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Aula 1 a 16 C Processo CIVil IV

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CASO DO ANO DE 2014
Semana 1 TUTELA CAUTELAR
Caso 1
1a questão. Um determinado inventário já se "arrasta" por longos 70 anos e, durante o seu processamento recente, foi efetivada uma medida cautelar incidental de apreensão de valores com vistas a garantir a efetividade de futura execução. A parte que suportou a apreensão dos valores peticionou ao juízo para requerer, na forma do art. 805 do Código de Processo Civil, a substituição da medida cautelar por caução real consistente em bens imóveis, estes suficientes à garantia de eventual execução.
Indaga-se:
a) Como deverá decidir o magistrado? JustifiqueR. Deverá aceitar o requerimento da parte, visando a prestação de caução ou outra garantia menos gravosa para o devedor.
b) Quais são os requisitos para a correta aplicação do art. 805 do Código de Processo Civil? Justifique. R.Sempre que for adequada e suficiente para evitar lesão ou repará-la integralmente, nos termos da lei.
2ª Questão. Sobre a ação cautelar é correto afirmar:
a) Tem a finalidade de interromper a decadência;
b) Tem o escopo de satisfazer o direito material, se presente o periculum in mora;
c) Tem o desiderato de satisfazer direito já declarado;
d) Tem o objetivo de garantir a efetividade do resultado final do processo de conhecimento ou do processo executivo.
SEMANA 2 PROCEDIMENTO CAUTELAR
1a Questão. Foi deflagrado um processo cautelar e, posteriormente, foi proposta a demanda principal. Ambos os processos foram, ao final, julgados simultaneamente, por sentença única, que conteve dois capítulos. Em razão do julgamento de improcedência de todos os pedidos formulados, o demandante interpôs o recurso de apelação. O juiz, porém, recebeu este recurso em ambos os efeitos: devolutivo e suspensivo.
Indaga-se:
Foi correta a decisão? Justifique. R. primeiro ponto, foram duas sentenças, deveria ser duas apelações esse é o primeiro erro o segundo erro o processo de conhecimento comporta sentença no duplo efeito, o processo cautelar a apelação só tem efeito devolutivo, art.520, IV, CPC.
2ª Questão. Acerca do processo cautelar, assinale a opção correta de acordo com a legislação processual civil.
a) Para a concessão de medida cautelar, não se exige prova inequívoca do direito invocado;
b) A medida cautelar não faz coisa julgada material, exceto quando o juiz acolher alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor;
c) Se admite, no procedimento cautelar, o oferecimento de reconvenção;
d) No procedimento cautelar, exige-se a cognição exauriente do alegado.
Semana 3 SEQUESTRO ARRESTRO, BUSCA E APREENSAO
1ª) Jurandir promove ação de conhecimento de obrigação de entregar coisa certa. Citado, o réu oferece defesa e o feito correu regularmente. A decisão julgou procedente o pedido do autor e transitou em julgado. O juiz determinou expedição de mandado de busca e apreensão da coisa móvel, objeto da demanda. O bem não foi localizado, dando-se o descumprimento da obrigação. O juiz, de ofício, determina o seqüestro de verbas ante o descumprimento imotivado de decisão judicial, no firme intuito de propiciar a efetivação da prestação jurisdicional.
Indaga-se:
Agiu corretamente o juiz? Justifique Determina o artigo 797 do CPC que ‘’só em sacos excepcionais, expressamente autorizados por lei, determinará o juiz medidas cautelares sem audiência das partes’’. Deste modo, tal artigo abre a possibilidade do juiz determinar medida cautelar mesmo que não tenha sido requerida, portanto ex officio, sendo mister ressaltar que tal concessão não é admitida se for antecedente, já que isso violaria a regra de inércia da jurisdição, preconizada no art. 2º do CPC.
Outro requisito para a admissibilidade da determinação da medida cautelar pelo juiz é que tal concessão é recepcionada independente da natureza do direito substancial, não fazendo diferença ser este disponível ou indisponível, posto que cabe ao Estado-juiz a prática de todos os atos necessários para a prestação da tutela jurisdicional adequada a efetivação da proteção uma vez provocada a sua atuação jurisdicional.
Conclui-se assim que pelo juiz ter preenchido os requisitos para que o mesmo tenha a possibilidade de agir de ofício, o mesmo agiu corretamente, porque fora motivado pelo animus de efetivar e fazer o que tiver ao seu alcance para a boa efetivação para a prestação da tutela jurisdicional.
2a questão. Assinale a alternativa correta a respeito do arresto:
a) tem aplicação ao arresto as disposições referentes à penhora, em conta que é verdadeiro ato de pré-penhora. CERTA
b) não hã possibilidade nenhuma de suspender a execução do arresto.
c) o arresto não cessa havendo novação.
d) o arresto não cessa havendo transação.
Semana 4 CAUÇÃO E EXIBIÇÃO
1a questão. João pretende promover ação cautelar de sustação de protesto, que se encontra no Oficial do Protesto com prazo para oferecer o contra-protesto ou efetuar o pagamento exigido. Como não foi o emitente da nota promissória, objeto do apontamento, pretende tomar medida judicial urgente. Consultou um advogado que sugeriu que promove imediatamente a caução idônea, para alcançar mais rapidamente a liminar de sustação do protesto.
Indaga-se:
A sugestão do advogado é juridicamente uma medida judicial correta? Explique. Sim, uma vez que no caso en analise prestada essa caução idônea (É um valor que é recolhido em conta judicial e serve para garantir possíveis danos causados por você a outra parte no processo (civil).), será lícito ao magistrado deferir a liminar para sustação do processo.
2a questão. Assinale a alternativa correta a respeito da cautelar de exibição
a) tem lugar, como procedimento preparatório;
b) pode a demanda envolver coisa móvel em poder de outrem e que o requerente repute sua ou tenha interesse em conhecer
c) pode envolver a demanda documento próprio ou comum das partes.
d) não cabe a aplicação de multa cominatória.
SEMANA 5 EXECUÇÃO, TEORIOA GERAL, PRINCINPIO E ESPECIE
Caso Concreto
David é credor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) de Igor, dívida esta representada por uma nota promissória não quitada no vencimento. Ele o procura com o intuito de reaver a quantia devida, mais os acréscimos legais. Indaga-se: você, na condição de advogado, deverá propor que medida visando a satisfação do direito de crédito de Lourenço? Fundamente a resposta. resposta: neste caso, por tratar-se a nota promissória de título executivo extrajudicial, desnecessária a propositura de ação de conhecimento para reconhecimento do direito. o direito já está materializado no próprio título. destarte, deverá ser proposta a execução autônoma, disciplinada no livro ii do cpc, a partir dos artigos 566 e seguintes.
- Como se trata de um título executivo extrajudicial previsto no artigo 585, I do CPC, nota promissória, é desnecessária a propositura de uma ação de conhecimento podendo ser proposta a execução, conforme artigo 580 do CPC, haja vista o direito já está configurado no próprio título questionado.
Questão Objetiva
Assinale a alternativa correta a respeito da execução:
a) nas execuções, tem plena aplicação o princípio in dúbio pro reo;
b) nas execuções, tem plena aplicação o princípio do menor sacrifício ao devedor;
c) nas execuções, tem plena aplicação o princípio da anterioridade;
d) nenhuma das alternativas é correta.
JURISPRUDÊNCIA
(TJDF)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. INDEFERIMENTO. PRINCÍPIO DO MENOR SACRIFÍCIO. RAZOABILIDADE.1.MALGRADO O ENTENDIMENTO DE QUE A EXECUÇÃO DEVE SER FEITA NO INTERESSE DO CREDOR, NÃO SE PODE, APENAS EM NOME DA EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO, IGNORAR O PRECEITO INSCULPIDO NOARTIGO 620 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, SEGUNDO O QUAL A EXECUÇÃO DEVE SER FEITA DA FORMA MENOS GRAVOSA AO DEVEDOR.620CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL2.SE O BEM INDICADO À PENHORA TEM VALOR INFINITAMENTE SUPERIOR AO DÉBITO EXEQÜENDO, NÃO SE MOSTRA RAZOÁVEL A PRÁTICA DE ATOS DE EXCUSSÃO PARA A SATISFAÇÃO DO INTERESSE MÍNIMODO CREDOR, EM FLAGRANTE AFRONTA AO PRINCÍPIO DO MENOR SACRIFÍCIO.3. RECURSO DESPROVIDO. (177763220098070000 DF 0017776-32.2009.807.0000, Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Data de Julgamento: 23/06/2010, 3ª Turma Cível, Data de Publicação: 06/07/2010, DJ-e Pág. 96)
SEMANA 6 FRAUDE A EXECUÇÃO/ COMPETENCIA
Fraude a credores, fraude a execução e fraude a alienação de bem penhorado.
Caso Concreto
Raimundo promove execução em face de James, perante a 1ª Vara Cível da Comarca de Teresópolis, que resultou na penhora do único bem penhorável de propriedade do executado. Ocorre que, em determinado momento do processo, Marco Antônio ajuíza embargos de terceiros (arts. 1.046/1.054, CPC – via própria para buscar o desfazimento de uma penhora), aduzindo que o bem constricto na realidade lhe pertence, pois tinha adquirido-o sem saber da existência dessa execução em curso, bem como que não foi realizada nenhuma das averbações indicadas no art. 659, par.4º e art. 615-A, ambos CPC. A parte contrária, responde aos embargos sob o argumento de que a hipótese é de fraude a execução, pois o bem foi alienado no curso do processo, sendo irrelevante a discussão a respeito da boa-fé ou má-fé das partes envolvidas.
