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A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
 
PÓS-GRADUÇÃO “LATO SENSU” 
 
 FACULDADE INTEGRADA AVM 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM 
ESCOLAR 
 
 
 
Por: Pedro Luiz de França 
 
 
 
Orientadora 
 
Profª. Marta Relvas 
 
 
Rio de Janeiro 
2011 
 2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
 
PÓS-GRADUÇÃO “LATO SENSU” 
 
FACULDADE INTEGRADA AVM 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM 
ESCOLAR 
 
 
 
 
 
Apresentação de Monografia à Universidade 
Cândido Mendes como requisito parcial para 
obtenção do grau de Especialista em Neurociência 
Pedagógica. 
Por: Pedro Luiz de França 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...Agradeço primeiramente à Deus e aos meus 
professores que me incentivaram para realizar 
esse sonho. Fortalecendo assim, a minha vida 
acadêmica, para continuar me especializando 
em prol da educação... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho de monografia a minha 
esposa Sílvia Cristina de Almeida de França, 
aos familiares, amigos (as) que contribuíram 
para minha formação. A todos, muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5
RESUMO 
 
 Este trabalho tem como objetivo, mostrar uma nova visão de como a 
aprendizagem pode ser mais prazerosa e eficiente na educação quando se tem 
um conhecimento da neurociência pedagógica. Além disso, pode despertar um 
olhar mais crítico acerca das dificuldades, e, observar por que o aluno não 
consegue desenvolver suas atividades. 
 Abordar uma breve história da Neurociência, fisiologistas, filósofos e 
pessoas ligadas à educação que usaram a fisiologia como base de estudo. 
Observar os alunos das escolas públicas, transtornos, comportamento dos 
estudantes, e ter uma avaliação mais criteriosa no tocante ao fracasso do 
aluno. 
 Mostrar as divisões cerebrais e de como o cérebro se organiza para 
mapear o conjunto de informações que se alojam dentro do encéfalo. 
Procurando, assim, respostas nas suas dificuldades e estabelecendo um 
parâmetro para o resultado mais positivo. 
 Desvendar alguns segredos da linguagem corporal, e como se podem 
identificar alguns sinais característicos que fomenta o aprendizado e 
conhecimento do estudante através dos seus movimentos em sala de aula. 
Pensar na educação com um meio de estímulo cerebral e organização do 
pensamento para que se possa buscar uma formação mais apropriada e 
relevante e tratar do estímulo do cérebro. Para aqueles que queiram se 
aprofundar nesse campo, há bibliografia recomendadas ao final do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
METODOLOGIA 
 
 A compreensão deste trabalho é através da leitura e das teorias de 
autores que com vários estudos e descobertas, trouxeram à luz da ciência, 
muitos conhecimentos. E foi utilizado como fontes: livros, imagens, Internet, 
revistas de autores como: Marta Relvas, José Salomão Schwartzman, Jean 
Piaget, Paulo Freire, Lev S. Vygostsky, Henry Wallon e Lou de Olivier, 
Lawrence C. Katz, Allan & Bárbara Pease, John J. Ratey, Maria Lúcia de 
Arruda Aranha, revistas veja e Galileu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 08 
 
CAPÍTULO I 
 
Breve História da Neurociência 10 
 
1.1 Lobos 14 
 
1.2 Os Hemisférios e as Teorias Educacionais 16 
 
1.3 Aprendizagem e a Neurociência 20 
 
CAPÍTULO II 
 
Dificuldades na Aprendizagem 23 
 
2.1 A memória 27 
 
2.2 A Linguagem Corporal 29 
 
2.3 Estimulando o Cérebro 31 
 
CONCLUSÃO 34 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36 
 
ÍNDICE 37 
 
AVALIAÇÃO 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
INTRODUÇÃO 
 
 Cada pessoa adquire experiência ao longo de sua vida. E em cada 
profissão, coloca-se em prática o conhecimento com o intuito de melhorar a 
cada dia. Mas com o tempo, se descobre que existe uma nova busca. Aprende-
se todos os dias. E algumas descobertas dependem de nós mesmos e outras, 
dependem dos outros. Na educação, por exemplo, buscam-se alternativas para 
ensinar cada vez melhor. 
 Um dos grandes ícones da educação Paulo Freire1, postulou em um dos 
seus trabalhos “Pedagogia da Autonomia”, em que o professor deixou de ser o 
centro das atenções e passou a ser um mediador, entre o saber; e o aluno. 
Mostrando que o educando já traz em sua bagagem um conhecimento prévio. 
Isso fez com que se repensasse a educação como meio a educar, e não, como 
um fim. 
A busca pelo ensinamento é antiga e sempre exigiu do professor, 
instrutor ou mestre numa perspectiva ampla para levar o aluno a um novo 
horizonte da cognição. Com o advento da tecnologia, muitos caminhos se 
abriram ao encontro de algumas respostas que estavam em tese ou mesmo, 
nas teorias. É claro que não se pode esquecer dos filósofos, teóricos, 
estudiosos da educação, que muitos contribuíram para buscar uma solução 
educacional em todo o mundo. 
 Essa evolução chegou à base fisiológica, culminando principalmente no 
SNC2. Trazendo novas propostas para a educação e fortalecendo uma teoria 
de que o cérebro é o grande responsável pela retenção do ensino e 
aprendizagem, isto é, todas as informações aprendidas no meio em que se 
vive, acontecem no encéfalo. 
 E com base científica, foram descobertas algumas dificuldades e 
transtornos que desencadeiam a falta de atenção e comorbidades que atingem 
as pessoas na hora do aprendizado. Mas segundo José Salomão Schwartzman 
“Vivendo em um mundo repleto dos mais variados estímulos, necessita-se o 
 
