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APOSTILA CND - Curso Normal à Distância (21) 3347-3030 / 2446-0502 INFORMÁTICA APLICADA A EDUCAÇÃO 3 Sumário INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................4 1.CAMINHADA DA INFORMÁTICA EDUCATIVA. ...........................................................................7 1.1 Os primeiros passos na década de 1970 ...............................................................................7 1.2. Alguns progressos na década de 1980 .................................................................................9 1.3. O progresso mais recente: .................................................................................................. 12 2.O USO DO COMPUTADOR ....................................................................................................... 16 2.1. As novas tecnologias na sala de aula................................................................................. 16 2.2 Para alguns, o “futuro já chegou”... ...................................................................................... 21 2.3. A utilização de softwares na educação............................................................................... 25 2.4 Os sistemas operacionais e alguns programas ................................................................... 29 2.4.1 Algumas ideias sobre o WORD ........................................................................................ 30 2.4.2 Tornando o PowerPoint um aliado em apresentações para trabalhos e aulas ................ 32 2.4.2. O Microsoft Excel pode ajudar muito. .............................................................................. 35 3. O PREPARO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO COM A INFORMÁTICA ............................................................................................................................... 40 3.1 Buscando a ajuda dos grandes pensadores da Educação ................................................. 46 3.2 Algumas ponderações para concluir o capítulo ................................................................... 47 4. UTILIZANDO A INTERNET COMO RECURSO PEDAGÓGICO .............................................. 51 4.1 Serviços da internet que podemos utilizar ........................................................................... 52 4.1.1 Sítio, página ou homepage ............................................................................................... 52 4.1.2 Envio e recebimento de arquivos ...................................................................................... 53 4.1.3 Correio eletrônico ou e-mail .............................................................................................. 54 4.1.4 Salas de bate-papo ou chat. ............................................................................................. 55 4.1.5 Lista de discussão............................................................................................................. 56 4.1.6 Blog ou weblog .................................................................................................................. 59 4.1.7 As redes sociais e os diversos softwares sociais ............................................................. 61 4.1.8 Buscando mais algumas ideias ........................................................................................ 64 4.1.9. Projeto pedagógico com a utilização da internet. ........................................................... 66 5. TRABALHANDO COM AS CRIANÇAS NO COMPUTADOR .................................................... 69 5.1 O computador na Educação Infantil..................................................................................... 69 5.2. As novas tecnologias no Ensino Fundamental ................................................................... 73 5.2.1 Trabalhando com os computadores em Língua Portuguesa ............................................ 74 5.2.2. As possibilidades do trabalho em Artes ........................................................................... 76 5.2.3 A Geografia usando as novas tecnologias. ...................................................................... 78 5.2.4 Preparando o aluno para pesquisa em sites confiáveis ................................................... 79 5.2.5. Mais e mais sobre o uso da Tecnologia .......................................................................... 81 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 87 4 INTRODUÇÃO Olá aluno/aluna do CND Apresentamos a você o módulo sobre a Informática na Educação. A educação à distância, que está permitindo a você complementar a sua formação, já foi feita no através do correio e da televisão, mas a utilização dos computadores e da internet é que está ampliando muito a oferta e as formas de aprendizagem. Essa parceria entre educação e tecnologia está caminhando no sentido de ser efetivada, de maneira cada vez mais ampla no Brasil mesmo reconhecendo, que ainda ocorrem dificuldades nessa trajetória. Dessa forma no nosso curso temos o objetivo de levá-lo a discutir e refletir sobre as vertentes que podem ser percorridas para que, na sua atuação como professor, você possa se valer das inúmeras possibilidades trazidas pelo uso da Informática na Educação, bem como para apontar. diferentes usos dessa tecnologia o que já vem ocorrendo com sucesso em algumas Instituições de ensino. É nossa intenção trazer para discussão assuntos que encontramos corriqueiramente nas falas dos educadores a respeito da Informática e da Tecnologia Embora muitas escolas possuam computadores, esses não são utilizados como deveriam, ficando muitas vezes trancados em salas isoladas, longe da utilização, tanto dos professores quanto dos alunos. Por outro lado há professores mais conservadores que têm resistência à interação. Mesmo assim, dificilmente hoje podemos pensar em um professor que não utilize a tecnologia, o computador e o acesso à internet para preparar suas aulas. Complexo mesmo é lidar com os computadores para transformá-los em recurso pedagógico que facilitem o processo ensino aprendizagem. Alguns dos professores que ainda temem o uso da informática assim agem por medo do novo, por achar a informática difícil de trabalhar ou mesmo 5 receando ser substituído pela máquina. Dentro do cenário de temor é possível ouvir relatos de professores que citam o fato de ter alunos que conhecem mais o computador do que eles próprios conhecem e isso seria um fator limitador, uma vez que ele precisaria atuar em um cenário desconhecido para si próprio. . Há inúmeras atividades que podem ser realizadas com uso da informática, como organização de notas dos alunos em planilha eletrônica, produção e correção de trabalhos, tarefas de educação à distância como a nossa, que criam interatividade no aprendizado e permitem envio arquivos digitais entre outras atividades. Sobretudo interessa-nos abordar atividades em que os nossos alunos tenham a possibilidade de utilizar o computador como recurso didático e pedagógico, tornando-se agentes condutores do seu próprio aprendizado. A proposta desse módulo é apresentar a você um pouco da trajetória da Informática na educação no Brasil abordando atividades governamentais e não governamentais no setor ; as possibilidades do uso do computador na educação; a necessidade da formação do educador para se tornar capaz de lidar com as mudanças tecnológicas em curso bem como apresentar as múltiplas visões sobre o uso da internet. Não há espaço nesse trabalhopara demonstrar tecnicamente o uso da Informática. Você aluno, ao longo de sua vida acadêmica , é que deverá buscar os tutoriais de sistemas operacionais visando a destreza no uso das ferramentas de informática que já existem e também poderão surgir. No nosso módulo serão indicados alguns sítios que disponibilizam tutoriais para ajudá-los nas suas descobertas. Para completar o módulo pretendemos trabalhar com exemplos da utilização da Informática tanto na Educação Infantil como no Ensino Fundamental, através da exposição de caminhos já percorridos por outros educadores. 6 Informática na Educação Infantil e Ensino Fundamental Ampliando a visão com a Internet Preparação do Educador para a tecnologia O computador e seu uso Caminhada da Informática Educativa Informática e Educação 7 1.CAMINHADA DA INFORMÁTICA EDUCATIVA. A proposta desse capítulo é traçar um panorama da caminhada da Informática na educação no Brasil. Aqui a opção foi trazer aspectos sobre a Informática na educação que ficaram mais marcadas ao longo do tempo e ainda hoje repercutem. Esse histórico não se destina a descer a detalhes em que você precise saber de datas e decorar siglas. Na verdade queremos que você situe e perceba o quanto já se conseguiu e o quanto ainda precisamos, num esforço conjunto entre a sociedade e o governo, avançar. 1.1 Os primeiros passos na década de 1970 Na década de 1970 começou de modo mais efetivo, a discussão sobre o uso da informática na educação. As instituições pioneiras nas pesquisas sobre o uso do computador na educação brasileira foram a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a Quanto tempo para chegar até aqui! Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de: Identificar as diversas etapas que foram vencidas para introduzir a informática na educação. Citar os principais implantados para esse fim. Entender as vitórias e as dificuldades ainda existentes nesse caminho. 8 UNICAMP (Universidade de Campinas) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Na UFRJ o computador foi utilizado em atividades acadêmicas no Departamento de Cálculo Científico que deu origem ao Núcleo de Computação Eletrônica. Surgia, ao mesmo tempo, uma disciplina direcionada para o ensino da informática. Em 1973, no Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde e no Centro Latino Americano de Tecnologia Educacional, ambos na UFRJ, a informática se volta para a avaliação dos alunos de Química. Ainda nesse mesmo ano teve início o uso de aplicativos especiais para o curso de pós-graduação em Educação. Dois anos mais tarde, o MEC num acordo com Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID) financiou o documento “Introdução de Computadores na Escola”, escrito por um professor do Instituto de Matemática, Estatística e Ciências da Computação da UNICAMP. Nesse mesmo ano e nessa mesma universidade estiveram notáveis cientistas que aprofundaram estudos sobre a inteligência artificial. Que tal conhecer uma definição sobre a IA: A Inteligência Artificial é uma área de pesquisa da ciência da computação dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente. Também pode ser definida como o ramo da ciência da computação que se ocupa do comportamento inteligente ou ainda, o estudo de como fazer os computadores realizarem coisas que, atualmente, os humanos fazem melhor. Fonte da imagem e texto: WIKIPEDIA 9 Você saberia explicar a imagem a partir da explicação do texto? No ano seguinte pesquisadores da UNICAMP foram ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts nos Estados Unidos e daí surgiu um grupo de especialistas de diversas áreas tais como computação, linguística e psicologia educacional, que pesquisou o uso de computadores na educação, usando a linguagem de programação chamada Logo. A partir de 1977, o projeto passou a envolver a participação de crianças. Esse trabalho deu ensejo à constituição já na década seguinte, em 1983, do Núcleo Interdisciplinar de Informática aplicada à educação da UNICAMP mas já com apoio do MEC. Duas perguntinhas 1- Qual a importante contribuição da UFRJ nesse primeiro momento da informática educativa? 2-Que relação é possível estabelecer entre o projeto Logo e a UNICAMP? 1.2. Alguns progressos na década de 1980 O governo federal brasileiro procurou estimular o desenvolvimento do setor de informática criando vários órgãos ligados ao setor. Para discutir as estratégias procurando a informatização da sociedade realizou-se o I Seminário Nacional de Informática na Educação, na Universidade de Brasília (UnB) em 10 agosto de 1981, que foram seguidos de outros. Firmava-se dessa forma o interesse do país no uso da Informática na Educação. A partir desse seminário foram implantados projetos piloto em universidades para servirem de base para uma política nacional de informatização. No final de 1981 foi divulgado o documento “Subsídios para a Implantação do Programa Nacional de Informática na Educação”. Em 1982 foi criado o Centro de Informática do MEC que mais tarde se tornou responsável pela implementação, coordenação e supervisão técnica do Projeto Educom. Ainda em 1983 foi apresentado o “Projeto Educom” como proposta interdisciplinar direcionada para pesquisas, visando a capacitação e a coleta de subsídios para incrementar a informatização na educação e na sociedade como um todo. A partir desse momento, segundo Nascimento (2007), o MEC assumiu a liderança do processo de informatização da educação brasileira. Um dos argumentos utilizados para a transferência do Projeto Educom para o MEC era o de que informática na educação tratava de questões de natureza pedagógica relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem, envolvendo escolas públicas brasileiras e universidades, na busca de subsídios para uma futura política para o setor educacional. Entretanto, em março de 1985, com o fim do governo militar, muitas mudanças funcionais ocorreram na administração federal com reflexos na orientação política e administrativa. Já na fase de abertura política, com o fim da ditadura militar, a capacitação dos professores foi realizada pelo Projeto Formar, através da UNICAMP, com a colaboração dos vários centros-pilotos do Projeto Educom. O Projeto Formar destinava-se, em sua primeira etapa, à formação de profissionais para atuarem nos diversos centros de informática educativa dos sistemas estaduais e municipais de educação. 11 Parada para Atividade Vamos entender melhor o objetivo do Projeto Formar lendo o texto abaixo e explicando a filosofia desse projeto, distinguindo-o de um simples treinamento: Com a escolha do nome Projeto Formar, tínhamos em mente marcar uma transição importante em nossa cultura de formação de professores. Ou seja, pretendíamos fazer uma distinção entre os termos formação e treinamento, mostrando que não estávamos preocupados com adestramento ou em simplesmente adicionar mais uma técnica ao conhecimento que o profissional já tivesse, mas, sobretudo, pretendíamos que o professor refletisse sobre sua forma de atuar em sala de aula e propiciar-lhe condições de mudanças em sua prática pedagógica na forma de compreender e conceber o processo ensino aprendizagem, levando-o a assumir uma nova postura como educador. (MORAES, 1997, p.23). Osprofessores formados tinham compromisso de agirem como multiplicadores nas secretarias de educação das quais eram oriundos. Assim foram implantados Centros de Informática Educativa (Cieds). Cada um dos 17 Cieds tinha como propósito atender professores e alunos do ensino fundamental e médio, bem como a educação especial e a comunidade em geral. O Cied deveria ser um centro irradiador e multiplicador da tecnologia da informática para as escolas públicas brasileiras. Todas as iniciativas brasileiras para a difusão da informática chegaram à Organização dos Estados Americanos (OEA) .A instituição em 1988, convidou o MEC para apresentar um projeto de cooperação com outros países latino- americanos, estendendo-se até a cooperações internacionais no setor. Em decorrência de todas essas iniciativas, foi estabelecida uma sólida base para a criação de um Programa Nacional de Informática Educativa 12 (Proninfe), que foi efetivado em outubro de 1989. O Proninfe tinha por finalidade desenvolver a informática educativa no Brasil, a nível federal,estadual e municipal através de projetos e atividades, articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos. No decorrer de sua atuação é importante destacar que: os objetivos do Proninfe passaram a fazer parte do Plano Nacional de Educação incrementou-se o desenvolvimento de pesquisas foram implantados mais centros de informática educativa. produziram-se e avaliaram-se softwares educativos. 1.3. O progresso mais recente: É preciso registrar que ao longo dos anos 90 tanto o Proninfe que já citamos, quanto o Planinfe (Plano de ação integrada) ligado ao MEC criado em 1990 para o período de 1991 a 1993, com objetivos, metas e atividades para o setor,destacavam a necessidade de atuar na formação do professor. Em 1997 foi criado o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) e está em vigor até hoje Esse foi mais um programa visando promover o uso da informática nas escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio. Desta vez o programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC, através do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (Ditec) com a colaboração das Secretarias de Educação de estados e municípios. 