Indaga-se: como deve o magistrado decidir? 
Na fraude a execução é possível que o comprador alegue boa-fé na aquisição do bem? 
RESPOSTA: Malgrado a boa-fé do terceiro que adquiriu o referido bem “sem saber” que pendia contra o alienante ação capaz de leva-lo a insolvência, já que só possuía um único bem penhorável; tal não é capaz de desconstituir a constrição realizada, já que mostra-se evidente, no caso em tela, que houve fraude à execução, na forma prevista no art. 593, inciso II, do CPC. Nesse caso, o Magistrado deverá negar provimento aos embargos, mantendo a penhora do referido bem, considerando sua alienação ao terceiro como inexistente. O terceiro pode sim alegar boa-fé na aquisição do bem (como o fez), mas somente para fins de ser ressarcido pelo alienante, que procedeu à venda do bem para fins de fraudar a execução. Além disso, cabe ressaltar que não procede a alegação do embargante, quanto às averbações e anotações da penhora, tendo em vista que, segundo entendimento dominante do STJ, a citação válida é o elemento necessário para a caracterização da litispendência prescrita no mencionado inciso II do art. 593 do CPC, por evidente, já que a penhora sempre irá ocorrer posteriormente à citação inicial.
a) como deve o magistrado decidir? Justifique.- Diante da apresentação do caso concreto, com as informações que são repassadas, não pode o magistrado alegar a má-fé do comprador na aquisição do bem penhorado, pois conforme o artigo 659, § 4º, CPC e Súmula 375 STJ, a penhora deveria ser averbada ou, o comprador deveria saber da existência para que fosse configurada a fraude a execução, portanto pode o magistrado reconhecer a boa-fé do comprador na aquisição do imóvel.
b) Na fraude a execução é possível que o comprador alegue boa-fé na aquisição do bem? Justifique. - O entendimento do STJ na súmula nº 375 é no sentido de que é possível a alegação de boa-fé do comprador na aquisição de bem, haja vista a fraude a execução depender do registro da penhora do bem alienado ou ficar provada a má-fé do terceiro adquirente, conforme Art. 659, § 4º do CPC.
Questão Objetiva
Sobre a fraude de execução é correto afirmar:
a) para se perseguir o bem alienado deve ser promovida ação pauliana;
b) para a sua comprovação, é imprescindível a averbação da certidão de  distribuição da inicial, posto que 
 transferência do bem será considerada como inexistente.
c) pode se caracterizar após a averbação, no RGI, da certidão da distribuição da petição inicial da execução;
d) todas as respostas estão erradas.
JURISPRUDÊNCIA de competência 
(TJSP) PROCESSUAL CIVIL. SENTENÇA CONDENATÓRIA. EXECUÇÃO (CUMPRIMENTO). JUÍZO COMPETENTE. INTELIGÊNCIA DO ART. 475-P DO CPC. 475-PCPC1 - Não obstante as inovações trazidas pelo art. 475-P do CPC, continua o juízo em que proferida a sentença sendo, regra geral, o competente para a sua execução (cumprimento), até porque a opção do parágrafo único do mesmo dispositivo (no caso do inciso II do caput deste artigo, o exequente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem) deve ser a ele apresentada.475-PCPC2 - Conflito conhecido para determinar a remessa dos autos ao Juízo da Primeira Vara Cível da Comarca de São Luis - MA. (101139 DF 2008/0256960-7, Relator: Ministro FERNANDO GONÇALVES, Data de Julgamento: 16/02/2009, S2 - SEGUNDA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 04/03/2009).
Semana 7 LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA
1a questão. O magistrado, lotado na 1ª Vara Cível da Comarca de Teresópolis, proferiu sentença condenando Júlio a pagar quantia ilíquida em favor de Vítor.
 Indaga-se:
 que procedimento deve ser adotado pelo credor para a apuração do quantum debeatur, - O credor deverá se valer do artigo 475-A e seguintes, do Código de Processo Civil, iniciando o procedimento de liquidação de sentença com objetivo de estabelecer o quantum debeatur.
 quais as suas modalidades e qual o recurso hábil a impugnar a decisão que o aprecia?
que poder ser nas modalidades por artigo , por calculo do credor ou por arbitramento. A sentença que determina o valor da liquidação é recurso de apelação (condenatória). Enquanto a sentença do cálculo de liquidação (homologatória) é uma decisão interlocutória, e dessa só cabe agravo.
- LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO (art. 475-C) - ocorre quando houver sido determinada pela sentença, convencionada pelas partes ou quando a natureza do objeto da liquidação assim o exigir.
- LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS (art. 475-E) - ocorre quando, para se determinar o valor da condenação, houver a necessidade de alegação e prova de fatos novos. Denomina-se modalidade por artigos porque a parte deverá, com exposição de fatos que merecem provas, indicar um a um os itens que constituem o objeto de quantificação
2a questão. Assinale a alternativa correta a respeito da execução:
a) a sentença penal condenatória é título executivo judicial, apto a aparelhar etapa de cumprimento de sentença, antes mesmo do seu trânsito em julgado se operar.
b) a sentença arbitral é titulo executivo extrajudicial;
c) a sentença estrangeira pode ser executada no Brasil, na Justiça Federal de primeira instância, após ter sido homologada no STJ; 
d) nenhuma das alternativas é correta. 475-N ,I, II, IV
]
2012 casos do ano 
SEMANA 1 pressuposto da execução e titulo executivo, liquidação
CASO Nº. 01
Nicolau promove execução para entrega de coisa certa, fundada em título executivo extrajudicial, em face de Artur. Citado, o devedor ingressa com petição alegando a inexigibilidade do título executivo, pois a obrigação não estava vencida. O juiz, ao examinar a petição do executado, constata que realmente a obrigação não se encontrava vencida e, ato contínuo, profere sentença extinguindo a execução.
INDAGA-SE:
Há contraditório no processo autônomo de execução? Justifique a resposta. R: O entendimento é no sentido de que o processo de execução não é dialético, na medida em que nele não há tese e nem antítese, afirmação ou negação, ou seja, inexiste contraditório, possível apenas nos processos de conhecimento e cautelar. Na execução, o credor postula a realização de atos judiciais, que atingem a pessoa ou os bens do devedor, visando a satisfação do seu direito, não se admitindo o contraditório, considerando que é suprimido o processo de conhecimento quando se trata de execução fundada em título  executivo extrajudicial. Não há lide e nem sentença no processo de execução, que serve de instrumento para a satisfação do direito do credor. A doutrina e a jurisprudência, contudo, admitem em algumas situações que é possível estabelecer, excepcionalmente, o contraditório no processo de execução, através da exceçãoou objeção de pré-executividade ou quando surge incidente processual no processo de execução.
CASO 02
Jorge Lourenço é credor de R$ 45.000,00(quarenta e cinco mil reais) de Igor, dívida esta representada por uma nota promissória não quitada no vencimento. Ele o procura com o intuito de reaver a quantia devida, mais os acréscimos legais.
INDAGA-SE:
Você, na condição de advogado, deverá propor que medida visando a satisfação do direito de crédito de Jorge Lourenço? Fundamente a resposta. R: Neste caso, não haverá necessidade de se instaurar um processo de conhecimento, pois Jorge Lourenço já possui um título executivo extrajudicial, nos moldes do art. 585, I, CPC. Nesta hipótese, o advogado deve dar início a uma execução por quantia certa em face de devedor solvente, cujo rito se encontra previsto a partir do art. 649 do CPC.
QUESTÕES OBJETIVAS
Questão nº. 01
Assinale a opção correta. O processo/etapa de execução tem por objetivo:
a) realizar o direito material constante somente nas sentenças judiciais.
b) definir a certeza jurídica dos casos concretos levados ao Poder Judiciário.
c) realizar o direito material constante nos títulos executivos. R: Letra C – A finalidade da execução é o cumprimento de uma obrigação, que pode estar representada em um titulo executivo judicial ou extrajudicial.
d) proporcionar  uma instrumentalidade hipotética ao processo.
Questão nº. 2
Assinale a opção correta. O que deve, especificamente, constar em qualquer processo autônomo de execução ou fase executiva?
a) título executivo, capacidade processual, juiz competente e o Ministério Público sempre atuando como fiscal da lei;
b) interesse de agir, capacidade processual, assistência pela Defensoria Pública e inadimplemento do devedor;
c) presença do título executivo, sendo irrelevante o inadimplemento do devedor;
d) um título executivo que contenha uma obrigação certa, líquida e exigível. R: Letra D - Art. 580 do CPC. O processo de execução (ou fase executiva) deve observar os pressupostos processuais e as condições da ação. Mas, ao mesmo tempo, tem como pressuposto específico a presença do titulo executivo, nos termos do mencionado dispositivo.
SEMANA 2 competencia
CASO Nº. 01
Lucas promove, por meio de sua representante, ação de alimentos em face do seu pai, Leonardo, perante uma das Varas de Família da Comarca de Petrópolis, onde atualmente é residente e domiciliado. Após a prolação da sentença favorável, Lucas se muda juntamente com a sua representante para a cidade de Arraial do Cabo.