1 Destacou-se na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência 
política. 
2 SNC: Sistema Nervoso Central 
 9
tempo todo de algum mecanismo que lhe permita selecionar, de alguma forma, 
alguns dentre esses diversos estímulos, para que possa exercer qualquer 
atividade mental de forma organizada”. Espero que esse trabalho seja tão 
importante para o leitor como foi para mim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
CAPÍTULO I 
BREVE HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIA 
 
 A neurociência é uma ciência que estuda o Sistema Nervoso Central. 
Está relacionada diretamente com o comportamento, aprendizagem/processo 
cognitivo e a regulação orgânica do ser humano. 
 Na antiguidade, Acreditava-se que o coração era o centro da parte 
espiritual e que continha a memória. Segundo estudos realizados, a palavra 
neurociências surgiu nos anos 70. Os pesquisadores buscavam investigar e 
estudar cientificamente o encéfalo isoladamente. Mas se sabe que o cérebro 
está ligado holístico e intrinsecamente a uma rede de neurônios. 
“Segundo o psicólogo Luiz César Vicinança a 
respeito do cérebro, estudos apontavam para 
conclusões corretas, mas baseavam-se em 
raciocínios equivocados. Em 130 D.C., Galeno 
acreditava que o cérebro tinha duas partes: a 
da frente, mais macia, que administrava as 
emoções e sensações; e a de traz, o cerebelo, 
de consistência mais firme que comandava os 
músculos. Hoje se sabe que o cerebelo esta 
ligado ao equilíbrio, a coordenação de 
movimento e não é mais rígido porque mexe 
com o músculos”.http://www.pieron.com.br/index.php?id=145 
 Muitos cientistas se dedicaram em buscar resposta científica nesse 
órgão de 1,5 kg de massa cinzenta e branca. Dentre os pensadores da 
comunidade cientifica estão Michael S. Gazzaniga e George A. Miller, este 
último, considerado um grande fisiologista. 
Paul Broca e Karl Wernicke conseguiram estabelecer algumas áreas 
cerebrais que estão ligados à expressão da linguagem e fala respectivamente. 
Com o estudo, descobriu-se que estão localizadas no lado esquerdo do 
cérebro e que fazem conexões na hora da compreensão da comunicação. 
 11
 A neurociência só foi ganhar destaque nos anos 90, com o 
desenvolvimento da tecnologia, surgiram equipamentos que pudessem mapear 
o cérebro com mais precisão, entre eles: a tomográfica computadorizada, 
ressonância magnética entre outros. Como este avanço tecnológico, muitas 
descobertas foram alcançadas e principalmente, algumas funções pré-definidas 
do cérebro humano. No mundo moderno, a neurociência tem um papel 
relevante e de investigador do comportamento humano. Professores, pais e 
educadores de um modo geral, deveriam ter o mínimo de conhecimento das 
funções cerebrais, ou direcionamento específico, por profissionais 
especializados, somente assim, poderíamos identificar mais cedo, o que 
realmente acontece na cabeça, literalmente falando, do ser humano. 
 Sabe-se que está muito longe de descobrir um caminho para as 
soluções do cérebro humano. Existem muitos mistérios e uma grande 
complexidade nesse órgão. Precisa-se avançar, pesquisar e caminhar em 
detrimento das soluções dessa ciência que trata do desenvolvimento físico, 
químico e fisiológico do sistema nervoso central (SNC). 
 
 
 
 
Fonte:http://enerdes.blogspot.com/2010/11/sistema-limbico.html 
 12
Abaixo estão relacionadas algumas Regiões do cérebro 
 
§ Amígdala – Qualquer lesão nas Amígdala faz com que o ser 
humano perca sua capacidade do perigo e fica extremamente 
dócil as situações mais adversas; 
 
§ Hipocampo – responsável pela memória de longa duração; 
 
§ Tálamo – Sistema de reorganização dos estímulos; 
 
§ Hipotálamo – Tem com função, ativador das atividades 
autônomas; 
 
§ Giro Cingulado – Ligam os dois hemisférios cerebrais, 
responsáveis pelas emoções à dor e pela regulação dos 
comportamentos agressivos; 
 
§ Tronco Cerebral – Uma das principais funções e o ciclo vigília-
sono; 
 
§ Área Segmental Ventral – Está relacionada com área do 
prazer; 
 
§ Septo – Áreas relacionadas aos instintos sexuais: orgasmo; 
 
§ Área do Pré-frontal – Área das decisões e domínio 
afetivo/emocional. 
 