13 Segundo as estatísticas de 2001, o Estado que apresentava o maior grau de inclusão digital nas escolas era São Paulo e o menos incluído era o Tocantins. Nos últimos anos, o Proinfo deu ênfase à implementação de laboratórios de informática nas escolas de Ensino Médio e, atualmente, concentra seus esforços para implementação de laboratórios de informática em escolas de Ensino Fundamental de áreas rurais e urbanas que ainda não dispõem deste tipo de infraestrutura. O programa compreende também ações de apoio à formação a distância de professores. A coordenação geral do Proinfo é de âmbito federal, mas é operacionalizada pelos estados e municípios. Em cada estado há uma coordenação que introduz as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas escolas, articula as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), que possuem uma infraestrutura de informática e comunicação e reúnem especialistas em tecnologia de hardware e software. Cada estado brasileiro possui um Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (Cete). Os profissionais que trabalham nos NTEs são especialmente capacitados pelo Proinfo para auxiliar as escolas em todas as fases do processo de incorporação das novas tecnologias. A capacitação dos professores é realizada a partir desses núcleos, nos quais os agentes multiplicadores dispõem de toda a estrutura necessária para qualificar os educadores a fim de utilizar a internet no processo educacional. O laboratório de informática é um patrimônio que pode beneficiar toda a comunidade, e o NTE é um agente colaborador. Sua função é orientar o uso adequado desses instrumentos para beneficiar a escola e a comunidade. Como vocês sabem, pois são parte desse processo, o desenvolvimento e a expansão da EaD (Educação a Distância) se devem ao uso da informática. Até aqui tentamos mostrar a vocês o quanto de caminhada na implementação da Informática educativa já foi feita. Por outro lado, uma manchete da Revista Nova Escola chamou a atenção com o seguinte título: "Tecnologia na escola:tem mais ainda é pouco". De acordo 14 com Paulina e Costa (2009) em pesquisas realizadas foi constatado que em 1996, o governo federal prometeu distribuir 300 mil computadores às escolas e em 1997 após o lançamento do Proinfo, o número baixou para 100 mil. Em 2002, havia apenas 20 mil laboratórios instalados. E, sete anos depois, esse número ainda não tinha chegado a 50 mil. segundo dados de 2009. A reportagem também trabalha com os números da pesquisa feita pela Fundação Victor Civita. A pesquisa envolveu 400 escolas. Esses dados mostram que há equipamentos nas escolas, mas seu uso ainda é muito mais burocrático do que pedagógico. Assim a proporção de uso dos funcionários administrativos é de 4,7 vezes por semana, em média , enquanto os professores só fazem isso 3,2 vezes por semana e os alunos ainda menos: 2,6 vezes por semana, em média. São citadas como causas para essas diferenças: a quantidade de máquinas disponíveis uma vez que quanto mais computadores a escola tem, maior é a frequência de uso para atividades educacionais, inclusive com a participação dos estudantes. a conexão à internet é fundamental para desenvolver um bom trabalho. Pelo levantamento realizado as escolas que têm apenas conexão discada acabam utilizando as máquinas apenas para atividades administrativas ou para tarefas muito básicas ,enquanto os trabalhos mais elaborados são feitos onde o acesso é via banda larga. É verdade que os recursos materiais para uso da tecnologia já estão disponíveis, ao menos nas escolas públicas das grandes capitais. Mas ainda são insuficientes e não estão a serviço da aprendizagem dos alunos. Dessa maneira, confirmando o exposto, chama a atenção é o número de escolas com laboratório de informática que não usam o recurso , que poderia ser pedagógico, com alunos(18% do total das escolas envolvidas na pesquisa). 15 PARADA PARA ATIVIDADE A partir da manchete da reportagem - Tecnologia na escola: tem mais ainda é pouco da Revista Nova Escola (2009) você vai confrontar dois pontos de vista: um positivo e outro negativo a respeito da caminhada da Informática educativa. A linha de tempo dá uma visão geral e resumida do caminho seguido nos últimos 40 anos, para que a informática se tornasse útil à educação: 1970_______________1980_____________1990_____________2000__ Neste capítulo procuramos mostrar como ocorreu a evolução do uso da informática na educação, abrangendo um período de aproximadamente 40 anos. Vamos agora entender melhor o uso do computador na escola, como recurso pedagógico. As primeiras pesquisas na UFRJ, na UFRGS e na UNICAMP. O Projeto EDUCOM e FORMAR. Proinfo- uso da informática nas escolas públicas. Mais laboratórios nas escolas, expansão da EaD. 16 2.O USO DO COMPUTADOR O uso do computador permite ao professor e à escola dinamizarem o processo ensino-aprendizagem, com aulas mais motivadoras que despertem o interesse e a curiosidade dos alunos. A informática na educação não está restritaà informatização da parte administrativa da escola. 2.1. As novas tecnologias na sala de aula Nesta segunda década do século XXI as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) estão cada vez mais presentes na vida de todos. Nas salas de aula os computadores, os celulares, as câmeras digitais, a internet, as mensagens instantâneas ainda provocam reações diferentes. Para alguns professores há expectativa pela chegada dos novos recursos, ansiedade com as possibilidades que se abrem ou como já disse medo que eles tomem o seu lugar. Vamos responder às questões iniciais: Quando usar a tecnologia em sala de aula? Como utilizar os novos recursos? Para responder à primeira pergunta é essencial dizer que a tecnologia deve estar sempre a serviço dos conteúdos, sendo adequada às faixas etárias. Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de: Identificar as formas de utilização do computador como recurso pedagógico. Preparar o aluno para o mundo virtual, cada vez mais presente na vida de todos. Entender como cada tecnologia pode desenvolver a criatividade e despertar o interesse do aluno. 17 Não é razoável, por exemplo, mostrar o exemplo da germinação de uma semente numa animação, se o aluno pode acompanhar a experiência real. Com os professores ensinando e aprendendo com as TIC e com a inclusão de Mídias na Educação, todos com abrangência nacional através de EaD /Proinfo, os professores adquirem a consciência da necessidade de mudanças de paradigmas e exercitam os três itens básicos da “teoria de Shőn" que consiste em três aspectos: reflexão na ação docente (pensar enquanto pratica), reflexão sobre a ação docente (pensar depois que pratica) e reflexão sobre o que foi refletido (pensar sobre o que foi pensado). Dessa forma diferentes estudos concluem que o uso das TIC como recurso pedagógico pode: estimular as habilidades cognitivas dos alunos, tornar a aula mais interessante e despertar no aluno novas formas de aprendizagem. Novas estratégias de ensino Novas estratégias de aprendizagem. Preparado para o uso de diferentes mídias como ferramentas pedagógicas, o professor também desenvolve suas aptidões cognitivas e conhece novos procedimentos, atuando de modo mais efetivo no processo de aprendizagem dos alunos. Com o computador é possível fazer pesquisas, redigir textos, criar desenhos, fazer cálculos, armazenar fotos, digitar provas, lançar notas, tirar médias, apresentar textos, fotos, ilustrações, filmes, reportagens. É um mundo que se abre para novas formas de ensinar, novas formas de aprender. 18 Vamos apresentar classificações para o uso do computador sob diferentes enfoques: em relação à proposta da escola; quanto ao controle do tempo para a utilização e ainda de acordo com os objetivos. De acordo com a proposta pedagógica da escola a utilização do computador na educação pode ser classificada de duas formas: Por disciplina – o computador serve para o lançamento, reforço ou complementação dos conteúdos dados na sala de aula, numa determinada disciplina. Exemplo; O professor de Geografia apresenta no “data show” diferentes paisagens naturais e urbanas do Brasil para chegar à regionalização do país. Projetos educacionais: nesse caso a informática integra as diversas disciplinas no desenvolvimento de projetos. Vejam alguns exemplos num projeto sobre a preservação do meio ambiente, sobre a sustentabilidade: Matemática: levantamentos estatísticos das áreas desmatadas em todas as regiões brasileiras. Geografia: estudo das áreas e das regiões desmatadas com a produção de mapas indicando a localização das áreas atingidas pelo desmatamento em todo o Brasil. Ciências: consequências do desmatamento para o meio ambiente e para o homem. Língua Portuguesa: elaboração de entrevistas com especialistas no assunto para produção de textos, como transcrição das entrevistas, dos relatórios, das redações, dos artigos, etc. Muitas vezes surge algum questionamento sobre o tempo de utilização da informática. Podemos então classificar a utilização dos ambientes da informática de duas maneiras: 19 Sistematizada: Com horários previamente definidos por ocasião do planejamento; pode ser semanal, quinzenal ou até diário. Essa forma é adequada à escola que está começando o seu processo de informatização, para que professores e alunos vençam suas resistências e se familiarizem com o computador. Não sistematizada: O uso do computador é livre e depende do interesse e das necessidades do professor. Essa forma de utilização pressupõe professores em avançado estágio de integração tecnológica. Em alguns casos pode deixar o ambiente de informática com baixa utilização. O uso do computador pode ainda ser classificado de acordo com os objetivos: Pedagógico: computador utilizado como instrumento de sensibilização ou complementação de conteúdos disciplinares. Os alunos devem saber manusear o computador para alcançar de modo adequado os objetivos estabelecidos. Social. A escola procura passar alguns conhecimentos de tecnologia para serem aplicados no dia a dia, em caixas eletrônicos de bancos, em terminais de consulta. Responda bem rapidinho Como se classifica o uso do computador com relação à proposta da escola? Como se classifica o uso do computador com quanto manejo do tempo de uso? Como se classifica o uso do computador com relação quanto ao objetivo de uso? 20 Com a leitura do texto que se segue