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Direito das Coisas

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Posse: teorias e modalidades - importância prática à luz da jurisprudência do STJ
As Teorias da Posse e sua aplicação
A Teoria da Posse segundo Rudolf Von Jhering (teoria objetiva) – 1196
A Teoria da Posse segundo Frédéric Charles Savigny (teoria subjetiva) – 1238, 1198
As Teorias adotadas pelo Código Civil de 2002
O Juízo Possessório (ius possessionis) e o Juízo Petitório (ius possidendi) 
No REsp 1158992/MG, julgado em 04/2011, mitigando a Teoria de Jhering, permitiu que o adquirente de um imóvel ajuizasse uma ação de Reintegração de Posse, ainda que não tenha entrado na posse direta do imóvel (poder físico sobre a coisa e aparência segundo Jhering), graças ao Constituto Possessório.
No REsp 945055/DF, julgado em 2009, o STJ decidiu, adotando a Teoria de Jhering que o particular que utiliza área pública é mero detentor, uma vez que não exerce qualquer dos poderes inerentes à propriedade, portanto não faz jus à indenização por benfeitorias ou direito de retenção.
No REsp 844098/MG, julgado em 2009, o STJ decidiu, adotando a Teoria de Jhering, que o devedor fiduciário inadimplente não pode usucapir um veículo uma vez que o possuidor indireto é o proprietário-fiduciante e ao atrasar a parcela do financiamento o fiduciário passa a ter a posse injusta (clandestina) que nos termos do 1208 não propicia a aquisição da posse, impossibilitando à usucapião.
No REsp 65859 / MG, julgado em 2007, o STJ decidiu, adotando a Teoria de Jhering, que não é possível manejar as ações possessórias para tutelar posse de coisas incorpóreas (direito autoral).
As Modalidades de Posse e sua aplicação
Direta e Indireta = concorrência de posses – 1197
Defesa da Posse do possuidor direto contra o indireto e vice-versa
Comodante X Comodatário
Locador X Locatário
No REsp 537363 / RS, julgado em 2010, o STJ decidiu que, graças ao Droit de Saisine, a posse é transmitida com a morte. Assim, permitiu que um dos herdeiros ajuizasse contra o outro uma ação de Reintegração de Posse, para que o Autor (possuidor indireto) pudesse retirar a posse do Réu (possuidor direto).
No REsp 1073846 / SP, julgado em 2009, o STJ decidiu que tanto o promitente-vendedor (proprietário e possuidor indireto) quanto o promissário-comprador (possuidor direito) são, nos termos do art. 29 do CTN, sujeitos passivos do ITR.
Posse justa: nec vim, nec clam, nec precário – Critério objetivo - 1200 
A ação reivindicatória (possuidor ou detentor injusto)
No REsp 926423 / PR, o STJ decidiu que pelo simples fato do adquirente não ter registrado a compra e venda ele não deixa de ser um possuidor de justo. Afinal, os Embargos de Terceiro em Execução Fiscal podem ser usados pelo possuidor justo para defender a sua posse de eventual penhora.(Súmula 84 do STJ: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.)
Boa-fé (presumida) 1201 e 1202 e Má-fé – Critério Subjetivo 
Usucapião 1238/1242
Indenização por perda e deterioração 1217/1218
Indenização por benfeitorias 1219/1220
Posse nova e Posse velha (ação de força nova e velha – 924 CPC)
A liminar e tutela antecipada
O STJ tem admitido a tutela em arrendamento mercantil para a reintegração da posse do veículo em caso de inadimplência.
No REsp 1022038 / RJ julgado em 2009, o STJ confirmou a liminar para que o réu de uma ação de manutenção de posse derrubasse o muro que indevidamente construiu (turbando a posse do vizinho), bem como, determinou o pagamento da multa diária pelo descumprimento da liminar.
Posse ad interdicta (interditos possessórios) e ad usucapionem (1242)
No AgRg no Ag 645109 / SP, o STJ em 2008, decidiu que só existe posse ad interdicta quando o possuidor tem posse justa, uma vez que o art. 1208 do CC determina que atos clandestinos, violentos e precários não propiciam à aquisição da posse.
Composse (pro diviso e pro indiviso)– 1199 
No AgRg no REsp 867856 / SC, julgado em 2010 pelo STJ, ficou determinado que é imprescindível a citação de todos os co-possuidores em ações possessórias.
No REsp 553914 / PE, julgado em 2008 pelo STJ, ficou decidido que nos termos do parágrafo 2º. do art. 10 do CPC a participação do cônjuge ou companheiro é imprescindível nas ações possessórias quando houver composse.
Modos Aquisitivos
Modo originário e Modo Derivado
Qualquer dos poderes inerentes à propriedade (ius utendi, fruendi et abutendi) – 1204
Apreensão, exercício do direito, tradição (efetiva, simbólica (brevi manu e constituto possessório) e consensual),
Quem pode adquirir a posse? Própria pessoa, seu representante, terceiro – 1205
Transmissão a título universal e singular
Transmissão inter vivos ou mortis causa (1206 e 1207)
Posse dos móveis contidos em imóveis - 1209
Efeitos
Desforço imediato 1210 §1° 
A fungibilidade das possessórias 920CPC
Conversão da possessória em indenização e cumulação de pedidos 921CPC
Caráter dúplice 922CPC
A exceção de domínio: Distinção de ius possessionis e ius possidendi 923 CPC e 1210§2°CC. Súmula 487STF
Ação de força nova e força velha 924CPC
Requisitos: Posse, Turbação, Esbulho, Data da turbação ou esbulho 927CPC
Procedimento: petição inicial, liminar e audiência 928CPC (pessoa de direito público 928§ún.CPC, recurso cabível 522CPC, execução da liminar), contestação 930CPC, execução da sentença com astreintes, embargos do executado, embargos de retenção, embargos de terceiro 1046 e 1047CPC
Interdito Proibitório 932CPC: características e requisitos, astreinte
Ação de Imissão de Posse (petitória), Ação de Nunciação de Obra Nova 934, I,CPC com Embargo Extrajudicial 935CPC, Embargos de Terceiro 1046CPC, Ação de Dano Infecto 1277 a 1280 CC
Responsabilidade por perda e deteriorações
	
	Boa-fé – 1217
	Má-fé - 1218
	
	Não, exceto se agir com culpa ou dolo
	Sim, exceto se provar que de qualquer forma teria ocorrido o sinistro
Indenização por benfeitorias e Direito de retenção
	
	Boa-fé – 1219
	Má-fé - 1220
	Necessárias
	Sim com retenção
	Sim sem retenção
	Úteis
	Sim com retenção 
	Não 
	Voluptuárias
	Não. Porém com levantamento
	Não 
	
	
	
	
	Valor: atual 1222
	Valor: atual ou custo 1222
	
	
	