INDAGA-SE:
De acordo com a jurisprudência, qual deveria ser a base territorial para início da execução? R: A jurisprudência, em especial a do STJ, vem permitindo uma interpretação mais ampla da norma prevista no art. 100, II, CPC, de modo a melhor atender aos interesses do alimentando. Assim, seria perfeitamente possível que a execução daquele julgado fosse realizada na Comarca de Arraial do Cabo, em que pese a ausência de regra tão específica assim no CPC. É também o entendimento demonstrado por Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Nery.
STJ - CONFLITO DE COMPETENCIA CC 2933 DF 1992/0007019-1 (STJ)
Data de publicação: 17/12/1992
Ementa: PROCESSUAL CIVIL - CONFLITO DE COMPETENCIA - AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS - COMPETENCIA DO FORO DO DOMICILIO DOALIMENTANDO - ART. 100 , II , DO CPC . I- HIPOTESE EM QUE NÃO SE CONFIGURA INFRINGENCIA AO PRINCIPIO DA PERPETUATIO JURISDICTIONIS, EIS QUE NÃO ESTA EM CURSO A AÇÃO DE ALIMENTOS, MAS, SIM, A EXECUÇÃO DA SENTENÇA NAQUELA PROFERIDA. TEM-SE COMO A MELHOR ORIENTAÇÃO DOUTRINARIA AQUELA QUE ADMITE QUE O PROCESSO EXECUTIVO NÃO CONSTITUI FASE DA AÇÃO DE CONHECIMENTO. II- SE A PARTE, CALCADA EM TITULO JUDICIAL, PLEITEIA ALIMENTOS, ACOMPETENCIA PARA PROCESSAR A EXECUÇÃO E DO FORO DO DOMICILIODO ALIMENTANDO. INCIDENCIA DO DISPOSTO NO ART. 100 , II , DO CPC . III- CONFLITO CONHECIDO PARA DECLARAR-SE COMPETENTE O JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DO RIO DE JANEIRO, SUSCITADO.
CASO Nº.2 competencia 
Carlos promove demanda em face de Romeu, objetivando receber R$ 10.000,00 de danos morais, perante a 10ª Vara Cível da Comarca de Porciúncula. A sentença proferida pelo juiz acolheu integralmente o seu pedido. Pouco antes de dar início a fase executiva, Carlos descobre que todo o patrimônio de Romeu se encontra na cidade de Niterói – RJ. Em razão desta circunstância, Carlos peticiona requerendo que o juízo da 10ª Vara Cível decline de sua competência em prol de uma das Varas Cíveis da Comarca de Niterói, onde pretende dar início ao módulo de execução. Indaga-se: correta esta postura? R: Sim, prevê o art. 475-P, parágrafo único, CPC, que o exequente pode escolher em executar a sentença perante o mesmo juízo ou na base territorial que o executado tiver domicílio ou patrimônio passível de penhora. Nada impediria, contudo, que Caio permanecesse com a execução no Rio de Janeiro e requeresse a expedição de carta precatória para a realização de penhora em outra cidade.
QUESTÕES OBJETIVAS
Questão nº. 01
38º EXAME DE ORDEM. Questão nº 38. Segundo a lei processual civil, no processo de execução:
a) o fiador que pagar a dívida pode executar o afiançado, desde que em autos distintos do processo de execução contra o devedor.
b) é lícito ao credor cumular várias execuções contra o mesmo devedor quando fundadas em títulos diferentes, independentemente da competência do juiz e da forma do processo.
c) aplica-se o princípio do menor sacrifício possível ao executado. R: Letra C, art. 620, CPC, que justamente prevê o princípio do menor sacrifício do executado,
d) o devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, apenas com seus bens presentes.
Questão nº. 02 DAS PARTES
Assinale a alternativa correta:
a) o exequente jamais pode desistir da execução.
b) o exeqüente somente pode desistir da execução antes do executado ser citado.
c) o exeqüente pode desistir da execução a qualquer momento, desde que tenha a anuência do executado.
d) o exeqüente tem a faculdade de desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas executivas. No entanto, na desistência da execução serão extinto os embargos que versarem apenas sobre questões processuais enquanto nos demais a extinção dependerá da anuência do embargante.R: Letra d, art. 569, CPC, que justamente prevê o princípio da disponibilidade da execução.
SEMANA 3 
CASO Nº. 01 EXECUÇÃO DEFINITIVA
Cristiano promove execução por quantia certa em face de Cristiane, fundada em título executivo extrajudicial. Citada, a devedora oferece embargos no prazo de 15 dias e requer a suspensão do processo de execução. O juiz defere o pedido de suspensão, por entender que foram preenchidos os seus requisitos (art. 739-A, par. 1º, CPC). Após, o pedido constante nos embargos foi julgado improcedente, por meio de uma sentença que foi impugnada por recurso de apelação, desprovido do efeito suspensivo (art. 520, V do CPC). Por este motivo, o exequente protocoliza petição requerendo o prosseguimento da execução, que é deferido pelo juiz. No entanto, o magistrado determina que a execução só poderia prosseguirse o credor prestasse caução imediatamente, em razão do que prevê o art. 475-O, CPC.
INDAGA-SE:
a) A decisão judicial está correta? Fundamente a resposta.R: a) A jurisprudência do STJ estava sedimentada, inclusive com a publicação da Súmula 317 do seguinte teor: “É definitiva a execução de título executivo extrajudicial, ainda que pendente apelação contra sentença que julgue improcedentes os embargos”. No entanto, o legislador alterou o artigo 587 do CPC através da Lei 11.382/06, dispondo que a execução fundada em título executivo extrajudicial que esteja com pendência de recurso de apelação no julgamento de embargos, prossegue na forma provisória. Esta alteração veio na contramão do que vinha sendo praticado pelos tribunais, conforme disposto na súmula supracitada, o que representa um retrocesso na proposta de uma maior efetividade do processo de execução. Assim, de acordo com o dispositivo legal, o entendimento do juizestaria correto. No entanto, não se pode olvidar que o STJ continua aplicando o seu verbete sumular, o que, por sinal, também é defendido por doutrinadores como Luiz Fux, dentre outro.
b) Caso o recurso de apelação seja conhecido e provido, a execução terá sido extinta por ausência do titulo executivo. No entanto, caso o credor tenha gerado prejuízos ao devedor, como os mesmos serão ressarcidos? Justifique as respostas.b) O eventual provimento do recurso do embargante acarreta a responsabilidade objetiva do promovente da execução, devendo ressarcir osprejuízos causados, com fulcro no art. 574 do CPC, que assim diz: “O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a sentença, passada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação, que deu lugar à execução.” O ressarcimento dos prejuízos deverá ser feito nos mesmos autos em que correu a execução, aplicando-se, por analogia, o art. 475-O, inciso II do CPC.
QUESTÕES OBJETIVAS 
Questão nº. 01 EXECUÇÃO PROVISSORIA
Em relação à execução provisória é correto afirmar:
a) jamais pode ser fundada em título executivo judicial;
b) é sempre fundada em sentença com trânsito em julgado;
c) é fundada em decisão judicial impugnada por recurso recebido no duplo efeito;
d) todas as respostas acima estão erradas.
R:Letra D - Artigo 475-O e artigo 587 do CPC. As regras sobre execução provisória foram alteradas pelas Leis 11.232/05 e 11.382/06, que afetaram tanto a fase de execução ou cumprimento dos títulos judiciais, como os processos autônomos de execução. Verificar a súmula 317 do STJ.
Questão nº. 02
Sobre a execução, é correto afirmar:
a) cabe oposição;
b) pode ser admitido o chamamento ao processo;
c) cabe assistência simples;
d) não cabe denunciação da lide;
R: Jurisprudência Selecionada: (STJ  4ª T., Resp n. 97.590/RS, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, ac. 15.10.1996, RSTJ 93/320)
Letra D - Segundo o entendimento dominante, o processo executório não comporta intervenção de terceiros, pois a maioria destas figuras de intervenção tem o condão de discutir mérito. Na denunciação a lide, por exemplo, o que o denunciante pretende é o reconhecimento de um direito de regresso, o que escapa da cognição exercida na execução.
SEMANA 4 liquidação de sentença
CASO Nº. 01
Foi proferida sentença pelo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, que obrigou João Paulo a indenizar Felipe em danos materiais a serem apurados em liquidação de sentença.
INDAGA-SE:
a) Qual a finalidade do procedimento de liquidação de sentença? Por quê? Qual o seu fundamento legal?
R: a) A liquidação busca dar liquidez a uma obrigação já certa, reconhecida no titulo executivo judicial. O fundamento legal da liquidação de sentença se encontra no art. 475-A até o art. 475-H do CPC (artigos introduzidos pela Lei 11.232 de 22.12.2005).
b) A liquidação de sentença é um novo processo de conhecimento? Qual a sua natureza jurídica?  Fundamente a resposta. b) antes da reforma realizada pela Lei nº 11.232/05, gerava a criação de uma nova relação processual dentro dos mesmos autos e que hoje é mera fase cognitiva complementar visando apurar o valor devido. Também demandava nova citação e era julgada por meio de uma sentença, que podia ser impugnada por recurso de apelação desprovido de efeito suspensivo, de acordo com o revogado art. 520, inciso III. Com o advento da citada lei, porém, o seu procedimento passou a ser da decisão Ed liquidação caberá agravo de instrumento.