pretendemos que você entenda melhor a importância do computador na educação. A importância da utilização da tecnologia computacional na área educacional é indiscutível e necessária, seja no sentido pedagógico, seja no sentido social. Não cabe mais à escola preparar o aluno apenas nas habilidades de linguística e lógico-matemática, apresentar o conhecimento dividido em partes, fazer do professor o grande detentor do conhecimento e valorizar apenas a memorização. Hoje, com o novo conceito de inteligência, em que podemos desenvolver as pessoas em suas diversas habilidades, o computador aparece num momento bastante oportuno, inclusive para facilitar o desenvolvimento dessas habilidades-lógico-matemática, linguística, interpessoal, intrapessoal, espacial, musical... Reescreva o texto mostrando a sua habilidade de interpretação. Para aqueles que estão ainda se adaptando ao uso do computador na sala de aula, algumas observações são válidas. Os alunos devem aprender a ligar e desligar o computador para entender melhor a inicialização da máquina. O professor deve evitar deixar os programas prontos, fazendo com que os alunos os iniciem durante a aula e assim se familiarizem com a máquina. O professor deve, sempre que possível, imprimir os trabalhos desenvolvidos pelos alunos. Será também oportuno que o aluno tenha um CD ou pen drive para copiar seus trabalhos. No laboratório de informática devem ocorrer muitas atividades práticas, evitando explanações muito longas. Podem ainda existir mesas e cadeiras para outras atividades quando não há computadores suficientes para todos os alunos presentes. 21 2.2 Para alguns, o “futuro já chegou”... Em muitas escolas o uso de computadores portáteis e laptops nas salas de aula já é uma realidade. Mas até mesmo nessas escolas professores e alunos ainda enfrentam dificuldades. Analise esta ideia sob o olhar de Scachetti (2012): Imagine duas cenas. Na primeira, a sala de aula possui um quadro-negro,o professor usa o giz e senta em uma mesa em frente às crianças, posicionadas nas carteiras enfileiradas. Na segunda cena, o docente utiliza uma lousa digital e os alunos estão atrás de mesas brancas com computadores. O que muda se compararmos esses dois cenários? Se você disse que "na segunda cena o aprendizado é melhor", cuidado. A euforia geral com a tecnologia leva a pensar que o investimento em equipamentos garante a melhoria do ensino e da aprendizagem, mas a realidade mostra que em muitas salas de aula que se enquadram na segunda descrição a diferença está apenas nas ferramentas empregadas no trabalho. A resposta para a pergunta do primeiro parágrafo é, portanto, "depende". Depende de como a interação entre professores, alunos e conteúdos se dá após a inclusão dos novos recursos. (SCACHETTI, 2012, p.32) Voltando a citar estatísticas é interessante demonstrar como está a presença do computador nas escolas no país e nas diferentes regiões. O Censo Escolar de 2010 mostrou que 39,37% das escolas brasileiras já possuíam laboratório de informática, 60,45% tinham computador, e 45%, acesso à internet. Mas a presença das máquinas não é igualitária no Brasil. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão com a maioria das unidades preparadas. Tecnologia sozinha não aprimora o aprendizado. 22 Um questionamento sério O que a distribuição dos computadores e do seu uso está refletindo em relação às regiões brasileiras? Combater a exclusão digital e preparar os alunos para a vida atual é um ganho, mas precisa de complementos. É essencial que a tecnologia seja incorporada ao Projeto político- pedagógico (PPP) e integrada aos conteúdos do currículo. O computador na sala de aula ou no laboratório deve ter um uso dirigido. Muito bem! Agora você deverá responder. Quais os dois marcos essenciais para melhor fazer uso do computador na escola? Mestrandos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo encontraram, em suas pesquisas, cenas distintas nessa utilização. Há, por exemplo, computadores com sistemas convencionais e outros com programas específicos para o uso em sala de aula. De acordo com uma das pesquisadoras: “Agora, planejar uma aula significa preparar os recursos que vão ser utilizados pelos alunos, desde sites até equipamentos que se somam aos laptops.” (MENDES, 2011, p.88) Em alguns casos os recursos são usados para desenvolver atividades que poderiam ser feitas sem a tecnologia. Uma das explicações para o fato é a deficiência na formação. Esse foi um dos aspectos observados no trabalho De acordo com Silva, citada por Mendes (2012) a maioria dos profissionais que foram entrevistados na rede pública de São Paulo, indicou que a falta de conhecimentos gera inseguranças no manuseio dos computadores. 23 No estudo de Mandaio (apud MENDES, 2012), os educadores também apontaram o baixo acesso a materiais de apoio. Como consequência, dependem do apoio de técnicos, sentem que falta tempo para cumprir o conteúdo e têm dificuldade para preparar as aulas. Como é possível vencer esses desafios?Buscar o apoio da gestão da escola é um dos caminhos indicados para vencer essas adversidades e seguir em frente com as novidades. Ainda referente a pesquisa realizada por Mandaio (apud MENDES,2012) em duas escolas públicas do interior de São Paulo, conclui-se que na maioria das vezes os docentes usam os computadores para auxiliar aulas expositivas, propor exercícios, interpretar textos, usar jogos educativos e explorar imagens, sons e animações. Outra forma de utilização é disponibilizar as máquinas para que os alunos realizem apresentações de trabalhos e conteúdos. Em uma pesquisa ficou constatado que 89% dos professores de uma escola de Campinas, em São Paulo assim agiam. Podemos apontar vantagens indiscutíveis do uso do computador na escola: A melhora na leitura e na escrita é um dos destaques apontados pelas pesquisas. Com as máquinas, os estudantes tiram dúvidas sobre ortografia, corrigem a concordância de frases e têm uma maior autonomia em relação à produção escrita. Os estudantes sentem a necessidade de reorganizar a posição de sua mesa. Eles se unem em grupos para trocar conteúdos e compartilhar informações sobre os usos dos programas e sobre as descobertas. O acompanhamento da classe passa a ser mais individualizado. O professor caminha, intervindo se necessário. Ele também precisa se preparar para atender a mais interrupções feitas por alunos e abrir espaço para que eles compartilhem ideias. 24 Ao preparar as atividades, o docente precisa testar os programas e prever o uso inovador dos equipamentos. É importante avisar aos alunos, caso eles não fiquem sempre na classe, que as aulas com computadores portáteis ocorrem em dias determinados. O professor tem o papel de orientar o trabalho. Mas, por mais autonomia que as máquinas possam trazer aos alunos, cabe a ele indicar dados confiáveis. A tecnologia por si só não muda as práticas existentes. A máquina substitui o caderno e os livros, mas não altera o contexto pedagógico. Curiosidades Em Londres, uma feira (Bett Show 2012) mostrou as novidades que, mais cedo ou mais tarde, estarão nas salas de aula. Os cerca de 700 expositores e palestrantes apresentaram tudo o que hardwares e softwares podem fazer para ajudar no ensino e facilitar a aprendizagem e mostraram como algumas escolas já estão aproveitando isso. Em todos os corredores, a ênfase era para a capacidade que a tecnologia tem de promover a interatividade, colocar a produção intelectual e cultural ao alcance de todos e facilitar a inclusão - com produtos capazes de atender individualmente a qualquer necessidade especial de aprendizagem. "Gostaria de ver os estudantes usando na escola as mesmas ferramentas que os profissionais utilizam no trabalho. Mas para isso precisamos mudar o currículo e formar os professores", disse Michael Gove, secretário de Estado para a Educação da Grã- Bretanha. 