Compensação das benfeitorias com danos – 1221
Súmula: 335 do STJ 
Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à
indenização das benfeitorias e ao direito de retenção.
Alguns julgados do STJ que tratam das teorias da posse e sua classificação:
	Processo
	REsp 945055 / DF
RECURSO ESPECIAL
2007/0092986-1 
	Relator(a)
	Ministro HERMAN BENJAMIN (1132) 
	Órgão Julgador
	T2 - SEGUNDA TURMA
	Data do Julgamento
	02/06/2009
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 20/08/2009 
	Ementa 
	ADMINISTRATIVO. OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA POR PARTICULARES.
CONSTRUÇÃO. BENFEITORIAS. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
1. Hipótese em que o Tribunal de Justiça reconheceu que a área
ocupada pelos recorridos é pública e não comporta posse, mas apenas
mera detenção. No entanto, o acórdão equiparou o detentor a
possuidor de boa-fé, para fins de indenização pelas benfeitorias.
2. O legislador brasileiro, ao adotar a Teoria Objetiva de Ihering,
definiu a posse como o exercício de algum dos poderes inerentes à
propriedade (art. 1.196 do CC).
3. O art. 1.219 do CC reconheceu o direito à indenização pelas
benfeitorias úteis e necessárias, no caso do possuidor de boa-fé,
além do direito de retenção. O correlato direito à indenização pelas
construções é previsto no art. 1.255 do CC.
4. O particular jamais exerce poderes de propriedade (art. 1.196 do
CC) sobre imóvel público, impassível de usucapião (art. 183, § 3º,
da CF). Não poderá, portanto, ser considerado possuidor dessas
áreas, senão mero detentor.
5. Essa impossibilidade,por si só, afasta a viabilidade de
indenização por acessões ou benfeitorias, pois não prescindem da
posse de boa-fé (arts. 1.219 e 1.255 do CC). Precedentes do STJ.
6. Os demais institutos civilistas que regem a matéria ratificam sua
inaplicabilidade aos imóveis públicos.
7. A indenização por benfeitorias prevista no art. 1.219 do CC
implica direito à retenção do imóvel, até que o valor seja pago pelo
proprietário. Inadmissível que um particular retenha imóvel público,
sob qualquer fundamento, pois seria reconhecer, por via transversa,
a posse privada do bem coletivo, o que está em desarmonia com o
Princípio da Indisponibilidade do Patrimônio Público.
8. O art. 1.255 do CC, que prevê a indenização por construções,
dispõe, em seu parágrafo único, que o possuidor poderá adquirir a
propriedade do imóvel se "a construção ou a plantação exceder
consideravelmente o valor do terreno". O dispositivo deixa
cristalina a inaplicabilidade do instituto aos bens da coletividade,
já que o Direito Público não se coaduna com prerrogativas de
aquisição por particulares, exceto quando atendidos os requisitos
legais (desafetação, licitação etc.).
9. Finalmente, a indenização por benfeitorias ou acessões, ainda que
fosse admitida no caso de áreas públicas, pressupõe vantagem,
advinda dessas intervenções, para o proprietário (no caso, o
Distrito Federal). Não é o que ocorre em caso de ocupação de áreas
públicas.
10. Como regra, esses imóveis são construídos ao arrepio da
legislação ambiental e urbanística, o que impõe ao Poder Público o
dever de demolição ou, no mínimo, regularização. Seria incoerente
impor à Administração a obrigação de indenizar por imóveis
irregularmente construídos que, além de não terem utilidade para o
Poder Público, ensejarão dispêndio de recursos do Erário para sua
demolição.
11. Entender de modo diverso é atribuir à detenção efeitos próprios
da posse, o que enfraquece a dominialidade pública, destrói as
premissas básicas do Princípio da Boa-Fé Objetiva, estimula invasões
e construções ilegais e legitima, com a garantia de indenização, a
apropriação privada do espaço público.
12. Recurso Especial provido.
	Processo
	REsp 844098 / MG
RECURSO ESPECIAL
2006/0094012-5 
	Relator(a)
	Ministra NANCY ANDRIGHI (1118) 
	Relator(a) p/ Acórdão
	Ministro SIDNEI BENETI (1137)
	Órgão Julgador
	T3 - TERCEIRA TURMA
	Data do Julgamento
	06/11/2008
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 06/04/2009 
	Ementa 
	CIVIL. USUCAPIÃO. VEÍCULO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. INADIMPLEMENTO.
PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. IMPOSSIBILIDADE. POSSE INJUSTA.
I.- A posse de bem por contrato de alienação fiduciária em garantia
não pode levar a usucapião, seja pelo adquirente, seja por
cessionário deste, porque essa posse remonta ao fiduciante, que é a
financiadora, a qual, no ato do financiamento, adquire a propriedade
do bem, cuja posse direta passa ao comprador fiduciário, conservando
a posse indireta (IHERING) e restando essa posse como resolúvel por
todo o tempo, até que o financiamento seja pago.
II.- A posse, nesse caso, é justa enquanto válido o contrato.
Ocorrido o inadimplemento, transforma-se em posse injusta, incapaz
de gerar direito a usucapião.
Recurso Especial não conhecido.
	Processo
	REsp 65859 / MG
RECURSO ESPECIAL
1995/0023248-0 
	Relator(a)
	Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA (1088) 
	Órgão Julgador
	T4 - QUARTA TURMA
	Data do Julgamento
	13/10/1997
	Data da Publicação/Fonte
	DJ 09/12/1997 p. 64707 
	Ementa 
	CIVIL. DIREITOS AUTORAIS. PROTEÇÃO POSSESSORIA. IMPOSSIBILIDADE.
RESTRIÇÃO AS COISAS CORPOREAS. PRECEDENTE. RECURSO DESPROVIDO.
- OS DIREITOS AUTORAIS NÃO PODEM SER OBJETO DE PROTEÇÃO POSSESSORIA,
UMA VEZ QUE NÃO SE TRATA DE COISA CORPOREA.
	Acórdão
	POR UNANIMIDADE, CONHECER DO RECURSO, MAS LHE NEGAR PROVIMENTO.
	
