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A capoeira materia de lutas

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
Ranyelle Fernandes (600581089)
Eduarda de Oliveira (600619766)
Kianny Santiago (600616248)
CAPOEIRA
Niterói
2018
INTRODUÇÃO
      Luta, dança, brincadeira, atividade física, arte marcial....afinal o que é a capoeira?
    Capoeira é tudo isso - é arte e esporte, é ritmo, dança, cultura e movimento. Sua origem remonta dos negros africanos trazidos como escravos. Considera-se a capoeira como uma arte genuinamente brasileira, pois apesar de existirem lutas semelhantes na África, nenhuma é igual à nossa capoeira.
    O caminho até os dias atuais foi longo e penoso para os amantes dessa arte. No início, era tida como sinônimo de malandragem, sofrendo forte discriminação durante séculos. Atualmente a capoeira é praticada no Brasil inteiro, por todas as faixas etárias e pelas mais diferentes classes sociais.
    A música é fundamental na capoeira e é ela que define o estilo do “jogo”. Sim, isso mesmo. Capoeira não se “luta”, capoeira se “joga”. Os movimentos podem ser lentos ou rápidos, de ataque ou defesa, mas estão sempre sendo realizados no ritmo da música, que é tocada pelos próprios capoeiristas.
HISTÓRIA DA CAPOEIRA
    A capoeira é a junção de várias etnias do povo africano que foram trazidos para o Brasil para trabalharem como escravos. Porém, são os negros nascidos no Brasil, os responsáveis pelo aperfeiçoamento da luta que passou a chamar-se “capoeira”.
    O que quer dizer "capoeira"?
    A palavra “capoeira” tem origem na língua tupi-guarani. Segundo alguns estudiosos, capoeira pode ter dois significados: mato ralo ou gaiola grande. O primeiro deles é mais aceito pelos capoeiristas, que fazem a ligação entre “mato” e o local onde a capoeira era praticada pelos escravos.
    Inicialmente, ela foi desenvolvida como uma forma de defesa. Ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre os negros aceitavam pacificamente a escravidão. Uma forma encontrada de resistir à opressão foi a criação de quilombos, que eram comunidades organizadas que abrigavam os negros que fugiam de seus patrões. O maior deles foi o quilombo de Palmares.
    O quilombo de Palmares foi, provavelmente, o local onde os negros mais praticaram a capoeira naquela época. Além de ser uma forma de defesa, a capoeira era uma forma encontrada pelos negros de transmitirem sua cultura. Mesmo os que ainda eram escravos nas lavouras de cana-de-açúcar, praticavam a capoeira nas senzalas, às escondidas. Para não levantar suspeitas, eles uniram os movimentos à música, “fingindo” que estavam dançando.
    O tempo foi passando e a capoeira continuou a ser praticada, mesmo após a libertação dos escravos. Há registros da prática de capoeira no Rio de Janeiro, Recife e Salvador, nos séculos XVIII e XIX. Porém, durante muito tempo a capoeira foi considerada como subversiva. Muitos praticantes passaram a andar em bandos e a provocar arruaças nas grandes cidades. Sua prática então, foi proibida no país. Apenas na década de 1930 é que a capoeira foi liberada. Naquela época o que se praticava já era uma variação da capoeira, que já estava muito mais para esporte do que para uma manifestação cultural.
    Em 1932, o Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil, em Salvador. Mestre Bimba criou o que ficou conhecido como estilo regional, em referência à Capoeira Regional Baiana. Já em 1941 foi fundado o Centro Esportivo de Capoeira de Angola, pelo Mestre Pastinha.
    Mestre Bimba e Mestre Pastinha tiveram uma participação fundamental na história da capoeira. Ambos criaram e desenvolveram a prática de dois diferentes estilos de capoeira, disseminando a arte nas suas mais diversas formas pelo Brasil.
