Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Posse: teorias e modalidades - importância prática à luz da jurisprudência do STJ As Teorias da Posse e sua aplicação A Teoria da Posse segundo Rudolf Von Jhering (teoria objetiva) – 1196 A Teoria da Posse segundo Frédéric Charles Savigny (teoria subjetiva) – 1238, 1198 As Teorias adotadas pelo Código Civil de 2002 O Juízo Possessório (ius possessionis) e o Juízo Petitório (ius possidendi) No REsp 1158992/MG, julgado em 04/2011, mitigando a Teoria de Jhering, permitiu que o adquirente de um imóvel ajuizasse uma ação de Reintegração de Posse, ainda que não tenha entrado na posse direta do imóvel (poder físico sobre a coisa e aparência segundo Jhering), graças ao Constituto Possessório. No REsp 945055/DF, julgado em 2009, o STJ decidiu, adotando a Teoria de Jhering que o particular que utiliza área pública é mero detentor, uma vez que não exerce qualquer dos poderes inerentes à propriedade, portanto não faz jus à indenização por benfeitorias ou direito de retenção. No REsp 844098/MG, julgado em 2009, o STJ decidiu, adotando a Teoria de Jhering, que o devedor fiduciário inadimplente não pode usucapir um veículo uma vez que o possuidor indireto é o proprietário-fiduciante e ao atrasar a parcela do financiamento o fiduciário passa a ter a posse injusta (clandestina) que nos termos do 1208 não propicia a aquisição da posse, impossibilitando à usucapião. No REsp 65859 / MG, julgado em 2007, o STJ decidiu, adotando a Teoria de Jhering, que não é possível manejar as ações possessórias para tutelar posse de coisas incorpóreas (direito autoral). As Modalidades de Posse e sua aplicação Direta e Indireta = concorrência de posses – 1197 Defesa da Posse do possuidor direto contra o indireto e vice-versa Comodante X Comodatário Locador X Locatário No REsp 537363 / RS, julgado em 2010, o STJ decidiu que, graças ao Droit de Saisine, a posse é transmitida com a morte. Assim, permitiu que um dos herdeiros ajuizasse contra o outro uma ação de Reintegração de Posse, para que o Autor (possuidor indireto) pudesse retirar a posse do Réu (possuidor direto). No REsp 1073846 / SP, julgado em 2009, o STJ decidiu que tanto o promitente-vendedor (proprietário e possuidor indireto) quanto o promissário-comprador (possuidor direito) são, nos termos do art. 29 do CTN, sujeitos passivos do ITR. Posse justa: nec vim, nec clam, nec precário – Critério objetivo - 1200 A ação reivindicatória (possuidor ou detentor injusto) No REsp 926423 / PR, o STJ decidiu que pelo simples fato do adquirente não ter registrado a compra e venda ele não deixa de ser um possuidor de justo. Afinal, os Embargos de Terceiro em Execução Fiscal podem ser usados pelo possuidor justo para defender a sua posse de eventual penhora.(Súmula 84 do STJ: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.) Boa-fé (presumida) 1201 e 1202 e Má-fé – Critério Subjetivo Usucapião 1238/1242 Indenização por perda e deterioração 1217/1218 Indenização por benfeitorias 1219/1220 Posse nova e Posse velha (ação de força nova e velha – 924 CPC) A liminar e tutela antecipada O STJ tem admitido a tutela em arrendamento mercantil para a reintegração da posse do veículo em caso de inadimplência. No REsp 1022038 / RJ julgado em 2009, o STJ confirmou a liminar para que o réu de uma ação de manutenção de posse derrubasse o muro que indevidamente construiu (turbando a posse do vizinho), bem como, determinou o pagamento da multa diária pelo descumprimento da liminar. Posse ad interdicta (interditos possessórios) e ad usucapionem (1242) No AgRg no Ag 645109 / SP, o STJ em 2008, decidiu que só existe posse ad interdicta quando o possuidor tem posse justa, uma vez que o art. 1208 do CC determina que atos clandestinos, violentos e precários não propiciam à aquisição da posse. Composse (pro diviso e pro indiviso)– 1199 No AgRg no REsp 867856 / SC, julgado em 2010 pelo STJ, ficou determinado que é imprescindível a citação de todos os co-possuidores em ações possessórias. No REsp 553914 / PE, julgado em 2008 pelo STJ, ficou decidido que nos termos do parágrafo 2º. do art. 10 do CPC a participação do cônjuge ou companheiro é imprescindível nas ações possessórias quando houver composse. Modos Aquisitivos Modo originário e Modo Derivado Qualquer dos poderes inerentes à propriedade (ius utendi, fruendi et abutendi) – 1204 Apreensão, exercício do direito, tradição (efetiva, simbólica (brevi manu e constituto possessório) e consensual), Quem pode adquirir a posse? Própria pessoa, seu representante, terceiro – 1205 Transmissão a título universal e singular Transmissão inter vivos ou mortis causa (1206 e 1207) Posse dos móveis contidos em imóveis - 1209 Efeitos Desforço imediato 1210 §1° A fungibilidade das possessórias 920CPC Conversão da possessória em indenização e cumulação de pedidos 921CPC Caráter dúplice 922CPC A exceção de domínio: Distinção de ius possessionis e ius possidendi 923 CPC e 1210§2°CC. Súmula 487STF Ação de força nova e força velha 924CPC Requisitos: Posse, Turbação, Esbulho, Data da turbação ou esbulho 927CPC Procedimento: petição inicial, liminar e audiência 928CPC (pessoa de direito público 928§ún.CPC, recurso cabível 522CPC, execução da liminar), contestação 930CPC, execução da sentença com astreintes, embargos do executado, embargos de retenção, embargos de terceiro 1046 e 1047CPC Interdito Proibitório 932CPC: características e requisitos, astreinte Ação de Imissão de Posse (petitória), Ação de Nunciação de Obra Nova 934, I,CPC com Embargo Extrajudicial 935CPC, Embargos de Terceiro 1046CPC, Ação de Dano Infecto 1277 a 1280 CC Responsabilidade por perda e deteriorações Boa-fé – 1217 Má-fé - 1218 Não, exceto se agir com culpa ou dolo Sim, exceto se provar que de qualquer forma teria ocorrido o sinistro Indenização por benfeitorias e Direito de retenção Boa-fé – 1219 Má-fé - 1220 Necessárias Sim com retenção Sim sem retenção Úteis Sim com retenção Não Voluptuárias Não. Porém com levantamento Não Valor: atual 1222 Valor: atual ou custo 1222 Compensação das benfeitorias com danos – 1221 Súmula: 335 do STJ Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e ao direito de retenção. Alguns julgados do STJ que tratam das teorias da posse e sua classificação: Processo REsp 945055 / DF RECURSO ESPECIAL 2007/0092986-1 Relator(a) Ministro HERMAN BENJAMIN (1132) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 02/06/2009 Data da Publicação/Fonte DJe 20/08/2009 Ementa ADMINISTRATIVO. OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA POR PARTICULARES. CONSTRUÇÃO. BENFEITORIAS. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Hipótese em que o Tribunal de Justiça reconheceu que a área ocupada pelos recorridos é pública e não comporta posse, mas apenas mera detenção. No entanto, o acórdão equiparou o detentor a possuidor de boa-fé, para fins de indenização pelas benfeitorias. 2. O legislador brasileiro, ao adotar a Teoria Objetiva de Ihering, definiu a posse como o exercício de algum dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.196 do CC). 3. O art. 1.219 do CC reconheceu o direito à indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias, no caso do possuidor de boa-fé, além do direito de retenção. O correlato direito à indenização pelas construções é previsto no art. 1.255 do CC. 4. O particular jamais exerce poderes de propriedade (art. 1.196 do CC) sobre imóvel público, impassível de usucapião (art. 183, § 3º, da CF). Não poderá, portanto, ser considerado possuidor dessas áreas, senão mero detentor. 5. Essa impossibilidade,por si só, afasta a viabilidade de indenização por acessões ou benfeitorias, pois não prescindem da posse de boa-fé (arts. 1.219 e 1.255 do CC). Precedentes do STJ. 6. Os demais institutos civilistas que regem a matéria ratificam sua inaplicabilidade aos imóveis públicos. 7. A indenização por benfeitorias prevista no art. 1.219 do CC implica direito à retenção do imóvel, até que o valor seja pago pelo proprietário. Inadmissível que um particular retenha imóvel público, sob qualquer fundamento, pois seria reconhecer, por via transversa, a posse privada do bem coletivo, o que está em desarmonia com o Princípio da Indisponibilidade do Patrimônio Público. 8. O art. 1.255 do CC, que prevê a indenização por construções, dispõe, em seu parágrafo único, que o possuidor poderá adquirir a propriedade do imóvel se "a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno". O dispositivo deixa cristalina a inaplicabilidade do instituto aos bens da coletividade, já que o Direito Público não se coaduna com prerrogativas de aquisição por particulares, exceto quando atendidos os requisitos legais (desafetação, licitação etc.). 