Íntegra do
Acórdão
Acompanhamento
Processual
Resultado sem
Formatação
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Processo
REsp 537363 / RS
RECURSO ESPECIAL
2003/0051147-7 
Relator(a)
Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS) (8155) 
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
20/04/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 07/05/2010
REVJUR vol. 391 p. 129 
Ementa 
DIREITO CIVIL. POSSE. MORTE DO AUTOR DA HERANÇA. SAISINE. AQUISIÇÃO
EX LEGE. PROTEÇÃO POSSESSÓRIA INDEPENDENTE DO EXERCÍCIO FÁTICO.
RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
1. Modos de aquisição da posse. Forma ex lege: Morte do autor da
herança. Não obstante a caracterização da posse como poder fático
sobre a coisa, o ordenamento jurídico reconhece, também, a obtenção
deste direito na forma do art. 1.572 do Código Civil de 1916, em
virtude do princípio da saisine, que confere a transmissão da posse,
ainda que indireta, aos herdeiros, independentemente de qualquer
outra circunstância.
2. A proteção possessória não reclama qualificação especial para o
seu exercício, uma vez que a posse civil - decorrente da sucessão -,
tem as mesma garantias que a posse oriunda do art. 485 do Código
Civil de 1916, pois, embora, desprovida de elementos marcantes do
conceito tradicional, é tida como posse, e a sua proteção é,
indubitavelmente, reclamada.
3. A transmissão da posse ao herdeiro se dá ex lege. O exercício
fático da posse não é requisito essencial, para que este tenha
direito à proteção possessória contra eventuais atos de turbação ou
esbulho, tendo em vista que a transmissão da posse (seja ela direta
ou indireta) dos bens da herança se dá ope legis, independentemente
da prática de qualquer outro ato.
4. Recurso especial a que se dá provimento.
	Processo
	REsp 1073846 / SP
RECURSO ESPECIAL
2008/0154761-2 
	Relator(a)
	Ministro LUIZ FUX (1122) 
	Órgão Julgador
	S1 - PRIMEIRA SEÇÃO
	Data do Julgamento
	25/11/2009
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 18/12/2009 
	Ementa 
	PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.
ARTIGO 543-C, DO CPC. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ITR. CONTRATO DE
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DO IMÓVEL RURAL. LEGITIMIDADE PASSIVA AD
CAUSAM DO POSSUIDOR DIRETO (PROMITENTE COMPRADOR) E DO
PROPRIETÁRIO/POSSUIDOR INDIRETO (PROMITENTE VENDEDOR). DÉBITOS
TRIBUTÁRIOS VENCIDOS. TAXA SELIC. APLICAÇÃO. LEI 9.065/95.
1. A incidência tributária do imposto sobre a propriedade
territorial rural - ITR (de competência da União), sob o ângulo do
aspecto material da regra matriz, é a propriedade, o domínio útil ou
a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil,
localizado fora da zona urbana do Município (artigos 29, do CTN, e
1º, da Lei 9.393/96).
2. O proprietário do imóvel rural, o titular de seu domínio útil, ou
o seu possuidor a qualquer título, à luz dos artigos 31, do CTN, e
4º, da Lei 9.393/96, são os contribuintes do ITR .
3. O artigo 5º, da Lei 9.393/96, por seu turno, preceitua que:
"Art. 5º É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a
qualquer título, nos termos dos arts. 128 a 133 da Lei nº 5.172, de
25 de outubro de 1966 (Sistema Tributário Nacional)."
4. Os impostos incidentes sobre o patrimônio (Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural - ITR e Imposto sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana - IPTU) decorrem de relação jurídica
tributária instaurada com a ocorrência de fato imponível encartado,
exclusivamente, na titularidade de direito real, razão pela qual
consubstanciam obrigações propter rem, impondo-se sua assunção a
todos aqueles que sucederem ao titular do imóvel.
5. Conseqüentemente, a obrigação tributária, quanto ao IPTU e ao
ITR, acompanha o imóvel em todas as suas mutações subjetivas, ainda
que se refira a fatos imponíveis anteriores à alteração da
titularidade do imóvel, exegeseque encontra reforço na hipótese de
responsabilidade tributária por sucessão prevista nos artigos 130 e
131, I, do CTN, verbis:
"Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato
gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens
imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se
na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título
a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a
sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens
adquiridos ou remidos; (Vide Decreto Lei nº 28, de 1966)
(...)"
6. O promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel,
bem como seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a
propriedade registrada no Registro de Imóveis), consoante
entendimento exarado pela Primeira Seção do STJ, quando do
julgamento dos Recursos Especiais 1.110.551/SP e 1.111.202/SP
(submetidos ao rito do artigo 543-C, do CPC), são contribuintes
responsáveis pelo pagamento do IPTU (Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, julgado em 10.06.2009, DJe 18.06.2009).
7. É que, nas hipóteses em que verificada a "contemporaneidade" do
exercício da posse direta e da propriedade (e não a efetiva sucessão
do direito real de propriedade, tendo em vista a inexistência de
registro do compromisso de compra e venda no cartório competente), o
imposto sobre o patrimônio poderá ser exigido de qualquer um dos
sujeitos passivos "coexistentes", exegese aplicável à espécie, por
força do princípio de hermenêutica ubi eadem ratio ibi eadem legis
dispositio.
8. In casu, a instância ordinária assentou que:
(i) "... os fatos geradores ocorreram entre 1994 e 1996. Entretanto,
o embargante firmou compromisso de compra e venda em 1997, ou seja,
após a ocorrência dos fatos geradores.
O embargante, ademais, apenas juntou aos autos compromisso de compra
e venda, tal contrato não transfere a propriedade. Não foi
comprovada a efetiva transferência de propriedade e, o que é mais
importante, o registro da transferência no Cartório de Registro de
Imóveis, o que garantiria a publicidade do contrato erga omnes.
Portanto, correta a cobrança realizada pela embargada." (sentença)
(ii) "Com base em afirmada venda do imóvel em novembro/97, deseja a
parte apelante afastar sua legitimidade passiva executória quanto ao
crédito tributário descrito, atinente aos anos 1994 a 1996, sendo
que não logrou demonstrar a parte recorrente levou a registro, no
Cartório imobiliário pertinente, dito compromisso de venda e compra.
Como o consagra o art. 29, CTN, tem por hipótese o ITR o domínio
imobiliário, que se adquire mediante registro junto à Serventia do
local da coisa: como se extrai da instrução colhida junto ao feito,
não demonstra a parte apelante tenha se dado a transmissão dominial,
elementar a que provada restasse a perda da propriedade sobre o bem
tributado.
Sendo ônus do originário embargante provar o quanto afirma, aliás já
por meio da preambular, nos termos do § 2º do art. 16, LEF, bem
assim em face da natureza de ação de conhecimento desconstitutiva da
via dos embargos, não logrou afastar a parte apelante a presunção de
certeza e de liquidez do título em causa.
Cobrando a União ITR relativo a anos-base nos quais proprietário do
bem o ora recorrente, denota a parte recorrida deu preciso
atendimento ao dogma da legalidade dos atos administrativos e ao da
estrita legalidade tributária." (acórdão recorrido)
9. Conseqüentemente, não se vislumbra a carência da ação executiva
ajuizada em face do promitente vendedor, para cobrança de débitos
tributários atinentes ao ITR, máxime à luz da assertiva de que
inexistente, nos autos, a comprovação da translação do domínio ao
promitente comprador através do registro no cartório competente.
10. A Taxa SELIC é legítima como índice de correção monetária e de
juros de mora, na atualização dos débitos tributários pagos em
atraso, ex vi do disposto no artigo 13, da Lei 9.065/95 (Precedentes
do STJ: REsp 947.920/SC, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma,
julgado em 06.08.2009, DJe 21.08.2009; AgRg no Ag 1.108.940/RS, Rel.
Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 04.08.2009, DJe
27.08.2009; REsp 743.122/MG, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira
Turma, julgado em 26.02.2008, DJe 30.04.2008; e EREsp 265.005/PR,
Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em 24.08.2005, DJ
12.09.2005).
11. Destarte, vencido o crédito tributário em junho de 1998, como
restou assente no Juízo a quo, revela-se aplicável a Taxa Selic, a
título de correção monetária e juros moratórios.
13. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do
artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. Proposição de
verbete sumular.
	Processo
	AgRg no Ag 645109 / SP
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
2004/0172465-9 
	Relator(a)
	Ministro SIDNEI BENETI (1137) 
	Órgão Julgador
	T3 - TERCEIRA TURMA
	Data do Julgamento
	12/08/2008
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 03/09/2008 
	Ementa 
	PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. POSSE AD INTERDICTA. REEXAME DE
MATÉRIA FÁTICA.
1. A decisão atacada pelo agravo regimental não se furtou à
discussão trazida pela recorrente, relativa à existência de posse
justa, ad interdicta, pelo recorrido. Muito pelo contrário, procurou
tratar da questão a partir de um viés que não incidisse na vedação
contida na Súmula 7 desta Corte.
2. Segundo é possível extrair dos artigos 1.200, 1.208 e 1.210 do
Código Civil, para que a posse seja considerada justa e, portanto,
passível de proteção por meio de interditos possessórios, basta que
ela não seja violenta, clandestina ou precária.
3. Tendo o acórdão estadual afirmado, com base na prova dos autos,
que o recorrido, mesmo sem título, exercia a posse justa sobre o
imóvel, não há como rediscutir esse fato em recurso especial.
Agravo regimental a que se nega provimento.
	Processo
	REsp 926423 / PR
RECURSO ESPECIAL
2007/0033203-0 
	Relator(a)
	Ministro JOSÉ DELGADO (1105) 
	Órgão Julgador
	T1 - PRIMEIRA TURMA
	Data do Julgamento
	21/06/2007
	Data da Publicação/Fonte
	DJ 02/08/2007 p. 422 
	Ementa 
	PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE TERCEIROS. COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS.
AUSÊNCIA DE REGISTRO POR PARTE DA AUTORA. PENHORA. RESISTÊNCIA
INJUSTIFICADA POR PARTE DO INSS. HONORÁRIOS. CABIMENTO. PRECEDENTE
DA CORTE ESPECIAL.
1. Recurso especial interposto pelo INSS contra acórdão proferido
pelo TRF da 4ª Região segundo o qual: a) "A ausência de transcrição
imediata no registro de imóveis da compra e venda realizada não
afasta a boa-fé do adquirente, e o seu direito de ser resguardado
por se tratar de posse justa e de boa-fé. (Súmula 84, do STJ)."; b)
manutenção da condenação do INSS em honorários advocatícios, por não
ter reconhecido o pedido (art. 269 do CPC) oferecendo resistência
injustificada ao levantamento da penhora.
2. Dispõe a Súmula n. 303/STJ: "Em embargos de terceiro, quem deu
causa à constrição indevida deve arcar com os honorários
advocatícios."
3. Ocorre, porém, conforme apresentado no julgamento da apelação no
TRF da 4ª Região, o INSS, mesmo sendo sabedor de que o bem constrito
havia sido alienado à recorrida que, tão-somente, não o registrou
junto ao Cartório de Imóveis, contestou a ação opondo-se de forma
injustificada ao levantamento da penhora, de modo que deve responder
pela verba honorária respectiva.
4. Nesse sentido, precedente da Corte Especial: "Não se aplica a
Súmula n° 303 da Corte naqueles casos em que o exeqüente enfrenta as
impugnaçõesdo terceiro embargante, desafiando o próprio mérito dos
embargos. 2. Recurso especial não conhecido." (REsp 777393/DF, Rel.
Min. Carlos Alberto Menezes Direito, Corte Especial, DJ de
12/06/2006).
5. Recurso especial não-provido.
 DA PROPRIEDADE, NOÇÕES GERAIS, CONCEITOS E ESPÉCIES
Notícia histórica (ius utendi, fruendi et abutendi)
A mitigação do absolutismo dos direito de propriedade:
A finalidade social da propriedade (art.5°, XXIIICF, 170 e 186, art. 1228§1° e §4°CC, art. 10 Lei 10257/01, art. 187CC)
O Direito Administrativo
O Código Eleitoral
Os Direitos de Vizinhança
Atos voluntários (cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade)
Objeto do Direito de Propriedade - 1228
A utilidade e interesse (negação do ad sidera et ad ínferos) – 1229
A utilização do sub-solo – 176 e 177CF e 1230
Presunção de plenitude e exclusividade – 1231
Princípio da Gravitação Jurídica – 1232
A Ação Reivindicatória
Legitimidade Ativa e Passiva (condômino 1314, herdeiro 1784)
A declaração de servidão: Ação Negatória X Ação Confessória
A Ação de Dano Infecto 1280
REsp 1003305 / DF julgado em 18/11/2010
1. A admissibilidade da ação reivindicatória exige a presença de
três requisitos: a prova da titularidade do domínio pelo autor, a
individualização da coisa e a posse injusta do réu.
Descoberta (antiga invenção). Res derelicta – 1233, Recompensa 1234, Procedimento 1236 e 1237
 Propriedade Imóvel
 Aquisição e perda da propriedade
Classificação: 
Originária ou Derivada
Singular ou Universal
Inter vivos ou mortis causa
Formas de aquisição: Usucapião, Registro, Acessão e Direito Hereditário
A Usucapião: Usucapio – capere (tomar) e usus (uso)
A Prescrição aquisitiva – 1244
Espécies:
Extraordinária – 1238
Ordinária – 1242
Especial rural (pro labore) – 191CF e 1239
Especial urbana – 183CF e 1240
Entre ex-cônjuges: 1240-A
Coletiva urbana – 10 da Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade)
Indígena – 33 da Lei 6001/73 (Estatuto do Índio)
Administrativa – 60 da Lei 11.977/09 (Minha Casa, Minha Vida)
Disposições transitórias – 2029 e 2030
Pressupostos:
Coisa hábil – bens públicos 102
Posse (animus domini ou animus rem sib habendi), mansa e pacífica
Tempo ininterrupto. Acessão (acessio possessionis e sucessio possessionis) – 1243 e 1207
Justo título (ordinária)
Boa-fé (ordinária)
A sentença servirá de registro – 1241
A Ação de Usucapião – 941CPC
Resumo:
	