	
ESTILOS DA CAPOEIRA
    Existem dois estilos bem específicos na capoeira: o angolano e o regional. Apesar de possuírem a mesma filosofia, cada um deles possui suas peculiaridades e maneiras diferentes de jogar.
Capoeira Angola:
    O nome ligado a este estilo é Mestre Pastinha que, em 1941, criou o Centro Esportivo de Capoeira Angola. Esse estilo procura manter as tradições e os rituais da arte. A luta é mais lenta, e os movimentos geralmente são realizados junto ao chão. O uniforme utilizado pelos praticantes desse estilo é composto por uma calça preta ou marrom e uma camiseta amarela. Durante uma roda, quem está assistindo não participa do coro. É considerado muito mais uma dança do que uma luta.
Capoeira Regional:
    A capoeira regional foi criada pelo Mestre Bimba que, em 1932, criou a primeira academia de capoeira no Brasil. Esse estilo recebeu esse nome em virtude de ser criado e praticado primeiramente na “região” da Bahia. Os movimentos da capoeira regional são mais rápidos e o jogo é considerado como uma modalidade esportiva. Os alunos, que usam abadás (calça e camiseta brancas), são batizados por mestres. Os capoeiristas regionais passam por oito cordões de acordo com sua graduação e nível técnico. Na roda, os assistentes podem bater palmas e também participam do coro.
     Atualmente considera-se também o estilo “contemporâneo”, uma espécie de mistura entre o regional e o angolano.
    Na grande maioria das artes marciais, os lutadores usam quimono. Na capoeira regional, no lugar do quimono os capoeiristas usam o abadá, composto por calça e camiseta branca. Os capoeiristas também lutam descalços. Essa vestimenta tem sua origem nas roupas usadas pelos capoeiristas que trabalhavam no cais de portos e usavam calça com bainha arregaçada, camisa feita de saco de açúcar ou de farinha e pés descalços. Nos intervalos do trabalho eles jogavam capoeira.
INSTRUMENTOS
    A música é extremamente importante na capoeira uma vez que se joga “dançando”. A capoeira é a única luta do mundo que tem acompanhamento musical.
    Vários são os instrumentos musicais utilizados em uma roda de capoeira. Os principais são o berimbau, o atabaque e o pandeiro. 
Berimbau: Berimbau é quase sinônimo de capoeira. É ele que determina o tipo do jogo de acordo com o ritmo tocado. O som do berimbau vem da batida da baqueta de encontro ao arame, que é esticado em uma madeira envergada. Uma cabaça é usada para amplificar o som. Geralmente é usado também um caxixi, recipiente de vime com sementes.
Atabaque: Trata-se de um instrumento de percussão. É feito de madeira cortada em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros. São colocadas "travas" que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado. É o atabaque que marca o ritmo das batidas do jogo. Juntamente com o pandeiro é ele que acompanha o solo do berimbau.
Pandeiro: Pandeiros podem ter peles de couro ou de plástico. Eles existem em diferentes tamanhos, sendo os de 10 e 12 polegadas os mais comuns. O pandeiro é segurado por uma das mãos, enquanto a ponta dos dedos, o polegar e a base da outra mão são usados para tocar.
Caxixi: São cestos entrelaçados com pedras, conchas ou feijão dentro deles. São feitos à mão e usados como chocalho pelo tocador de berimbau, que o segura juntamente com a baqueta.
Agogô: O agogô é um instrumento composto por um pequeno arco e uma alça de metal com um cone metálico em cada uma das pontas. Esses cones podem ser de diferentes tamanhos e, consequentemente, produzirem diferentes sons.
Reco-reco: Instrumento de percussão produzido a partir de caixas ou tubos de metal. Para tocar, desliza-se uma baqueta de metal ou de madeira nas molas ou sucos das caixas e tubos
BATIZADO E GRADUAÇÃO
    Quando uma pessoa começa a praticar a capoeira em uma academia ou um grupo, por exemplo, é chamado de “pagão”. Isto quer dizer que ele ainda não foi “batizado”.