CASO Nº. 02 LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA
Cláudio Vinícius promove ação de conhecimento em face Márcia da Costa. Postula a condenação pecuniária da ré por alegados danos materiais em razão de acidente de trânsito. Ao final da instrução, o Juiz condena Márcia da Costa ao pagamento dos prejuízos advindos da danificação do carro e ao ressarcimento dos gastos com todo o tratamento médico, hospitalar e cirúrgico suportados originariamente por Cláudio Vinícius, devendo os valores ser apurados em liquidação de sentença por arbitramento.
INDAGA-SE:
É possível sentença ilíquida neste caso? Fundamente a resposta. R: Em caso de acidente automobilístico, não é mais possível que se profira sentença ilíquida. O artigo 475-A § 3º do CPC, introduzido pela Lei nº. 11.232/05 veda expressamente. Assim, em casos desta natureza, mesmo que seja formulado pedido genérico o juiz terá que arbitrar (segundo alguns doutrinadores seria uma decisão por equidade), um valor na sentença e não determinar a sua apuração em liquidação futura. Mas há quem critique a redação do novo dispositivo como, por exemplo, Alexandre Freitas Câmara, que sustenta que em situações excepcionais poderá sim ser determinado que a apuração do valor seja realizada em liquidação de sentença.
QUESTÕES OBJETIVAS TITULO EXECUTIVO JUDICIAIS
Questão nº. 1
Em relação aos títulos executivos judiciais, assinale a alternativa incorreta:
a) a sentença penal condenatória somente é titulo executivo judicial após o seu trânsito em julgado;
b) a sentença arbitral é titulo executivo judicial; 
c) a sentença estrangeira pode ser executada no Brasil, na Justiça Federal de primeira instância, após ter sido homologada no STJ;
d) a sentença penal condenatória é título executivo judicial, apto a aparelhar etapa de cumprimento de sentença, antes mesmo do seu trânsito em julgado se operar. R: Letra D - Art. 475-N, inciso II do CPC. A sentença penal somente é título executivo judicial no cível se já tiver transitada em julgado. Por este motivo, não se permite a execução provisória desta sentença.
O processo de execução tem como condições para o legítimo exercício da ação as mesmas de todo e qualquer processo judicial, pois a temática é de Teoria Geral e não matéria específica. Para se instaurar qualquer execução é necessário o título executivo, mesmo que esta atividade executiva não se realize através de processo autônomo de execução. Além disso, a obrigação tem que estar vencida.
Questão nº. 2 LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA
Em relação à liquidação de sentença, de acordo com a Lei nº. 11.232/05, é incorreto afirmar que:
a) passou a ser vedada sentença ilíquida nos casos do art. 275, II, “d” e “e” do CPC.
b) a decisão que julga liquidação de sentença desafia recurso de agravo de instrumento.
c) passou a ser possível promover a liquidação ainda que o recurso de apelação da sentença tenha sido recebido no efeito suspensivo e devolutivo.
d) a decisão que julga liquidação de sentença desafia recurso de apelação, na forma do art. 520, inciso III do CPC.
R: Letra D - Artigo 475-H do CPC. É que com o advento da Lei 11.232/05, o procedimento de liquidação não mais gera processo autônomo e a decisão que o resolve desafia recurso de agravo, na modalidade de instrumento.
SEMANA 5 fraude a execução
CASO Nº. 01
Roberto promove ação de execução por quantia certa em face de Sérgio,consubstanciada em título extrajudicial. No momento da distribuição extrai certidão e averba a mesma no Registro de Imóveis, onde Sérgio tem matriculado o único imóvel que poderia satisfazer o seu crédito. Posteriormente, comunica ao juízo esta averbação em menos de 10 dias. Só que Sérgio em momento ulterior aliena este imóvel a Marcos. Vale dizer que esta alienação foi realizada após a averbação, mas antes da citação.
INDAGA-SE:
a) Houve no caso alienação fraudulenta? Fundamente a resposta. : a) Sim, pois o devedor se desfez do único bem que poderia satisfazer o crédito, tornando-se insolvente ou próximo ao estado de insolvência
b) Qual a modalidade? Justifique a resposta.b) Esta alienação configura fraude de execução, conforme preceitua no artigo 615-A do CPC, introduzido pela Lei 11.382/06. Este dispositivo tem como escopo permitir a publicidade, pela via dos registros públicos, dos atos de ajuizamentos de execuções por quantia certa, com o que se busca incrementar a proteção institucional deste processo executivo, contra fraudes.
CASO Nº. 02 FRAUDE CONTRA CREDORES
Sebastião tem um crédito de 20.000,00 com Paulo. O referido crédito foi provenientede contrato de mútuo celebrado entre as partes. Apesar do vencimento da obrigação, Paulo não cumpre o avençado. Sebastião resolve promover ação de execução para reaver a quantia objeto do contrato, já que o mesmo foi firmado por duas testemunhas, o que lhe dá a qualidade de título executivo extrajudicial. Acontece que antes mesmo da propositurada ação, Paulo aliena seus dois automóveis para Sandro, sendo certo que estes seriam seus únicos bens que poderiam garantir a satisfação do crédito.
INDAGA-SE:
a) Esta alienação pode ser considerada fraudulenta? Fundamente a resposta. . a) Sim, pois o devedor se desfez de bens no intuito de se furtar do cumprimento da obrigação.
b) Neste caso qual a modalidade de alienação fraudulenta ocorreu? Fundamente a resposta. b) No caso concreto, resta configurada a fraude contra credores, pois a alienação foi realizada antes que o credor promovesse qualquer demanda.
c) Qual a diferença entre fraude contra credores e fraude de execução? Justifique a resposta Na fraude contra credores, o credor terá que promover uma ação pauliana em face do devedor e do adquirente. Seus requisitos são: objetivo (insolvência do devedor) e subjetivo (conluio entre o devedor e o adquirente). Há discussão se a decisão do magistrado que a reconhece tem eficácia ex tunc ou ex nunc. Na fraude a execução, a mesma pode ser alegada por mera petição nos próprios autos e o requisito que deve ser demonstrado é apenas o objetivo. Há dúvidas, porém, sobre o termo final da fraude a credores e o termo inicial da fraude a execução.
QUESTÕES OBJETIVAS
Questão nº. 01 FRAUDE A EXECUÇÃO
Sobre a fraude de execução é correto afirmar:
a) para se perseguir o bem alienado deve ser promovida ação pauliana;
b) para a sua comprovação, é necessário que o credor demonstre que exista um conluio entre o devedor e o comprador do bem;
c) pode se caracterizar após a averbação da certidão no RGI da distribuição da petição inicial da execução; Artigo 615- A do CPC. Trata-se de alteração introduzida pela Lei 11.382/06 que tem por objetivo fixar o termo inicial da fraude a execução, caso a aludida averbação tenha sido realizada
d) todas as respostas estão erradas.
Questão nº.02 IMPENHORABILIDADE
Assinale a alternativa correta:
a) o devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, apenas com os bens que integram o seu patrimônio no momento em que a dívida tiver sido contraída;
b) o saldo da conta de FGTS pode ser penhorado, já que é um direito que pertence ao trabalhador;
c) a fazenda pública pode ter os bens públicos penhorados, para pagamento das suas dívidas;
d) o devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei. – Art. 591, CPC. Apenas cumpre destacar que os bens que já não mais integram a patrimônio do devedor, mas que foram transferidos de forma fraudulenta, também podem ser usados para a quitação da obrigação.
SEMANA 6 
CASO N°. 01 impenhorabilidade
Antônio promove execução em face de Ricardo. A penhora recaiu sobre bem imóvel que pertencia ao executado. Porém, com o advento da Lei nº 8.009/90, este mesmo bem passou a ser considerado impenhorável. Indaga-se: a penhora deverá ser desfeita no presente caso concreto? R: Sim, de acordo com o Verbete nº 205, da Súmula doSTJ: “A lei nº 8.009, de 29 de março de 1990, aplica-se à penhora realizada antes da sua vigência”. A justificativa é que qualquer ato normativo que discipline o tema “penhora” deve ser considerado como sendo de natureza processual, o que gera a sua incidência imediata, nos termos do art. 1.211, CPC. Em consequência, como o ato “penhora” renova-se diariamente, é possível a aplicação do mencionado dispositivo.
CASO Nº. 02 IMPENHORABILIDADE/ BENS DE FAMILIA
Ulisses promove execução por quantia certa em face de Demócrito. O executado reside em um pequeno imóvel na companhia de apenas dois gatos. Ulisses requer que a penhora recaia sobre este bem, uma vez que a Lei nº 8.009/90 apenas protege a entidade “família”, que não existe na presente situação concreta. Indaga-se: como o magistrado deverá decidir? R: O magistrado deverá indeferir o requerimento formulado por Ulisses, já que a Lei nº 8.009/90 tem, entre os seus escopos, garantir a dignidade da pessoa humana inclusive daquelas que não se encontram inseridas em qualquer núcleo familiar. É por sinal, o que consta no Verbete nº 364 da Súmula do STJ, cuja redação é a seguinte: “o conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas".
CASO Nº 3 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL COM INTERVENÇÃO DE 3º
Caso Concreto
Pedro é credor de Getúlio e Marcos, por um crédito de R$55.000,00, proveniente de uma obrigação solidária. Este crédito está consubstanciado em duas notas promissórias, já vencidas. No entanto, Pedro optou por instaurar a execução apenas em face de Getúlio. Este, ao ser citado, protocoliza petição requerendo o chamamento ao processo de Marcos. 