9. Finalmente, a indenização por benfeitorias ou acessões, ainda que fosse admitida no caso de áreas públicas, pressupõe vantagem, advinda dessas intervenções, para o proprietário (no caso, o Distrito Federal). Não é o que ocorre em caso de ocupação de áreas públicas. 10. Como regra, esses imóveis são construídos ao arrepio da legislação ambiental e urbanística, o que impõe ao Poder Público o dever de demolição ou, no mínimo, regularização. Seria incoerente impor à Administração a obrigação de indenizar por imóveis irregularmente construídos que, além de não terem utilidade para o Poder Público, ensejarão dispêndio de recursos do Erário para sua demolição. 11. Entender de modo diverso é atribuir à detenção efeitos próprios da posse, o que enfraquece a dominialidade pública, destrói as premissas básicas do Princípio da Boa-Fé Objetiva, estimula invasões e construções ilegais e legitima, com a garantia de indenização, a apropriação privada do espaço público. 12. Recurso Especial provido. Processo REsp 844098 / MG RECURSO ESPECIAL 2006/0094012-5 Relator(a) Ministra NANCY ANDRIGHI (1118) Relator(a) p/ Acórdão Ministro SIDNEI BENETI (1137) Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 06/11/2008 Data da Publicação/Fonte DJe 06/04/2009 Ementa CIVIL. USUCAPIÃO. VEÍCULO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. INADIMPLEMENTO. PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. IMPOSSIBILIDADE. POSSE INJUSTA. I.- A posse de bem por contrato de alienação fiduciária em garantia não pode levar a usucapião, seja pelo adquirente, seja por cessionário deste, porque essa posse remonta ao fiduciante, que é a financiadora, a qual, no ato do financiamento, adquire a propriedade do bem, cuja posse direta passa ao comprador fiduciário, conservando a posse indireta (IHERING) e restando essa posse como resolúvel por todo o tempo, até que o financiamento seja pago. II.- A posse, nesse caso, é justa enquanto válido o contrato. Ocorrido o inadimplemento, transforma-se em posse injusta, incapaz de gerar direito a usucapião. Recurso Especial não conhecido. Processo REsp 65859 / MG RECURSO ESPECIAL 1995/0023248-0 Relator(a) Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA (1088) Órgão Julgador T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento 13/10/1997 Data da Publicação/Fonte DJ 09/12/1997 p. 64707 Ementa CIVIL. DIREITOS AUTORAIS. PROTEÇÃO POSSESSORIA. IMPOSSIBILIDADE. RESTRIÇÃO AS COISAS CORPOREAS. PRECEDENTE. RECURSO DESPROVIDO. - OS DIREITOS AUTORAIS NÃO PODEM SER OBJETO DE PROTEÇÃO POSSESSORIA, UMA VEZ QUE NÃO SE TRATA DE COISA CORPOREA. Acórdão POR UNANIMIDADE, CONHECER DO RECURSO, MAS LHE NEGAR PROVIMENTO. Íntegra do Acórdão Acompanhamento Processual Resultado sem Formatação Imprimir/Salvar Processo REsp 537363 / RS RECURSO ESPECIAL 2003/0051147-7 Relator(a) Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS) (8155) Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 20/04/2010 Data da Publicação/Fonte DJe 07/05/2010 REVJUR vol. 391 p. 129 Ementa DIREITO CIVIL. POSSE. MORTE DO AUTOR DA HERANÇA. SAISINE. AQUISIÇÃO EX LEGE. PROTEÇÃO POSSESSÓRIA INDEPENDENTE DO EXERCÍCIO FÁTICO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Modos de aquisição da posse. Forma ex lege: Morte do autor da herança. Não obstante a caracterização da posse como poder fático sobre a coisa, o ordenamento jurídico reconhece, também, a obtenção deste direito na forma do art. 1.572 do Código Civil de 1916, em virtude do princípio da saisine, que confere a transmissão da posse, ainda que indireta, aos herdeiros, independentemente de qualquer outra circunstância. 2. A proteção possessória não reclama qualificação especial para o seu exercício, uma vez que a posse civil - decorrente da sucessão -, tem as mesma garantias que a posse oriunda do art. 485 do Código Civil de 1916, pois, embora, desprovida de elementos marcantes do conceito tradicional, é tida como posse, e a sua proteção é, indubitavelmente, reclamada. 3. A transmissão da posse ao herdeiro se dá ex lege. O exercício fático da posse não é requisito essencial, para que este tenha direito à proteção possessória contra eventuais atos de turbação ou esbulho, tendo em vista que a transmissão da posse (seja ela direta ou indireta) dos bens da herança se dá ope legis, independentemente da prática de qualquer outro ato. 4. Recurso especial a que se dá provimento. Processo REsp 1073846 / SP RECURSO ESPECIAL 2008/0154761-2 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Órgão Julgador S1 - PRIMEIRA SEÇÃO Data do Julgamento 25/11/2009 Data da Publicação/Fonte DJe 18/12/2009 Ementa PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C, DO CPC. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ITR. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DO IMÓVEL RURAL. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO POSSUIDOR DIRETO (PROMITENTE COMPRADOR) E DO PROPRIETÁRIO/POSSUIDOR INDIRETO (PROMITENTE VENDEDOR). DÉBITOS TRIBUTÁRIOS VENCIDOS. TAXA SELIC. APLICAÇÃO. LEI 9.065/95. 1. A incidência tributária do imposto sobre a propriedade territorial rural - ITR (de competência da União), sob o ângulo do aspecto material da regra matriz, é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município (artigos 29, do CTN, e 1º, da Lei 9.393/96). 2. O proprietário do imóvel rural, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título, à luz dos artigos 31, do CTN, e 4º, da Lei 9.393/96, são os contribuintes do ITR . 3. O artigo 5º, da Lei 9.393/96, por seu turno, preceitua que: "Art. 5º É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a qualquer título, nos termos dos arts. 128 a 133 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Sistema Tributário Nacional)." 4. Os impostos incidentes sobre o patrimônio (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR e Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU) decorrem de relação jurídica tributária instaurada com a ocorrência de fato imponível encartado, exclusivamente, na titularidade de direito real, razão pela qual consubstanciam obrigações propter rem, impondo-se sua assunção a todos aqueles que sucederem ao titular do imóvel. 5. Conseqüentemente, a obrigação tributária, quanto ao IPTU e ao ITR, acompanha o imóvel em todas as suas mutações subjetivas, ainda que se refira a fatos imponíveis anteriores à alteração da titularidade do imóvel, exegeseque encontra reforço na hipótese de responsabilidade tributária por sucessão prevista nos artigos 130 e 131, I, do CTN, verbis: "Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço. Art. 131. São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Vide Decreto Lei nº 28, de 1966) (...)" 6. O promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel, bem como seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no Registro de Imóveis), consoante entendimento exarado pela Primeira Seção do STJ, quando do julgamento dos Recursos Especiais 1.110.551/SP e 1.111.202/SP (submetidos ao rito do artigo 543-C, do CPC), são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU (Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, julgado em 10.06.2009, DJe 18.06.2009). 7. É que, nas hipóteses em que verificada a "contemporaneidade" do exercício da posse direta e da propriedade (e não a efetiva sucessão do direito real de propriedade, tendo em vista a inexistência de registro do compromisso de compra e venda no cartório competente), o imposto sobre o patrimônio poderá ser exigido de qualquer um dos sujeitos passivos "coexistentes", exegese aplicável à espécie, por força do princípio de hermenêutica ubi eadem ratio ibi eadem legis dispositio. 