 
 
 
 
 13
Um quadro das Regiões Corticais e suas funções 
 
 Área cortical Funções 
 
Córtex Motor Primário 
 
Comportamento Motor 
 
Córtex Sensitivo Primário 
 
Informações Sensitivas do Corpo 
 
Córtex Visual Primário 
 
Estímulos Visuais 
 
Córtex Auditivo Primário 
 
Estímulos Auditivos 
 
Córtex de associação motora 
(área pré-motora) 
 
 
Movimentos Complexos 
 
 
Fala 
 
Fala Articulada 
 
Córtex de Associação Somestésica 
 
Esquema Corporal 
 
Área Visual 
 
Visão Complexa 
 
Área Auditiva 
 
Audição Complexa 
 
Área de Vernicke 
 
Compreensão da Fala 
 
Área Pré-frontal 
 
Emoção, Julgamento e 
Compreensão 
 
Área Parietal e Temporal 
 
 Percepção Espacial 
 
Fonte: Neurociência e transtornos de aprendizagem, Marta Pires Relvas – pag 37-38 
 
 14
1.1 Lobos 
 
Cada hemisfério há quatro lóbulos cerebrais: frontal, occipital, parietal e 
temporal. Em cada lóbulo, tem sua função. Abaixo relacionaremos os tipos de 
lóbulos localizados no encéfalo e suas funções definidas. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.auladeanatomia.com/neurologia/telencefalo.htm 
 
 
 
 
 
 15
Lobo Frontal 
 
 O lobo frontal está ligado à área do comportamento humano. É nessa 
área, que o ser humano consegue fazer seus julgamentos, elaboração de 
questões e intenções. Qualquer alteração nessa área pode ocasionar uma 
perda de concentração, dificuldade de atenção, motivação, perda do 
autocontrole etc. 
 
Lobo Occipital 
 
 O lobo occipital fica na parte posterior do cérebro, acima do parietal. Ele 
é responsável pela visão, espaçamento, pode detectar o movimento e 
reconhecimento de cores. Além de das emoções, imagens e ruídos. 
 
Lobo Parietal 
 O lobo parietal está associado a temperatura do corpo, a dor, o tato, 
recepção de sensações. Está localizados na parte superior do cérebro. Essa 
área recebe estímulos do meio ambiente onde são mais sensíveis. Algumas 
partes do corpo como os labios, a lingua e a garganta proporcionam um grande 
número de estímulos, com isso, essa área é maior. 
Lobo Temporal 
 Os lobos temporais estão localizados na zona por cima das orelhas 
tendo como principal função processar os estímulos auditivos. Os sons 
produzem-se quando a área auditiva primária é estimulada. Tal como nos lobos 
occipitais, é uma área de associação - área auditiva secundária - que recebe os 
dados e que, em interação com outras zonas do cérebro, lhes atribui um 
significado permitindo ao homem reconhecer o que ouve. 
 
 
 16
1.2 Os Hemisférios e as Teorias Educacionais 
 
 Segundo pesquisa, o cérebro humano é dividido em dois hemisférios: o 
esquerdo e o direto. O esquerdo controla o lado direito e o direito controla o 
lado esquerdo. Na maioria das pessoas, o lado esquerdo é o dominante. 
Assim, pessoas que usam o lado esquerdo do cérebro são aqueles que têm o 
raciocínio lógico e uma habilidade na comunicação. Enquanto que o lado direito 
do cérebro é responsável pela criatividade, percepção. 
 Não se pode dizer que um lado do cérebro é mais importante que o 
outro. Eles trabalham integrados para que possa ter uma real sintonia nos 
comandos tanto cognitivo quanto motor. De acordo com a figura abaixo, cada 
parte do cérebro tem uma função definida para o funcionamento perfeito de 
suas capacidades. 
 Seria fundamental se todos os educadores soubessem reconhecer qual 
a parte do hemisfério cerebral estimular e direcionar sua atividade para que 
tenham melhor rendimento com seus alunos. Isso mostra que é relevante o 
conhecimento da neurociência pedagógica e viabilizaria uma avaliação mais 
precisa em relação ao ensino/aprendizagem. 
 
Fonte: http://pnl-portugal.blogspot/ 1 de agosto de 2011 
 17
Falar da perspectiva de diversas teorias educativas e de teóricos que 
são ensinados no ambiente escolar e buscar compreender o comportamento 
da natureza humana. Como isso, o interesse pelo diálogo com a ciência, 
representou um avanço significativo nas pesquisas realizadas na educação. 
Para Lev S. Vygostsky, as concepções do funcionamento do cérebro humano 
são desenvolvidas ao longo de sua vida dentro da sociedade. Ele rejeita a 
ideia de que as funções mentais são fixas e imutáveis. Para o teórico, há uma 
grande plasticidade cerebral ao desenvolvimento individual. 
Jean Piaget, um dos ícones da educação, postulou em seu livro sobre 
uma de suas teorias sobre a inteligência. 
“A inteligência humana somente se desenvolve 
no indivíduo em função de interações sociais 
que são, em geral, demasiadamente 
negligenciadas.” 
Com todas essas teorias em discussão, testes foram realizados. Entre 
os pioneiros dessa etapa, destacamos o psicólogo Alfred Binet, a finalidade do 
teste era diagnosticar crianças com retardo mental e crianças consideradas 
normais. Mas foi em 1983 que Howard Gardner desenvolveu um conceito para 
a inteligência.Mas o que é inteligência? Inteligência pode ser determinada como a 
capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, desenvolver 
ideias, compreender ideias e linguagens e aprender. Para outros, inteligência é 
a capacidade de sobrevivência. Há autores que definem a inteligência com 
habilidade de controlar seus sentimentos. Pois quando você controla a ira, você 
deixa de ter atitudes incoerente com a sua personalidade. 
Não se pode também esquecer que a memória e o raciocínio podem ser 
bem treinados para um bom desempenho escolar. Segundo pesquisa de 
Neurociências foi criado programas para promover ganhos de memória, 
concentração e agilidade mental. 
 Exercícios práticos para funções específicas e bem definidas, traduzem 
em ganhos significativos para o desempenho do aluno. Precisa-se tirar o 
cérebro da zona de conforto. Compreender as habilidades desenvolvidas e não 
 18
desenvolvidas pelo cérebro. Ser mais competitivos, produtivos e criativos. 
Lembrar de conteúdos para fazer atividades que requeiram essas 
necessidades. 
 Em razão disso, Gardner atribuia que crianças que aprendiam 
matemática ou outra disciplina não era mais inteligente que outra. Em 
contrapartida, esse mesma criança teria mais dificuldade em outras áreas. Em 
outras palavras, pode saber em que habilidades uma pessoa é melhor para ter 
um alto desenvolvimento. 
 