Indaga-se: é possível chamamento ao processo neste caso? Fundamente a resposta. RESPOSTA: é evidente que não. por tratar-se de obrigação solidária ambos os devedores respondem pela totalidade da obrigação, restando ao credor, neste caso, a opção de executar somente um dos dois ou os dois em conjunto (art. 264 do código civil). o chamamento ao processo é um instituto, disciplinado do art. 77 ao 80 do cpc, que diz respeito ao processo de conhecimento, quando aquele devedor solidário que fora demandado sozinho para o pagamento do total da dívida (inciso iii do art. 77) tem o direito de requerer ao juiz a citação do chamado para que o julgador declare, na mesma sentença, a responsabilidade dos obrigados (art. 78 do cpc).
INDAGA-SE
a) É possível chamamento ao processo neste caso? Fundamente a resposta. Segundo o entendimento dominante, não é possível intervenção de terceiros no processo de execução. Apesar disso, encontra-se nadoutrina alguns posicionamentos divergentes sobre o tema. A nomeação a autoria, por exemplo, é aceita por Luiz Fux na execução. Já o chamamento ao processo, que diz respeito ao caso analisado, não pode ser empregado no processo executivo por manifesta incompatibilidade. A interpretação da regra do parágrafo único do art. 595 demonstra o descabimento do chamamento ao processo na execução, pois o devedor solidário que vier a pagar se sub-roga e se volta contra o outro devedor nos mesmos autos.
b) E a assistência simples? Justifique a resposta. Não é possível a assistência simples no processo de execução, posto que o assistente atua com o objetivo de auxiliar o assistido a ter êxito na demanda, o que não é possível já que o juiz nada julga na execução (exceto alguns incidentes cognitivos que eventualmente podem ser instaurados).
Questão Objetiva LEGITIMIDADE ATIVA
Assinale a alternativa correta, que diga respeito a legitimação ativa na execução.
a) O credor é legitimado passivo para promover a execução;
b) O Ministério Público é legitimado ativo para promover a execução, em todas as hipóteses em que o processo tratar de direitos individuais disponíveis;
c) A Defensoria Pública executa, em seu próprio nome (agindo como substituta processual), os títulos executivos judiciais em favor dos seus clientes e assistidos;
d) O Ministério Público é legitimado ativo parapromover a execução, nos casos prescritos em lei. ART 566,II
JURISPRUDÊNCIA
(TJSP)
DIREITO DE VIZINHANÇA - INDENIZAÇÃO - CHAMAMENTO AO PROCESSO - INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA PRÉ-CONSTITUÍDA DESCABIMENTO - INDEFERIMENTO MANTIDO - AGRAVO IMPROVIDO.
(1554228520118260000 SP 0155422-85.2011.8.26.0000, RELATOR: VIANNA COTRIM, DATA DE JULGAMENTO: 01/02/2012, 26ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, DATA DE PUBLICAÇÃO: 06/02/2012)
QUESTÕES OBJETIVAS
Questão nº. 01
O depositário judicial do bem penhorado não o restituiu, após ter sido instado pelo magistrado. Esta situação:
a) permite apenas que ele pague uma multa por litigância de má-fé;
b) permite apenasa decretação da prisão civil do depositário;
c) permite a prisão civil e a prisão penal do depositário;
d) não mais permite a decretação da prisão civil, em razão de recentes julgados do STF que, inclusive, geraram o cancelamento da súmula 619;
R: Jurisprudência Selecionada: (STF, REXTR nº 349703 e nº 466343, ac. 03.12.2008) Letra D – O STF passou a entender, nos julgados selecionados, que a prisão civil por dívida é aplicável apenas ao responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. O Tribunal entendeu que a segunda parte do art. 5º, LXVII, CRFB-88, que versa sobre o assunto é de aplicação facultativa quanto ao devedor – excetuado o inadimplente com alimentos – e, também, ainda carente de lei que defina rito processual e prazos. Também por maioria, o STF decidiu no mesmo sentido um terceiro processo versando sobre o mesmo assunto, o Habeas Corpus 87585. Para dar conseqüência a esta decisão, revogou a Súmula 619, do STF, segundo a qual “a prisão do depositário judicial pode ser decretada no próprio processo em que se constituiu o encargo, independentemente da propositura de ação de depósito”.
Questão nº. 02 IMPENHORABILIDADE
Indique a alternativa que contempla bens que podem ser penhorados:
a) único imóvel da família e o seguro de vida;
b) seguro de vida e vestuários de pequeno valor;
c) vestuários de elevado valor e o veículo automotor que não seja utilizado como fonte de renda do executado; R: Letra C - art.591, do CPC. As demais estão erradas em razão do que prevê o art. 649 do CPC e, também, a Lei nº 8.009/90.
d) todas as respostas estão erradas.
SEMANA 7 CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
CASO Nº. 01
Creonte promove cumprimento de sentença em face de Marquinhos, na forma do art. 475-J, CPC. Este último, apresenta impugnação, ventilando uma das matérias previstas no art. 475-L do CPC, antes mesmo de ter sido efetuada a penhora. Creonte responde aduzindo que a impugnação deve ser rejeitada, eis que a dispensa da penhora somente incide nas hipóteses de embargos a execução, em razão do que prevê o art. 736 do CPC. Indaga-se: correta a linha de raciocínio desenvolvida por Creonte? R: De acordo com a interpretação literal do art. 475-J, par. 1º, CPC, a impugnação somente pode ser oferecida após a garantia do juízo. É que, de acordo com o dispositivo em comento, primeiro deverá ser realizada a penhora para que, então, seja o advogado do devedor intimado para início do prazo de quinze dias para o  oferecimento da impugnação. No entanto, doutrinadores como Alexandre Câmara, Fredie Didier Jr. e Leonardo Carneiro vêm sustentando que a penhora atualmente se traduz em uma condição para que a impugnação tenha efeito suspensivo, mas não para a sua admissão. Também aduzem que não há nenhum prejuízo imediato para o exeqüente. Embora os argumentos sejam relevantes, é certo que os mesmos não estão de acordo com o dispositivo legal mencionado.
CASO Nº. 02 CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
Bravo, ao requerer o início da fase executiva, foi surpreendido com a decisão do MM. Juiz lotado no referido órgão jurisdicional, que assim determinou: “após o recolhimento de nova taxa judiciária, decidirei”. Bravo discorda do conteúdo desta decisão, por entender que o processo sincrético é uno e que esta despesa já foi recolhida por ocasião da deflagração da ação. Por este motivo, o seu advogado interpõe recurso de agravo. Indaga-se: o mesmo tem possibilidade de ser admitido e provido com base neste fundamento?R: A pergunta gera dúvidas. Por um lado, a cobrança de uma nova taxa judiciária realmente pode parecer incabível eis que, em realidade, o processo continua sendo exatamente o mesmo. No entanto, já parece mais razoável exigir o recolhimento de despesas outras, diversas da taxa judiciária, que devem ser adiantadas pelo exeqüente para a prática de diversos atos processuais, como as diligências que deverão ser desempenhadas pelo Oficial de Justiça. No entanto, existem julgados que concluem no sentido da possibilidade desta exigência, até mesmo com fundamento no art. 19 do CPC. Para esta linha de raciocínio, a cobrança de nova taxa judiciária é devida em razão da dualidade de ações que permanecessem a existir, malgrado o processo agora tenha se tornado sincrético.   
QUESTÕES OBJETIVAS
Questão nº. 01 CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
Sobre o cumprimento ou execução de sentenças é correto afirmar que:
a) o art. 461 do CPC não é mais aplicável em razão da Lei 11.232/05.
b) os títulos executivos judiciais e extrajudiciais são executados pelo mesmo procedimento.
c) o processo de execução é semelhante ao processo de conhecimento, pois definem direitos.
d) a obrigação de pagar quantia certa determinada em sentença é cumprida como uma fase de execução, sem gerar uma nova relação jurídica processual. Letra d) - Art. 475-I e J do CPC. Alteração introduzida pela Lei 11.232/05. Com algumas exceções (exemplo: execução contra a Fazenda Pública), o cumprimento da sentença ocorre como uma segunda fase no processo já existente.
2013 casos do ano
SEMANA 1
1ª Questão – RESPONDABILIDADE PATRIMONIAL
Roberto (credor) requer a execução por quantia certa, decorrente de aluguéis em face de Geraldo (devedor) e o seu fiador, que não figurou no pólo passivo na fase de cognição. A sentença que condenou o réu transitou em julgado. Citados, os executados ofereceram impugnação, sendo que o fiador postulou a sua exclusão do feito, sob fundamente de ilegitimidade passiva, porque o contrato de locação está prorrogado por prazo indeterminado e da prorrogação não foi previamente avisado. Ouvido o exeqüente este aduziu que a cláusula contratual é expressa no sentido de que o fiador responde pelos débitos locatícios posteriores à prorrogação legal do contrato. Indaga-se:
A defesa do fiador de ilegitimidade está correta? Fundamente a resposta. Resp.: Não está correta a defesa do fiador, uma vez que houve expressa pactuação no contrato, acerca da responsabilidade do fiador pelos débitos locatícios posteriores à prorrogação do contrato de locação (art. 39, Lei inquilinato, Alt. p Lei 12.112/09). O fiador, entretanto, terá o benefício de ordem, sendo seus bens executados somente se os bens do devedor não forem suficientes para a satisfação do direito do credor, conforme dispõe os artigos 595, do CPC e 827, do CC.
