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BACTERIAS aula 2

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Bactérias
		As bactérias são seres unicelulares, microscópicos.
		Elas são células esféricas ou em forma de bastonetes curtos com tamanhos variados, alcançando às vezes micrômetros linearmente. 
		Na maioria das espécies, a proteção da célula é feita por uma camada extremamente resistente, a parede celular, havendo imediatamente abaixo uma membrana citoplasmática que delimita um único compartimento contendo DNA, RNA, proteínas e pequenas moléculas.
         
		Através da  microscopia eletrônica, o interior celular aparece com uma matriz de textura variada, sem, no entanto, conter estruturas internas organizadas.
		
		 As bactérias são pequenas e podem multiplicar-se com rapidez, simplesmente se dividindo por fissão binária.
		
		Quando o alimento é farto, "a sobrevivência dos mais capazes" em geral significa a sobrevivência daqueles que se dividem mais rapidamente. 
		Em condições adequadas, uma simples célula procariótica pode dividir-se a cada 20 minutos, dando origem a 5 bilhões de células em pouco menos de 11 horas.
		
À habilidade em dividir-se de maneira rápida possibilita populações de bactérias a se adaptar às mudanças de ambiente. 
			 
		Na natureza, as bactérias vivem em uma enorme variedade de nichos ecológicos e mostram uma riqueza correspondente na sua composição bioquímica básica. Dois grupos de bactérias distantemente relacionados são reconhecidos:
            
- As eubactérias, que são os tipos comuns encontrados na água, solo e organismos vivos maiores.
		- As arquibactérias, que são encontradas em ambientes, como os pântanos, fontes termais, fundo do oceano, salinas, vulcões, fonte ácidas, etc.
		Existem espécies bacterianas que utilizam virtualmente qualquer tipo de moléculas orgânicas como alimento, incluindo açúcares, aminoácidos, gorduras, hidrocarbonetos, polipeptídeos e polissacarídeos. Algumas podem também obter seus átomos de carbono do gás carbônico e o seu nitrogênio do N2.
		
		Apesar de sua relativa simplicidade, as bactérias são os mais antigos seres que se tem notícias e também são os mais abundantes habitantes da terra.
	Deve-se saber sobre sua constituição, função, características etc., para poder regular sua ação, diminuindo a ação maléfica sobre o homem.
		As bactérias podem ser classificadas, quanto a sua fórmula, em três grupos básicos:
- Cocos, que são células esféricas que quando agrupadas aos pares recebem o nome de diplococos. Quando o agrupamento constitui uma cadeia de cocos estes são denominados estreptococos. Cocos em grupos irregulares, lembrando cachos de uva recebem a designação de estafilococos. 
Bacilos, são células em forma de bastonetes, em geral se apresentam como células isoladas porém, ocasionalmente, pode-se observar bacilos aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (streptobacilos).
 
- Espirilos são células espiraladas e geralmente se apresentam como células isoladas.
morfologia
Estrutura Celular
	CROMOSSOMO
		As bactérias apresentam um cromossomo circular, que é constituído por uma única molécula de DNA bicatenário, tendo sido também chamado de corpo cromatínico.
	 É possível às vezes, evidenciar mais de um cromossomo numa bactéria em fase de crescimento uma vez que a sua divisão precede a divisão celular. O cromossomo bacteriano contém todas as informações necessárias à sobrevivência e capazes de auto replicação.
	RIBOSSOMOS
		  Os ribossomos acham-se espalhados no interior da célula e conferem uma aparência granular ao citoplasma. 
		
	MESOSSOMOS
		Este termo se refere a invaginações da membrana celular, que tanto podem ser simples dobras como estruturas tubulares ou vesiculares. Diversas funções têm sido atribuídas aos mesossomos, tais como: papel na divisão celular e na respiração.
	PAREDE
		De acordo com a constituição da parede, as bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos:
  - Gram-negativas: se apresentam de cor avermelhada quando coradas pelo método de Gram. 
 - Gram-positivas: se apresentam de cor roxa quando coradas pelo método de Gram.
		A parede das gram-positivas é praticamente formada de uma só camada, enquanto a das gram-negativas é formada de duas camadas. 
		Entretanto, Os dois tipos de parede apresentam uma camada em comum, situada externamente à membrana citoplasmática que é denominada camada basal, mureína ou peptídeoglicano.
		A segunda camada, presente somente na células das gram-negativas é denominada membrana externa. Entre a membrana externa e a membrana citoplasmática encontra-se o espaço periplasmático no qual está o peptídeoglicano. Os dois tipos de parede são apresentados na figura abaixo:
BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS E GRAM-NEGATIVAS
		Hans Christian Gram, um bacteriologista dinamarquês, estudou e definiu a técnica para corar bactérias, a coloração Gram, em 1884. Nesta ocasião, experimentalmente, corou lâminas com esfregaços (uma espécie de “raspa”, grosseiramente falando, de um determinado lugar do corpo ou de uma cultura que se queira fazer a pesquisa) com violeta de genciana e percebeu que se as bactérias existentes nestes esfregaços uma vez coradas não desbotavam com álcool, se previamente fossem tratadas com iodo.
		Avançando e aprimorando o método, adicionou ainda outros corantes denominados “contra-corantes”, tais como safranina e fucsina básica. As bactérias contidas no esfregaço podem ser classificadas como Gram-positivas (aproximadamente de cor roxa) ou Gram-negativas  (aproximadamente de cor vermelha), isto dependerá da parede celular da bactéria. 
		