Eis as Habilidades Múltiplas segundo Howard Gardner: 
Lógico-matemática 
§ Capacidade de resolver problemas matemáticos e raciocínio dedutivo. 
Os cientistas e filósofos como Albert Einstein têm essa capacidade 
matemática. 
Linguística 
§ Têm habilidades de comunicação e domínio pelos idiomas. Cantores, 
poetas, escritores e linguistas, como Noam Chomsky, têm essa 
característica. 
Musical 
§ Ter um bom ouvido, compor música com facilidade, aprender com sons 
são caraceterísticas de habilidades musicais. É predominante em 
compositores, maestros, músicos. Podemos destacar com essa 
habilidade: Mozart. 
Espacial 
§ Percepção, compreensão do mundo visual com precisão, atravez de 
distancia são caracteristicas de uma habilidade espacial. Os arquitetos, 
 19
artistas, escultores e até jogadores de xadrez, com destaque, Garry 
Kasparov, possuem essa habilidade. 
Corporal-cinestésica 
§ Capacidade de se movimentar com facilidade, praticar dança ou 
esportes, controlar certos movimentos predominam essa habilidade do 
cisnestésico-corporal. Podemos destacar com essa habilidade o jogador 
Romário. 
Intrapessoal 
§ Pessoas mais comeditas consigo mesmas. Com um bom grau de 
concentraçao e capacidade de se conhecer. Sigmund Freud e um 
desses exemplo. 
Interpessoal 
§ Compreender as intenções, motivações e desejoas dos outros são 
encontrados nessa habilidade. Encontra-se mais em políticos, religiosos, 
professores, como Pedro Luiz. 
Naturalista 
§ São pessoas que têm afinidades com a natureza. Reconhece e 
classificam plantas, animais , minerais e conhecem uma variedade de 
fauna, flora, componentes no meio ambiente. Um dos grandes nomes 
que têm esse tipo de intelegência é Charles Darwin. 
Existencial 
§ São pessoas reflexivas que têm como características fundamentais, a 
questão da existencialidade. São pensadores filosóficos e grandes 
lideres espirituais, por exemplo, Dalai Lama. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncias_m%C3%BAltiplas 
 20
1.3 Aprendizagem e a Neurociência 
 
Pesquisa realizada na escola pública do CIEP 354 Martins Pena, ensino 
médio, procura-se saber qual a causa do baixo-rendimento dos estudantes. Os 
alunos passam todos os anos pelo sistema educacional e poucos conseguem 
se formar com um rendimento satisfatório. Eles são obrigados a irem à escola, 
devido aos gênios que dirigem o sistema educacional. 
Estudantes entram nas escolas no ensino fundamental todos os anos e 
muitos não conseguem chegar ao ensino médio. No entanto, aqueles que 
conseguem concluir, não têm base suficiente para disputar um vestibular nas 
universidades públicas. 
 Embora o sistema educacional tenha uma política de inclusão e um 
sistema de regras definidas para o ano letivo, o sistema público de ensino não 
seleciona os alunos, apenas fazendo parte da estatística do sistema 
educacional. 
Muitos chegam com algum transtorno como: a falta de atenção, por 
exemplo, inclusive, sendo acrescentado pela falta de estímulo prático e essa 
dificuldade, reflete em sala de aula, ou melhor, o professor fica impossibilitado 
de avançar nas disciplinas básicas, mesmo sabendo que o individuo agrega 
conhecimento prévio, o professor sem conhecimento dos estímulos neurais, 
acaba não desenvolvendo uma aula com consistência. 
Alguns jovens e adolescentes vão à escola apenas com o intuito de se 
formar e pegar um diploma. Muitos outros procuram os cursos porque seus 
pais obrigam a estudar, com isso, a formação fica realmente abalada e 
prejudicada. Mas sem a consciência de que o mais importante não é a 
formação, mas sim; a transformação. O individuo deixa de incorporar a sua 
cultura, relevantes momentos que se perderão com o tempo, pois nada foi 
contextualizado, ou estimulado. 
E a cada ano que passa, são criadas no sistema educacional, novas 
competências, regras, conceitos para mascarar fracasso em detrimento a 
várias questões políticas e econômicas. Segundo pesquisas, muitos alunos não 
sabem interpretar e são denominados como analfabetos funcionais. 
 21
Em função disso, experiências mostram que muitos dos alunos, não 
prestam atenção no que é dito em sala de aula. Às vezes, ficam usando o 
celular, conversando com o colega, distraindo-se com jornais e revistas. Isso 
faz com que sua atenção fique comprometida. Deixando de lado, coisa 
relevante que pode contribuir para o desenvolvimento dele próprio, e do grupo 
possivelmente. 
O próprio governo nos últimos anos vem amargando resultados 
negativos na educação. Em muitas pesquisas, estamos aquém de países que 
estão abaixo da linha da pobreza. Já se sabe que a maioria dos países que 
conseguiu ascensão mundial, investiu maciçamente em educação, qualificação 
do professor, escolas equipadas com computadores, psicólogos, 
fonoaudiólogo, psicopedagogo, pois; são exemplos de uma educação de 
qualidade. 
E como esse aluno aprende? Na escola, o cérebro do aluno é 
condicionado muitas vezes a aprender numa postura passiva. O professor fala, 
o aluno escuta, depois faz uma avaliação. O aluno não faz análise crítica e 
comparativa dos conteúdos ensinados. Isso mostra que alguma coisa precisa 
ser revista. 
A partir do conhecimento científico da Neurociência, muitos caminhos se 
abriram, o cérebro humano pôde ser visto como uma ferramenta dentro do 
espaço escolar. O estímulo em algumas áreas do cérebro vem contribuindo 
para uma nova tendência cognitiva que proporciona um resultado positivo no 
decorre de sua aprendizagem. Um desses caminhos são os 
Neurotransmissores que são elementos que estimulados com conhecimento e 
funcionalidade, dando com exemplo, a acetilcolina que influencia a atenção por 
meio do SRAA3 e pode participar com a memória e afetividade. É claro que 
muitos neurotransmissores podem atingir, mesmo que indiretamente, a 
atenção: endorfinas, serotonina e ácido gama-amino-butírico. 
Então quando se alia a função pedagógica com a neurociência, 
constroem-se uma estrutura de pensamento que pode culminar com uma nova 
perspectiva de aprendizagem. Esse resultado predominantemente orientado e 
 