	Tempo
	Título
	Boa-fé
	Área
	Observações
	Extraordinária - 1238
	15 ou 10
	Não
	Não
	Ilimitada
	Para reduzir o tempo deve haver moradia ou produção
	Ordinária – 1242
	10 ou 05
	Sim 
	Sim
	Ilimitada
	Para reduzir o tempo deve ter adquirido o imóvel onerosamente, com registro, posteriormente cancelado e moradia ou produção.
	Especial rural - 1239
	05
	Não
	Não
	Até 50 há
	Não ser proprietário de outro imóvel, produção e moradia
	Especial urbana - 1240
	05
	Não 
	Não
	Até 250 m2
	Não ser proprietário de outro imóvel, moradia, única vez
	Especial entre ex-cônjuges/companheiros
(Usucapião por abandono do lar) – 1240 - A
	02
	Não
	Não
	Até 250 m2
	Existia um condomínio com ex-cônjuge ou companheiro que abandonou o lar.Não ser proprietário de outro imóvel, moradia, única vez
	Coletiva urbana - art. 10 do Estatuto da Cidade
	05
	Não
	Não 
	Mais de 250 m2
	População de baixa renda, moradia, não for possível identificar os terrenos individualmente, não ser proprietário de outro imóvel.
	Usucapião Administrativa – art. 60 da Lei 11.977/09
	05
	Título de posse
	Sim
	Até 250m2 no prazo de 5 anos. 
	Não ser proprietário de outro imóvel, moradia, única vez. Independe de declaração judicial
	Usucapião Indígena – art. 33 do Estatuto do Índio
	10
	Não
	Não 
	Até 50 ha
	Apenas índios
Registro
A importância do registro imobiliário - 1245
Atos sujeitos ao registro – 167 da Lei 6015/73
Prenotação - 1246
Princípios que regem o registro imobiliário:
Publicidade – 17 da Lei 6015/73
Força probante relativa – 1245§2º e 1247
Força probante absoluta – apenas para o Registro Torrens – 277 da Lei 6015/73
Legalidade – O oficial de cartório analisará o título e o registrará se cumpridos os requisitos legal, caso contrário suscitará dúvida – 198 da Lei 6015/73
Territorialidade – 169 da Lei 6015/73
Continuidade – 195 da Lei 6015/73
Prioridade – 191 e 192 da Lei 6015/73
Especialidade – 225 da Lei 6015/73
Instância ou inércia – 13 da Lei 6015/73
Matrícula – 176, §1º c/c 228 da Lei 6015/73
Registro (R) – 167, I
Averbação (Av.) – 167, II
Livros obrigatórios - 173 da Lei 6015/73:
Protocolo- entrada dos pedidos
Registro Geral
Registro Auxiliar
Indicador Real
Indicador Pessoal
Retificação de registro – 1247 e 212 da Lei 6015/73:
Judicial
Extrajudicial – erro evidente
Acessão
Acessão por formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo, por construções e plantações – 1248
Classificação:
Acessão de imóvel a imóvel (formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo)
Acessão de móvel a imóvel (construções e plantações)
Acessão físicas ou naturais (formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo)
Acessão industrial (construções e plantações)
Acessão por formação de ilhas
Conceito - 1249
Pertencem aos ribeirinhos – 1249
Conceito de álveo – art. 9° do Dec. 24643/34 (Código de Águas)
Rios navegáveis são águas públicas – art. 2° Dec. 24643/34 (Código de Águas)
Acessão por aluvião
Conceito - 1250
Pertencem aos terrenos marginais – 1250
Aluvião própria – acréscimo de terra
Aluvião imprópria – afastamento das águas
Acessão por avulsão
Conceito – 1251
Regra de indenização, decadência (01 ano) ou aquiescência – 1251
Aplica-se à avulsão as regras da aluvião no que couber – art. 22 Dec. 24643/34 (Código de Águas)
Álveo abandonado
Conceito
Pertencem aos ribeirinhos – art. 1252
Por construções e plantações
Benfeitoria (constrói em coisa que acredita ser sua) X Acessão (sabe que o terreno não é seu)
Presunção que pertence ao proprietário do imóvel – 1253
	
	Boa-fé
	Má-fé
	Semeia, planta ou edifica em terreno próprio com semente alheia – 1254
	Adquire, mas indeniza
	Adquire, indeniza e paga perdas e danos
	Semeia, planta ou edifica em terreno alheio – 1255
	Perde para o proprietário, com direito à indenização 
	Perde para o proprietário sem direito à indenização 
	Semeia, planta ou edifica em terreno alheio, cujo valor supere consideravelmente a terra nua – 1255, par. ún.
	Adquire, mas indeniza
	Perde para o proprietário sem direito à indenização 
	
	
	Ambas as partes com Má-fé: o proprietário adquire as sementes, plantas e construções e indeniza - 1256
	Construção parcialmente em solo próprio, invasão não superior à vigésima parte, cujo valor supere à terra nua – 1258
	O construtor adquire o solo invadido, mas indeniza a parte invadida e a desvalorização do remanescente
	Adquire, mas indeniza em décuplo 
	Invasão superior à vigésima parte
	Adquire, indeniza o valor que acrescer à construção, mais o da área perdida e a desvalorização do remanescente
	Demolir e indeniza em dobro
Presunção de má-fé quando presenciou e ficou inerte – 1256
Direito hereditário - 1784
Saisine
Perda da propriedade imóvel:
Causas: alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa, desapropriação – 1275
Imóvel urbano abandonado e desocupado, após 03 anos poderá se arrecadado e após 3 anos passar a ser de propriedade do Município ou Distrito Federal – 1276.
Imóvel rural abandonado e desocupado, após 03 anos poderá se arrecadado e após 3 anos passar a ser de propriedade da União – 1276§1°Presunção quando não pagar os impostos (IPTU ou ITR)
 Condomínio
Conceitos – direitos de proprietário exercidos por mais de uma pessoa
Espécies:
Quanto à origem – convencional ou voluntário, eventual, legal ou necessário 
Quanto à forma – pro diviso ou pro indiviso
Quanto ao tempo – transitório ou permanente (parede divisória)
Quanto ao objeto – singular ou universal
Do condomínio voluntário:
Direitos - 1314: Usar conforme destinação, exercer os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicar de terceiros, defender sua posse, alhear e gravar sua parte ideal
Deveres – 1314 par. Ún., 1315, 1319: não alterar a destinação da coisa, não dar posse, uso ou gozo a estranhos, concorrer para as despesas, responder pelos frutos que recebeu e pelo dano que causou
Presunção de partes iguais – 1315 par. Ún.
Proporção das despesas de acordo com o quinhão – 1317
Direito de regresso aos demais condôminos pela dívida em prol do condomínio – 1318
Renúncia – 1316
A extinção do condomínio - 1320:
Divisão – as custas de acordo com o quinhão
Pacto de indivisibilidade no máximo de 5 anos, podendo ser prorrogado
Cláusula de indivisibilidade pelo doador no máximo 5 anos
Graves razões – o juiz pode determinar a divisibilidade
Aplica-se à divisão do condomínio as regras da partilha – 1321
Coisa indivisível – 1322 :
Será vendido e repartido
Regras de prelação, preempção ou preferência: condômino à estranho; condômino de com maior benfeitoria; condômino com quinhão maior.
A Ação de divisão – 967CPC
A administração do condomínio:
Decisão por maioria, escolher administrador que poderá alugá-la – 1323
Presunção de administrador – Teoria da Aparência – 1324
Regra para tomada de decisões - 1325:
Proporcional aos quinhões
Maioria absoluta, senão por decisão judicial
Do condomínio necessário - 1327:
Paredes, cercas, muros e valas – 1327
Meação da obra e da terra – 1328
Se não houver acordo resolve-se por perícia – 1329
Quem não pagar a meação não pode fazer uso - 1330
Do Condomínio Edilício:
Conceito – 1331
Partes comuns e partes exclusivas
Fração ideal – cálculo – 1331§3°
Instituição: inter vivos ou causa mortis, devidamente registrado, com as informações – 1332
Convenção:
Aprovada por 2/3 e para ser oponível erga omnes deve ser registrada – 1333
Informações – 1334
Direitos dos condôminos – 1335
Deveres dos condôminos – 1336
Sanções:
Inadimplência: juros (o que for convencionado ou 1%), multa (2%) – 1336§1°
Que realizar obras que comprometam a segurança, alterar a fachada, prejudicar o sossego (até 5 vezes a taxa), por decisão de 2/3 – 1336 §2°
Reiteradamente não cumpre com qualquer dever (5 vezes) – 1337
Anti-social reiterado – 1337par. Ún.
Aluguel de garagem – 1338
Inseparabilidade das partes exclusivas – 1339
Só pode alienar parte a terceiros se a convenção permitir e ninguém se opuser – 1339 §2°
Despesas exclusivas – 1340
Realização de obras – 1341:
Voluptuárias – 2/3
Úteis – maioria
Necessárias – por qualquer condômino com reembolso
Acréscimo – 2/3 – 1342
Novo pavimento ou nova edificação – unanimidade – 1343
Terraço de cobertura – 1344
O adquirente responde pelos débitos do alienante – 1345
Obrigatoriedade do seguro – 1346
A administração do condomínio:
Síndico – prazo de 2 anos renováveis – 1347
Competência do síndico – 1348
Destituição do síndico – maioria absoluta – 1349
Assembléia ordinária – 1350
Alteração da convenção e regimento interno – 2/3 – 1351
Processo de tomada de decisões – 1352, 1353, 1354
Assembléia extraordinária – 1355
Conselho fiscal – 1356
Da extinção do condomínio:
Causas: destruição (1357), desapropriação (1358)
Propriedade Móvel
Aquisição e perda da propriedade móvel
Da usucapião:
	