		Se for estruturalmente simples a coloração será positiva, se for estruturalmente complexa a coloração será então negativa.
		Existe um protocolo que se segue para fazer a coração de um esfregaço, com etapas bem definidas e com misturas de substâncias (solução de cristal violeta; solução de lugol (iodeto de potássio – IK); solução de safranina e solução de álcool) que resultarão na coloração positiva ou negativa, como nas figuras abaixo:
		Esta coloração permite distinguir os mais variados tipos de bactérias e que tipo de parede celular elas tem (se mais simples ou mais complexas, com mais ou menos peptideoglicanos – principal componente da parede celular bacteriana). 
		As bactérias que descorarem quando submetidas à um solvente orgânico são Gram-negativas, e as que permanecerem coradas mesmo quando em contato com o solvente são denominadas Gram-positivas.
		Estas bactérias de diferentes colorações tem também graus diferentes de virulência. As Gram-negativas, por exemplo, são constituídas por uma endotoxina denominada LPS (lipopolissacarídeo), que é causadora da patogenicidade. 
		Já as Gram-positivas possuem a exotoxina rica em ácido lipoprotéico que confere aderência à bactéria.
Bactérias Gram-negativas
		As proteobactérias compôem a maior parte das bactérias gram negativas. As principais são:
- Escherichia coli
- Salmonella
- Shigella
Enterobacteriaceae:
- Pseudomonas
- Moraxella
- Helicobacter
- Stenotrophomonas
- Bdellovibrio
- Legionella
Entre outras, como Chlorobi, Chloroflexi, Cianobactérias, Espiroquetas, etc.
Bactérias Gram-positivas
		Filo Firmicutes (Bacilos, Estreptococos, Estafilococos, Enterococos, Actinobacteria, Listeria, etc).
ESPOROS
		O endosporo é uma célula, formada no interior da célula vegetativa, altamente resistente ao calor, dessecação e outros agentes físicos e químicos, capaz de permanecer em estado latente por longos períodos e de germinar dando início à nova célula vegetativa.
		A esporulação tem início quando os nutrientes bacterianos se tornam escassos, geralmente pela falta de fontes de carbono e nitrogênio.
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS
		Podem existir diferentes classificações, mas nós estimamos que a que se baseia em parte na estrutura química do antibióticos e no efeito na região da bactéria pode ser interessante para os pacientes e os profissionais (médicos, farmacêuticos, enfermeiras,..). 
RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS
Os antibióticos são compostos químicos de origem natural ou sintética (medicamentos), que atuam na falência de agentes patogênicos ao ser humano, ou também resultando na inibição do desenvolvimento dos mesmos, agindo seletivamente na população de micro-organismos, como por exemplo, das bactérias.
		Contudo, algumas espécies podem manifestar resistência aos antimicrobianos, ocorrendo normalmente através de mutações que proporcionam a síntese de enzimas capazes de conferir a inativação de tais substâncias.
		Essa tolerância, com princípio genético, se estabiliza a medida com que as alterações gênicas vão surgindo em benefício à sobrevivência e manutenção de uma linhagem bacteriana.
TÉCNICA COLORAÇÃO DE GRAM
1) Em uma lâmina pingar uma gota de solução salina estéril.
2) Recolher uma colônia pré cultivada com alça bacteriológica.
3) Colocar a colônia selecionada junto à lâmina e homogenizar.
4) Fixar o esfregaço no calor.
5) Cobrir o esfregaço com cristal de violeta por 1 minuto.
6) Lavar o esfregaço com água corrente removendo o excesso de corante.
7) Cobrir o esfregaço com lugol por 1 minuto
8) Repetir passo 6.
9) Descorar com álcool acetona até remover o excesso de corante.
10) Repetir passo 6
11) Cobrir o esfregaço com safranina por 30 segundos.
12) Lavar e secar
13) Examinar ao microscópio (1000x)

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