3 SRAA: Sistema Ativador Reticular Ascendente. 
 22
bem estimulado pelo professor, vai ao encontro de uma citação segundo aprofessora de neurociência da AVM Faculdade Integrada – Universidade 
Candido Mendes, Marta Relvas. 
 
“Não existe ninguém burro, apenas; mal estimuladas.” (Marta 
Relvas, 2009). 
 
Então, conceitua-se que o cérebro está sempre aprendendo, essa 
aprendizagem está ligada a várias conexões que são realizadas em função do 
meio ambiente em que vivemos. Pode ser uma questão genética ou empírica. 
Portanto, podemos dizer que aprender é nada mais do que a Plasticidade 
Cerebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23
CAPÍTULO II 
DIFICULDADE NA APRENDIZAGEM 
 
 Sabe-se que o espaço nas escolas públicas não é tão atrativo para o 
aluno e que ele precisa ser estimulado acerca do que aprende. Deveria ser 
prazeroso e ser um ambiente confortável. Muitos deles somente vão à escola, 
devido a sua certificação. Como isso, dificulta e muito, o trabalho do educador. 
Alguns educando apresentam grandes dificuldades de aprendizagem. Muitos 
com transtornos. 
Falta de concentração, déficit de atenção, leitura descoordenada são 
comportamento inaceitável no espaço escolar e são características visíveis 
dessas dificuldades. Segundo a professora de Neurociências Marta Relvas 
 
“É o nosso grande desafio como educador 
conhecer o cérebro de nossos aprendizes, e 
tão logo o funcionamento, pois cada um tem as 
suas próprias características.” 
 
Em decorrência dessas dificuldades, algumas comorbidades serão 
mostradas abaixo e definidas para cada tópico: 
 
Déficit de atenção 
§ Podemos caracterizar que o transtorno do déficit de Atenção é uma 
anomalia do cérebro que não funciona adequadamente. Pois 
recebem interferências de impulsos rápidos e está atribuído a: 
desatenção, hiperatividade e impulsividades. 
 
O autismo 
§ O autismo é uma anomalia geral do desenvolvimento do individuo e 
atinge diretamente a habilidade de comunicacão, de viver em 
sociedade, afeta o lado comportamental que está no meio ambiente. 
 24
Cientificaemente, essa sindrome e chamado de transtorno global do 
desenvolvimento. 
 
Epilepsia 
§ Esse distúrbio é um descontrole cerebral que é impulsionado pela 
atividades elétricas. Ela pode ser temporaria e revesível. Expressa-
se como neurovegetativa ou psíquica, motora, sensitiva e sensoriais. 
 
Síndrome de Down 
§ Trissomia do cromossoma 21 ou mais conhecido como Sindrome de 
Down. É uma anomalia genética causada pela má divisão do 
cromossomo 21, extra, parcial ou totalmente. 
 
Hiperatividade 
§ Falam em demasia, não conseguem acabar aquilo que começam. Na 
escola, frequentemente deixa a cadeira em sala de aula, não 
consegem brincar nem se envolver em atividades que precisa de 
atenção. 
 
“A imagem do lado esquerdo mostra um cérebro 
sem hiperatividade. Ao lado direto, mostra um 
cérebro com hiperatividade. Comorbidade com 
outros transtornos.” 
 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Adhdbrain.gif) 
 
 25
Dislexia 
§ Uma grande dificuldade na leitura, troca algumas letras, 
principalmente o “b” para “d”. Uma deficiência também na 
gramaticalidade e escrita. Geralmente, são hereditários, vindo dos 
pais para os filhos. 
 