8. In casu, a instância ordinária assentou que: (i) "... os fatos geradores ocorreram entre 1994 e 1996. Entretanto, o embargante firmou compromisso de compra e venda em 1997, ou seja, após a ocorrência dos fatos geradores. O embargante, ademais, apenas juntou aos autos compromisso de compra e venda, tal contrato não transfere a propriedade. Não foi comprovada a efetiva transferência de propriedade e, o que é mais importante, o registro da transferência no Cartório de Registro de Imóveis, o que garantiria a publicidade do contrato erga omnes. Portanto, correta a cobrança realizada pela embargada." (sentença) (ii) "Com base em afirmada venda do imóvel em novembro/97, deseja a parte apelante afastar sua legitimidade passiva executória quanto ao crédito tributário descrito, atinente aos anos 1994 a 1996, sendo que não logrou demonstrar a parte recorrente levou a registro, no Cartório imobiliário pertinente, dito compromisso de venda e compra. Como o consagra o art. 29, CTN, tem por hipótese o ITR o domínio imobiliário, que se adquire mediante registro junto à Serventia do local da coisa: como se extrai da instrução colhida junto ao feito, não demonstra a parte apelante tenha se dado a transmissão dominial, elementar a que provada restasse a perda da propriedade sobre o bem tributado. Sendo ônus do originário embargante provar o quanto afirma, aliás já por meio da preambular, nos termos do § 2º do art. 16, LEF, bem assim em face da natureza de ação de conhecimento desconstitutiva da via dos embargos, não logrou afastar a parte apelante a presunção de certeza e de liquidez do título em causa. Cobrando a União ITR relativo a anos-base nos quais proprietário do bem o ora recorrente, denota a parte recorrida deu preciso atendimento ao dogma da legalidade dos atos administrativos e ao da estrita legalidade tributária." (acórdão recorrido) 9. Conseqüentemente, não se vislumbra a carência da ação executiva ajuizada em face do promitente vendedor, para cobrança de débitos tributários atinentes ao ITR, máxime à luz da assertiva de que inexistente, nos autos, a comprovação da translação do domínio ao promitente comprador através do registro no cartório competente. 10. A Taxa SELIC é legítima como índice de correção monetária e de juros de mora, na atualização dos débitos tributários pagos em atraso, ex vi do disposto no artigo 13, da Lei 9.065/95 (Precedentes do STJ: REsp 947.920/SC, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 06.08.2009, DJe 21.08.2009; AgRg no Ag 1.108.940/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 04.08.2009, DJe 27.08.2009; REsp 743.122/MG, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 26.02.2008, DJe 30.04.2008; e EREsp 265.005/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em 24.08.2005, DJ 12.09.2005). 11. Destarte, vencido o crédito tributário em junho de 1998, como restou assente no Juízo a quo, revela-se aplicável a Taxa Selic, a título de correção monetária e juros moratórios. 13. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. Proposição de verbete sumular. Processo AgRg no Ag 645109 / SP AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 2004/0172465-9 Relator(a) Ministro SIDNEI BENETI (1137) Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 12/08/2008 Data da Publicação/Fonte DJe 03/09/2008 Ementa PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. POSSE AD INTERDICTA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. 1. A decisão atacada pelo agravo regimental não se furtou à discussão trazida pela recorrente, relativa à existência de posse justa, ad interdicta, pelo recorrido. Muito pelo contrário, procurou tratar da questão a partir de um viés que não incidisse na vedação contida na Súmula 7 desta Corte. 2. Segundo é possível extrair dos artigos 1.200, 1.208 e 1.210 do Código Civil, para que a posse seja considerada justa e, portanto, passível de proteção por meio de interditos possessórios, basta que ela não seja violenta, clandestina ou precária. 3. Tendo o acórdão estadual afirmado, com base na prova dos autos, que o recorrido, mesmo sem título, exercia a posse justa sobre o imóvel, não há como rediscutir esse fato em recurso especial. Agravo regimental a que se nega provimento. Processo REsp 926423 / PR RECURSO ESPECIAL 2007/0033203-0 Relator(a) Ministro JOSÉ DELGADO (1105) Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 21/06/2007 Data da Publicação/Fonte DJ 02/08/2007 p. 422 Ementa PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE TERCEIROS. COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS. AUSÊNCIA DE REGISTRO POR PARTE DA AUTORA. PENHORA. RESISTÊNCIA INJUSTIFICADA POR PARTE DO INSS. HONORÁRIOS. CABIMENTO. PRECEDENTE DA CORTE ESPECIAL. 1. Recurso especial interposto pelo INSS contra acórdão proferido pelo TRF da 4ª Região segundo o qual: a) "A ausência de transcrição imediata no registro de imóveis da compra e venda realizada não afasta a boa-fé do adquirente, e o seu direito de ser resguardado por se tratar de posse justa e de boa-fé. (Súmula 84, do STJ)."; b) manutenção da condenação do INSS em honorários advocatícios, por não ter reconhecido o pedido (art. 269 do CPC) oferecendo resistência injustificada ao levantamento da penhora. 2. Dispõe a Súmula n. 303/STJ: "Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios." 3. Ocorre, porém, conforme apresentado no julgamento da apelação no TRF da 4ª Região, o INSS, mesmo sendo sabedor de que o bem constrito havia sido alienado à recorrida que, tão-somente, não o registrou junto ao Cartório de Imóveis, contestou a ação opondo-se de forma injustificada ao levantamento da penhora, de modo que deve responder pela verba honorária respectiva. 4. Nesse sentido, precedente da Corte Especial: "Não se aplica a Súmula n° 303 da Corte naqueles casos em que o exeqüente enfrenta as impugnaçõesdo terceiro embargante, desafiando o próprio mérito dos embargos. 2. Recurso especial não conhecido." (REsp 777393/DF, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, Corte Especial, DJ de 12/06/2006). 5. Recurso especial não-provido. DA PROPRIEDADE, NOÇÕES GERAIS, CONCEITOS E ESPÉCIES Notícia histórica (ius utendi, fruendi et abutendi) A mitigação do absolutismo dos direito de propriedade: A finalidade social da propriedade (art.5°, XXIIICF, 170 e 186, art. 1228§1° e §4°CC, art. 10 Lei 10257/01, art. 187CC) O Direito Administrativo O Código Eleitoral Os Direitos de Vizinhança Atos voluntários (cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade) Objeto do Direito de Propriedade - 1228 A utilidade e interesse (negação do ad sidera et ad ínferos) – 1229 A utilização do sub-solo – 176 e 177CF e 1230 Presunção de plenitude e exclusividade – 1231 Princípio da Gravitação Jurídica – 1232 A Ação Reivindicatória Legitimidade Ativa e Passiva (condômino 1314, herdeiro 1784) A declaração de servidão: Ação Negatória X Ação Confessória A Ação de Dano Infecto 1280 REsp 1003305 / DF julgado em 18/11/2010 1. A admissibilidade da ação reivindicatória exige a presença de três requisitos: a prova da titularidade do domínio pelo autor, a individualização da coisa e a posse injusta do réu. Descoberta (antiga invenção). Res derelicta – 1233, Recompensa 1234, Procedimento 1236 e 1237 Propriedade Imóvel Aquisição e perda da propriedade Classificação: Originária ou Derivada Singular ou Universal Inter vivos ou mortis causa Formas de aquisição: Usucapião, Registro, Acessão e Direito Hereditário A Usucapião: Usucapio – capere (tomar) e usus (uso) A Prescrição aquisitiva – 1244 Espécies: Extraordinária – 1238 Ordinária – 1242 Especial rural (pro labore) – 191CF e 1239 Especial urbana – 183CF e 1240 Entre ex-cônjuges: 1240-A Coletiva urbana – 10 da Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade) Indígena – 33 da Lei 6001/73 (Estatuto do Índio) Administrativa – 60 da Lei 11.977/09 (Minha Casa, Minha Vida) Disposições transitórias – 2029 e 2030 Pressupostos: Coisa hábil – bens públicos 102 Posse (animus domini ou animus rem sib habendi), mansa e pacífica Tempo ininterrupto. Acessão (acessio possessionis e sucessio possessionis) – 1243 e 1207 Justo título (ordinária) Boa-fé (ordinária) A sentença servirá de registro – 1241 A Ação de Usucapião – 941CPC Resumo: Tempo Título Boa-fé Área Observações Extraordinária - 1238 15 ou 10 Não Não Ilimitada Para reduzir o tempo deve haver moradia ou produção Ordinária – 1242 10 ou 05 Sim Sim Ilimitada Para reduzir o tempo deve ter adquirido o imóvel onerosamente, com registro, posteriormente cancelado e moradia ou produção. Especial rural - 1239 05 Não Não Até 50 há Não ser proprietário de outro imóvel, produção e moradia Especial urbana - 1240 05 Não Não Até 250 m2 Não ser proprietário de outro imóvel, moradia, única vez Especial entre ex-cônjuges/companheiros (Usucapião por abandono do lar) – 1240 - A 02 Não Não Até 250 m2 Existia um condomínio com ex-cônjuge ou companheiro que abandonou o lar.Não ser proprietário de outro imóvel, moradia, única vez Coletiva urbana - art. 10 do Estatuto da Cidade 05 Não Não Mais de 250 m2 População de baixa