2a questão - Objetiva Indique a alternativa correta sobre os requisitos da execução: 
a) título executivo contendo obrigação certa e líquida; 
b) título executivo contendo obrigação certa, líquida e exigível; 
c) presença do título e do inadimplemento; 
d) legitimidade, capacidade e título executivo.
SEMANA 2 COMPETENCIA
Jurandir promoveu ação de execução em face de Creusa para postular a satisfação do seu direito resultante de um cheque emitido pela executada, que não foi pago no dia do vencimento, por insuficiência de fundos. A ação foi proposta no domicílio do devedor na cidade de Campinas/SP. Citado, o réu alega, além dos embargos, em exceção de incompetência que a ação deveria ser proposta no lugar do pagamento, na cidade de São José do Rio Preto/SP, onde a obrigação deva ser satisfeita. Indaga-se:
Está correta a defesa do excipiente? Fundamente  Resp.: Sim, pois está mais do que pacificado na Doutrina e Jurisprudência que em se tratando de título extrajudicial a execução será processada perante o juízo competente, obedecendo a seguinte ordem de competência: 1º- Foro de eleição; 2º- Lugar de pagamento do Título; e 3º- Domicílio do Devedor, conforme dispõe tb o Art.576, CPC. Como o caso concreto não trouxe o foro de eleição, a ação deveria ter sido proposta no lugar onde a obrigação deveria ser satisfeita, conforme prevê o art. 100, IV, “d” do CPC.
2a questão - Objetiva COMPETENCIA
Em relação à competência para a atividade executiva é correto afirmar que quando fundada em: 
	 a)
	título extrajudicial é sempre no domicilio do autor; 
	b)
	sentença penal condenatória é do órgão que proferiu a decisão;
	c)
	sentença estrangeiraé do juízo estadual;
	d)
	sentença cível pode ser no local onde se encontram os bens do devedor.
	
	
SEMANA 3 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
Proposta ação de execução pelo Município de São Paulo em face de Paulo, ex-sócio da Casa Santa Marcelina Ltda., por dívidas tributárias contraídas pela sociedade empresária, que desapareceu do mercado, sem constar baixa nos registros da Junta Comercial e em relção aos fiscos municipal e estadual. Citado, o executado sustenta que os sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, como expressa o art. 596 do CPC.
Indaga-se: Deve ser acolhida a defesa do executado? Justifique. Resp.: Não, não deve ser acolhida a defesa do executado, uma vez que o art. 596 do CPC, admite que os bens particulares dos sócios respondem pelas dívidas da sociedade no casos previstos em lei, como por exemplo o previsto no art. 50 do CC, o qual estabelece que o juiz poderá decidir, a requerimento da parte ou do MP, pela desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, determinando que as obrigações sejam estendidas aos bens particulares dos sócios, nos casos abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Assim como corrobora o art. 592, II, do CPC
 2a questão - Objetiva EXECUÇÃO PROVISORIA
Sobre a execução provisória é incorreto afirmar: 
a) sua regra está somente no artigo 588 do CPC; 
b) poderá ser sempre concluída; 
c) pode ter fundamento também em título extrajudicial; 
d) pode ter fundamento em decisão judicial com trânsito em julgado;
SEMANA 4 FRAUDE A EXECUÇÃO
1a questão - Discursiva
SAMUEL promove ação de execução em face de Leopoldo para postular a cobrança de crédito contido em uma nota promissória. Citado o executado não se defendeu e nem garantiu o juízo. Expedito mandado de penhora verificou-se que o único bem penhorável do executado, um veículo foi alienado quando já havido sido proposta a ação, embora não registrada no registro do DETRAN a distribuição da ação. Indaga-se:
No caso há caracterização de fraude de execução? Fundamente a resposta. Resp.: Não, não ocorreu Fraude à Execução, pois o devedor alienou o único bem penhorável que possuía, antes de ser citado, não incidindo assim, o disposto no art. 593, II do CPC. Além disso, não foi registrada a penhora do veículo junto ao DETRAN, o que ajudaria no reconhecimento da Fraude à Execução, no caso de alienação do bem penhorado ou prova de má fé do terceiro adquirente, conforme estabelece a Súmula 375, do STJ.
 2a questão – Objetiva EMBARGO DE 3º
Foi requerida a execução por quantia certa em face de Gerson, casado com Clara, dívida contraída pelo marido. Intimado o executado, na pessoa de seu advogado, não pagou a quantia constante do título executivo judicial. O Juiz determinou a penhora, que incidiu sobre um determinado imóvel do casal, que não lhe serve de moradia. A mulher oferece embargos de terceiro, para ver excluída a constrição judicial sobre o bem penhorado, o que foi negado pelo juiz, que determinou a sua alienação judicial.
Indique a alternativa correta: 
a) assiste razão à mulher, devendo ser acolhido os embargos de terceiro;
 b) não assiste razão à mulher, devendo ser rejeitados os embargos de terceiro; 
c) o juiz deverá determinar se existente outros bens penhoráveis, a substituição da penhora.
d) o juiz deve resguardar a meação da mulher, porém metade do valor obtido na alienação judicial, segundo o valor da avaliação será entregue à mulher, concretizando-se a arrematação.
 
SEMANA 5 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
1a questão – Discursiva
Marcel promove ação de execução em face do Joaquim, lastreada em contrato de confissão de dívida com assinatura de duas testemunhas (art. 585, I do CPC). Citado, o executado alega nos embargos que a obrigação exigida não é certa, líquida e nem exigível, em conta que existem contraprestações a serem cumpridas pelo exeqüente, sem contar que existem cláusulas contratuais que exigem comprovação quando ao seu valor e exigibilidade.
Indaga-se:
Comprovado que o executado tem razão em sua defesa, qual deve ser o rumo a ser dado ao processo de execução. Fundamente a resposta. Resp.: conforme o art 586 cpc para Marcel promover a execução para a cobrança do titulo a obrigação tem que ser certa, liquida e exigível, assim o processo de Execução será nulo, em virtude do título extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível, conforme prevê o art. 618, I, CPC. Portanto, o juiz deverá extinguir o processo de execução, por carência de ação (falta de inte resse), uma vez que é vedado ao contraente exigir o implemento da obrigação do outro, antes de cumprida a sua obrigação, conforme dispõe o art. 582, do CPC
2a questão - Objetiva LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA
Sobre liquidação de sentença, assinale a alternativa CORRETA: 
 
a) será por arbitramento se depender de meros cálculos aritméticos;
 b) será por artigos se os elementos para apurar a quantia devida encontram-se nos autos; 
c) cabe da decisão agravo de instrumento; 
d) pode discutir em seu bojo novamente a lide e até modificar a sentença proferida. Art 475-G
SEMANA 6 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
1a questão - Discursiva
Alberto requer o cumprimento de sentença condenatória por quantia certa em face de Artur. Intimado o advogado do executado, este ofereceu impugnação alegando que já ocorreu a prescrição. Ouvido o impugnado apresentou resistência à postulação, demonstrando que quando requereu o cumprimento de sentença o prazo legal não tinha ainda escoado por completo. O juiz rejeitou a impugnação. Indaga-se:
a) Qual o recurso que deve ser manejado pelo impugnante? Fundamente a resposta. O recurso que deve ser manejado pelo impugnante é o Agravo de Instrumento, tendo em vista que está se recorrendo de uma Decisão Interlocutória, conforme dispõe o art. 475-M, Parág. 3º, do CPC.
 b) Fosse acolhida a defesa, o recurso da decisão seria o mesmo? Fundamente.Resp.: Não, se fosse acolhida a defesa, acarretaria a extinção do processo de execução por sentença do juiz, nesse caso o recurso seria Apelação, de acordo com o art. 475-M, Parág. 3º, 2ª do CPC 
Questão Objetiva: 2a questão. IMPUGNAÇÃO
A impugnação tem natureza de: 
a) ação autônoma de impugnação;
 b) incidente processual cognitivo na fase de efetivação do julgado; 
c) processo autônomo; 
d) defesa oferecida nos embargos do devedor.
A FRAUDE À EXECUÇÃO
A fraude à execução se configura quando, citado o executado, este se desfaz de seus bens, impossibilitando a penhora e a satisfação do crédito.
Por sua vez, o reconhecimento da má-fé do terceiro adquirente depende do registro da penhora do bem, ou seja, adquirido o bem antes da constrição judicial, ou após esta, mas sem que tenha havido o devido registro, não há que se falar que o terceiro agiu com má-fé.
Assim, somente com o registro da penhora é que se pode presumir a má-fé do terceiro adquirente na fraude à execução.
COMPETÊNCIA.
Este assunto é tratado no art. 475-P e no art. 575, ambos do CPC, que possuem redação muito parecida, quando a execução tiver lastreada em TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL
Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I – os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
No caso do art. 475-P, que é mais recente, percebe-se que a grande inovação se encontra no seu parágrafo único, que agora confere ao exeqüente a possibilidade de escolher a baseterritorial para a etapa de cumprimento da sentença. Vale dizer que as principais divergências aqui são:
a) este dispositivo mitiga o princípio da perpetuatio jurisdictionis (art. 87, CPC)?;
b) o exeqüente poderia exercer esta opção mais de uma vez?;
c) existem outras hipóteses que a execução de título judicial pode ser realizada em outro juízo?