Fora o fato do senso comum da realidade do aluno, às vezes, depara-se 
com problemas que não é tão fácil de identificar. Contudo, não se conhece bem 
o aluno para pode identificar as dificuldade deles. Esses problemas não estão 
apenas ligados ao biológico, mas pode ser uma alteração sócio-econômica, 
ambiental, pessoal ou até mesmo, emocional. 
Compreender esses transtornos e identificar suas causas porque esse 
educando não aprende, é reverter o processo do fracasso desse aluno e 
restabelecer uma autoestima e superação para que ele possa ser inserido na 
espaço da escola. 
Um desses transtornos é a compreensão de textos e dificuldade de 
expressão. Uma dificuldade que deveria ser avaliada no início da fase escolar: 
Na Alfabetização. 
No contexto das instituições educacionais pode-se dizer que não há 
profissionais capazes de avaliar o desempenho do aluno na formação básica. 
Tornando mais difícil e complexo o desenvolvimento das habilidades cognitivas 
do estudante. 
Precisa-se de atenção nas atividades em sala de aula, para que se 
avalie de forma consciente e consistente, os alunos que por ventura 
apresentam algum tipo de transtorno. Sem se esquecer de que existem outros 
profissionais capacitados e que podem ser consultados na hora da avaliação. 
Entre esses profissionais cita-se o psicólogo, o psicopedagogo, o 
fonoaudiólogo e o pedagogo. 
Com um trabalho em conjunto, a avaliação diagnóstica e preventiva se 
torna uma ferramenta imprescindível para o melhor desenvolvimento cognitivo 
e pragmático do aprendente. 
 26
Entretanto, para ter um bom rendimento escolar e aproveitamento 
relevante que vão ao encontro dos objetivos dos alunos, o ambiente escolar 
precisa de um bom espaço físico, uma boa iluminação interna, higiene, 
disponibilidade de material didático, responsabilidade e com bom 
aproveitamento, metodologias que atentam as necessidades do aluno, 
professores capacitados e estímulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27
2.1 A memória 
 
 Na antiguidade, acreditava-se que em cada neurônio era responsável 
por uma parte especifica de uma operação, isto é, o cérebro desempenhava 
isoladamente esta função em cada seção. 
 Com o surgimento de instrumentos modernos, foi visto que o encéfalo é 
bem parecido com um ecossistema ativo e diferente de um computador que 
vem com sua programação pré-definida. Mostrando que não existe uma função 
para visão, consciência, emoção, linguagem e memória. 
 Uma curiosidade dos cientistas era saber onde está armazenada a 
memória? É na percepção, no hipocampo, é quando se vê algo pela primeira 
vez, e no lobo pré-frontal, onde estão as decisões, em todos eles ou nenhum. 
Mas a pergunta mais correta seria dizer: O que e a memória? 
 Um destacado pesquisador Endel Tulving, da Universidade de Toronto, 
memória não é detectável. Ela pode está espalhada em toda parte do encéfalo. 
Então a memória se forma quando é solicitada. 
 A formação da memória e a recordação dependem de cada emoção, ato 
do ambiente ou uma súbita lembrança. Por isso, mesmo vendo os mesmos 
fatos, as recordações são distintas. 
 Para que uma memória ocorra, ela deve ser acionada pela amígdala. 
Esse efeito traz um rótulo emocional, isso faz com se aglutine as peças. Com 
isso se explica como o estado emocional atinge a amígdala e a lembrança 
pode ser agradável ou desagradável. 
 O neurologista, Antônio Damásio, em Descarte’s Error, estabeleceu a 
zona de convergência, que fica próximo dos neurônios sensoriais que em 
primeiro lugar, registram os acontecimentos. Mas algo se tem a certeza. O 
hipocampo que fica no hemisfério esquerdo e direito, sem ele não poderia 
aprender ou mesmo recordar nada. 
 Sabe-se que o sono pode desempenhar um papel crucial dentro da 
memória. Quando uma pessoa é interrompida diversas vezes no sono REM, 
pode ficar com a aprendizagem bloqueada. Sem esse sono REM não se ter 
uma memória duradoura. 
 28
 A memória pode ser formada por: memória de longa duração, memória 
de curta duração, memória operacional, memória subjetiva, memória explicita, 
memória implícita, memória episódica, memória semântica, memória sensorial, 
memória motora, memória visuoespacial e linguagem e memória verbal. Dentre 
todas as funções da memória, destaca-se a linguagem e memória verbal. 
 Sabe-se que para ter uma boa memória é fundamental a linguagem. 
Estasconexões se desenvolveram nas áreas motoras e sensoriais, mais 
precisamente nas áreas de Wernicke e área de Broca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.mundodastribos.com/como-prevenir-a-falta-de-memoria.html 
 
 
 
 
 
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2.2 A linguagem corporal 
 
 Entender a complexidade e o funcionamento da mente humana é uma 
das principais preocupações dos neurocientistas. Atualmente, muitos deles 
tentam decifrar as regras as quais bilhões de neurônios obedecem para se 
organizar em redes formando uma única estrutura coerente que chamamos de 
cérebro. Os estudos têm por base interações gênicas e protéicas e até chips de 
computadores. Ainda levará muito tempo até o objetivo ser alcançado, mas 
compreender mais alguns aspectos desse sistema pode fornecer pistas para 
decifrar as origens de transtornos como esquizofrenia e demência. O tema é 
discutido no artigo “100 trilhões de conexões”, do jornalista C. Zinner, na edição 
nº 105 da Scientific American Brasil. 
Por essa razão, a visão do professor em sala de aula deve ser ampla e 
corresponder à expectativa do aluno. Não só a neurociência deve ser 
compreendida pelo educador, mas as expressões que são características dos 
seres humanos. 
Por isso, não é tão fácil ou simplesmente perceber quando uma pessoa 
está mentindo. Há um conjunto de situações que podem colaborar para isso. 
Porém quando se tem um conhecimento da linguagem corporal, fica mais fácil 
identificar quando uma pessoa está enganando. Existem estudos que 
comprovam essa evidência. No livro, “Desvendando os segredos da linguagem 
corporal”, os autores mostram que com treinamento e muita observação é 
possível saber se uma pessoa esta mentindo ou não. 
 