renda, moradia, não for possível identificar os terrenos individualmente, não ser proprietário de outro imóvel. Usucapião Administrativa – art. 60 da Lei 11.977/09 05 Título de posse Sim Até 250m2 no prazo de 5 anos. Não ser proprietário de outro imóvel, moradia, única vez. Independe de declaração judicial Usucapião Indígena – art. 33 do Estatuto do Índio 10 Não Não Até 50 ha Apenas índios Registro A importância do registro imobiliário - 1245 Atos sujeitos ao registro – 167 da Lei 6015/73 Prenotação - 1246 Princípios que regem o registro imobiliário: Publicidade – 17 da Lei 6015/73 Força probante relativa – 1245§2º e 1247 Força probante absoluta – apenas para o Registro Torrens – 277 da Lei 6015/73 Legalidade – O oficial de cartório analisará o título e o registrará se cumpridos os requisitos legal, caso contrário suscitará dúvida – 198 da Lei 6015/73 Territorialidade – 169 da Lei 6015/73 Continuidade – 195 da Lei 6015/73 Prioridade – 191 e 192 da Lei 6015/73 Especialidade – 225 da Lei 6015/73 Instância ou inércia – 13 da Lei 6015/73 Matrícula – 176, §1º c/c 228 da Lei 6015/73 Registro (R) – 167, I Averbação (Av.) – 167, II Livros obrigatórios - 173 da Lei 6015/73: Protocolo- entrada dos pedidos Registro Geral Registro Auxiliar Indicador Real Indicador Pessoal Retificação de registro – 1247 e 212 da Lei 6015/73: Judicial Extrajudicial – erro evidente Acessão Acessão por formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo, por construções e plantações – 1248 Classificação: Acessão de imóvel a imóvel (formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo) Acessão de móvel a imóvel (construções e plantações) Acessão físicas ou naturais (formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo) Acessão industrial (construções e plantações) Acessão por formação de ilhas Conceito - 1249 Pertencem aos ribeirinhos – 1249 Conceito de álveo – art. 9° do Dec. 24643/34 (Código de Águas) Rios navegáveis são águas públicas – art. 2° Dec. 24643/34 (Código de Águas) Acessão por aluvião Conceito - 1250 Pertencem aos terrenos marginais – 1250 Aluvião própria – acréscimo de terra Aluvião imprópria – afastamento das águas Acessão por avulsão Conceito – 1251 Regra de indenização, decadência (01 ano) ou aquiescência – 1251 Aplica-se à avulsão as regras da aluvião no que couber – art. 22 Dec. 24643/34 (Código de Águas) Álveo abandonado Conceito Pertencem aos ribeirinhos – art. 1252 Por construções e plantações Benfeitoria (constrói em coisa que acredita ser sua) X Acessão (sabe que o terreno não é seu) Presunção que pertence ao proprietário do imóvel – 1253 Boa-fé Má-fé Semeia, planta ou edifica em terreno próprio com semente alheia – 1254 Adquire, mas indeniza Adquire, indeniza e paga perdas e danos Semeia, planta ou edifica em terreno alheio – 1255 Perde para o proprietário, com direito à indenização Perde para o proprietário sem direito à indenização Semeia, planta ou edifica em terreno alheio, cujo valor supere consideravelmente a terra nua – 1255, par. ún. Adquire, mas indeniza Perde para o proprietário sem direito à indenização Ambas as partes com Má-fé: o proprietário adquire as sementes, plantas e construções e indeniza - 1256 Construção parcialmente em solo próprio, invasão não superior à vigésima parte, cujo valor supere à terra nua – 1258 O construtor adquire o solo invadido, mas indeniza a parte invadida e a desvalorização do remanescente Adquire, mas indeniza em décuplo Invasão superior à vigésima parte Adquire, indeniza o valor que acrescer à construção, mais o da área perdida e a desvalorização do remanescente Demolir e indeniza em dobro Presunção de má-fé quando presenciou e ficou inerte – 1256 Direito hereditário - 1784 Saisine Perda da propriedade imóvel: Causas: alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa, desapropriação – 1275 Imóvel urbano abandonado e desocupado, após 03 anos poderá se arrecadado e após 3 anos passar a ser de propriedade do Município ou Distrito Federal – 1276. Imóvel rural abandonado e desocupado, após 03 anos poderá se arrecadado e após 3 anos passar a ser de propriedade da União – 1276§1°Presunção quando não pagar os impostos (IPTU ou ITR) Condomínio Conceitos – direitos de proprietário exercidos por mais de uma pessoa Espécies: Quanto à origem – convencional ou voluntário, eventual, legal ou necessário Quanto à forma – pro diviso ou pro indiviso Quanto ao tempo – transitório ou permanente (parede divisória) Quanto ao objeto – singular ou universal Do condomínio voluntário: Direitos - 1314: Usar conforme destinação, exercer os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicar de terceiros, defender sua posse, alhear e gravar sua parte ideal Deveres – 1314 par. Ún., 1315, 1319: não alterar a destinação da coisa, não dar posse, uso ou gozo a estranhos, concorrer para as despesas, responder pelos frutos que recebeu e pelo dano que causou Presunção de partes iguais – 1315 par. Ún. Proporção das despesas de acordo com o quinhão – 1317 Direito de regresso aos demais condôminos pela dívida em prol do condomínio – 1318 Renúncia – 1316 A extinção do condomínio - 1320: Divisão – as custas de acordo com o quinhão Pacto de indivisibilidade no máximo de 5 anos, podendo ser prorrogado Cláusula de indivisibilidade pelo doador no máximo 5 anos Graves razões – o juiz pode determinar a divisibilidade Aplica-se à divisão do condomínio as regras da partilha – 1321 Coisa indivisível – 1322 : Será vendido e repartido Regras de prelação, preempção ou preferência: condômino à estranho; condômino de com maior benfeitoria; condômino com quinhão maior. A Ação de divisão – 967CPC A administração do condomínio: Decisão por maioria, escolher administrador que poderá alugá-la – 1323 Presunção de administrador – Teoria da Aparência – 1324 Regra para tomada de decisões - 1325: Proporcional aos quinhões Maioria absoluta, senão por decisão judicial Do condomínio necessário - 1327: Paredes, cercas, muros e valas – 1327 Meação da obra e da terra – 1328 Se não houver acordo resolve-se por perícia – 1329 Quem não pagar a meação não pode fazer uso - 1330 Do Condomínio Edilício: Conceito – 1331 Partes comuns e partes exclusivas Fração ideal – cálculo – 1331§3° Instituição: inter vivos ou causa mortis, devidamente registrado, com as informações – 1332 Convenção: Aprovada por 2/3 e para ser oponível erga omnes deve ser registrada – 1333 Informações – 1334 Direitos dos condôminos – 1335 Deveres dos condôminos – 1336 Sanções: Inadimplência: juros (o que for convencionado ou 1%), multa (2%) – 1336§1° Que realizar obras que comprometam a segurança, alterar a fachada, prejudicar o sossego (até 5 vezes a taxa), por decisão de 2/3 – 1336 §2° Reiteradamente não cumpre com qualquer dever (5 vezes) – 1337 Anti-social reiterado – 1337par. Ún. Aluguel de garagem – 1338 Inseparabilidade das partes exclusivas – 1339 Só pode alienar parte a terceiros se a convenção permitir e ninguém se opuser – 1339 §2° Despesas exclusivas – 1340 Realização de obras – 1341: Voluptuárias – 2/3 Úteis – maioria Necessárias – por qualquer condômino com reembolso Acréscimo – 2/3 – 1342 Novo pavimento ou nova edificação – unanimidade – 1343 Terraço de cobertura – 1344 O adquirente responde pelos débitos do alienante – 1345 Obrigatoriedade do seguro – 1346 A administração do condomínio: Síndico – prazo de 2 anos renováveis – 1347 Competência do síndico – 1348 Destituição do síndico – maioria absoluta – 1349 Assembléia ordinária – 1350 Alteração da convenção e regimento interno – 2/3 – 1351 Processo de tomada de decisões – 1352, 1353, 1354 Assembléia extraordinária – 1355 Conselho fiscal – 1356 Da extinção do condomínio: Causas: destruição (1357), desapropriação (1358) Propriedade Móvel Aquisição e perda da propriedade móvel Da usucapião: Tempo Título Boa-fé Extraordinária 1261 05 Não Não Ordinária 1260 03 Sim Sim Aplica-se o 1243 e o 1244 (acessio possessionis e sucessio possessionis –1243 e Interrupção da prescrição aquisitiva – 1244) Da ocupação: Apoderar-se de coisa sem dono (Res nullius) Do achado do tesouro: Conceito de tesouro – 1264 Divide em partes iguais entre que achar casualmente e o proprietário do prédio – 1264 Pertencerá inteiramente ao dono do prédio se tiver determinado a busca ou por terceiro não autorizado – 1265 No caso de enfiteuse, divide-se em partes iguais entre o descobridor e o enfiteuta – 1266 Da Tradição: Transferência da propriedade se dá pela tradição e não pelos simples negócio – 1267 Subtende-se que