25 Novidades mostradas na feira: MP3 para leitura: Os fones de ouvido coloridos vêm com histórias, músicas e jogos de palavras. O professor pode incluir arquivos de áudio e ainda gravar a fala das crianças. Caneta leitora: Indicado para disléxicos, o dispositivo lê documentos, que ficam arquivados por escrito e em áudio. Este modelo armazena o texto redigido pelo aluno. Carteira interativa: Com tampo de LCD sensível ao toque, biblioteca, videoteca e outras ferramentas, esta mesa permite o trabalho em grupo de até seis alunos. Dispositivo de respostas: Basta apertar as teclas para responder às questões feitas pelo professor, que recebe a avaliação em tempo real e replaneja a aula se necessário. Monitor inclusivo: Tela gigante sensível ao toque possibilita a participação de estudantes com baixa visão ou dificuldade de movimento nas atividades propostas em aula. (Publicado em Revista Nova Escola, nº 250) 2.3. A utilização de softwares na educação Há diversos tipos de softwares (programas de computador) que podem ser usados em educação. Os softwares podem ser classificados nos seguintes grupos: Softwares tutoriais: apresentam conceitos e instruções para a realização de tarefas específicas, com baixa interatividade. Muitos tutoriais ensinam a utilizar programas de computador. Softwares de exercitação: permitem atividades interativas por meio de respostas às questões apresentadas. O professor pode propor exercícios sobre conceitos apresentados em aula. 26 Softwaresde investigação: possibilitam a localização de informações sobre diversos assuntos, como, por exemplo, as enciclopédias. Softwares de simulação: são recursos usados para o aprendizado de um piloto, pois simulam a realidade. É o caso dos simuladores de voo. Softwares de entretenimento: os jogos podem ser utilizados com finalidades educativas, além de tornar as aulas mais atraentes e divertidas. Há jogos matemáticos, de raciocínio lógico, de leitura e escrita. Podem ser usados desde a Educação infantil. Softwares abertos: Apresentam várias ferramentas como editores de texto, banco de dados, planilhas eletrônicas. Entendendo melhor o que significa software: Software logiciário ou suporte lógico é uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação ou acontecimento. Software também é o nome dado ao comportamento exibido por essa seqüência de instruções quando executada em um computador ou máquina semelhante além de um produto desenvolvido pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador propriamente dito, mas também manuais e especificações. (Fonte: Wikipédia) Ao utilizar os editores de textos de um software aberto, apresentam - se recursos variados podendo ser criados: Os bancos de dados permitem armazenar informações, dados (textos, imagens, atividades) que podem ser utilizadas mais tarde em outras atividades de análise e elaboração de relatórios. Os alunos podem imprimir relatórios, definir prioridades, estabelecer associações. Redações Relatórios Cartas Entrevistas 27 As planilhas eletrônicas possibilitam a realização de cálculos de modo rápido e a elaboração de diversos tipos de gráfico. Você já utilizou um software gráfico? Os softwares gráficos servem para a confecção de desenhos e produções artísticas como cartões, convites, calendários. É possível criar os próprios desenhos ou usar os disponíveis em arquivos. Também é possível obter imagens através de um scanner. Um exemplo de atividade que pode ser desenvolvida com um software gráfico é pedir ao aluno para elaborar um desenho que represente um texto fornecido pelo professor ou, a partir de um desenho ou cenário apresentado no programa, pedir que o aluno elabore um texto. As atividades com softwares gráficos despertam a criatividade artística dos alunos. Diante dos vários tipos de softwares disponíveis para utilização como recurso pedagógico, o ideal é que a escola faça uma análise prévia dos programas que pretende utilizar, a fim de avaliar se os programas são apropriados às necessidades das disciplinas e aos objetivos que os professores e a própria escola pretendem atingir com sua utilização. Podemos sugerir, também, a elaboração de projetos educacionais, com ajuda do computador. Nesse caso é conveniente seguir alguns passos: Este cartão foi criado com desenhos disponíveis em arquivos. 28 Apresentação e uma breve explicação sobre o tema do projeto. Levantamento com os alunos de recursos materiais e humanos que vão ser usados. Confirmação ou reformulação do tema proposto. Discussão com os alunos sobre conhecimentos anteriormente adquiridos sobre o tema proposto. Elaboração de um roteiro de pesquisa pelos alunos. Localização da bibliografia e dos outros recursos que vão ser usados. Apresentação dos relatórios individuais ou de grupos. Atividade: Com base no texto que se segue e na sua experiência pessoal, apresente vantagens e desvantagens do uso do computador na educação e explique a importância do papel do professor no uso das TIC: O computador pode ser um importante recurso para promover a passagem da informação ao usuário ou para promover a aprendizagem. No entanto, da análise dos softwares, é possível entender que o aprender não deve estar restrito ao uso deles, mas deve estar restrito à interação professor-aluno-software. Alguns deles apresentam características que favorecem a atuação do professor, como no caso da programação; outros, em que certas características não estão presentes, requerem um maior envolvimento do professor para auxiliar o aluno a aprender, como no caso do tutorial. (VALENTE, 1998, p.49) 29 2.4 Os sistemas operacionais e alguns programas Um sistema operacional é um programa ou um conjunto de programas cuja função é gerenciar os recursos fornecendo uma interface entre o computador e o usuário. O sistema mais comumente encontrado nos computadores pessoais é o Windows. Utilizamos o Windows 7, mas é preciso esclarecer que nova versão desse sistema esta sendo lançada.:Windows 8. Há no pacote do Office que trabalha no ambiente Windows programas que usamos muito em Educação. São eles o Word,o Excel e o Power point. É importante ressaltar que continuam sendo usadas as versões 2003, 2007 e 2010 do Office. Mas a Microsoft já disponibilizou a versão mais atualizada, o Office 2013, para testes. Você percebe a importância de estar antenado com as novidades (A interrogação da pergunta foi criada no Word art.) Você poderá contar também com outros sistemas operacionais como é o caso do Linux. Procure conhecer mais sobre o LINUX. TUX,o logo e mascote do Linux Imagem br-linux.org acesso em set 2012 30 2.4.1 Algumas ideias sobre o WORD Você certamente tem alguma familiaridade com esse editor de textos. Durante o nosso curso será indispensável que seu domínio sobre ele vá aumentando porque vários exercícios serão solicitados e você terá que produzir textos ,salvá-los e anexar ao AVA para enviar a seu tutor. O Microsoft Word é um dos editores de textos mais utilizados do mundo. Trata-se de uma ferramenta repleta de recursos e funcionalidades, o que a torna apta à elaboração dos mais diversos tipos de documentos.1 Que tal seguir algumas informações para o uso do Word? Esse editor de texto apresenta uma porção de opções. Vamos explorar algumas. Você já utilizou a possibilidade de ter um sinônimo de uma palavra na hora que precisa sem usar dicionário? A dica do Infowester é a seguinte: " Para isso, clique com o botão direito do mouse sob a palavra que deseja substituir e, no menu que surgir, escolha uma palavra que aparece na opção Sinônimos." Uma nova caixa de texto apresentará uma série de opções. É só escolher! Você quer imprimir um texto, mas percebe que a última página contém apenas algumas poucas linhas. Para contornar o problema use o recurso Reduzir. No Word 2003, clique em Arquivo e em seguida Visualizar impressão. Na tela de visualização do arquivo, clique no botão Reduzir para caber. O pequeno texto que estava na última página vai para a página anterior. No Word 2007, clique no botão Office (o botão redondo no canto superior esquerdo do programa), vá à opção Imprimir e escolha Visualização de 1 http://www.infowester.com/dicasword.php.Acesso em set 2012 31 impressão. Na tela que surgir, procure e clique no botão Reduzir uma página. Se você se deparar com problemas desse tipo, como deverá agir? Uma professora recebeu um texto do Word 2007 e sua versão é 2003. O arquivo não abriu! E agora? O Word 2007 abre sem dificuldades arquivos das edições 2003 e anteriores, mas o contrário não acontece. O Word 2003 não consegue abrir arquivos do Word 2007 (cuja extensão é docx). Para resolver esse problema, basta instalar um conversoroferecido gratuitamente pela Microsoft. Depois de instalado, o próprio Word 2003 fará a conversão do arquivo para um formato que o programa possa ler. Na hora de digitar o projeto final do nosso curso você se deparou com essa situação: Encontrou um texto interessante na internet, mas ao colá-lo em seu documento do Word, notou que ele veio com tabelas, figuras e formatações que atrapalham a organização do trabalho. Para evitar que isso aconteça, copie o texto e se tiver a versão 2003, vá ao menu Editar, escolha Colar Especial e selecione a opção Texto não formatado. No Word 2007, vá à aba Início, clique no botão Colar, selecione o item Colar Especial e, por fim, escolha Texto não formatado. Dessa forma, o texto será inserido no Word sem formatação ou outros elementos que possam atrapalhar o layout do seu documento. As sugestões apresentadas são só uma mostra das chances de fazer belos trabalhos no Word. 32 Parada para uma atividade Que tal colocar marca d'água no trabalho? Outra boa ideia é dada em http://www.infowester.com/dicasword.php.Acesse e descubra! . 2.4.2 Tornando o PowerPoint um aliado em apresentações para trabalhos e aulas Quando você vai preparar material para fazer projeção é provável que utilize o PowerPoint. Ele é recurso do Office utilizado para fazer apresentações diversas. Seu principal objetivo e passar as ideias de forma clara e atrativa. Já foi usado em aparelhos como o retroprojetor. fonte :if.usp.br Atualmente usamos os recursos de projeção no data show, termo que foi utilizado para definir equipamentos que eram semelhantes aos retroprojetores de transparências mas cuja imagem vem através do computador. Ele é adaptado no lugar do monitor e vai refletir a imagem na parede, quadro ou tela, só que em tamanho grande. Para qualquer que seja o equipamento a ser utilizado recomendam-se algumas providências para a elaboração de apresentações. 