	Tempo
	Título
	Boa-fé
	Extraordinária
1261
	05
	Não
	Não
	Ordinária
1260
	03
	Sim 
	Sim
Aplica-se o 1243 e o 1244 (acessio possessionis e sucessio possessionis –1243 e Interrupção da prescrição aquisitiva – 1244)
Da ocupação:
Apoderar-se de coisa sem dono (Res nullius) 
Do achado do tesouro: 
Conceito de tesouro – 1264 
Divide em partes iguais entre que achar casualmente e o proprietário do prédio – 1264 
Pertencerá inteiramente ao dono do prédio se tiver determinado a busca ou por terceiro não autorizado – 1265 
No caso de enfiteuse, divide-se em partes iguais entre o descobridor e o enfiteuta – 1266
Da Tradição:
Transferência da propriedade se dá pela tradição e não pelos simples negócio – 1267
Subtende-se que houve tradição quando houver constituto possessório, quando dá ao adquirente o direito da restituição da coisa em poder de terceiro, traditio brevi manu.
Venda a non domino a tradição não aliena propriedade, exceto em leilão ao adquirente de boa-fé – 1268
Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir posteriormente a propriedade, o tempo do negócio retroage à tradição - 1268§1°
Não transfere a propriedade a tradição cujo negócio subjacente era nulo – 1268§2°
Da especificação:
Regras dos arts. 1269 a 1271:
	
	Boa – fé
	Má – fé 
	Matéria-prima em parte alheia
	Será proprietário o especificador se não puder restituir a forma anterior, com indenização 
	Será proprietário o dono da matéria prima, com indenização.
	Matéria-prima inteiramente alheia
	Será proprietário o especificador se não puder restituir a forma anterior, com indenização
	Será proprietário o dono da matéria prima, sem indenização.
	Se puder haver redução 
	Será proprietário o dono da matéria prima
	Será proprietário o dono da matéria prima
	Matéria prima de valor muito inferior à obra
	Será proprietário o especificador, com indenização.
	Será proprietário o especificador, com indenização.
Da confusão, comissão (comistão) e adjunção:
Confusão – mistura de coisas líquidas
Comissão – mistura de coisas sólidas
Adjunção – justaposição de uma coisa a outra.
	
	Podendo haver separação 
	Impossível separar ou sendo dispendioso
	Coisas pertencentes a proprietários diversos
	Separa-se
	Haverá condomínio pro indiviso, cada qual com quinhão proporcional ao valor da coisa.
	Coisa principal e acessória
	Separa-se
	O dono da principal adquire, indenizando.
	Se houve má-fé
	A parte de boa-fé adquire a propriedade do todo, indenizando ou renuncia, sendo indenizado
	
