3 3 2 T x RA A R , , , , . O ponto T pertence à reta se e somente se 1 2 5 3 3 2 4 5 7 T T A x A RA , , , , . Assim: 4 5 2 7 x t y z . R08. i) r e s são concorrentes. ii) r e s são coincidentes. iii) Para 4m , r e s são concorrentes em 2 4 5I , , . Se 4m , r e s são reversas. iv) r e s são reversas. R09. a) 30 e 1 1 2 T u . b) 26 18 14AF . c) 3 1 5F , , e 2 2 3B , , . d) 5 3 4 2 2 M , , . e) 3 3 3C , , , 4 3 4D , , e 4 2 5E , , . R10. 6 1 3 2 x t p y t z t ; 6 1 3R , , e 4 3 1S , , . R11. a) 1 7a . b) 8 2 3 3 2 T v , . c) 4 3 e 3 . d) 29 10 10 3 3 3 A , , e 8 5 5B , , . e) 8 5 5 x p y z . R12. a) Faça seu esboço!! b) 22 2 1 2dist P, A x y z a ; 2 2 2 dist P,s a z x . c) 2 22 3 0L y az a . d) L é uma superfície cilíndrica parabólica. Faça seu esboço!! R13. 5 ; 6 ; 66 ; 5 12 7 6 4 x p y z . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 3300 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr R14. a) 1 6 3 5P , , e 2 34 73 19 15 15 15 P , , . b) Faça seu esboço!!! R15. 7a e 1a . R16. a) 2 2 1 3 0 1 3 T v . b) 1 3 2B , , e 3 1 2D , , . c) 1 1 2C , , . d) Pense a respeito... R17. a) 1By e 6Bz . b) 3 2 3 T v . c) 10 1 2D , , . d) 9 1 5C , , e 6 1 2M , , . e) 16 11 . Planos P01. 3 14 4 23 0x y z . P02. Não existe tal que P r e 8 6 39 0x y z . P03. Plano xy: 1 0 0 0 1 0 0 T T T x x y z y z e 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 x y z OP i j x y z z . Plano yz: 0 0 1 0 0 0 1 T T T x x y z y z e 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 x y z OP j k x y z x . Plano xz: 1 0 0 0 0 1 0 T T T x x y z y z e 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 x y z OP i k x y z y . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 3311 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P04. 1 3z 2 2 0x 3 1 0x y 4 2 0x z 5 2 3 1 0y z 6 2 3 6x y z P05. 1 2 2 10 0x y z . P06. 5 0x y z (qualquer equação 5 0k x y z , 0k é representativa do plano . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 3322 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P07. 1 2 1 2 3 2x y z P08. a) 1a ; 1c . b) 6 3 e a reta mais próxima de é a reta 2r . P09. 1m ; 2n ; 2 1 0x y z . P10. 3 5 4 16 0x y z . P11. 2 2 9 0x y z . P12. a) 1 2 3 x t y z . b) 1 2 5 3 3 3 M , , . c) 6 0x y z . d) 4 3 . P13. a) 3 3 3P , , . b) 6 0x z . c) 6 6 x t r y t z t . d) 3 3 3 3 x r y z . P14. 1 7 3 10 0x y z e 3 1 1 17 0 1 2 2 8 8 T P , , . P15. 1 2 2 x t y z . P16. a) 1 2 1Q , , . b) 10 3 1 2 x p y z . c) 29 16 49 11 11 11 A , , . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 3333 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr d) 52 43 76 11 11 11 A , , . e) 1 63 2 21 1 87 x r y z . f) Faça seu esboço!! P17. 3 1 3 x t y z . P18. 1 1 0x y z ; 2 0x y z ; 3 2 2 0x y z ; 1 2 1 2 3 6 P , , e 61 87, . P19. 51 41 0x y z . P20. a) 2m ; 3n . b) 0 1 3A , , ; 1 0 3B , , . c) 2 2 2 3 0x y z . d) 0 . P21. 2 2 1 3 3 3 B , , ; 2 5 4 3 3 3 C , , ou 2 1 2 3 3 3 C , , P22. a) 1 . b) 8 2 1 4 x t p y t z t . c) 4 3 2B , , . d) 0 5 0B , , . e) 5 ; 13 8 1C , , . f) 9 10 1C , , . g) 5 12 3C , , . h) Pense a respeito das projeções... P23. 1 1 2P , , e 5 Volume 3 . P24. A reta r não é paralela ao plano (verifique!!!). A reta s está contida em um plano 1 , logo 1r . Então existe um ponto 1R/ R r . Assim, s é a reta que passa por P e R. P25. a) 2 2d . b) 0d . c) 1d . P26. 1 1 0y e 2 6 2 3 7 0x y z . MMóódduulloo 0044 –– RReettaass ee PPllaannooss 3344 EEFFBB110022 –– GGeeoommeettrriiaa AAnnaallííttiiccaa ee ÁÁllggeebbrraa LLiinneeaarr P27. a) 3d . b) Impossível, pois 1 2 . c) 3 6d . P28. 1 2 2 15 0x y z e 2 2 2 3 0x y z . P29. a) 4 . b) 2 10 arcsen . c) 2 2 3 arcsen . P30. 1 5 4 0x y z e 2 7 2 8 0x y z . P31. a) 1 3 arccos . b) 4 . P32. 1 2 3 5 0x y z e 2 3 2 4 0x y z . P33. 9 95 arccos .
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