 “Apesar das imensas diferenças culturais, os 
sinais básicos da linguagem corporal são os 
mesmos em todos os lugares.” (Desvendo os 
segredos da linguagem corporal, pág. 24) 
 
 Mesmo quando se mente o cérebro humano não responde como 
mentira, ele quer dizer a verdade. Apesar disso, um professor com essa 
referência de conhecimento, pode aplicar uma avaliação e perceber se o aluno 
 30
consegue ou não desenvolver suas habilidades, a expressão corporal é inata, 
não tem com enganar o cérebro. 
 Então, a percepção é fundamental para uma boa avaliação. Um 
professor bem treinado pode aplicar diversas atividades, e apurar se essa 
atividade é, ou não, relevante para o desenvolvimento cognitivo do aluno. 
Qualquer gesto do educando pode ser percebido e automaticamente 
identificado pelo professor. O cérebro está em plena atividade, e para isso, 
saber qual o tipo de estímulo que se deve buscar para motivar o educando é 
estabelecer uma saída para a melhor aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31
2.3 Estimulando o cérebro 
 
 No mundo moderno, há uma grande preocupação com a saúde. São 
feitos diversos tipos de exercícios para emagrecer, para ganha peso, e como 
se veem, todos voltados para a aparência física. Milhares de produtos são 
lançados no mercado para manter a beleza e manter corpos em plena 
atividade. 
 E o cérebro? Será que é tão relevante manter o cérebro em plena 
atividade? Como fazer para que o cérebro se modifique? Já se sabe que 
quanto mais a pessoa se esforça, mais ela aprende, e com a prática, o 
encéfalo fica cada vez melhor. Manter o cérebro ativo é fundamental para evitar 
as perdas de memória que vêm como o envelhecimento. Não existe melhor 
remédio do que usar a própria memória e o raciocínio, em outras palavras, é 
mais barato e não precisa de nenhuma droga, somente estímulo. 
 
 
 
 
 
http://saude.abril.com.br/edicoes/0325/bem_estar/conteudo_574761.shtml?pag=2 
 
 
 
 
 32
Para isso, motivação é relevante. Quando se consegue ver seu 
desempenho, mais confiança se ganha e sua autoestima melhora. Então, é 
preciso de estímulo nos hemisférios tanto o esquerdo quanto o direito. Em se 
tratando de hemisférios, qual é o mais representativos em cada um de nós. 
Pesquisas realizadas mostram que não existe um hemisfério mais 
dominante que o outro. Segundo o neurocientista Roberto Lent 
 
“Apesar de o nosso cérebro ser divido em dois 
hemisférios não existe relação de dominância 
entre eles, pelo contrário, eles trabalham em 
conjunto, utilizando-se dos milhões de fibras 
nervosas que constituem as comissuras 
cerebrais e se encarregam de pô-los em 
constante interação. O conceito de 
especialização hemisférica se confunde com o 
de lateralidade (algumas funções são 
representadas em apenas um dos lados, 
outras nos dois) e de assimetria (um hemisfério 
não é igual ao outro)”. 
http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/renatomate
rial/neurociencia.htm 
 Curiosamente, algumas pessoas têm o maior domínio no hemisfério 
esquerdo, pois é uma característica da maioria das pessoas. A estimativa é 
que 98% dos seres humanos sejam destros. É um lado que estabelece o 
pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério direito, 
é responsável pelo pensamento de símbolos e criatividade. 
Nas pessoas canhotas as funções são o contrário. O hemisfério 
esquerdo diz-se dominante, pois nele se localiza duas áreas especializadas: a 
Área de Broca, o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de 
Wernicke, o córtex responsável pela compreensão verbal. 
 33
 Quando se fala de ligação, não se esqueça do corpo caloso que está 
localizado no fundo da fissura inter-hemisférica, ou fissura sagital, é a estrutura 
responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais. Essa estrutura, 
composta por fibras nervosas de cor branca (feixes de axônios envolvidos 
numa gordura chamada de mielina), é responsável pela troca de informações 
entre as diversas áreas do córtex cerebral. 
 Abaixo, mostra uma tabela dos dois hemisférios e cada um predomina. 
 
 Hemisfério esquerdo Hemisfério direito 
Verbal: usa palavras para nomear, 
descrever e definir; 
Não-verbal: percepção das coisas com 
uma relação mínima com palavras; 
Analítico: decifra as coisas de 
maneira sequencial e por partes; 
Sintético: unir coisas para formar 
totalidades; 
Utiliza um símbolo que está no lugar 
de outra coisa. Por exemplo o sinal + 
representa a soma; 
Relaciona as coisas tais como estão 
nesse momento; 
Abstrato: extrai uma porção pequena 
de informação e a utiliza para 
representar a totalidade do assunto; 
Analógico: encontra um símil entre 
diferentes ordens; compreensão das 
relações metefóficas; 
Temporal: mantem-se uma noção de 
tempo, uma sequência dos fatos. 
Fazer uma coisa e logo outra, etc.; 
Atemporal: sem sentido de tempo; 
Racional: extrai conclusões 
baseadas na razão e nos dados; 
Não-racional: não requer uma base de 
informações e fatos reais; aceita a 
suspensão do juízo; 
Digital: utiliza números; 
Espacial: ver as coisas relacionadas a 
outras e como as partes se unem para 
formar um todo; 
Lógico: extrai conclusões baseadas 
na ordem lógica. Por exemplo: um 
teorema matemático ou uma 
argumentação; 
Intuitivo: realiza saltos de 
reconhecimento, em geral sob padrões 
incompletos, intuições, sentimentos e 
imagens visuais; 
Linear: pensar em termos vinculados 
a ideias, um pensamento que segue o 
outro e que em geral convergem em 
uma conclusão; 
Holístico: perceber ao mesmo tempo, 
concebendo padrões gerais e as 
estruturas que muitas vezes levam a 
conclusões divergentes. 
 