Perda da propriedade móvel:
Causas: alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa, desapropriação – 1275
Dos direitos de vizinhança:
Do uso anormal da propriedade – 1277
Congruência do com o abuso de direito – 186
Interesse público sobrepõe-se ao particular, com indenização – 1278
Mesmo que haja decisão judicial, poderá o vizinho pedir redução ou eliminação - 1279
Exigência de demolição ou reparação, ou caução (de dano infecto) – 1280
Das árvores limítrofes:
Tronco na linha divisória é condomínio – 1282
Raízes e ramos podem ser cortados quando ultrapassarem os limites – 1283
Frutos caídos pertencem ao dono do solo, se particular; se público pertencem ao dono da árvore (exceção ao princípio que o acessório segue o principal insculpido no art. 1232) – 1284
Da passagem forçada:
Direito de passagem do imóvel encravado (natural e absoluto), com indenização – 1285
O direito será exercido no de menor ônus - 1285§1°
Da passagem de cabos e tubulações:
Obrigação de suportar o ônus, com indenização - 1286
O direito será exercido no de menor ônus – 1286 par. Ún.
Direito de exigir obras de segurança – 1287
Das águas:
Dever de suportar as águas do prédio superior e não embaraçar se curso, sob pena de indenização; nem tampoucoo prédio superior pode impedir que o inferior aproveite-as – 1288, 1289 e 1290
O prédio superior não pode poluir, nem desviar o curso e se construir barragem não pode invadir prédio alheio 1292
O Direito de construir canais limita-se a não prejudicialidade aos vizinhos – 1293
Pode-se exigir que seja subterrânea a canalização e que o aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo – 1293§2° e 3°
Maiores detalhes no Código de Águas (Dec. 24643/34)
Dos limites entre prédios e do direito de tapagem:
Direito de cercar conforme os costumes e dividir os custos – 1297
A ação demarcatória – 946CPC
Em caso de dúvida será decidido: pela posse, em partes iguais e um adjudicará indenizando o outro – 1298
Do direito de construir:
Limitado pelo Direito Administrativo e pelo Direito de Vizinhança – 1299
Não despejar águas – 1300
Não abrir janelas a menos de metro e meio ou 75 cm quando não incida sobre a linha divisória, exceto luz e ventilação (10x20 e a 2m de altura) – 1301
Desfazimento da obra até ano e dia, sob pena de não edificar e suportar o ônus – 1302
Na zona rural, sempre 3 metros de distância – 1303
Pode o vizinho utilizar a parede divisória pela metade, ressarcindo a metade – 1304 a 1306
Direito de altear a parede – 1307
Proibição de utilizar a parede quando suscetível de infiltração – 1308
Proibição de poluir água de poço ou nascente – 1309, 1310
Proibição de obra que provoque desmoronamento – 1311
Obrigação de suportar que o vizinho entre no seu terreno - 1313
 Propriedade resolúvel
Conceito (condição ou termo-1359 e causa superveninte-1360) e direito no novo proprietário reivindicar
Não-surpresa no art. 1359
Surpresa no art. 1360, logo protegido o adquirente de boa-fé
 DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS
Introdução aos Direitos Reais sobre Coisas alheias
A limitação dos direitos reais
Direitos de gozo ou fruição: enfiteuse, superfície, servidões, usufruto, uso, habitação, rendas constituídas sobre imóveis, promitente comprador
Direitos de garantia: penhor, anticrese, hipoteca, alienação fiduciária em garantia
A concessão de uso especial para fins de moradia; a concessão de direito real de uso. 
 Direitos reais limitados de gozo ou fruição
Enfiteuse/Direito de Superfície
Enfiteuse, aforamento ou emprazamento:
Conceito: constitui-se enfiteuse “quando por ato entre vivos, ou de última vontade, o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa, que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma pensão, ou foro anual, certo e invariável”– 678 do CC/1916
Incentivo à extinção: art. 49 das Disposições Transitória da CF
Características:
Perpétua
Pensão anual, cânon ou foro
O comisso por falta de pagamento por 3 anos consecutivos
Direito de preferência do senhorio ou exigir o laudêmio (2,5%)
Extinção – 692 CC/16:
Deterioração do prédio
Pelo comisso
Falecimento do enfiteuta sem herdeiros
Desapropriação 
Usucapião 
Renúncia
Consolidação 
Resgate – 693 CC/16 (2,5% mais 10 prestações anuais)
Proibição de se constituir novas enfiteuses - 2038
No REsp 1128194 / SC o STJ (julgado em setembro de 2010) afirmou que deve ser cobrado um laudêmio de 5% no quando o imóvel for terreno de marinha em razão art. 3º do Decreto-Lei 2.398/87.
No REsp 1152279 / SC julgado em 24/11/2009 disse o STJ: “São inconfundíveis os institutos jurídicos da ocupação e do aforamento de imóveis da União. A primeira é remunerada pela taxa de ocupação, pela qual ficam obrigados os ocupantes de imóveis, sem título outorgado pela União. O foro consiste na retribuição pecuniária devida pela parte que celebra contrato de enfiteuse com o Ente Público.”
No REsp 987739/BA julgado em 17/12/2009, disse o STJ: “Direito Civil e Administrativo. Recurso especial. Enfiteuse. Pagamento de foro à União. Percentual fixado por lei, sobre o valor do imóvel. Atualização monetária anual. Admissibilidade. Inteligência do art. 101 do DL 9.760/46. Reajuste da base de cálculo por ato unilateral da administração. Impossibilidade. Precedentes. - Na enfiteuse de bem de cujo domínio pleno é titular a União, é possível promover a atualização monetária anual do bem, com fundamento no art. 101 do DL 9.760/46. A lei não autoriza, contudo, que por ato unilateral da administração seja modificado o valor do domínio pleno do imóvel. Precedentes. - Na hipótese de não mais interessar à União a manutenção da enfiteuse, o art. 103 do DL 9.760/46 faculta-lhe promover a extinção do contrato, por acordo entre as partes (inc. II) ou por interesse público, mediante prévia indenização (inc. V). Recurso especial conhecido e provido.”
Do Direito de Superfície:
Conceito: tempo determinado, necessidade de registro, o sub-solo como parte separada – 1369
Gratuita ou onerosa – 1370
Obrigações do superficiário:
Pagar tributos – 1371
Direitos do superficiário:
Transferir seus direitos - 1372
Direito de preferência ambígua – 1373
Extinção:
Se o superficiário der destinação diversa – 1374
Extinta o direito de superfície adquire o proprietário todas as acessões, sem indenização, caso não haja disposição contrária – 1375
Desapropriação: indenização ao proprietário e superficiário na medida do direito de cada qual – 1376
Se o proprietário for pessoa de direito público interno, rege-se pelo CC caso não haja norma específica - 1377
Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade) – arts. 21 a 23 (prazo pode ser indeterminado, pode usar o subsolo)
Servidões prediais
Conceito: O prédio dominante e o serviente – 1378
Características e Exercício:
Relação entre dois prédios distintos, gerando obrigação propter rem
Os prédios pertencem a donos diversos
Inseparabilidade - a servidão incide sobre a coisa e não sobre o dono 
Impresumibilidade, ou seja, deve ser declarada e registrada –– 1378
É direito real
Acessório
Duração indefinida
É inalienável
Atipicidade (numerus apertus)
Direito de fazer as obras necessárias e rateá-las entre os proprietários – 1380
Direito de abandono – 1382
Proibição de embaraçar o uso - 1383
Removível à custa do prédio serviente – 1384
Não abusividade e interpretação restritiva -1385
Indivisível - 1386
Classificação:
Servidões administrativa e de Direito Civil
Rústicas ou Urbanas
Positivas e Negativas
Contínuas – independem da ação humana: aqueduto, tubulações, posteamento elétrico
Descontínuas – dependem da ação humana: passagem, retirada de água
Aparentes – obras visíveis: aqueduto
Não aparentes – não visíveis: proibição de construir além de certa altura
Classificação conjunta (contínuas e aparentes)
Modos de constituição:
Negócio jurídico - 1378
Sentença na ação de divisão – 979, II do CPC
Usucapião – com título: 10 anos, sem título: 20 anos - 1379
Destinação do proprietário
Ações que protegem a servidão:
Confessória
Negatória
Manutenção e reintegração de posse
Usucapião – Súmula 415 do STF
Da extinção:
Depois de registrada é imprescindível o cancelamento pela renúncia, cessação da utilidade ou resgate – 1387 e 1388
Confusão - 1389
Supressão das respectivas obras - 1389
Pelo não uso por 10 anos - 1389
No REsp 953910 / BA, julgado em 18/08/2009, disse o STJ: “ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA
PROPRIEDADE. AÇÃO DE CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO E INDENIZAÇÃO.
LEGITIMIDADE PASSIVA. PROPRIETÁRIO E POSSUIDOR.
1. Tendo a presente demanda dois escopos básicos - quais sejam,
constituir a servidão e indenizar a limitação à propriedade daí
advinda -, devem figurar no pólo passivo tanto os proprietários da
área na qual se pretende implantar a limitação, como também os
possuidores legítimos do terreno.2. Isto porque a instituição da servidão administrativa se
perfectibiliza com o registro da limitação na matrícula do imóvel -
na forma dos arts. 167, inc. I, item 6, da Lei n. 6.015/73, 1.378 e
1.379 do Código Civil vigente, e 695 e 698 do Código Civil revogado
-, fato que atrai a necessidade de participação dos proprietários do
bem no feito.
3. Nada obstante, os efeitos da servidão - como, por exemplo, a
impossibilidade de uso pleno da propriedade - repercutem também na
esfera dos legítimos possuidores, motivo pelo qual também eles devem
figurar no pólo passivo da demanda.
4. A posse é um fenômeno fático que merece proteção jurídica (arts.
1.196 e ss. do Código Civil vigente, arts. 485 e ss. do Código Civil
revogado), e, via de conseqüência, pode ser indenizada - como
ocorre, e.g., nos casos de desapropriação em que o proprietário não
reúne a condição de possuidor e, com a imissão do ente público na
posse, ambos (proprietário e possuidor) têm parcela do patrimônio
jurídico prejudicada.
5. Nem se diga que a indenização do possuidor caberia ao
proprietário, porque quem causa o prejuízo na hipótese, ainda que
licitamente, é o ente que pretende instituir a servidão, e não o
proprietário.
6. Recurso especial parcialmente provido, para determinar o retorno
dos autos à origem, para que lá o processo se desenvolva contra os
possuidores e contra os proprietários do imóvel, devendo ser aberta
a possibilidade de emenda à inicial para inclusão destes últimos,
com subseqüente citação para integrarem a lide.”
Usufruto
Conceito
Características:
Direito real oponível erga omnes
Inalienável, permitindo-se a cessão – 1393
Impenhorabilidade uma vez que é inalienável
O direito de seqüela
Móveis e Imóveis – 1390
Quase-usufruto ou usufruto impróprio (bens móveis consumíveis) – praticamente um contrato de mútuo
Se imóveis tem que haver registro – 1391
Estende-se aos acessórios – 1392
Temporário, pois extingue-se com a morte do usufrutuário ou em 30 anos se constituído em favor de pessoa jurídica– 1410, I, III
Existe o co-usufruto
Não existe usufruto sucessivo
Usufruto deducto (doação dos pais aos filhos com cláusula de inalienabilidade)
Direitos do usufrutuário:
Posse, uso, administração e percepção dos frutos – 1394
Locar a coisa
Perceber os rendimentos e cobrar dívida em títulos de crédito – 1395
Frutos naturais – 1396
As crias dos animais, deduzidas ao final - 1397
Os frutos civis - 1398
Deveres do usufrutuário:
Inventariar a coisa ao assumir o usufruto e dar caução se for exigido, sob pena de não poder administrar – 1400
Pagar as despesas ordinárias de conservação – 1403, I
Prestações e tributos – 1403, II
Comunicar ao proprietário qualquer infortúnio – 1406
Pagar o seguro – 1407
Pode ser constituído:
Por lei (usufruto dos filhos menores)
Ato de vontade (usufruto deducto)
Usucapião - 1391
Usufruto X Fideicomisso (distinção):
	Usufruto
	Fideicomisso
	Direito real 
	Substituição testamentária
	Domínio se desmembra
	Domínio pleno
	Exercem simultaneamente
	Exercem sucessivamente
	Pessoas já existentes
	Somente os ainda não concebidos
Extinção - 1410:
Pela renúncia ou morte do usufrutuário – I
Pelo termo de duração – II
Pela extinção da pessoa jurídica ou em 30 anos – III
Pela cessação do motivo – IV
Pela destruição da coisa – V
Pela consolidação – VI
Por culpa do usufrutuário ou os títulos de crédito não rendem – VII
Pelo não uso - VIII
No REsp 537180 / PR, julgado em 21/09/2010, disse o STJ:
PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO ESTADUAL. NULIDADE NÃO CONFIGURADA.
EXECUÇÃO. PENHORA DE IMÓVEL COM USUFRUTO. EMBARGOS DE TERCEIRO
OPOSTOS POR ESPOSA EM DEFESA DE SUA PARTE NO USUFRUTO.
POSSIBILIDADE. DETERMINAÇÃO PARA O PROSSEGUIMENTO DOS EMBARGOS
MANTIDA. CPC, ART. 1.046. MULTA PROCRASTINATÓRIA. EXCLUSÃO. SÚMULA
N. 98-STJ.
I. Não padece de nulidade o acórdão estadual que enfrenta
fundamentadamente as questões essenciais ao deslinde da
controvérsia, apenas por trazer conclusões contrárias ao interesse
da parte irresignada.
II. Possível o uso de embargos de terceiro por esposa de executado,
em defesa do usufruto que detém juntamente com o marido sobre o
imóvel cuja penhora se fez sobre a propriedade por inteiro, sem
ressalvas.
III. "Embargos de declaração manifestados com notório propósito de
prequestionamento não tem caráter protelatório" (Súmula 98/STJ).
IV. Recurso especial conhecido em parte e nessa extensão provido,
apenas para excluir a multa aplicada aos embargos declaratórios.
No REsp 883085 / SP julgado em 19/08/2010, disse o STJ:
DIREITO CIVIL. AÇÃO DE ARBITRAMENTO DE ALUGUEL. DEVEDORA DETENTORA
DE 50% DO USUFRUTO. EXECUÇÃO PROPOSTA PELO NU PROPRIETÁRIO DETENTOR
DOS OUTROS 50%. PENHORA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE USUFRUTO.
IMPOSSIBILIDADE.
I - Da inalienabilidade resulta a impenhorabilidade do usufruto. O
direito não pode, portanto, ser penhorado em ação executiva movida
contra o usufrutuário; apenas o seu exercício pode ser objeto de
constrição, mas desde que os frutos advindos dessa cessão tenham
expressão econômica imediata.
II - Se o imóvel se encontra ocupado pela própria devedora, que nele
reside, não produz frutos que possam ser penhorados. Por
conseguinte, incabível se afigura a pretendida penhora do exercício
do direito de usufruto do imóvel ocupado pela recorrente, por
ausência de amparo legal.
Recurso Especial provido.
 Uso
Utilização restrita aos limites das necessidades suas e de suas famílias, sem receber frutos – 1412
Aplicam-se as regras do usufruto
 Habitação
Direito personalíssimo e temporário de residir no imóvel, não podendo alugar ou emprestar – 1414
Co-habitação – 1415
Direito real de habitação ao cônjuge sobrevivente – 1831
 Renda constituída sobre imóvel
Conceito: Série de prestações em dinheiro ou em outros bens, que uma pessoa recebe de outra (credor-rentista ou censuísta/ devedor-rendeiro ou censuário), a quem foi entregue para esse efeito certo capital.
O CC/2002 trata apenas como direito obrigacional nos arts. 803 a 813.
 Direitos Reais de Garantia
 Introdução aos Direitos Reais de Garantia
Conceito – 1419
Garantia Real X Garantia Fidejussória (pessoa)
Efeitos:
O bem fica afetado ao cumprimento da obrigação 
Indivisibilidade – 1421, 1429
Direito de preferência – 1422
Direito de excussão – 1422
Direito de seqüela 
Requisitos e características:
Capacidade subjetiva: a outorga uxória/autorização marital/ menores/ ascendente a descendente (pode, pois o art. 497 deve ser interpretado restritivamente)
Capacidade objetiva - coisas alienáveis, coisas em condomínio, coisas fora do comércio, coisas alheias com propriedade superveniente – 1420
Especialização – 1424
Publicidade, através do registro – 1438 e 1492, e 167 da Lei 6015/73
Prioridade do registro – 1422
O credor anticrético tem o direito de reter por 15 anos a coisa se houver inadimplemento – 1423
Conteúdo do contrato - 1424:
Valor do crédito, sua estimação ou valor máximo
Prazo
Taxa de juros
Especificação do bem
Vencimento antecipado da dívida – 1425:
Deterioração do bem
Insolvência
Falência
Inadimplência
Perecimento da coisa, o valor do seguro ou da indenização se sub-rogará
Desapropriação, a indenização será depositada, sub-rogando-se
Garantia prestada por terceiros - 1427
Proibição da cláusula comissória – 1428
Se o valor da alienação do bem não for suficiente, surge a garantia fidejussória - 1430
Extinção dos direitos reais em garantia:
Pagamento com averbação 
Renúncia pelo credor
Confusão 
PenhorConceito – 1431
Objeto: coisa móvel suscetível de alienação
Exceções: penhor agrícola, industrial, mercantil e de veículos
Sub-penhor: o credor dá o bem empenhado em penhor
Instrumento público ou particular com registro – 1432 e 127 da Lei 6015/73
Características:
Direito real – 1419
Proibição da cláusula comissória - 1434
Direito acessório – 1435, IV
Direito de retenção até pagamento total – 1433, II
Só se torna perfeito com a tradição (exceção aos penhores especiais)
O credor é depositário – 1435
Se o devedor alienar a coisa sem o consentimento do credor – 171, §2°, III CP (defraudação de penhor)
Direitos do credor pignoratício - 1433:
Posse
Retenção 
Ressarcimento de eventual prejuízo
Promover a excussão
Apropriar-se dos frutos
Venda antecipada mediante autorização judicial quando houver receio de perecimento, podendo o devedor substituí-la 
Deveres do credor pignoratício – 1435:
Ser depositário da coisa
Defesa da posse
Imputar o valor dos frutos às despesas de guarda e conservação
Restituir a coisa, quando paga a dívida com os respectivos frutos
Se houver excussão e sobrar dinheiro, devolver ao devedor
Espécies:
Convencional 
Legal
Comum 
Especial (legal, rural, industrial, títulos de crédito, veículos)
Extinção do penhor - 1436:
Extinção da obrigação com averbação - 1437
Perecendo a coisa
Renúncia do credor – renúncia presumida (§1°)
Confusão
Adjudicação 
Do penhor rural - 1438:
Bens móveis e imóveis por acessão física e intelectual
Agrícola – 1442 
Penhor pecuário – sobre semoventes sem direito à venda sem consentimento – 1445
O Registro de imóveis
Não ocorre a tradição da coisa
A cédula de crédito rural pignoratícia
Prazo: agrícola (3 anos) pecuário (4 anos) prorrogáveis por igual tempo – 1439
Pode haver cumulação de penhor rural e hipoteca sobre o imóvel, resolvendo-se pela prioridade – 1440
O credor tem direito de vistoriar os bens empenhados
Do penhor industrial e mercantil:
Conceito – máquinas, equipamentos, aparelhos, materiais, instrumentos, etc. 1447
Cartório de Registro de imóveis
Não pode alienar as coisas empenhadas sem o consentimento do credor, se vender deve haver sub-rogação - 1449
Cédula de crédito industrial ou mercantil pignoratícia
Do penhor de direitos e títulos de crédito:
Entrega dos títulos, salvo se tiver interesse em conservá-los, através do endosso pignoratício – 1452 e 1458
Notificação ao devedor do título para que pague ao credor pignoratício, sob pena de também indenizar solidariamente – 1453 e 1460
Direito de cobrar passa ao credor - 1455
Do penhor de veículos:
Registrado no cartório de títulos e documentos e anotação no certificado – 1462
Cédula de crédito pignoratício
Imprescindível o seguro - 1463
Prazo máximo de 2 anos, prorrogável por igual tempo – 1466
Do penhor legal:
Dos hospedeiros, fornecedores de pousada e alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias, ou dinheiro, com tabela impressa
Dono do prédio sobre os móveis do inquilino
Artistas e auxiliares cênicos sobre o material da empresa teatral – Lei 6533/78
Tomar refeições sem ter dinheiro – art. 176 do CP
Meio de defesa direta, dando ao devedor comprovante dos bens apossados - 1470
Requer homologação judicial – 1471 e 874CPC
Pode o locatário substituir o penhor pela caução - 1472
No REsp 1133111 / PR0 julgado em 06/10/2009, disse o STJ:
“DIREITO CIVIL. PENHOR. DANOS MORAIS E MATERIAIS. ROUBO/FURTO DE
JÓIAS EMPENHADAS. CONTRATO DE SEGURO. DIREITO DO CONSUMIDOR.
LIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR. CLÁUSULA ABUSIVA.
AUSÊNCIA DE INDÍCIO DE FRAUDE POR PARTE DA DEPOSITANTE.
I - O contrato de penhor traz embutido o de depósito do bem e, por
conseguinte, a obrigação acessória do credor pignoratício de
devolver esse bem após o pagamento do mútuo.
II - Nos termos do artigo 51, I, da Lei 8.078/90, são abusivas e,
portanto, nulas, as cláusulas que de alguma forma exonerem ou
atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios no fornecimento
do produto ou do serviço, mesmo que o consumidor as tenha pactuado
livre e conscientemente.
III - Inexistente o menor indício de alegação de fraude ou
abusividade de valores por parte da depositante, reconhece-se o
dever de ressarcimento integral pelos prejuízos morais e materiais
experimentados pela falha na prestação do serviço.
IV - Na hipótese dos autos, em que o credor pignoratício é um banco
e o bem ficou depositado em cofre desse mesmo banco, não é possível
admitir o furto ou o roubo como causas excludentes do dever de
indenizar. Há de se levar em conta a natureza específica da empresa
explorada pela instituição financeira, de modo a considerar esse
tipo de evento, como um fortuito interno, inerente à própria
atividade, incapaz de afastar, portanto, a responsabilidade do
depositário.Recurso Especial provido.”
 Anticrese
Conceito – 1506
Retira a posse do imóvel do devedor e dá ao credor o direito de retenção
Meio de execução direta pois permite ao credor recebe os frutos e imputa-os ao pagamento
Modalidades:
Extintiva ou satisfativa – quando os frutos servem para amortizar a dívida
Compensativa – quando os frutos são imputados apenas ao pagamento dos juros
É possível, apesar de inviável, hipotecar o imóvel dado em anticrese – 1506§2°
O credor pode administrar os bens, apresentando balanço – 1507
Se o devedor não concordar com o balanço pode pedir a transformação em arrendamento
O credor anticrético pode arrendar os bens
O credor responde pelas deteriorações que o imóvel vier a sofrer por culpa sua – 1508
O adquirente do imóvel dado em anticrese pode remir - 1510
Extinção da anticrese:
Findo o prazo do contrato
Liquidada a dívida com amortização do preço ou pagamento antecipado
Caducidade de 15 anos - 1423
 Hipoteca
Conceito e objeto (sempre alienáveis) – 1473
o direito de uso especial para fins de moradia; 
o direito real de uso; 
a propriedade superficiária. 
Linhas férreas - 1502
Navios – Lei 7652/88
Aviões – Lei 7565/88
A importância do registro – 1492 e seguintes
Incidência de mais de um ônus real sobre o mesmo imóvel – 1474
Proibição da cláusula comissória – 1475
Vencimento antecipado se o imóvel gravado for alienado – 1475 par. Ún.
O adquirente de imóvel hipotecado pode abandonar o imóvel, exonerando-se da hipoteca, após notificar o vendedor e os credores hipotecários concedendo-lhes a posse no prazo máximo de 24 horas após a citação – 1479
Cédula de crédito hipotecária – 1486
Hipoteca de dívida futura ou condicionada – 1487
Fracionamento da hipoteca caso o imóvel hipotecado venha a ser loteado ou erigido condomínio edilício – 1488
Características:
O devedor continua na posse do bem gravado
É indivisível – 1421
É acessório
É negócio solene, com registro imprescindível
Direito de preferência 
Direito de seqüela
Especialização
Publicidade
Espécies;
Convencional
Legal –1489
Judicial – 466 do CPC
Hipoteca legal:
Pessoas de direito público interno sobre os bens de seus encarregados
Filhos sobre imóveis dos pais de se divorciaram
Ao ofendido sobre os imóveis dos delinqüentes – 134 do CPP
Ao co-herdeiro sobre os imóveis do herdeiro reponente
Ao credor sobre o imóvel arrematado para garantia do pagamento do restante do preço
A hipoteca legal pode ser substituída por caução de títulos públicos – 1491
A dívida hipotecária habitacional:
A Lei 8004/90 instituiu a execução extrajudicial de crédito hipotecário habitacional de constitucionalidade duvidosa – arts.29 e segs. Do Decreto-lei 70/66
Pluralidade de hipotecas:
Várias hipotecassobre o mesmo bem – 1476 
A sub-hipoteca resolve-se com o Direito de Prioridade –1477 e 186 da Lei 6015/73
O devedor tem obrigação de alertar sobre a existência de hipotecas anteriores sob pena de cometer estelionato – 171 §2°, II CP
Direito de Remição:
A remição da hipoteca anterior pelo credor da segunda hipoteca, efetivando a sub-rogação – 1478
Pelo adquirente do imóvel – 1481
Pelo executado, cônjuge, descendentes e ascendentes – 1482
Pela massa falida – 1483
Procedimento – 266 a 276 da Lei 6015/73
Perempção:
Prazo de 30 anos sob pena de perempção, acarretando a extinção que só poderá renovar-se mediante novo instrumento – 1485
Extinção da hipoteca - 1499:
Extinção da obrigação principal
Perecimento da coisa
Resolução da propriedade
Renúncia expressa do credor
Remição
Arrematação ou adjudicação – 1501 
Cancelamento do registro - 1500
	Súmula 308 
(SÚMULA) 
	A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro,
anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda,
não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel.
	25/04/2005
	