houve tradição quando houver constituto possessório, quando dá ao adquirente o direito da restituição da coisa em poder de terceiro, traditio brevi manu. Venda a non domino a tradição não aliena propriedade, exceto em leilão ao adquirente de boa-fé – 1268 Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir posteriormente a propriedade, o tempo do negócio retroage à tradição - 1268§1° Não transfere a propriedade a tradição cujo negócio subjacente era nulo – 1268§2° Da especificação: Regras dos arts. 1269 a 1271: Boa – fé Má – fé Matéria-prima em parte alheia Será proprietário o especificador se não puder restituir a forma anterior, com indenização Será proprietário o dono da matéria prima, com indenização. Matéria-prima inteiramente alheia Será proprietário o especificador se não puder restituir a forma anterior, com indenização Será proprietário o dono da matéria prima, sem indenização. Se puder haver redução Será proprietário o dono da matéria prima Será proprietário o dono da matéria prima Matéria prima de valor muito inferior à obra Será proprietário o especificador, com indenização. Será proprietário o especificador, com indenização. Da confusão, comissão (comistão) e adjunção: Confusão – mistura de coisas líquidas Comissão – mistura de coisas sólidas Adjunção – justaposição de uma coisa a outra. Podendo haver separação Impossível separar ou sendo dispendioso Coisas pertencentes a proprietários diversos Separa-se Haverá condomínio pro indiviso, cada qual com quinhão proporcional ao valor da coisa. Coisa principal e acessória Separa-se O dono da principal adquire, indenizando. Se houve má-fé A parte de boa-fé adquire a propriedade do todo, indenizando ou renuncia, sendo indenizado Perda da propriedade móvel: Causas: alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa, desapropriação – 1275 Dos direitos de vizinhança: Do uso anormal da propriedade – 1277 Congruência do com o abuso de direito – 186 Interesse público sobrepõe-se ao particular, com indenização – 1278 Mesmo que haja decisão judicial, poderá o vizinho pedir redução ou eliminação - 1279 Exigência de demolição ou reparação, ou caução (de dano infecto) – 1280 Das árvores limítrofes: Tronco na linha divisória é condomínio – 1282 Raízes e ramos podem ser cortados quando ultrapassarem os limites – 1283 Frutos caídos pertencem ao dono do solo, se particular; se público pertencem ao dono da árvore (exceção ao princípio que o acessório segue o principal insculpido no art. 1232) – 1284 Da passagem forçada: Direito de passagem do imóvel encravado (natural e absoluto), com indenização – 1285 O direito será exercido no de menor ônus - 1285§1° Da passagem de cabos e tubulações: Obrigação de suportar o ônus, com indenização - 1286 O direito será exercido no de menor ônus – 1286 par. Ún. Direito de exigir obras de segurança – 1287 Das águas: Dever de suportar as águas do prédio superior e não embaraçar se curso, sob pena de indenização; nem tampoucoo prédio superior pode impedir que o inferior aproveite-as – 1288, 1289 e 1290 O prédio superior não pode poluir, nem desviar o curso e se construir barragem não pode invadir prédio alheio 1292 O Direito de construir canais limita-se a não prejudicialidade aos vizinhos – 1293 Pode-se exigir que seja subterrânea a canalização e que o aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo – 1293§2° e 3° Maiores detalhes no Código de Águas (Dec. 24643/34) Dos limites entre prédios e do direito de tapagem: Direito de cercar conforme os costumes e dividir os custos – 1297 A ação demarcatória – 946CPC Em caso de dúvida será decidido: pela posse, em partes iguais e um adjudicará indenizando o outro – 1298 Do direito de construir: Limitado pelo Direito Administrativo e pelo Direito de Vizinhança – 1299 Não despejar águas – 1300 Não abrir janelas a menos de metro e meio ou 75 cm quando não incida sobre a linha divisória, exceto luz e ventilação (10x20 e a 2m de altura) – 1301 Desfazimento da obra até ano e dia, sob pena de não edificar e suportar o ônus – 1302 Na zona rural, sempre 3 metros de distância – 1303 Pode o vizinho utilizar a parede divisória pela metade, ressarcindo a metade – 1304 a 1306 Direito de altear a parede – 1307 Proibição de utilizar a parede quando suscetível de infiltração – 1308 Proibição de poluir água de poço ou nascente – 1309, 1310 Proibição de obra que provoque desmoronamento – 1311 Obrigação de suportar que o vizinho entre no seu terreno - 1313 Propriedade resolúvel Conceito (condição ou termo-1359 e causa superveninte-1360) e direito no novo proprietário reivindicar Não-surpresa no art. 1359 Surpresa no art. 1360, logo protegido o adquirente de boa-fé DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS Introdução aos Direitos Reais sobre Coisas alheias A limitação dos direitos reais Direitos de gozo ou fruição: enfiteuse, superfície, servidões, usufruto, uso, habitação, rendas constituídas sobre imóveis, promitente comprador Direitos de garantia: penhor, anticrese, hipoteca, alienação fiduciária em garantia A concessão de uso especial para fins de moradia; a concessão de direito real de uso. Direitos reais limitados de gozo ou fruição Enfiteuse/Direito de Superfície Enfiteuse, aforamento ou emprazamento: Conceito: constitui-se enfiteuse “quando por ato entre vivos, ou de última vontade, o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa, que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma pensão, ou foro anual, certo e invariável”– 678 do CC/1916 Incentivo à extinção: art. 49 das Disposições Transitória da CF Características: Perpétua Pensão anual, cânon ou foro O comisso por falta de pagamento por 3 anos consecutivos Direito de preferência do senhorio ou exigir o laudêmio (2,5%) Extinção – 692 CC/16: Deterioração do prédio Pelo comisso Falecimento do enfiteuta sem herdeiros Desapropriação Usucapião Renúncia Consolidação Resgate – 693 CC/16 (2,5% mais 10 prestações anuais) Proibição de se constituir novas enfiteuses - 2038 No REsp 1128194 / SC o STJ (julgado em setembro de 2010) afirmou que deve ser cobrado um laudêmio de 5% no quando o imóvel for terreno de marinha em razão art. 3º do Decreto-Lei 2.398/87. No REsp 1152279 / SC julgado em 24/11/2009 disse o STJ: “São inconfundíveis os institutos jurídicos da ocupação e do aforamento de imóveis da União. A primeira é remunerada pela taxa de ocupação, pela qual ficam obrigados os ocupantes de imóveis, sem título outorgado pela União. O foro consiste na retribuição pecuniária devida pela parte que celebra contrato de enfiteuse com o Ente Público.” No REsp 987739/BA julgado em 17/12/2009, disse o STJ: “Direito Civil e Administrativo. Recurso especial. Enfiteuse. Pagamento de foro à União. Percentual fixado por lei, sobre o valor do imóvel. Atualização monetária anual. Admissibilidade. Inteligência do art. 101 do DL 9.760/46. Reajuste da base de cálculo por ato unilateral da administração. Impossibilidade. Precedentes. - Na enfiteuse de bem de cujo domínio pleno é titular a União, é possível promover a atualização monetária anual do bem, com fundamento no art. 101 do DL 9.760/46. A lei não autoriza, contudo, que por ato unilateral da administração seja modificado o valor do domínio pleno do imóvel. Precedentes. - Na hipótese de não mais interessar à União a manutenção da enfiteuse, o art. 103 do DL 9.760/46 faculta-lhe promover a extinção do contrato, por acordo entre as partes (inc. II) ou por interesse público, mediante prévia indenização (inc. V). Recurso especial conhecido e provido.” Do Direito de Superfície: Conceito: tempo determinado, necessidade de registro, o sub-solo como parte separada – 1369 Gratuita ou onerosa – 1370 Obrigações do superficiário: Pagar tributos – 1371 Direitos do superficiário: Transferir seus direitos - 1372 Direito de preferência ambígua – 1373 Extinção: Se o superficiário der destinação diversa – 1374 Extinta o direito de superfície adquire o proprietário todas as acessões, sem indenização, caso não haja disposição contrária – 1375 Desapropriação: indenização ao proprietário e superficiário na medida do direito de cada qual – 1376 Se o proprietário for pessoa de direito público interno, rege-se pelo CC caso não haja norma específica - 1377 Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade) – arts. 21 a 23 (prazo pode ser indeterminado, pode usar o subsolo) Servidões prediais Conceito: O prédio dominante e o serviente – 1378 Características e Exercício: Relação entre dois prédios