COMPETÊNCIA.
Se, contudo, a execução estiver lastreada em título executivo extrajudicial, deverão ser observadas as mesmas regras que norteiam o processo de conhecimento, conforme consta no art. 576 do CPC.
Art. 576. A execução, fundada em título extrajudicial, será processada perante o juízo competente, na conformidade do disposto no Livro I, Título IV, Capítulos II e III.
COMPETÊNCIA PARA OFERECIMENTO DOS EMBARGOS A EXECUÇÃO E DA IMPUGNAÇÃO
Art. 747. Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens.
Os embargos devem ser oferecidos no mesmo juízo, salvo se ocorrer a situação prevista no art. 747 do CPC, que permite a apresentação de embargos em carta precatória.
Deve ser destacado que, atualmente, os embargos aexecução somente são oferecidos em execução por título extrajudicial, salvo poucas exceções.
Em relação a impugnação, o art. 475-M, parágrafo 2º, do CPC estabelece que a mesma será instruída e decidida nos próprios autos da execução quando tiver sido deferido o seu efeito suspensivo. Esta norma indica que a competência para oferecimento e julgamento do que consta na impugnação é do mesmo juízo em que tramita a etapa de cumprimento da sentença. No entanto, parece que a norma prevista no art. 747 do CPC pode também ser aplicada de forma subsidiária nesta hipótese, até mesmo em virtude do que prevê o art. 475-R.
EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA
A execução definitiva é aquela promovida em base em título “definitivo”, isto é, o título executivo judicial já transitado em julgado ou o título executivo extrajudicial. A execução “provisória”, usualmente era realizada com base em título judicial que ainda não transitou em julgado, em virtude da pendência de recurso de apelação, recebido sem efeito suspensivo, que ainda não foi julgado. Por óbvio, o recurso recebido no duplo efeito não permitiria início de execução.
O art. 475-I, par. 1º e art. 587, ambos do CPC, cuidam do assunto.
Aula de 8 a 16
Plano de Aula: Cumprimento de sentença. Obrigação de pagar – Aula 08
1a questão. Peter promove demanda em face de James. O seu pedido foi julgado procedente, eis que o magistrado lotado no juízo proferiu sentença que condenou o demandado a lhe pagar a quantia de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais). O advogado de Peter dá início a etapa executiva com a apresentação de um requerimento e da planilha, sendo que esta já se encontra abrangendo a multa de 10% prevista no art. 475-J do CPC. O executado, em momento oportuno, se defende no meio próprio alegando, basicamente, a não incidência da novos honorários advocatícios favoráveis ao advogado do exeqüente na etapa executiva, eis que o processo é sincrético (uno).
Indaga-se: Assiste-lhe razão? Justifique.
Existem diversos julgados, tanto do stj quanto do tjrj autorizando a fixação de nova verba honorária da etapa de cumprimento de sentença. Até seria possivel invocar a aplicação do art . 652 – a do cpc, este se trata de norma perfeitamente compatível com o cumprimento desentença. Assim devem ser conjugados os art 652-a e art 475-r, ambos do cpc, para se chegar a esta conclusão
2a questão. Assinale a alternativa correta, que contempla apenas matérias que podem ser alegadas em impugnação:
a) falta ou nulidade de citação e penhora incorreta. (Art. 475 – L do CPC)
b) impedimento e suspeição do magistrado.
c) penhora incorreta e impedimento do magistrado.
d) incompetência relativa e pagamento da dívida.
Plano de Aula: Execução por título extrajudicial. Obrigação de pagar – Aula 09
1a questão. Romeu ajuizou execução por quantia certa em face do Raimundo, tendo por base um título executivo extrajudicial que indica a existência de uma obrigação de pagar. Este, ao ser citado, apresenta requerimento para parcelar a dívida, nos moldes do art. 745-A do CPC, porém em bases distintas, ou seja, pagamento parcelado e dividido em 40 (quarenta) parcelas acrescida da correção monetária e juros. O magistrado intima o credor para se manifestar a respeito, que informa não concordar com a proposta apresentada. No entanto, atento ao princípio do menor sacrifício do executado (art. 620, CPC), o juiz entende que o parcelamento deve ser deferido nos termos propostos.
Indaga-se:
a) O parcelamento previsto no art. 745-A do CPC depende da anuência do exeqüente? Justifique.
Há divergências em relação ao assunto, no entanto é possível ao devedor sem a recusa do credor, desde que cumpridas às exigências legais (depósito de 30% do valor da execução, incluindo custas e honorários advocatícios, limitação em até seis parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% ao mês) postular o parcelamento do pagamento. Feita fora do prazo, ou sem a obediência dos requisitos legais o credor poderá recusar e exigir pagamento à vista.
 O parcelamento em questão, desde que requerido no prazo legal, independe de anuência do credor
b) E se for apresentada uma proposta de pagamento em termos distintos, como no caso vertente, haverá a necessidade de expressa anuência do credor para que a mesma seja aceita? Justifique.
Sim, pelo princípio do contraditório e em virtude do interesse de credor deverá haver anuência do credor que poderá recusar e exigir pagamento à vista ou aceitar o parcelamento em quantas vezes quiser, e inclusive dispensa do depósito prévio.  Contudo, vale ressaltar que, a opção de pagamento parcelado do art. 745-A do CPC deve ser manifestada no prazo processual adequado, pois, passada a oportunidade, ainda que seja possível o requerimento, a aceitação dependerá de anuência do credor.
2a questão. Para se promover uma execução por quantia certa em face do Banco do Brasil (sociedade de economia mista), com lastro em título judicial, o procedimento executivo adequado é:
a) Execução por quantia certa em face da Fazenda Pública (art. 730, CPC);
b) Execução por quantia certa em face de devedor solvente (art. 475-J, CPC);
c) Execução por quantia certa em face de devedor insolvente (art. 748, CPC);
d) Execução fiscal (Lei nº 6.830/80).
Plano de Aula: Penhora. Expropriação. Suspensão e fim da execução – Aula 10
1a questão. Gustavo Vaz promove execução em face de Fabiano, perante a 3ª Vara Cível da Comarca de Cabo Frio – RJ. No curso da execução, o credor observa que o devedor somente possui os seguintes bens de sua propriedade: a) conta de FGTS ativa; b) um jazigo onde estão os restos mortais dos pais, esposa, filhos e netos do executado.
Indaga-se:
Se a penhora pode ou não recair sobre estes bens que integram o patrimônio de Fabiano ou se os mesmos devem ser considerados como impenhoráveis? Justifique.
- Segundo o artigo 2º, § 2º da Lei 8036/90, além de fixar as regras para o saque do valor depositado pelo empregador, aponta que as contas vinculadas em nome dos trabalhadores são absolutamente impenhoráveis. A jurisprudência do STJ vem reconhecendo em alguns julgados a possibilidade de levantamento de tais valores para solver dívidas de alimentos, admitindo uma interpretação extensiva, baseada no fim social da norma e nas exigências do bem comum.
2a questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a penhora.
a) o imóvel residencial de uma única pessoa, que ali reside sozinho e sem família, é penhorável; (Lei 8009/90 – Bem de família)
b) não é possível penhorar o seguro de vida;
c) são absolutamente impenhoráveis os vestuários, bem comoos pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
d) os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis podem ser penhorados, se não existirem outros bens do executado.
Plano de Aula: Procedimentos especiais de execução por quantia certa. Executivo Fiscal. (Lei 6830/80) - Aula 11
1a questão. Caio promove demanda em face da União, perante o juízo competente, vindo obter ao final do processo uma sentença favorável que condenou a demandada a lhe pagar a quantia de R$ 500.000,00 (quinhentos mil Reais). A União, ao ser intimada da sentença, interpõe o recurso de apelação que não foi acolhido pelo Tribunal Regional Federal. Desta última decisão a mesma interpõe recurso extraordinário que, de acordo com o art. 542, parágrafo 2º, apenas é dotado do efeito devolutivo. Em razão desta circunstância (ausência de efeito suspensivo), o credor imediatamente promove a execução do julgado, nos termos do art. 730 do CPC. 
Indaga-se: 
É possível a promoção de uma execução provisória (art. 475-I, parágrafo 1º, CPC) em face da Fazenda Pública? Justifique.Nesse caso caio não podera executar provisoriamente a fazenda, pois não cabe execução provisória em face da fazenda publica art 2, b da lei 9494/97. A sentença que tenha por objeto a liberação do recurso somente poderá ser executada após transito em julgado
2a questão. Assinale a alternativa correta, em relação a execução promovida contra a Fazenda Pública:
a) a penhora é ato essencial, na execução por quantia certa;
b) não se procede à requisição e nem expedição de precatório;
c) pode ser dispensada a penhora de bens pelo juiz, quando for requerida pelo devedor;
d) não se promove a penhora, por se tratar de bens públicos, na forma do art. 648 do CPC.
Plano de Aula: Execução de obrigação de fazer, não fazer e de entrega de coisa – Aula 12
1a questão: Dirceu promove execução de titulo extrajudicial em face de Sandro, objetivando o cumprimento de uma obrigação de fazer. O executado, ao ser citado, não adota nenhuma postura, já que sequer embargou. O magistrado, de ofício, resolve estabelecer multas diárias (astreintes).
Indaga-se:
Indique os dispositivos legais, em que o juiz pode conceder de ofício as astreintes, bem como se o mesmo pode ou não reduzir os seus valores caso verifique que os valores ficaram muito excessivos.