http://www.ced.ufsc.br/yoga/hemisferios.html 
 34
CONCLUSÃO 
 
 Com o advento da tecnologia, vários meios de comunicações passaram 
a ilustrar suas informações pelos modernoscomputadores e muitas pessoas 
utilizam essas máquinas como locais de pesquisa. Com isso, muitas 
metodologias, principalmente, educacionais foram substituídas. 
Quando se pergunta ao aluno se ele gosta de ler, a resposta é sempre 
quase a mesma. A leitura não é atrativa e acham que perdem muito tempo com 
coisa sem importância, assim, deixando de fazer algo mais interessante. Um 
exemplo é conversar em site de relacionamento. Em detrimento ao uso do 
computador, demasiadamente, observo-se que existe uma deficiência na 
leitura e escrita. 
Pesquisas revelam que ao ler, a pessoa adquiri habilidades e seu 
cérebro é estimulado para área da cognição, fortalecendo suas conexões. A 
uma comprovação que os neurônios de pessoas de todas as idades quando 
estimuladas modificam, regeneram com exercícios mentais. Mas como 
desenvolver este trabalho na escola? Pois segundo a Lei 9.394/96, lei de 
diretrizes e bases da educação. 
 
“A educação é um direito de todos e dever do 
Estado, assim define a Constituição Federal no 
seu artigo 205. A constituição diz ainda, que o 
ensino será ministrado com base no princípio 
de igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola, entre outros.” 
 
 Partindo do pressuposto que todas as pessoas que trabalham com 
educação dentro ou fora da sala de aula, deveriam restabelecer um foco na 
busca pelo conhecimento. Pois o grau de responsabilidade é viabilizado pela 
estratégia imposta em sala de aula. Busca capacitações, aprimoramento, 
formação continuada são contribuições para estabelecer uma relação mais 
confiável no tocante à avaliação do aluno. 
 35
 Para isso, necessita-se de profissionais qualificados para analisar e 
estabelecer metas educacionais que fortaleçam significadamente uma didática 
relevante para o educando. Então, a neurociência vem ao encontro das 
necessidades desse viés, estabelecendo uma conexão: cérebro e educação. 
 Entretanto, a neurociência não veio como panacéia para a educação. 
Mas ela pode vir como um instrumento de auxílio no diálogo entre a cognição e 
a aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução. São Paulo: 
Moderna, 1986. 
 
DAMÁSIO, António. O erro de Descartes. São Paulo: Cia das Letras, 1996. 
 
KATZ, Lawrence C. Mantenha o seu cérebro vivo. Rio de Janeiro: Sextante, 
2000. 
 
OLIVIER, Lou. Distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Rio de 
Janeiro. Wak Editora, 2006. 
 
OSBORNE, Richard. Freud para principiantes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
 
PEASE, Allan & Barbara. Desvendando os segredos da Linguagem do corpo. 
Rio de Janeiro. Sextante, 2005. 
 
PIAGET, VYGOSTSKY, LEV Semenovich. Teorias psicogenéticas em 
discussão/Yves de La Taille, Marta Kohl de Oliveira, Heloysa Dantas. São 
Paulo: Summus, 1992. 
 
RATEY, John J. O cérebro – um guia para o usuário. Rio de Janeiro: Objetiva, 
2002. 
 
RELVAS, Marta Pires. Fundamentos Biológicos da Educação: Despertando 
inteligências e afetividade no processo de aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak 
Editora, 2009. 
 
RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Transtorno da Aprendizagem. Rio de 
Janeiro: Wak Editora, 2009. 
 
SALOMÃO, José Schwartzman. Transtorno de Déficit de Atenção. São Paulo: 
editora Memnom, 2008. 
 37
ÍNDICE 
 
FOLHA DE ROSTO 02 
AGRADECIMENTO 03 
DEDICATÓRIA 04 
RESUMO 05 
METODOLOGIA 06 
SUMÁRIO 07 
INTRODUÇÃO 08 
CAPÍTULO I 10 
Breve História da Neurociência 10 
1.1 Lobos 14 
1.2 Os Hemisférios e as Teorias Educacionais 16 
1.3 Aprendizagem e a Neurociência 20 
CAPÍTULO II 23 
Dificuldade na Aprendizagem 23 
2.1 A memória 29 
2.2 A Linguagem Corporal 28 
2.3 Estimulando o Cérebro 31 
CONCLUSÃO 34 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36 
ÍNDICE 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38
AVALIAÇÃO 
 
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 
DEPARTAMENTO 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM NEUROCIÊNCIAS 
 
 
TÍTULO: A NEUROCIÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
	FOLHA DE ROSTO									02
	AGRADECIMENTO									03

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