    O batizado nada mais é do que uma apresentação do novo capoeirista aos demais. No batizado o capoeirista recebe a sua primeira graduação e também um apelido. O apelido é uma tradição na capoeira e lembra os tempos em que os capoeiristas eram obrigados a usar codinomes para não serem identificados. A partir do batizadoo capoeirista passa a ter também um “padrinho de capoeira” que é o mestre que jogou com ele durante o batizado.
Graduação: O sistema de graduação na capoeira varia de grupo para grupo. Muitas escolas e academias de capoeira possuem seu próprio sistema de graduação. A capoeira angola, por exemplo, não tem um sistema de graduação por cordões mas sim uma hierarquia baseada em antiguidade.
    A Confederação Brasileira de Capoeira, porém, possui um sistema graduação que considera como oficial, baseado em cordões que seguem as cores da bandeira brasileira. Os cordões são amarrados na calça do capoeirista. Segue abaixo o sistema de graduação de acordo com a Confederação Brasileira.
A- Graduação Infantil (3 a 12 anos) 
• 1º estágio - iniciante: sem corda ou sem cordão 
• 2º estágio - batizado: cinza claro/ verde 
• 3º estágio - graduado: cinza claro/ amarelo 
• 4º estágio - graduado: cinza claro / azul 
• 5º estágio - intermediário: cinza claro/verde/ amarelo 
• 6º estágio - adiantado: cinza claro / verde / azul 
• 7º estágio - estagiário: cinza claro / amarelo / azul
B- Graduação normal (a partir de 13 anos) 
• 1º estágio - iniciante: sem corda ou cordão 
• 2º estágio - batizado: verde 
• 3º estágio - graduado: amarelo 
• 4º estágio - graduado: azul 
• 5º estágio - intermediário: verde e amarelo 
• 6º estágio - adiantado: verde e azul 
• 7º estágio - estagiário: amarelo e azul
C- Docente de capoeira 
• 8º estágio - Formado: verde, amarelo, azul e branco 
• 9º estágio - Monitor: verde e branco 
• 10º estágio - Instrutor: amarelo e branco 
• 11º estágio - Contramestre: azul e branco 
• 12º estágio - Mestre: branco 
FUNDAMENTOS DA CAPOEIRA
A Capoeira é considerada como uma prática cultural que se organiza em forma de sistema, constituindo-se pelos seguintes elementos: a roda, os toques musicais de berimbau, as músicas, a ginga e os movimentos corporais das dois estilos (Capoeira Regional e Angola). Há, portanto, uma interdependência, em que os participantes da roda deverão se revesar nestas diferentes funções no decorrer do jogo, ou seja: o capoeirista deverá saber desempenhar todas as formas necessárias para ocorrer o evento: tocará tanto o berimbau quanto o atabaque, o pandeiro, o agogô e o caxixi e ainda revezará com outros participantes jogando e também cantando.
O jogo de capoeira acontece no interior de um círculo de uns 2,5 metros de raio. Esse círculo é reconhecido pelos capoeiristas como roda. Dentro do círculo irão “jogar” dois participantes, enquanto que em torno do círculo, sentados ou de pé, ficam os demais capoeiristas.
O mestre de capoeira responsável pelo espaço onde se realiza a roda é a autoridade máxima do recinto, e inicialmente entram na roda apenas eles e os formados. O ritual da roda consiste no conjunto das regras que ordenam o comportamento dos jogadores dentro da roda e regem a disputa em si.