No AgRg no Ag 1319516 / MG de 28/09/2010, disse o STJ: AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE USUCAPIÃO MODO
ORIGINÁRIO DE AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE. EXTINÇÃO DA HIPOTECA SOBRE O
BEM USUCAPIDO. SÚMULA 83 DESTA CORTE. REEXAME DO QUADRO PROBATÓRIO.
SÚMULA 7 DO STJ. DIVERGÊNCIA NÃO DEMONSTRADA. DECISÃO AGRAVADA
MANTIDA. IMPROVIMENTO.
I - Consumada a prescrição aquisitiva, a titularidade do imóvel é
concebida ao possuidor desde o início de sua posse, presentes os
efeitos ex tunc da sentença declaratória, não havendo de prevalecer
contra ele eventuais ônus constituídos pelo anterior proprietário.
II - A Agravante não trouxe qualquer argumento capaz de modificar a
conclusão alvitrada, a qual se mantém por seus próprios fundamentos.
Incidência da Súmula 7 desta Corte.
III - Agravo Regimental improvido.
No AgRg no Ag 1126623 / SP julgado em 16/09/2010, disse o STJ:
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPENHORABILIDADE DE BEM
DE FAMÍLIA. ART. 3º, V, da Lei 8.009/90. BEM DOS SÓCIOS DE EMPRESA.
HIPOTECA DE CONTRATO DA EMPRESA. BENEFICIÁRIOS PRÓPRIOS. NÃO
CONFIGURAÇÃO.
1. Acerca do art. 3º, V, da Lei 8.009/90, esta Corte tem entendido
que ele se aplica aos casos em que os devedores constituídores da
hipoteca deram o bem como garantia da própria dívida,
constituindo-se nos próprios beneficiários.
2. Não se pode presumir que o mútuo tenha sido concedido em
benefício da família.
3. Agravo regimental não improvido.
Alienação Fiduciária em Garantia/Propriedade Fiduciária
A fiducia cum amico e fiducia cum creditore
Propriedade resolúvel
Garantia de coisa móvel infungível – 1361
Registro no Cartório de Títulos e Documentos ou DETRAN - §1°
Desdobramento da posse (direta e indireta) - §2°
Transferência cogente após o pagamento do devedor - §3°
Conteúdo do contrato - 1362
Direito de usar do devedor fiduciário como depositário – 1363
Inadimplência do devedor: o credor tem que alienar – 1364
Proibição do pacto comissório – 1365
Se após a venda sobrar dinheiro, devolve-se ao devedor; se faltar, ajuíza-se a cobrança – 1364 e 1366
Aplica-se à propriedade fiduciária-1367: Somente o pagamento completo exonera a garantia (1421); antecipação do vencimento (1425); vencimento antecipado não incluem juros (1426); garantia prestada por terceiro, não é obrigado a reforçá-la (1427); Extinção do penhor (1436)
Sub-rogação de terceiro, adquire a propriedade fiduciária – 1368
A Alienação fiduciária em garantia – Decreto 911/69:
A financeira – credor fiduciário
O devedor-fiduciante
O constituto possessório
Sub-rogação – art. 6° do Dec. 911/69
Direitos do fiduciante: usar a coisa como depositário, purgar a mora caso tenha pago 40% do preço, receber o saldo após a venda pelo credor
Deveres do fiduciante: responder pelo remanescente da dívida, não dispor do bem alienado, entregar o bem em caso de inadimplemento sob pena de prisão civil (A súmula vinculante 25) 
Dever do credor fiduciário: financiamento do que se obrigou, não turbar a posse, efetuar a venda em caso de inadimplemento, 
Direitos do credor fiduciário: busca e apreensão
Procedimento:
A mora via notificação extra-judicial – art.2°; a liminar de busca e apreensão com conversão em depósito; a purgação da mora (40%); Sentença apenas no efeito devolutivo; venda extra-judicial.
Alienação fiduciária no Sistema Financeiro Imobiliário – Lei 9514/97
 Direito Real de Aquisição
 Compromisso ou Promessa irretratável de compra e Venda
Conceito – 1417
Contrato preliminar ou pré-contrato (pactum de contrahendo)
Sem cláusula de arrependimento (irrevogabilidade e irretratabilidade)
Instrumento público ou particular
Levar à registro
Direito Real
Adquire a posse, mas não a propriedade imediata
Adquire o direito de impedir a alienação a terceiros
Adquire o direito a outorga da escritura
Adquire o direito de ajuizar a adjudicação compulsória 
O STJ permite a adjudicação compulsória mesmo sem registro
A Rescisão contratual por inadimplência cumulada com reintegração de posse pelo alienante, antecedida de notificação (art. 32 da Lei 6766/70 ou Dec. 745/69)
Decreto-lei 58/37 aplica-se aos loteamentos rurais
Lei 6766/79 aplica-se aos loteamentos urbanos
Decreto-lei 745/69 aplica-se a imóveis não loteados
 