33 Segundo Cardoso (2008) há cuidados essenciais quando elaboramos material para o PowerPoint. Vamos apresentar algumas sugestões para a correta elaboração de material. Algumas ideias baseadas em Cardoso(2008) Crie um sumário Siga durante a apresentação a ordem estabelecida no sumário. 1 Um bom slide Use de 1 a 2 slides por minuto de sua apresentação. Inclua até 5 tópicos por slide. As sentenças são apresentadas na forma de tópicos. 2 Um bom slide Previna a leitura antecipada , Se for possível mostre um tópico por vez Mantenha no apresentador ao foco da atenção. 3 Um bom slide Não ultrapasse as margens do slide. Use fonte de pelos menos 18 pontos. Os tópicos principais devem ter fonte se animações bem de acordo com o tema. maior. As fontes devem ter formas pouco elaboradas 4. Um bom slide Use Times New Roman, Arial ou Tahoma. O uso de maiúsculas deve ser feita somente se necessário , pois são difíceis de ler. Use uma cor de fonte que contrasta nitidamente com o fundo como fonte azul e fundo branco. 6 34 Um bom slide Prefira fundos de slides leves para não poluir o visual. Escolha preferencialmente o mesmo fundo em toda a apresentação. 7 Um bom slide Prefira usar gráficos em lugar de mapas e palavras porque o visual é mais facilmente entendido. O título do gráfico é elemento essencial. Saiba escolher o tipo mais adequado ao que se pretende fixar.. 8 Um bom slide Os cuidados com a ortografia são muito necessários. Reveja seus slides para evitar erros de concordância. Cuide de verificar se há repetição de palavras. 9 Concluindo a apresentação Resuma os pontos principais . Apresente possibilidades futuras de pesquisa ou discussão,quando se tratar de trabalhos acadêmicos. Crie uma conclusão que cause impacto. Lembre-se de encerrar a apresentação. 10 Cuidados no planejamento As transições e efeitos devem ser escolhidas de forma a não saturar o público. Defina o intervalo entre as apresentações. Trabalhe com imagens e sons que atraiam as pessoas , mas sem excessos. Analise o visual da apresentação 11. Cuidados no término da apresentação Termine sua apresentação perguntas simples sobre seu tema . Convide a plateia a fazer perguntas. Selecione um apelo visual para o slide no período de perguntas. Evite terminar uma apresentação de forma precipitada. 12 35 O Power Point é muito útil também na exibição de aulas em lousas digitais. Você já teve a oportunidade de assistir a alguma aula em que essa tecnologia foi utilizada? A lousa digital é como uma tela imensa de um computador, mas é sensível ao toque. Desta forma, tudo o que se pensar em termos de recursos de um computador, de multimídia, simulação de imagens e navegação na internet é possível com ela. Ou seja, funciona como um computador, mas com uma tela melhor e maior. O professor pode preparar apresentações em programas comuns de computador, como Power Point, por exemplo, e complementar com links de sites. Durante a aula, é possível, enquanto apresenta o conteúdo programado, navegar na internet com os estudantes. Pode ainda criar ou utilizar jogos e atividades interativas, contando com a participação dos alunos, que vão até a lousa e escrevem nela por meio de um teclado virtual - como aqueles de páginas de banco na internet seja com uma caneta especial ou com o dedo, já que a lousa lê ambas as formas 2.4.2. O Microsoft Excel pode ajudar muito. O Excel é a planilha eletrônica das mais utilizados do mundo. Por se tratar de um aplicativo riquíssimo em recursos, é sempre possível descobrir funcionalidades e truques que podem facilitar bastante a elaboração ou a edição de uma planilha nele. Para tanto, esperamos que você aluno ou aluna do CND tenha familiaridade com termos como células, linhas e colunas. Quando você cria uma planilha nova no Excel, a tela do computador é dividida em linhas e colunas, formando uma grade. A interseção de uma linha e de uma coluna é chamada de célula. As linhas são numeradas sequencialmente, as colunas são identificadas por letras também sequenciais e cada célula pela linha e coluna que a forma. 36 Se você, como professor for avaliar a sua turma e precisar calcular a soma ou média das notas obtidas encontrará, no Excel, o auxiliar ideal. Uma característica interessante do Excel é a exibição automática de cálculos de soma, média e outros na Barra de Status da planilha na última barra da interface, na parte inferior, cada vez que duas ou mais células são selecionadas. Observe o detalhe na planilha anterior e verifique que se você quiser, por exemplo, saber o valor da soma de três células, basta selecioná-las. O tipo de trabalho será muito útil a você é o de cálculo de médias. 37 Para calcular as médias dos seus alunos faça o seguinte: Na barra de fórmulas clique no ícone fx surgirá a caixa inserir função (1). E selecione a função MÉDIA, clique no botão OK. Na caixa Argumentos da função (2) aparecerão selecionadas as células onde estão lançadas as notas, então basta você clicar no botão OK e a média aparecerá calculada na célula correspondente. Calculada a primeira média leve o cursor no canto inferior direito da célula (ele irá se transformará numa cruz semelhante ao sinal de adição +) e a seguir arraste o cursor até a última célula correspondente ao último aluno da lista. As médias de todos os alunos aparecerão calculadas.38 Agora está na hora de você se aventurar por conta própria e experimentar essas e outras possibilidades do Excel. A seguir para você ter habilidades cada vez maiores estamos informando o endereço eletrônico de vários sítios e redes sociais que em muito irão ajudar nessa busca pelo autoconhecimento. 39 Apostilas de Conteúdos de Produtividade http://institutocrescer.org.br/noticias/apostilas-de-conteudos-de-produtividade/ Download da Apostila de Word 2010: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&formkey=dGsxR3k0Mng4TDN 5TW5MS3BlRHBQQWc6MA#gid=0 Download da Apostila de Excel 2010: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&formkey=dFJjcEhXT2tnbzNTV HM4ZWFncmZtVlE6MA#gid=0 Download da Apostila de Power Point 2010: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&formkey=dGsxR3k0Mng4TDN 5TW5MS3BlRHBQQWc6MA#gid=0 Download da Apostila de Práticas de Internet: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dGJTVUtXQVNTaVo3MG00Qn VQTGRKVUE6MA Download da Apostila de Informática Básica: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&pli=1&formkey=dGhaQlROQU 9GZEllUDd1aUYtSnN1NlE6MQ#gid=0 Microsoft Excel - Aula 1 (Parte 1/3) http://www.youtube.com/watch?v=30OmFJvV7pA&feature=player_embedded Microsoft Excel - Aula 1 (Parte 2/3) http://www.youtube.com/watch?v=wxD4FB5BVFE&feature=player_embedded Microsoft Excel - Aula 1 (Parte 3/3) http://www.youtube.com/watch?v=m0O9VFMJWw0&feature=player_embedded Neste capítulo procuramos habilitar você para o uso consciente do computador como um auxiliar no seu trabalho de sala de aula e na educação em geral. No próximo vamos preparar o educador para o uso das tecnologias que se renovam a cada momento. 40 3. O PREPARO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO COM A INFORMÁTICA Você aluna ou aluno do nosso CND, por força da sua trajetória educativa, já está familiarizado com muito do que vamos apresentar a respeito da Informática e Educação. De acordo com Nascimento (2007) a nova perspectiva educacional que estamos vivenciando, na qual a inserção da informática como recurso pedagógico se faz presente, traz para as escolas um novo papel, que facilita o trabalho em equipe e favorece o desenvolvimento do aluno uma vez que ele é levado a pensar, interagir e tomar decisões. Nesse sentido a utilização da informática, que a cada dia se torna mais essencial no cotidiano escolar, obriga o educador a assumir uma nova postura no processo de ensino-aprendizagem. Pense em você já como alguém atuante numa sala de aula e membro de uma equipe de trabalho. A palavra chave para o educador que quer atuar com segurança e tendo a tecnologia como aliada é a capacitação e a busca contínua do conhecimento sempre utilizando uma visão crítica e tendo a consciência do seu papel levando em conta a realidade e o contexto educacional. Para que os educadores tenham condições propiciar ambientes de aprendizagem facilitando o movimento contínuo de construção e reconstrução do Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de: Avaliar a necessidade de educação continuada e autodidatismo Propiciar aos seus futuros alunos um ambiente favorável à construção e reconstrução de conhecimentos. Identificar entre os grandes nomes do pensamento pedagógico alguns daqueles que fazem a ponte entre educação e tecnologia 41 conhecimento tanto seu quanto dos seus alunos uma série de cuidados devem ser assumidos. De acordo com Polato (2009) vamos apresentar algumas considerações a serem levadas em conta, uma vez que se esteja pretendendo a realização de um eficaz trabalho com a Informática. Que tal começar a utilizar a tecnologia em sala, conhecendo o potencial das ferramentas digitais. Uma boa providência é buscar