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Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Testes Específicos – Ombro Instabilidade Glenoumeral Anterior – Teste de carga e deslocamento anterior Posição de teste: O paciente se posiciona em decúbito dorsal com a articulação glenoumeral próxima à borda da mesa de exame. O examinador fica de pé próximo ao ombro afetado, colocando uma das mãos ao redor do úmero abaixo do colo cirúrgico. Com a outra mão, estabiliza a escápula apoiando a espinha da escápula com os dedos e o processo coracóide com o polegar Ação: O paciente deve permanecer relaxado enquanto o examinador abduz passivamente a articulação glenoumeral 70 a 80 graus, flexiona O a 10 graus, e roda lateralmente de O a 10 graus. Enquanto estabiliza a escápula, o examinador firmemente faz a cabeça do úmero deslizar em direção anterior pela aplicação de tração suave sobre a articulação glenoumeral. Achados positivos: Translação umeral anterior aumentada em relação à escápula/cavidade glenóide pode ser indicativa de instabilidade anterior. O paciente pode exibir apreensão se o teste for positivo. Deve-se realizar uma comparação bilateral para avaliação mais acurada. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Instabilidade Glenoumeral posterior – Teste de carga e deslocamento posterior Posição de teste: O paciente fica em decúbito dorsal. Examinador se posiciona próximo ao ombro afetado, segura o braço do paciente na altura do cotovelo, passivamente abduz o ombro a 90 graus, e flexiona o ombro horizontalmente 20 a 30 graus. O cotovelo do paciente é flexionado em posição confortável. O examinador estabiliza a escápula colocando a mão por trás do ombro e com o dedo polegar sobre o processo coracóide. Ação: Enquanto estabiliza a escápula, o examinador aplica pressão, empurrando a cabeça do úmero para trás. O examinador observa se ocorre qualquer movimento posterior da cabeça do úmero Achados positivos: Instabilidade posterior aumentada da cabeça do úmero em relação à escápula/cavidade glenóide pode ser indicativa de instabilidade posterior. O paciente pode apresentar apreensão se o teste for positivo. Considerações/Comentários especiais: Deve-se realizar uma comparação bilateral para melhor avaliação. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Instabilidade Glenoumeral inferior – Sinal de Sulco Posição de teste: o paciente fica sentado com antebraços e mãos relaxados. O examinador fica de pé com a mão proximal segurando a escápula do paciente (por cima) e a mão distal segura o cotovelo do paciente do lado afetado Ação: Com a escápula estabilizada, o examinador aplica uma força em direção inferior (tração) com sua mão distal Achados positivos: Translação inferior excessiva da cabeça do úmero com formação visível e/ou palpável de um "sulco" imediatamente abaixo do acrômio (lateralmente) é indicativa de instabilidade inferior Considerações/Comentários especiais: Um sinal de sulco positivo em repouso pode indicar alongamento capsular excessivo. Também pode ser acompanhado de um alongamento de estruturas neuronais do plexo braquial. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Teste para impacto – Impacto de Neer Posição de teste: Paciente sentado ou de pé com ambos os membros superiores relaxados. O examinador fica de pé com uma das mãos sobre a escápula (por trás) e a outra segurando o cotovelo do paciente (pela frente). Ação: Com a escápula do paciente estabilizada, o examinador passivamente realiza flexão máxima do ombro afetado Achados positivos: Dor no ombro e apreensão são indicativos de impacto no ombro, particularmente do supra-espinoso e da cabeça longa do bíceps braquial. Considerações/Comentários especiais: Um teste falso positivo pode ser provocado se o paciente apresentar limitação na flexão do ombro de modo que o impacto não seja o fator de limitação. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Teste de Yergason Posição de teste: O paciente senta-se com o cotovelo flexionado 90 graus e estabilizado junto ao tronco. O antebraço fica em pronação. O examinador apoia uma das mãos sobre o antebraço do paciente e a outra sobre a porção proximal do úmero do paciente próximo ao sulco intertubercular. Ação: O examinador aplica resistência contra o movimento ativo do paciente para supinação do antebraço e rotação lateral do úmero. Achados positivos: A dor relatada na região do sulco intertubercular é um achado positivo que pode indicar tendinite do bíceps braquial. Considerações/Comentários especiais: Este é um teste difícil de ser realizado. O examinador pode ser mais acurado para diagnosticar tendinite bicipital simplesmente palpando o tendão da cabeça longa do bíceps braquial no sulco intertúbercular. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Teste de Job Posição de teste: O paciente fica de pé com ambos os ombros abduzidos 90 graus, aduzidos horizontalmente 30 graus e rotados medialmente de modo que os polegares do paciente apontem para baixo Ação: O examinador aplica resistência contra o movimento ativo do paciente para elevar os ombros. Achados positivos: Deve-se suspeitar de comprometimento do músculo supra-espinoso e/ou de seu tendão em caso de fraqueza e/ou relato de dor. Considerações/Comentários especiais: Fraqueza do músculo supra-espinoso pode ser resultado de comprometimento nervoso. A dor relatada pode ser indicativo de tendinite e/ou impacto.
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