O juiz poderá de acordo com o Art. 461, §§ 4º, 5º e 6º, aplicar multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, determinar de ofício as medidas necessárias para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente ou alterar os valores se verificar que se tornaram insuficientes ou excessivos.
2a questão: Para se promover uma execução por obrigação de entrega de coisa devida pela União, com lastro em título extrajudicial, o procedimento executivo adequado é:
a) Execução em face da Fazenda Pública (art. 730, CPC);
b) Execução para entrega de coisa (art. 621, CPC);
c) Cumprimento de sentença para entrega de coisa (art. 461);
d) Execução fiscal (Lei nº 6.830/80).
PLANO DE AULA 13
1ª questão Roberto promove cumprimento de sentença para cobrar a quantia de R$ 45.000,00, por simples requerimento. O juiz despachou favoravelmente o requerimento e determinou a aplicação de multa de 10% sobre o valor do título executivo e, ainda, a intimação do advogado para pagar ou oferecer defesa.
Indaga-se: 
a) Poderia o juiz aplicar a multa, de plano? Explique. sumula 270 tjrje a multa do 475J so aplica a multa quando o reu for intimado para pagamento voluntario
b) Qual a defesa do executado. Explique.a defesa é feita por impugnação ao cumprimento de sentença	
2ª questão. Assinale a alternativa correta a respeito da impugnação:
a) corre sempre em autos em apartado.
b) só pode ser feita depois de oferecidos bens a penhora; 475J parágrafo 1
c) a admissão acarreta automaticamente a suspensão da execução.
d) é fase autônoma do processo de conhecimento.
PLANO DE AULA 14
1ª questão. Sérgio promove ação de execução fundada em nota promissória no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). O juiz defere a petição inicial e determina a citação do devedor pra pagar ou oferecer defesa.
Indaga-se: 
a) Qual a defesa do executado? Justifique. Embargos à Execução ART 736
b) Qual o prazo para a defesa. Justifique? 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.
c) O parcelamento pedido pelo executado causa algum efeito. Explique. Art. 739-A, CPC (O embargo do executado não terá efeito suspensivo, em regra) o parcelamento causa efeito de suspensão.
2ª questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito ao embargos do devedor:
a) Os embargos acarretam automaticamente a suspensão da execução. Art 739A
b) só pode ser oferecido depois de garantido o juízo.
c) não precisam de prévia garantia do juízo. Art 736
d) o juiz jamais poderia atribuir efeito suspensivo aos embargos.
Plano de Aula: As Últimas Reformas da Execução - Lei 11.232/05 e 11.382/06 – Aula 15
Juvenal, mediante simples requerimento de intimação do advogado do devedor ? Cristovão ? postula o pagamento da quantia certa a que foi condenado por sentença transitada em julgado. O juiz determina a expedição da intimação e, posteriormente, diante da falta de cumprimento da obrigação, fixa multa e, ainda, determina expedição de mandado de penhora e avaliação do bem. O Oficial de Justiça promove a penhora e a avaliação de bem do devedor.
Indaga-se:
a) Pode o credor postular, de imediato, a adjudicação do bem penhora em substituição ao pagamento? Justifique.
- O art. 685 do CPC permite que, depois da avaliação, caso se constate manifesta desproporção entre o valor dos bens e o débito, o juiz possa reduzir ou ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens, menos ou mais valiosos. Será preciso que haja requerimento dos interessados, pois o juiz não pode fazê-lo de ofício.
- A ampliação da penhora pode ser feita com a realização de uma segunda penhora, sobre outros bens, ou com a substituição do bem penhorado por outro de maior valor.
- A redução da penhora faz-se por exclusão de alguns bens, liberados da penhora, ou pela transferência a outros, cujo valor seja suficiente.
b) Poderia postular o usufruto do bem imóvel do devedor que se encontra sob locação, rendendo substancial valor mensal, o que determinaria o cumprimento rápido da obrigação do devedor?
- Poderá ser feita a postulação do usufruto de móvel ou imóvel para expropriação temporária do direito ao uso e aos frutos de bem, pagando-se o exequente com a renda produzida para dedução e quitação da obrigação, conforme artigos 647, IV e 723, ambos do CPC.
2a questão – Objetiva
O ato processual por meio do qual se buscam e se apreendem bem do executado pra empregá-los, de modo direito ou indireto, na satisfação do crédito do exeqüendo denomina-se:
a) adjudicação;
b) penhor;
c) penhora;
d) usufruto de bens móveis e imóveis.
PLANO DE AULA 16
Marcos promove execução em face de Igor, perante a 15ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro - RJ. No curso da execução, Flávio apresenta-se aos autos e informa que realizou uma assunção de débito e que, por este motivo, deve o mesmo agora figurar no pólo passivo da execução. Marcos, o exeqüente, peticiona ao juízo informando que não concorda com este pleito, pois a assunção de dívida somente traria reflexos ao processo se o credor concordasse com a mesma. Indaga-se: 
Pode o "novo" devedor ingressar na execução independentemente da anuência do exeqüente? Justifique;  Assunção de dívida (também denominada cessão de débito) é a substituição da parte passiva da obrigação, com um outro devedor assumindo-a, ela não pode ocorrer sem a concordância do credor. Se o credor não é obrigado a receber coisa diversa do objeto da obrigação, ainda que mais valiosa, também não é obrigado a aceitar outro devedor, ainda que mais abastado. Pode ser que este novo devedor nãotenha a mesma disponibilidade moral para pagar a dívida. Qualquer pessoa pode subrogar-se no pólo passivo da ação, desde que o credor de anuência a assunção.  Se o credor for comunicado e ficar em silêncio, entender-se-á como uma negativa.
        
E na hipótese inversa, se ocorresse uma cessão de créditos, o novo credor pode suceder o anterior ainda que não haja concordância do devedor? Justifique
Conceito: cessão de crédito é o negócio jurídico onde o credor de uma obrigação, chamado cedente, transfere a um terceiro, chamado cessionário, sua posição ativa na relação obrigacional, independentemente da autorização do devedor, que se chama cedido.
2ª Questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a competência para o oferecimento da impugnação/embargos.
a) a impugnação e os embargos são oferecidos, processados e julgados, em regra, no mesmo juízo em que tramita a execução;
b) na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens;
c) na execução por carta, os embargos serão oferecidos apenas no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens; ART 747 APENAS DEPRECADO E DEPRECANTE.
d) a impugnação e os embargos nem sempre são oferecidos, processados e julgados no mesmo juízo em que tramita a execução
AULA EXTRA 
Fabrício, morador de Vitória-ES, de passagem em São Paulo por motivo de trabalho, aproveita a estada na cidade para comprar presentes para sua namorada na loja Ana Noris Moda Feminina. Realiza o pagamento por meio de cheque no valor de R$ 3.560,00 (três mil quinhentos e sessenta reais). Depositado na instituição bancária, o cheque é devolvido por falta de provisão de fundos. A pessoa jurídica ingressa com a execução, nos termos da lei. Fabrício foi regularmente citado, e tal informação foi juntada aos autos em trâmite no juízo deprecante na mesma data. Vinte dias depois, a carta precatória devolvida pelo juízo deprecado é juntada aos autos, e o executado opõe embargos quinze dias depois. Fabrício alegou em sua defesa não ser executivo o título apresentado e que há excesso na execução, deixando de juntar o valor que entendia correto. Com base na situação-problema, responda às indagações abaixo com base na legislação vigente.
a) Como advogado(a) da Ana Noris Moda Feminina, intimado a se manifestar sobre os embargos, o que alegaria? (Valor: 0,65)
O examinando deve demonstrar que se trata da modalidade de procedimento de execução por quantia certa contra devedor solvente fundada em título extrajudicial. A questão aponta a fase da defesa do executado, disposta a partir do art. 736 do CPC.
a) Na qualidade de advogado(a) deve reafirmar que os cheques são títulos executivos extrajudiciais (art. 585, I, do CPC) e que os embargos estão tocados por dois vícios merecendo a rejeição liminar (art. 739 do CPC). O primeiro é que são intempestivos. Quando a execução se dá por carta precatória, o prazo de quinze dias para oferecer embargos será contato da juntada aos autos do juízo deprecante da informação prestada pelo juízo deprecado (§ 2º do art. 738 do CPC) o que, nos termos do enunciado, ocorreu no mesmo dia da citação. O segundo erro do embargante é ter deixado de juntar o valor que entendia correto, elemento essencial quando os embargos são pautados em alegado excesso de execução (§ 5º do art. 739-A do CPC).
b) Suponha que o juiz tenha atribuído efeito suspensivo aos embargos. Requerida a revogação, o juiz mantém o efeito, mesmo tendo sido demonstrado inequívoco o risco de lesão irreparável. Como advogado(a), qual medida adotaria? Informe o prazo e procedimento. (Valor: 0,60)
b) Cuida-se de decisão interlocutória e a medida hábil a atacá-la é o agravo. Por haver risco de lesão irreparável, a modalidade agravo de instrumento é a aplicável ao caso. Deverá ser interposto no prazo de dez dias (art. 522 do CPC) contados da intimação da decisão que manteve o efeito suspensivo dos embargos e ser interposto por meio de petição escrita dirigida ao juízo  ad quem  (art. 524 do CPC) com cópia dos documentos indispensáveis, na forma do art. 525 do CPC.

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