conhecer as experiências bem-sucedidas de outros colegas. Todo início de ano letivo, durante o planejamento anual, é uma boa atividade avaliar em grupo quais conteúdos que poderiam ser mais bem abordados com a tecnologia e quais as novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, que podem ser inseridas no currículo. O professor que já reconhece a facilitação do trabalho proporcionado pela Informática certamente tem que estar familiarizado com o básico do computador e da internet. Dessa forma, conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismos de busca são o mínimo indispensável. Há escolas que ao entrevistarem professores para lecionar indagam sobre as suas habilidades nesse setor. Em outras escolas são oferecidos treinamentos considerados básicos a fim de que se garanta um bom trabalho com a Informática. Por outro lado, assim como em outras tecnologias aplicada às aulas para dinamizá-las, não é possível iniciar a atividade em sala, sem que se compreendam as Para saber mais sobre a Fundação Cecierj- CEDERJ Acesse. http://www.cederj.edu. br/fundacao/index.php ?option=com_content& view=frontpage&Itemid =4 O CEDERJ tem como objetivos Oferecer educação superior a distância (EAD), gratuita e de qualidade; promover a divulgação científica; proporcionar a formação continuada de professores do ensino fundamental, médio e superior; e promover a expansão e interiorização do ensino gratuito e de qualidade no Estado. Para vocês que vão atuar no Ensino Fundamental é interessante saber que o CEDERJ tem cursos modulares em diversas áreas: Antropologia, Arte e Comunicação, Biologia, Educação em Ciências, Educação Especial e Inclusiva, Física, Informática Educativa, Geociências, Governança: Gestão, Auditoria e TI, Letras, Matemática e Química. 42 funções elementares dos aparelhos e aplicativos que se quer usar na aula. Fica evidente que é preciso ampliar constantemente o conhecimento para avançar no uso pedagógico das TICs na Educação. Boas opções são os cursos como os oferecidos tanto pelo MEC como no PROINFO, ou cursos oferecidos pelo CEDERJ no Rio de Janeiro, além de tantas outras oportunidades que continuadamente são anunciadas. Acesse: objetoseducacionais2.mec.gov.br objetoseducacionais2.mec.gov.br/retrievefile/guia Contudo o dinamismo das tecnologias cria a necessidade de sempre estar buscando o novo pelos nossos próprios caminhos, porque a internet também ajuda na aquisição desses conhecimentos técnicos. Assim quando nos guiamos pelos os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos, estamos exercitando o autodidatismo, como temos acentuado ao longo das unidades desse material. Como educadores estamos também estamos envolvidos com as questões formativas. Isso nos traz a responsabilidade do trabalho reflexivo junto aos alunos, alertando-os sobre o nível de exposição adequado na Internet e também a responsabilidade sobre o que ele postar em blogs e fotoblogs. 43 Blog é uma abreviação de weblog, entendido como qualquer registro frequente de informações. .As últimas notícias de um jornal online por exemplo, pode ser considerada um blog. [ Fotolog é um site de fotografias. Por ele os usuários podem mandar todas suas fotografias e compartilhar com os amigos. Caso a turma vá trabalhar fazendo comunicação online, várias informações de segurança devem ser discutidas e apresentadas. Nesse caso é preciso trabalhar na escola com textos que orientem o grupo para uma navegação segura. É importante frisar que nesse quesito vale trocar informações com os próprios alunos, estabelecendo comeles uma parceria, que permitirá aclarar as suas dúvidas ,valorizando o saber que muitos alunos já trazem. Uma contribuição importante no tocante ao papel do professor diante da tecnologia é trazida por Almeida (1998). Para a autora é preciso mais do que treinamento técnico ou cursos em que os conceitos educacionais e o domínio do computador são trabalhados de forma estanque, na esperança que o profissional consiga integrar as informações. De acordo com a autora somente a formação continuada trará a cada um a chance de estar ciente da própria prática para transformá-la e ainda entender aspectos ligados ao como se ensina e como se aprende. 44 Este sinal de trânsito indica uma via de mão dupla. Retire do parágrafo acima e reescreva a parte que menciona a ideia trazida pela placa. Já abordamos durante esse capítulo mais de uma vez a importância da mudança na formação do professor de modo a torná-lo mais "antenado" com as grandes e velozes mudanças que vêm ocorrendo no mundo da tecnologia. Se você, com futuro professor, quer criar ambientes de aprendizagem onde se proporcione constante construção e reconstrução de conhecimentos, fugindo do papel de apenas repetir o que já está consagrado, mais do que nunca é necessário que se coloque em formação continuada. É preciso ter em conta que o uso das TICs em vários setores da sociedade está se tornando crescente com múltiplas ofertas de conexão. Ao lado disso o acesso aos bens digitais pelos professores, facilitado pelo barateamento dos computadores vai se efetivando. Da mesma forma as políticas públicas de informatização da Escola acompanhada muitas vezes da capacitação dos seus profissionais vai tornando essencial o uso mais intenso dos recursos dos computadores e da internet. A partir do exposto, interprete a afirmativa de Nascimento (2007, p 64): Assim, o processo de capacitação dos profissionais de educação deve englobar conhecimentos básicos de informática, conhecimentos pedagógicos, integração das tecnologias com as propostas pedagógicas, formas de gerenciamento da sala de aula com os novos recursos tecnológicos, revisão das teorias de aprendizagem, didática, projetos multi, inter e transdisciplinares. Com isso, será obtida uma maior segurança para atuar com a informática na educação. 45 t Partindo ainda para uma visão mais imediata, o uso do computador, propiciará um apoio efetivo na elaboração de provas, no registro das avaliações, na elaboração de relatórios e de toda série de exigências comuns ao dia a dia da escola, quer seja, por exemplo, criando mensagens que serão distribuídas nas datas festivas ou produzindo faixas (banners) para ilustrar um mural. De forma geral o que temos apresentado sobre a preparação do professor o uso da Informática tem-nos apontado perspectivas sempre favoráveis. No entanto basta conversar com alguns professores sobre a utilização dessa tecnologia para nos vermos diante de problemas técnicos e situacionais. Imagine-se conversando com professores. É possível que você encontre depoimentos como os que se seguem. Escreva outras respostas comuns que mostram fatores que dificultam a utilização dos computadores pelos professores numa escola. 46 O nosso módulo está enfocando o uso das TICs como essencial ao educador, sendo assim a ênfase dessa formação envolve a articulação entre a tecnologia computacional, as teorias pedagógicas e a ação pedagógica com o uso do computador. 3.1 Buscando a ajuda dos grandes pensadores da Educação Vamos apresentar ideias de autores que escreveram sobre as questões relativas ao processo ensino aprendizagem, a fim de estabelecer a ponte entre a ação pedagógica e as TICs. Alguns desses autores não foram contemporâneos da expansão da Internet, no entanto as suas propostas são atuais. Iniciamos citando Paulo Freire que tem uma frase famosa e merece ser repetida: "Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." (FREIRE, 1987, p.78). Assim esse recorte das ideias freireanas aponta para os homens aprendendo em comunidade. Transpondo para as situações em que a pessoa está conectada serão maiores as possibilidades de situações de aprendizagem. Já Vygotsky afirma que é na interação entre aqueles que sabem mais com aqueles que ainda não conseguem fazer sozinhos que o pensamento se desenvolve.2 A partir do citado pode-se inferir que as TICs proporcionam as interações, criando novos espaços de aprendizagens. Se acrescentarmos a teoria de Piaget com a contribuição de Vygostky para a elaboração do processo de comunicação, interação, de ensino e de aprendizagem, deve-se buscar uma aprendizagem essencialmente ativa. O aluno aprende algo novo e incorpora a essa experiência toda a sua bagagem de experiências. 2 http://revistas.udesc.br/index.php/udescvirtual/article/viewFile/1655/1332 47 Todo o impacto tecnológico não tira do professor o principal papel de modificador desse novo ambiente de aprendizagem, dependendo dele a didática, a abordagem e o rumo das aulas, como sempre foi, só que, agora, transformada em alguns detalhes, com novas ferramentas tecnológicas. 