Dois capoeiristas a cocoram-se à frente da orquestra musical. Um deles “puxa” então uma ladainha, cuja letra, geralmente, contém um desafio ao seu parceiro de jogo. Este então, responderá à provocação entoando outra ladainha, ao final se preparam para o combate: benzem-se levando a mão ao chão (e ás vezes tocando também o berimbau) e completam com um sinal da cruz ou levam a mão rapidamente á testa e á nuca. É um ritual para pedir a proteção no jogo e depende da religiosidade de cada um. Em seguida, dão-se as mãos e fitam-se mutuamente, aguardando que o tocador do berimbau-berra-boi (em geral a pessoa de maior graduação ali presente) o incline, ligeiramente, sobre suas cabeças. O berimbau além de ser o principal instrumento da orquestra musical da capoeira atual, é representado também como a maior autoridade da roda de capoeira, uma vez que a ordem para a entrada na mesma (e muitas vezes, para a saída) é por ele emitida. Esse gesto de inclinação do berimbau é visto como uma “autorização” ou uma “bênção” para seu ingresso na roda.
Os capoeiristas entram na roda através de uma região conhecida como boca-da-roda à frente do conjunto musical. Detém-se na boca-da-roda e executam, um de frente para o outro e simultaneamente, um aú (estrelinha) em direção ao centro.Inicia-se então o jogo, que deve restringir-se ao espaço da roda. Se forem dois mestres de capoeira, ninguém a não ser outro mestre poderá interrompê-los. Quando um dos capoeiristas deseja finalizar o jogo, estende a mão a seu adversário (o qual deve manter-se atento pois esse gesto pode ser uma cilada para a aplicação de algum ataque surpresa) e, juntos, benzem-se na boca-da-roda, saindo pelo mesmo lugar em que entraram.
Para entrar na roda deve-se “comprar” o jogo. Um capoeirista acocora-se na boca-da-roda e, quando julga oportuno, interrompe a disputa que está em curso, colocando-se à frente daquele com quem deseja jogar.
Geralmente o ritual da roda encerra-se com cantigas de despedida.
Há, portanto, uma interessante analogia que os capoeiristas estabelecem entre a roda de capoeira e o mundo, pois, como percebemos facilmente nos versos das “ladainhas”, entrar na roda é “dar a volta ao mundo” ou “ir pelo mundo afora”. Mas o mundo da capoeira é um mundo diferente, particular e sagrado, (remete muitas vezes aos rituais do candomblé, como por exemplo a freqüência das mãos no chão, da inversão; o que, na cultura africana, é um gesto sagrado, já que o solo para eles é como o céu para a cultura ocidental), ninguém entra ou tampouco sai sem antes se benzer. Na verdade, há uma ambigüidade profano-sagrada que contamina todos os elementos do sistema cultural da capoeira, e podemos perceber isso por exemplo no berimbau, um instrumento musical e ao mesmo tempo uma autoridade espiritual. Assim como na nomenclatura dos movimentos corporais, que mesclam nomes sagrados e profanos (bênção, cruz, vingativa, desprezo, etc.).
Através da oposição ataque/esquiva, nasce a dialética dos movimentos corporais da capoeira que reside a mandinga, em que uma esquiva pode conter um ataque, enquanto que um ataque pode rapidamente transformar-se em esquiva. É nessa mandinga, ou “malícia” que está o segredo do capoeirista, pois é através dela que o jogador irá interpretar as intenções do outro e adiantar-se, colocando o adversário em desvantagem.
Ainda hoje, no jogo de capoeira, o que importa é saber conservar-se em equilíbrio, não perder o apoio e, se acaso acontecer de cair, “cair bem”, isto é, pronto para se levantar o mais rápido possível. Para o capoeirista, ter malícia significa ser flexível e oportunista, onde vê-se o jogo de capoeira como um ritual de busca de poder, impregnado da memória da escravidão.
A roda de capoeira constitui-se, portanto, no agrupamento de todas as características que formam o ritual da capoeira, e é através dela que irá transparecer aos observadores a sua peculiaridade e riqueza cultural e social.