No EDcl no AgRg no Ag 1075630 / RJ julgado em 26/10/2010, disse o SJT:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. OCORRÊNCIA.
EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE
IMÓVEL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO POSSUIDOR (PROMITENTE COMPRADOR) E
DO PROPRIETÁRIO (PROMITENTE VENDEDOR). INVERSÃO DOS ÔNUS
SUCUMBENCIAIS. DESCABIMENTO.
1. Versam os autos sobre embargos à execução fiscal opostos pela
empresa ora embargada alegando, dentre outras questões, a sua
ilegitimidade ad causam para figurar no pólo passivo da demanda,
pois não ostenta mais a qualidade de contribuinte, mas de
promitente-vendedora.
2. Nesta via especial, discutiu-se, tão-somente, sobre a
legitimidade da empresa ora embargada, culminando no entendimento de
que "tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do
imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a
propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes
responsáveis pelo pagamento do IPTU".
3. Diante desse contexto, é descabido imputar a sucumbência ao
embargado, uma vez que os embargos à execução fiscal devem retornar
à origem para apreciação das demais questões.
4. Embargos de declaração acolhidos para integrar o julgado e
determinar o retorno dos autos à origem para julgamento dos embargos
à execução fiscal.
No AgRg no REsp 573801 / SP julgado em 19/10/2010, disse o STJ:
 PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 83/STJ.
INAPLICABILIDADE. DESPESAS CONDOMINIAIS. PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
AÇÃO DE COBRANÇA. LEGITIMIDADE PASSIVA. COMPROMISSÁRIO COMPRADOR.
CONHECIMENTO DO CONDOMÍNIO. REGISTRO DO CONTRATO. PRESCINDÍVEL.
1 - Verificada a inaplicabilidade da Súmula 83/STJ à hipótese, deve
ser reconsiderada a decisão anterior.
2 - Conforme jurisprudência sedimentada da Segunda Seção, a ausência
do registro do contrato de promessa de compra e venda não
descaracteriza a responsabilidade do compromissário comprador pelas
despesas de condomínio quando é de conhecimento deste o nome do
titular das referidas quotas.
3. Precedentes específicos do STJ.
4. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO.
No REsp 656457 / DF julgado em 07/10/2010, disse o STJ:
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. INADIMPLEMENTO
DA CONSTRUTORA. SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADOA RESCINDIR A
PROMESSA CONDENANDO O PROMITENTE A DEVOLVER AS PARCELAS PAGAS.
SUBSTITUIÇÃO, NA EXECUÇÃO, DO POLO PASSIVO. INCLUSÃO DO PROPRIETÁRIO
DO TERRENO. IMPOSSIBILIDADE.
1. Não é possível, em execução de título judicial, alterar o pólo
passivo da demanda para incluir o proprietário do terreno objeto de
incorporação, terceiro estranho ao processo de conhecimento onde foi
resolvida a rescisão de contrato de unidade imobiliária, com
incidência de perdas e danos.
2. A obrigação eventualmente atribuída ao proprietário do terreno
possui outra fonte jurídica, que não o título exequendo. A
responsabilidade do proprietário do imóvel entregue a empreendimento
imobiliário - em caso de rescisão contratual -, frente aos
promitentes compradores das unidades habitacionais, não guarda
relação com os contratos firmados entre estes e a construtora.
Decorre, isto sim, da massa imobiliária incorporada ao terreno (art.
42, § 2º, da Lei n.º 4.591/64), tudo com o escopo de evitar-se
enriquecimento sem causa, já que, antes, entregara à construtora
imóvel não-construído e não pode, depois de rescindido o contrato de
permuta, recebê-lo com benfeitorias e por elas nada pagar.
3. Recurso improvido.
Prof. Elcio Nacur Rezende

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