3.2 Algumas ponderações para concluir o capítulo Para finalizar o capítulo vamos ressaltar citando Alvarenga (2011) que as novas mídias cresceram na Internet e são frequentemente usadas por alunos para fins diversos e não são vistas pelos mesmos como espaços culturais e de aprendizagem. Na sociedade do conhecimento, um novo paradigma se abre exigindo novas práticas e um educador ousado com olhar de pesquisador que esteja avaliando constantemente sua prática, pois a velocidade da mudança tecnológica deve ser acompanhada pelo repensar da ação educativa. Aluno atento ao mundo a sua volta que você é, você deve ter percebido que as revistas impressas e os jornais introduziram contatos, via internet, com seus leitores. As reportagens on-line permitem a troca de informações entre os interessados nos diferentes assuntos e muitas pedem avaliação sobre o que foi oferecido. A televisão também incorporou o mundo digital aos seus programas, muitas vezes com participações on-line. E você? Já criou o hábito de se comunicar com profissionais de educação usando, por exemplo, o fale conosco das publicações educacionais, entrou em tira dúvidas oferecidas pelas publicações? Criou o hábito de postar comentários sobre matérias publicadas? Se houve respostas positivas é ótimo. Caso tenham ocorrido respostas negativas é preciso buscar interagir rapidamente. Uma interessante discussão apresentada em 2001 traz uma conhecida classificação: “nativos digitais” e os “imigrantes digitais”. Ao usarmos essa denominação estaremos acentuando a diferenças entre os nascidos antes e depois da difusão do uso dos recursos da web. De fato as crianças e os jovens já 48 nasceram num mundo com muitos recursos tecnológicos, no entanto você deve contribuir atenuar esse discurso. Sabe como você fazer isso? Mostrando que há tanto adultos que dominam ferramentas da web quanto há também jovens que não conseguem lidar com eles. Entre nessa discussão e escreva usando justificativas e se posicionando quanto a classificação das pessoas como:: Sugestões de vídeos no youtube, com essa abordagem. http://www.youtube.com/watch?v=r4VEZ3aKXso&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=BKHL6fftPH8 49 ESTUDO DE CASO- para ler,analisar e responder. A professora Celinha encontrou na Internet um vídeo público sobre a visão lúdica da Matemática. Ficou toda animada com a possibilidade de utilizá-lo com seus alunos do quinto ano, para tentar desmistificar as barreiras que seus alunos tinham quanto a essa disciplina. Copiou em casa o vídeo em uma mídia de DVD, testou-o na TV e no computador da própria casa, e a partir do vídeo, criou um roteiro para ajudar seus alunos na observação. A professora já sabia que a sua sala de aula dispunha de TV e leitor de DVD que já tinham sido usados em outras ocasiões. Avisou com antecedência ao funcionário responsável pelos recursos tecnológicos sobre a necessidade de deixar tudo preparado. Mesmo assim levou seu laptop pessoal para caso de algo não dar certo e se precisar usar o data show da escola. . Quando foi fazer a utilizar as tecnologias a TV da sala não funcionou e na sala ao lado, que estava sem turma, a TV funcionou mas a leitura do DVD no aparelho dessa sala não deu certo.A sorte da Professora Celinha é que ela havia elaborado um estudo dirigido a partir de um texto,assim enquanto as tentativas iam sendo feitas, a turma tinha outra tarefa para realizar. Por outro lado o funcionário responsável pelos recursos tecnológicos esteve todo tempo ao lado da professora contribuindo para a solução do problema. Finalmente foi exibido o vídeo através do laptop da Professora e do data show da escola.. A única coisa que não ficou muito boa foi o som mas os alunos ficaram bem quietos e conseguiram ouvir bem. A seguir ocorreu um debate sobre o que havia sido visto e a professora solicitou um trabalho fotográfico sobre o eles haviam visto no vídeo, trazendo para o cotidiano do aluno e transformando-o em produtor de conteúdo sobre a Matemática. 1-Como você classifica o trabalho de preparação da professora? 2-Há alguma sugestão a ser feita quanto aos recursos tecnológicos envolvidos? 3-Se a escola não tem alguém responsável pela tecnologia como se deve agir? 4-Opine sobre a tarefa solicitada pela professora. 50 Parada para aprofundar conhecimentos A realização colaborativa de uma atividade é uma competência cada vez mais necessária para o exercício profissional dos professores. É essencial ter cada vez mais confiança no desenvolvimento dessas atividades com os alunos. Para tanto é preciso estar bem preparado! Você precisa ser ao mesmo tempo um estudioso e um aprendiz e compartilhar sempre os conhecimentos que vão sendo adquiridos. Sobre a nova postura de sua formação, em que a fluência tecnológica se torna vital, comente a citação de Demo: Vai muito além de saber usar na posição de consumidor de programas e informações. Atinge os patamares da criação de informação, busca semântica de informação, formação de autoria. Assim, podemos entender fluência tecnológica como habilidade minimalista de digitar texto, navegar na internet, conhecer comandos repetitivos, mas igualmente como exigência rebuscada de dar conta de empreitadas não lineares interpretativas, nas quais a postura é de sujeito participativo/reconstrutivo. (DEMO, 2008, p. 7) Neste capítulo vocês conheceram ou ampliaram o conhecimento sobre novas tecnologias e ficaram sabendo mais como todas as novidades podem modernizar e dinamizar as suas aulas. Agora vamos abordar as possibilidades do uso da internet como recurso educativo. 51 4. UTILIZANDO A INTERNET COMO RECURSO PEDAGÓGICO Como você, aluno ou aluna do CND, sente a sua vida após a disseminação do uso da Internet? O que em termos pessoais ou profissionais mudou? De uma forma generalizada temos que admitir que há diferentes usos possíveis para a utilização da Internet na atualidade. Você pode movimentar sua conta bancária, fazer compras virtualmente, buscar e sugerir receitas gostosas e muito mais. Se do ponto de vista pessoal e profissional isso acontece, não há como ignorá-la na escola. Dessa maneira, utilizar a internet como mais um recurso para dinamizar e facilitar o processo de ensino aprendizagem merece a nossa análise. Precisamos considerar também a própria mudança da Internet que se antes já se mostrava um descortinamento de conteúdos para consulta à medida que nos deslocávamos mudando de um sítio para outro através de hiperlinks, apresenta-nos, mais atualmente, a possibilidade de trabalharmos produzindo também conteúdos. Hiperlink ou link é uma palavra ou imagem que quando clicada nos permite o acesso a outro sítio, página ou tópico na Internet. Ao final desse capítulo você deverá ser capaz de Listar as possibilidades e desafios referentes ao uso da Internet no cotidiano escolar. Incorporar mais palavras ao seu vocabulário tecnológico. 52 É possível apontar uma série de aberturas para uso pedagógico da Internet tais como: o trabalho com fontes variadas para pesquisa quer de assuntos apresentados pela escola ou mesmo assunto de interesse do próprio aluno. a utilização de páginas específicas sobre educação que já se encontram disponíveis. a chance de estabelecer comunicação e interação com outras escolas seja do nosso país ou de outros países em todos os continentes. possibilidade efetiva de desenvolvimento da autonomia e aprendizado individualizado,além do desenvolvimento do raciocínio lógico. facilitação da troca de experiências entre professores/professores, aluno/aluno e professor/aluno. 4.1 Serviços da internet que podemos utilizar Abordaremos, nesse tópico, os serviços que temos chance de transformar em recursos educacionais. Há nessa perspectiva desde as possibilidades mais tradicionais como a visita a sítios interessantes até as versões mais modernas de aprendizagem colaborativa resultantes da chamada expansão da chamada web 2.0 em uso educativo. 4.1.1 Sítio, página ou homepage Você acessa o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da nossa instituição através do endereço eletrônico: 53 <http://www.coloniadosaber.com.br/cursos/. > Pode também navegar até o Ministério da Educação acessando: www.mec.gov.br . Lá você encontra informações sobre a educação no Brasil, programas e projetos, notícias, e links de interesse. Cada página tem um endereço na internet que permite sua localização. Visite por exemplo, a página principal ou homepage da Universidade do Estado do Rio de Janeiro: www.uerj.br. É abrindo um sítio, uma página ou homepage que temos acesso às variadas informações em forma de texto, imagens e sons na internet. Na educação, o serviço pode ser utilizado principalmente para pesquisas e estudos de temas ligados às diferentes disciplinas. Para ter acesso às páginas, é preciso estar conectado à internet e possuir um programa que possibilite o que denominamos de navegação. 4.1.2 Envio e recebimento de arquivos Outra chance de aprendizado por meio da internet, é o envio (upload) e recebimento (download) de arquivos de programas, imagens e sons. É possível baixar arquivos de páginas da internet e também baixar ou enviar arquivos por meio do correio eletrônico. Alunos, professores e funcionários podem utilizar esse serviço para conseguir programas gratuitos que sejam úteis às Ao navegar na internet dados são trocados entre computadores a todo momento. Esse processo é chamado de Download e Upload de informações. Muitas pessoas já se acostumaram com esses dois termos. Mas e você? Sabe o que é Download e Upload? Download – Baixar em Português, é a transferência de dados entre um computador qualquer e o seu.Esses
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