Durante o tempo que o aluno convive com o mestre que ele entra em contato com o infinito mundo da capoeira. Por isso, não existe capoeira sem mestre. Cada mestre tem seu jeito particular de ensinar, de passar para o seu aluno tudo o que ele achar que o aluno deve aprender para ser um bom capoeirista. Na maioria das vezes, fundamento quer dizer conselhos de mestre e estes conselhos ajudam aos “menos avisados” a evitarem os vacilos na roda ou durante o jogo. Alguns destes conselhos vêm em forma de dicas para o aluno e são fundamentais para o “bom comportamento” na roda, pois muitos mestres antigos exigem o respeito às tradições e, como não encontram, deixam de jogar e assim deixam de ensinar muita coisa boa para os mais novos. Na Capoeira Angola, por exemplo, vemos que não se pode jogar sem sapato nem sem camisa.
Não se deve tampar a frente dos tocadores de berimbau, pois é o berimbau que coordena o jogo, pede para parar ou começar ou ainda para mudar a cadência do jogo. Não pode haver troca de instrumento entre os jogadores e tocadores durante o jogo, para que o tocador também possa jogar, ele tem de esperar uma “folga” no jogo para poder passar o instrumento para outro tocador.
É obrigatórioa um bom capoeirista saber tocar todos os instrumentos e cantar pelo menos dez músicas diferentes. Quando dois mestres estão jogando não se compra o jogo deles. Eles decidem quando querem passar o jogo para outro mestre.
No jogo da capoeira, o principal movimento é a ginga, da qual partem todos os outros movimentos. Ainda existe uma infinidade de pontos fundamentais a ser dita, mas está em aberto, pois nunca chegaria a um final sendo que existem muitos, inúmeros mestres no Brasil inteiro e dizer os fundamentos que cada um deles segue, seria impossível.
ATIVIDADES LÚDICAS NA CAPOEIRA 
O objetivo deste tópico é desenvolver a capoeira de uma forma lúdica, através de jogos e brincadeiras conhecidos pelas crianças, utilizando os elementos característicos da capoeira como a ginga, o cocorinha e a meia lua.
ATIVIDADE 1) aquecimento com bolas- cada criança receberá uma bola, que deverá ser cheia, todas as crianças deverão imitar o prof. que dará o comando:
1º -colocar a bola no alto da cabeça;
2º- colocar a bola para os lados(dir/esq);
3º- colocar a bola entre as pernas
4º -colocar a bola para traz
5º -abrir a perna e encostar a bola no pé(esq/dir)
 objetivo: diagnosticar o desenvolvimento da turma de forma lúdica 
ATIVIDADE 2) Capitão do mato -os alunos ficam dispostos livres num espaço determinado, o professor escolhe um ou mais alunos dependendo do numero total, para ser o “capitão do mato”(sujeito que capturava os escravos fugitivos). Este aluno deverá pegar os demais que devem correr para fugir, como a tradicional mãe cola porém a criança que for pega deve permanecer abaixada na esquiva de cocorinha e os demais tem a tarefa de salvar o colega executando um movimento da capoeira que o professor deve estabelecer antes (aú,meia lua, armada e varios outros). É importante que o professor comente sobre a figura do capitão do mato e dos escravos e ainda sobre o nome dos golpes aplicados. 
Objetivo: trabalhar os movimentos de capoeira de forma lúdica 
ATIVIDADE 3) Futecapoeira – Os jogadores são dividos em dois grupos e espalhados num campo com dois gols, um em cada extremidade. A dimensão do campo dependerá do número de jogadores que se tem, não sendo recomendável campo com grande área e pouco jogadores, começa um jogo com objetivo idêntico aos do futebol, diferindo na sua forma: os deslocamentos devem ser feitos em AU. Os chutes devem ser dados partindo se do movimento de rasteira.
OBS: Ensinar os movimentos que serão usados.
CURIOSIDADES
Para o Mestre Pastinha, da Capoeira Angola, os capoeiristas deveriam jogar calçados. Ele também criou o uniforme angolano, que levava as cores de seu time (o Ipiranga, de Salvador). Já o Mestre Bimba, da Capoeira Regional, aboliu os sapatos e instituiu o uniforme branco. Para Bimba, se a veste do capoeirista permanecesse limpa até o final do jogo era sinal de sua competência.