distintos, gerando obrigação propter rem Os prédios pertencem a donos diversos Inseparabilidade - a servidão incide sobre a coisa e não sobre o dono Impresumibilidade, ou seja, deve ser declarada e registrada –– 1378 É direito real Acessório Duração indefinida É inalienável Atipicidade (numerus apertus) Direito de fazer as obras necessárias e rateá-las entre os proprietários – 1380 Direito de abandono – 1382 Proibição de embaraçar o uso - 1383 Removível à custa do prédio serviente – 1384 Não abusividade e interpretação restritiva -1385 Indivisível - 1386 Classificação: Servidões administrativa e de Direito Civil Rústicas ou Urbanas Positivas e Negativas Contínuas – independem da ação humana: aqueduto, tubulações, posteamento elétrico Descontínuas – dependem da ação humana: passagem, retirada de água Aparentes – obras visíveis: aqueduto Não aparentes – não visíveis: proibição de construir além de certa altura Classificação conjunta (contínuas e aparentes) Modos de constituição: Negócio jurídico - 1378 Sentença na ação de divisão – 979, II do CPC Usucapião – com título: 10 anos, sem título: 20 anos - 1379 Destinação do proprietário Ações que protegem a servidão: Confessória Negatória Manutenção e reintegração de posse Usucapião – Súmula 415 do STF Da extinção: Depois de registrada é imprescindível o cancelamento pela renúncia, cessação da utilidade ou resgate – 1387 e 1388 Confusão - 1389 Supressão das respectivas obras - 1389 Pelo não uso por 10 anos - 1389 No REsp 953910 / BA, julgado em 18/08/2009, disse o STJ: “ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE. AÇÃO DE CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO E INDENIZAÇÃO. LEGITIMIDADE PASSIVA. PROPRIETÁRIO E POSSUIDOR. 1. Tendo a presente demanda dois escopos básicos - quais sejam, constituir a servidão e indenizar a limitação à propriedade daí advinda -, devem figurar no pólo passivo tanto os proprietários da área na qual se pretende implantar a limitação, como também os possuidores legítimos do terreno.2. Isto porque a instituição da servidão administrativa se perfectibiliza com o registro da limitação na matrícula do imóvel - na forma dos arts. 167, inc. I, item 6, da Lei n. 6.015/73, 1.378 e 1.379 do Código Civil vigente, e 695 e 698 do Código Civil revogado -, fato que atrai a necessidade de participação dos proprietários do bem no feito. 3. Nada obstante, os efeitos da servidão - como, por exemplo, a impossibilidade de uso pleno da propriedade - repercutem também na esfera dos legítimos possuidores, motivo pelo qual também eles devem figurar no pólo passivo da demanda. 4. A posse é um fenômeno fático que merece proteção jurídica (arts. 1.196 e ss. do Código Civil vigente, arts. 485 e ss. do Código Civil revogado), e, via de conseqüência, pode ser indenizada - como ocorre, e.g., nos casos de desapropriação em que o proprietário não reúne a condição de possuidor e, com a imissão do ente público na posse, ambos (proprietário e possuidor) têm parcela do patrimônio jurídico prejudicada. 5. Nem se diga que a indenização do possuidor caberia ao proprietário, porque quem causa o prejuízo na hipótese, ainda que licitamente, é o ente que pretende instituir a servidão, e não o proprietário. 6. Recurso especial parcialmente provido, para determinar o retorno dos autos à origem, para que lá o processo se desenvolva contra os possuidores e contra os proprietários do imóvel, devendo ser aberta a possibilidade de emenda à inicial para inclusão destes últimos, com subseqüente citação para integrarem a lide.” Usufruto Conceito Características: Direito real oponível erga omnes Inalienável, permitindo-se a cessão – 1393 Impenhorabilidade uma vez que é inalienável O direito de seqüela Móveis e Imóveis – 1390 Quase-usufruto ou usufruto impróprio (bens móveis consumíveis) – praticamente um contrato de mútuo Se imóveis tem que haver registro – 1391 Estende-se aos acessórios – 1392 Temporário, pois extingue-se com a morte do usufrutuário ou em 30 anos se constituído em favor de pessoa jurídica– 1410, I, III Existe o co-usufruto Não existe usufruto sucessivo Usufruto deducto (doação dos pais aos filhos com cláusula de inalienabilidade) Direitos do usufrutuário: Posse, uso, administração e percepção dos frutos – 1394 Locar a coisa Perceber os rendimentos e cobrar dívida em títulos de crédito – 1395 Frutos naturais – 1396 As crias dos animais, deduzidas ao final - 1397 Os frutos civis - 1398 Deveres do usufrutuário: Inventariar a coisa ao assumir o usufruto e dar caução se for exigido, sob pena de não poder administrar – 1400 Pagar as despesas ordinárias de conservação – 1403, I Prestações e tributos – 1403, II Comunicar ao proprietário qualquer infortúnio – 1406 Pagar o seguro – 1407 Pode ser constituído: Por lei (usufruto dos filhos menores) Ato de vontade (usufruto deducto) Usucapião - 1391 Usufruto X Fideicomisso (distinção): Usufruto Fideicomisso Direito real Substituição testamentária Domínio se desmembra Domínio pleno Exercem simultaneamente Exercem sucessivamente Pessoas já existentes Somente os ainda não concebidos Extinção - 1410: Pela renúncia ou morte do usufrutuário – I Pelo termo de duração – II Pela extinção da pessoa jurídica ou em 30 anos – III Pela cessação do motivo – IV Pela destruição da coisa – V Pela consolidação – VI Por culpa do usufrutuário ou os títulos de crédito não rendem – VII Pelo não uso - VIII No REsp 537180 / PR, julgado em 21/09/2010, disse o STJ: PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO ESTADUAL. NULIDADE NÃO CONFIGURADA. EXECUÇÃO. PENHORA DE IMÓVEL COM USUFRUTO. EMBARGOS DE TERCEIRO OPOSTOS POR ESPOSA EM DEFESA DE SUA PARTE NO USUFRUTO. POSSIBILIDADE. DETERMINAÇÃO PARA O PROSSEGUIMENTO DOS EMBARGOS MANTIDA. CPC, ART. 1.046. MULTA PROCRASTINATÓRIA. EXCLUSÃO. SÚMULA N. 98-STJ. I. Não padece de nulidade o acórdão estadual que enfrenta fundamentadamente as questões essenciais ao deslinde da controvérsia, apenas por trazer conclusões contrárias ao interesse da parte irresignada. II. Possível o uso de embargos de terceiro por esposa de executado, em defesa do usufruto que detém juntamente com o marido sobre o imóvel cuja penhora se fez sobre a propriedade por inteiro, sem ressalvas. III. "Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não tem caráter protelatório" (Súmula 98/STJ). IV. Recurso especial conhecido em parte e nessa extensão provido, apenas para excluir a multa aplicada aos embargos declaratórios. No REsp 883085 / SP julgado em 19/08/2010, disse o STJ: DIREITO CIVIL. AÇÃO DE ARBITRAMENTO DE ALUGUEL. DEVEDORA DETENTORA DE 50% DO USUFRUTO. EXECUÇÃO PROPOSTA PELO NU PROPRIETÁRIO DETENTOR DOS OUTROS 50%. PENHORA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE USUFRUTO. IMPOSSIBILIDADE. I - Da inalienabilidade resulta a impenhorabilidade do usufruto. O direito não pode, portanto, ser penhorado em ação executiva movida contra o usufrutuário; apenas o seu exercício pode ser objeto de constrição, mas desde que os frutos advindos dessa cessão tenham expressão econômica imediata. II - Se o imóvel se encontra ocupado pela própria devedora, que nele reside, não produz frutos que possam ser penhorados. Por conseguinte, incabível se afigura a pretendida penhora do exercício do direito de usufruto do imóvel ocupado pela recorrente, por ausência de amparo legal. Recurso Especial provido. Uso Utilização restrita aos limites das necessidades suas e de suas famílias, sem receber frutos – 1412 Aplicam-se as regras do usufruto Habitação Direito personalíssimo e temporário de residir no imóvel, não podendo alugar ou emprestar – 1414 Co-habitação – 1415 Direito real de habitação ao cônjuge sobrevivente – 1831 Renda constituída sobre imóvel Conceito: Série de prestações em dinheiro ou em outros bens, que uma pessoa recebe de outra (credor-rentista ou censuísta/ devedor-rendeiro ou censuário), a quem foi entregue para esse efeito certo capital. O CC/2002 trata apenas como direito obrigacional nos arts. 803 a 813. Direitos Reais de Garantia Introdução aos Direitos Reais de Garantia Conceito – 1419 Garantia Real X Garantia Fidejussória (pessoa) Efeitos: O bem fica afetado ao cumprimento da obrigação Indivisibilidade – 1421, 1429 Direito de preferência – 1422 Direito de excussão – 1422 Direito de seqüela Requisitos e características: Capacidade subjetiva: a outorga uxória/autorização marital/ menores/ ascendente a descendente (pode, pois o art. 497 deve ser interpretado restritivamente) Capacidade objetiva - coisas alienáveis, coisas em condomínio, coisas fora do comércio, coisas alheias com propriedade superveniente – 1420 Especialização – 1424 Publicidade, através do registro – 1438 e 1492, e 167 da Lei 6015/73 Prioridade do registro – 1422 O credor anticrético tem o direito de reter por 15 anos a coisa se houver inadimplemento – 1423 Conteúdo do contrato - 1424: Valor do crédito, sua estimação ou valor máximo Prazo Taxa de juros Especificação do bem Vencimento antecipado da dívida – 1425: Deterioração do bem Insolvência Falência Inadimplência Perecimento da coisa, o valor do seguro ou da indenização se sub-rogará Desapropriação, a indenização será depositada, sub-rogando-se Garantia prestada por terceiros - 1427 Proibição da cláusula comissória – 1428 Se o valor da alienação do bem não for suficiente, surge a garantia fidejussória - 1430 Extinção dos direitos reais em garantia: Pagamento com averbação Renúncia pelo credor Confusão PenhorConceito – 1431 Objeto: coisa móvel suscetível de alienação Exceções: penhor agrícola, industrial, mercantil e de veículos Sub-penhor: o credor dá o bem empenhado em penhor Instrumento público ou particular com registro – 1432 e 127 da Lei 6015/73 Características: Direito real – 1419 Proibição da cláusula comissória - 1434 Direito acessório – 1435, IV Direito de retenção até pagamento total – 1433, II Só se torna perfeito com a tradição (exceção aos penhores especiais) O credor é depositário – 1435 Se o devedor alienar a coisa sem o consentimento do credor – 171, §2°, III CP (defraudação de penhor) Direitos do credor pignoratício - 1433: Posse Retenção Ressarcimento de eventual prejuízo Promover a excussão Apropriar-se dos frutos Venda antecipada mediante autorização judicial quando houver receio de perecimento, podendo o devedor substituí-la Deveres do credor pignoratício – 1435: Ser depositário da coisa Defesa da posse Imputar o valor dos frutos às despesas de guarda e conservação Restituir a coisa, quando paga a dívida com os respectivos frutos Se houver excussão e sobrar dinheiro, devolver ao devedor Espécies: Convencional Legal Comum Especial (legal, rural, industrial, títulos de crédito, veículos) Extinção do penhor - 1436: Extinção da obrigação com averbação - 1437 Perecendo a coisa Renúncia do credor – renúncia presumida (§1°) Confusão Adjudicação Do penhor rural - 1438: Bens móveis e imóveis por acessão física e intelectual Agrícola – 1442 Penhor pecuário – sobre semoventes sem direito à venda sem consentimento – 1445 O Registro de imóveis Não ocorre a tradição da coisa A cédula de crédito rural pignoratícia Prazo: agrícola (3 anos) pecuário (4 anos) prorrogáveis por igual tempo – 1439 Pode haver cumulação de penhor rural e hipoteca sobre o imóvel, resolvendo-se pela prioridade – 1440 O credor tem direito de vistoriar os bens empenhados Do penhor industrial e mercantil: Conceito – máquinas, equipamentos, aparelhos, materiais, instrumentos, etc. 1447 Cartório de Registro de imóveis Não pode alienar as coisas empenhadas sem o consentimento do credor, se vender deve haver sub-rogação - 1449 Cédula de crédito industrial ou mercantil pignoratícia Do penhor de direitos e títulos de crédito: Entrega dos títulos, salvo se tiver interesse em conservá-los, através do endosso pignoratício – 1452 e 1458 Notificação ao devedor do título para que pague ao credor pignoratício, sob pena de também indenizar solidariamente – 1453 e 1460 Direito de cobrar passa ao credor - 1455 Do penhor de veículos: Registrado no cartório de títulos e documentos e anotação no certificado – 1462 Cédula de crédito pignoratício Imprescindível o seguro - 1463 Prazo máximo de 2 anos, prorrogável por igual tempo – 1466 Do penhor legal: Dos hospedeiros, fornecedores de pousada e alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias, ou dinheiro, com tabela impressa Dono do prédio sobre os móveis do inquilino Artistas e auxiliares cênicos sobre o material da empresa teatral – Lei 6533/78 Tomar refeições sem ter dinheiro – art. 176 do CP Meio de defesa direta, dando ao devedor comprovante dos bens apossados - 1470 Requer homologação judicial – 1471 e 874CPC Pode o locatário substituir o penhor pela caução - 1472 No REsp 1133111 / PR0 julgado em 06/10/2009, disse o STJ: “DIREITO CIVIL. PENHOR. DANOS MORAIS E MATERIAIS. ROUBO/FURTO DE JÓIAS EMPENHADAS. CONTRATO DE SEGURO. DIREITO DO CONSUMIDOR. LIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR. CLÁUSULA ABUSIVA. AUSÊNCIA DE INDÍCIO DE FRAUDE POR PARTE DA DEPOSITANTE. I - O contrato de penhor traz embutido o de depósito do bem e, por conseguinte, a obrigação acessória do credor pignoratício de devolver esse bem após o pagamento do mútuo. II - Nos termos do artigo 51, I, da Lei 8.078/90, são abusivas e, portanto, nulas, as cláusulas que de alguma forma exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios no fornecimento do produto ou do serviço, mesmo que o consumidor as tenha pactuado livre e conscientemente. III - Inexistente o menor indício de alegação de fraude ou abusividade de valores por parte da depositante, reconhece-se o dever de ressarcimento integral pelos prejuízos morais e materiais experimentados pela falha na prestação do serviço. IV - Na hipótese dos autos, em que o credor pignoratício é um banco e o bem ficou depositado em cofre desse mesmo banco, não é possível admitir o furto ou o roubo como causas excludentes do dever de indenizar. Há de se levar em conta a natureza específica da empresa explorada pela instituição financeira, de modo a considerar esse tipo de evento, como um fortuito interno, inerente à própria atividade, incapaz de afastar, portanto, a responsabilidade do depositário.Recurso Especial provido.” Anticrese Conceito – 1506 Retira a posse do imóvel do devedor e dá ao credor o direito de retenção Meio de execução direta pois permite ao credor recebe os frutos e imputa-os ao pagamento Modalidades: Extintiva ou satisfativa – quando os frutos servem para amortizar a dívida Compensativa – quando os frutos são imputados apenas ao pagamento dos juros É possível, apesar de inviável, hipotecar o imóvel dado em anticrese – 1506§2° O credor pode administrar os bens, apresentando balanço – 1507 Se o devedor não concordar com o balanço pode pedir a transformação em arrendamento O credor anticrético pode arrendar os bens O credor responde pelas deteriorações que o imóvel vier a sofrer por culpa sua – 1508 O adquirente do imóvel dado em anticrese pode remir - 1510 Extinção da anticrese: Findo o prazo do contrato Liquidada a dívida com amortização do preço ou pagamento antecipado Caducidade de 15 anos - 1423 Hipoteca Conceito e objeto (sempre alienáveis) – 1473 o direito de uso especial para fins de moradia; o direito real de uso; a propriedade superficiária. Linhas férreas - 1502 Navios – Lei 7652/88 Aviões – Lei 7565/88 A importância do registro – 1492 e seguintes Incidência de mais de um ônus real sobre o mesmo imóvel – 1474 Proibição da cláusula comissória – 1475 Vencimento antecipado se o imóvel gravado for alienado – 1475 par. Ún. O adquirente de imóvel hipotecado pode abandonar o imóvel, exonerando-se da hipoteca, após notificar o vendedor e os credores hipotecários concedendo-lhes a posse no prazo máximo de 24 horas após a citação – 1479 Cédula de crédito hipotecária – 1486 Hipoteca de dívida futura ou condicionada – 1487 Fracionamento da hipoteca caso o imóvel hipotecado venha a ser loteado ou erigido condomínio edilício – 1488 Características: O devedor continua na posse do bem gravado É indivisível – 1421 É acessório É negócio solene, com registro imprescindível Direito de preferência Direito de seqüela Especialização Publicidade Espécies; Convencional Legal –1489 Judicial – 466 do CPC Hipoteca legal: Pessoas de direito público interno sobre os bens de seus encarregados Filhos sobre imóveis dos pais de se divorciaram Ao ofendido sobre os imóveis dos delinqüentes – 134 do CPP Ao co-herdeiro sobre os imóveis do herdeiro reponente Ao credor sobre o imóvel arrematado para garantia do pagamento do restante do preço A hipoteca legal pode ser substituída por caução de títulos públicos – 1491 A dívida hipotecária habitacional: A Lei 8004/90 instituiu a execução extrajudicial de crédito hipotecário habitacional de constitucionalidade duvidosa – arts.29 e segs. Do Decreto-lei 70/66 Pluralidade de hipotecas: Várias hipotecassobre o mesmo bem – 1476 A sub-hipoteca resolve-se com o Direito de Prioridade –1477 e 186 da Lei 6015/73 O devedor tem obrigação de alertar sobre a existência de hipotecas anteriores sob pena de cometer estelionato – 171 §2°, II CP Direito de Remição: A remição da hipoteca anterior pelo credor da segunda hipoteca, efetivando a sub-rogação – 1478 Pelo adquirente do imóvel – 1481 Pelo executado, cônjuge, descendentes e ascendentes – 1482 Pela massa falida – 1483 Procedimento – 266 a 276 da Lei 6015/73 Perempção: Prazo de 30 anos sob pena de perempção, acarretando a extinção que só poderá renovar-se mediante novo instrumento – 1485 Extinção da hipoteca - 1499: Extinção da obrigação principal Perecimento da coisa Resolução da propriedade Renúncia expressa do credor Remição Arrematação ou adjudicação – 1501 Cancelamento do registro - 1500 Súmula 308 (SÚMULA) A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel. 25/04/2005 No AgRg no Ag 1319516 / MG de 28/09/2010, disse o STJ: AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE USUCAPIÃO MODO ORIGINÁRIO DE AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE. EXTINÇÃO DA HIPOTECA SOBRE O BEM USUCAPIDO. SÚMULA 83 DESTA CORTE. REEXAME DO QUADRO PROBATÓRIO. SÚMULA 7 DO STJ. DIVERGÊNCIA NÃO DEMONSTRADA. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO. I - Consumada a prescrição aquisitiva, a titularidade do imóvel é concebida ao possuidor desde o início de sua posse, presentes os efeitos ex tunc da sentença declaratória, não havendo de prevalecer contra ele eventuais ônus constituídos pelo anterior proprietário. II - A Agravante não trouxe qualquer argumento capaz de modificar a conclusão alvitrada, a qual se mantém por seus próprios fundamentos. Incidência da Súmula 7 desta Corte. III - Agravo Regimental improvido. No AgRg no Ag 1126623 / SP julgado em 16/09/2010, disse o STJ: AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA. ART. 3º, V, da Lei 8.009/90. BEM DOS SÓCIOS DE EMPRESA. HIPOTECA DE CONTRATO DA EMPRESA. BENEFICIÁRIOS PRÓPRIOS. NÃO CONFIGURAÇÃO. 1. Acerca do art. 3º, V, da Lei 8.009/90, esta Corte tem entendido que ele se aplica aos casos em que os devedores constituídores da hipoteca deram o bem como garantia da própria dívida, constituindo-se nos próprios beneficiários. 2. Não se pode presumir que o mútuo tenha sido concedido em benefício da família. 3. Agravo regimental não improvido. Alienação Fiduciária em Garantia/Propriedade Fiduciária A fiducia cum amico e fiducia cum creditore Propriedade resolúvel Garantia de coisa móvel infungível – 1361 Registro no Cartório de Títulos e Documentos ou DETRAN - §1° Desdobramento da posse (direta e indireta) - §2° Transferência cogente após o pagamento do devedor - §3° Conteúdo do contrato - 1362 Direito de usar do devedor fiduciário como depositário – 1363 Inadimplência do devedor: o credor tem que alienar – 1364 Proibição do pacto comissório – 1365 Se após a venda sobrar dinheiro, devolve-se ao devedor; se faltar, ajuíza-se a cobrança – 1364 e 1366 Aplica-se à propriedade fiduciária-1367: Somente o pagamento completo exonera a garantia (1421); antecipação do vencimento (1425); vencimento antecipado não incluem juros (1426); garantia prestada por terceiro, não é obrigado a reforçá-la (1427); Extinção do penhor (1436) Sub-rogação de terceiro, adquire a propriedade fiduciária – 1368 A Alienação fiduciária em garantia – Decreto 911/69: A financeira – credor fiduciário O devedor-fiduciante O constituto possessório Sub-rogação – art. 6° do Dec. 911/69 Direitos do fiduciante: usar a coisa como depositário, purgar a mora caso tenha pago 40% do preço, receber o saldo após a venda pelo credor Deveres do fiduciante: responder pelo remanescente da dívida, não dispor do bem alienado, entregar o bem em caso de inadimplemento sob pena de prisão civil (A súmula vinculante 25) Dever do credor fiduciário: financiamento do que se obrigou, não turbar a posse, efetuar a venda em caso de inadimplemento, Direitos do credor fiduciário: busca e apreensão Procedimento: A mora via notificação extra-judicial – art.2°; a liminar de busca e apreensão com conversão em depósito; a purgação da mora (40%); Sentença apenas no efeito devolutivo; venda extra-judicial. Alienação fiduciária no Sistema Financeiro Imobiliário – Lei 9514/97 Direito Real de Aquisição Compromisso ou Promessa irretratável de compra e Venda Conceito – 1417 Contrato preliminar ou pré-contrato (pactum de contrahendo) Sem cláusula de arrependimento (irrevogabilidade e irretratabilidade) Instrumento público ou particular Levar à registro Direito Real Adquire a posse, mas não a propriedade imediata Adquire o direito de impedir a alienação a terceiros Adquire o direito a outorga da escritura Adquire o direito de ajuizar a adjudicação compulsória O STJ permite a adjudicação compulsória mesmo sem registro A Rescisão contratual por inadimplência cumulada com reintegração de posse pelo alienante, antecedida de notificação (art. 32 da Lei 6766/70 ou Dec. 745/69) Decreto-lei 58/37 aplica-se aos loteamentos rurais Lei 6766/79 aplica-se aos loteamentos urbanos Decreto-lei 745/69 aplica-se a imóveis não loteados No EDcl no AgRg no Ag 1075630 / RJ julgado em 26/10/2010, disse o SJT: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. OCORRÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO POSSUIDOR (PROMITENTE COMPRADOR) E DO PROPRIETÁRIO (PROMITENTE VENDEDOR). INVERSÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. DESCABIMENTO. 1. Versam os autos sobre embargos à execução fiscal opostos pela empresa ora embargada alegando, dentre outras questões, a sua ilegitimidade ad causam para figurar no pólo passivo da demanda, pois não ostenta mais a qualidade de contribuinte, mas de promitente-vendedora. 2. Nesta via especial, discutiu-se, tão-somente, sobre a legitimidade da empresa ora embargada, culminando no entendimento de que "tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU". 3. Diante desse contexto, é descabido imputar a sucumbência ao embargado, uma vez que os embargos à execução fiscal devem retornar à origem para apreciação das demais questões. 4. Embargos de declaração acolhidos para integrar o julgado e determinar o retorno dos autos à origem para julgamento dos embargos à execução fiscal. No AgRg no REsp 573801 / SP julgado em 19/10/2010, disse o STJ: PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 83/STJ. INAPLICABILIDADE. DESPESAS CONDOMINIAIS. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE COBRANÇA. LEGITIMIDADE PASSIVA. COMPROMISSÁRIO COMPRADOR. CONHECIMENTO DO CONDOMÍNIO. REGISTRO DO CONTRATO. PRESCINDÍVEL. 1 - Verificada a inaplicabilidade da Súmula 83/STJ à hipótese, deve ser reconsiderada a decisão anterior. 2 - Conforme jurisprudência sedimentada da Segunda Seção, a ausência do registro do contrato de promessa de compra e venda não descaracteriza a responsabilidade do compromissário comprador pelas despesas de condomínio quando é de conhecimento deste o nome do titular das referidas quotas. 3. Precedentes específicos do STJ. 4. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. No REsp 656457 / DF julgado em 07/10/2010, disse o STJ: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. INADIMPLEMENTO DA CONSTRUTORA. SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADOA RESCINDIR A PROMESSA CONDENANDO O PROMITENTE A DEVOLVER AS PARCELAS PAGAS. SUBSTITUIÇÃO, NA EXECUÇÃO, DO POLO PASSIVO. INCLUSÃO DO PROPRIETÁRIO DO TERRENO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Não é possível, em execução de título judicial, alterar o pólo passivo da demanda para incluir o proprietário do terreno objeto de incorporação, terceiro estranho ao processo de conhecimento onde foi resolvida a rescisão de contrato de unidade imobiliária, com incidência de perdas e danos. 2. A obrigação eventualmente atribuída ao proprietário do terreno possui outra fonte jurídica, que não o título exequendo. A responsabilidade do proprietário do imóvel entregue a empreendimento imobiliário - em caso de rescisão contratual -, frente aos promitentes compradores das unidades habitacionais, não guarda relação com os contratos firmados entre estes e a construtora. Decorre, isto sim, da massa imobiliária incorporada ao terreno (art. 42, § 2º, da Lei n.º 4.591/64), tudo com o escopo de evitar-se enriquecimento sem causa, já que, antes, entregara à construtora imóvel não-construído e não pode, depois de rescindido o contrato de permuta, recebê-lo com benfeitorias e por elas nada pagar. 3. Recurso improvido. Prof. Elcio Nacur Rezende
Compartilhar