A prática da capoeira passou um longo período sendo considerada como crime no Brasil. Os capoeiristas podiam pegar de 2 meses a 3 anos de prisão. Em 1937, porém, o então presidente Getúlio Vargas, assistiu a uma exibição e disse que a capoeira “é o verdadeiro esporte do Brasil”. A sua prática foi então permitida
Muita gente já foi em uma festa de arromba! Mas, de onde vem essa expressão? A verdadeira “festa de arromba” foi criada pelo mestre Canjiquinha e acontecia no Largo da Ordem, na Bahia. Durante a  ocasião, os capoeiristas jogavam em troca de dinheiro e bebida.
É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista.
Os jogos de angola são jogados rasteiros (abaixados) porque os escravos jogavam dentro das senzalas por debaixo das muretas parar não ser vistos.
 CONCLUSÃO
É de suma importância valorizar e conhecer a capoeira, entender os significados e valores desta manifestação cultural, entender o processo histórico, uma vez que antigamente marginalizada por muitos, hoje orgulho para nosso país ao ser reconhecido como patrimônio brasileiro. A capoeira faz parte da cultura popular, muitas vezes encarada como luta, que nos remete a cooperação, a movimentação característica, o ritmo, a ordem e etc.
 Assim o intuito desse trabalho é apresentar a luta capoeira em um modo geral e também colocar a brincadeira como um elemento facilitador para o aprendizado dos elementos da capoeira, e mostrar que desde pequenos as crianças já devem e entendem o valor cultural e histórico da capoeira, sendo assim importante a inserção desse conteúdo nas aulas de educação física.
    Então, desde que trabalhada de uma forma educativa, através do lúdico, das brincadeiras, a capoeira é muito importante na educação básica, e se desenvolvida desde cedo ira promover uma maior facilidade na aceitação desse conteúdo nas aulas de Educação Física nos anos posteriores. Esse trabalho mostrou um pouco da minha vivencia e experiência com a capoeira, mostrando que a capoeira pode e deve ser vivenciada no Ensino Infantil em especial nas aulas de Educação Física de forma lúdica e divertida.
ANEXOS
	
	MESTRE BIMBA E MESTRE PASTINHA
 
 BERIMBAU ATABAQUE 
 PANDEIRO CAXIXI 
 
 AGOGÕ RECO- RECO 
.
CAPOEIRA: A MALÍCIA, O JOGO E A REBELDIA DOS NEGROS NAS PALAVRAS DE MESTRE GRAÚNA
EM RESPOSTA DÀ VIOLÊNCIA QUE SOFRIAM, OS ESCRAVOS PASSARAM A PRATICAR A LUTA TRADICIONAL DO SUL DE ANGOLA
RODA DE CAPOEIRA NO ARPOADOR/RJ. 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EDUCAÇÃO FÍSICA NA MENTE. Lutas – Capoeira. Disponível em <http://educacaofisicanamente.blogspot.com.br/2012/02/lutas-capoeira.html>. Acessado em 17 mai. 2018
SUA PESQUISA.COM. Historia da capoeira. Disponível em <https://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm>. Acessado em 17 mai. 208
CENTRO CULTURAL CAPOEIRA. Fundamentos da capoeira. Disponível em <http://capoeira-cecab.eu/capoeira-2/fundamentos-da-capoeira/?lang=pt-br>. Acessado em 17 mai. 2018
WIKILIVROS. Capoeira/Historia. Disponível em <https://pt.wikibooks.org/wiki/Capoeira/Hist%C3%B3ria>. Acessado em 17 mai. 2018
WEBQUEST: LUTAS – CAPOEIRA. A capoeira. Disponível em <https://sites.google.com/site/webquestlutacapoeira/conclusao>. Acessado em 17 mai. 2018

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