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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC Anderson Pedroso Almeida André Augusto Hillesheim Dimorvã Refosco Filipe Luis Marcon LANÇAMENTO DE PROJÉTIL Joaçaba 2014 UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC Anderson Pedroso Almeida André Augusto Hillesheim Dimorvã Refosco Filipe Luis Marcon LANÇAMENTO DE PROJÉTIL Relatório apresentado como parte das exigências da disciplina Física Experimental, do curso de Engenharia Mecânica da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba. Orientadora: Regina de Bastiani Joaçaba 2014 SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES.................................................................................................................. 04 LISTA DE TABELAS............................................................................................................................ 05 LISTA DE SIGLAS................................................................................................................................ LISTA DE SIMBOLOS.......................................................................................................................... INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 06 07 08 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................................... 09 LANÇAMENTO DE PROJÉTIL.................................................................................................. OBJETIVOS 1......................................................................................................................................... DESENVOLVIMENTO....................................................................................................................... RESULTADOS OBTIDOS.................................................................................................................... 13 13 14 15 DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE LANÇAMENTO ATRAVÉS DO ALCANCE.. OBJETIVOS 2......................................................................................................................................... DESENVOLVIMENTO......................................................................................................................... RESULTADOS OBTIDOS................................................................................................................... CONCLUSÃO......................................................................................................................................... 18 18 19 20 22 REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 23 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Folha de papel Seda. ............................................................................... 14 Figura 2: Rampa........................................................................................................16 Figura 3: Representação na folha de papel carbono.................................................20 Figura 4: Decomposição movimentos queda livre.....................................................21 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Posição x altura x alcance........................................................................17 Tabela 2 - Posição x altura x alcance........................................................................17 6 LISTA DE SIGLAS MRU Movimento Retilíneo Uniforme. MRUV Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. SI Sistema Internacional de Medidas 7 LISTA DE SÍMBOLOS g - Gravidade a - Aceleração m/s² - Metros por segundo ao quadrado m/s - Metros por segundo t - Tempo s - Segundos ∆y - Variação no eixo y ∆x - Variação no eixo x h - Altura mm - Milímetro cm - Centímetro m - Metros Kg - Quilograma ⱳ - Vetor Velocidade Total ⱳ - Ângulo Teta Vx0 - Velocidade inicial no eixo x Vy0 - Velocidade inicial no eixo y Vx - Velocidade final no eixo x Vy - Velocidade final no eixo y v - Velocidade resultante 8 INTRODUÇÃO Tentaremos através deste relatório de atividades experimentais, nos capacitar para reconhecer e exemplificar a posição horizontal de um projétil, determinar o alcance no lançamento do projétil, executar medidas de altura e relacioná-la da qual a bolinha é abandonada na rampa com o seu alcance. Pode nos parecer um tanto complicado calcular movimentos bidimensionais, como o de lançamento de projéteis, porém veremos neste relatório que existem algumas propriedades simplificadoras que nos permitem entender e decompor estes problemas. Seguindo este princípio, estudaremos o movimento de um projétil em um lançamento, tomando cuidado para desenvolver separadamente cada componente e agregá-las quando necessário, a fim de verificar alguns efeitos e compará-los com os valores experimentais. 9 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA LANÇAMENTO DE UM PROJÉTIL. A uma partícula que é projetada, ou lançada em conseqüência de um impulso, com determinada velocidade e direção, dá-se o nome de projétil. Sendo que foi Galileu quem propôs o princípio da simultaneidade, também conhecido por princípio da independência dos movimentos simultâneos. “No movimento de projéteis, o movimento horizontal e o movimento vertical são independentes, ou seja, um não afeta o outro”. (HALLIDAY, 2003, p. 71) Sabe-se que no movimento bidimensional de um projétil, a posição e a velocidade mudam continuamente, mas a aceleração é constante e está sempre dirigida verticalmente para baixo. O projétil não possui aceleração horizontal. É possível decompor um problema que envolva um movimento bidimensional em dois problemas unidimensionais independentes e mais fáceis de serem resolvidos, podendo ser um para o movimento horizontal, com aceleração nula e outro para o movimento vertical, com aceleração constante para baixo (gravidade da terra). Como não há aceleração na direção horizontal, a componente horizontal Vx da velocidade de um projétil permanece inalterada e igual ao seu valor inicial V0x durante toda a trajetória (MRU). Então, em qualquer instante do lançamento, o deslocamento horizontal do projétil é dado por: ∆X ou R = V0xt O movimento vertical (y) é um movimento de queda livre (MRUV), e sua aceleração é constante e igual à 9,8m/s2 (gravidade da terra). A velocidade inicial V0y é nula, por ser um movimento de queda livre, mas aumenta conforme o tempo: �² � ��² � 2. �. ∆ ∆�� � �� � 0 10 � � �. � ∆ � ��. � � 1 2 . �. �² ∆ � V= m/s ∆x= m POSIÇÃO Segundo HALLIDAY (1996, p.55), “De maneira geral, a localização de uma partículaé dada através do vetor posição r, um vetor que vai de um ponto de referência (geralmente aorigem de um sistema de coordenadas), até a partícula”.A variação de uma posição para outra posição chama-se deslocamento. Odeslocamento é uma grandeza vetorial,e representa a diferença entre a posição inicial e a finaldo móvel. A distância percorrida é uma grandeza escalar, pois representa o percurso totalentre o início e o fim do movimento, sem levar em conta a direção. VELOCIDADE. Segundo HALLIDAY (2003, p.20), “A velocidade média em um intervalo é definida como a relação entre o deslocamento (mudança de posição) e o intervalo de tempo durante o qual o deslocamento ocorre”. A velocidade média em qualquer intervalo de tempo depende somente da posição dapartícula no início e no fim do intervalo. Um exemplo é o velocímetro do carro, pois ele indica a intensidade velocidade docarro e não a direção, não sendo considerado um vetor. 11 ACELERAÇÃO. De acordo com HALLIDAY (2003, p.22), “Conforme uma partícula se move, sua velocidade pode variar a intensidade ou a direção. A mudança da velocidade com o tempo é chamada de aceleração”. É importante perceber que uma partícula pode ter aceleração de diversas maneiras. É possível que o módulo do vetor velocidade se altere com o tempo, como num movimento retilíneo. Também, a partícula pode estar acelerada por haver mudança da direção do vetor velocidade com o tempo, embora o módulo da velocidade permaneça constante. ACELERAÇÃO DE QUEDA LIVRE. Segundo HALLIDAY (1996, p.23), “Se lançarmos um objeto para cima, ou para baixo, e de alguma forma eliminarmos a resistência do ar, verificamos que ele sofrerá uma determinada aceleração para baixo, a qual se denomina aceleração de queda livre g. A aceleração g é independente da massa, densidade, ou forma do objeto”. Todos os corpos quando são abandonados no espaço caem para a superfície da Terra, com uma aceleração constante. “À medida que os objetos caem, são acelerados para baixo a uma taxa g, aumentando suas velocidades escalares. O valor de g varia ligeiramente com a altura e a latitude. Em latitudes médias, ao nível do mar, o valor de g é 9,8 m/s² (ou 32 ft/s²)” (HALLIDAY, 1996,p.23). 12 MOVIMENTO DOS PROJÉTEIS. Assim sendo, pode-se concluir que a trajetória de um projétil será sempre uma parábola. O movimento de um projétil é a superposição de dois movimentos: • O movimento de um corpo em queda livre, na direção vertical, com aceleração constante; • Um movimento uniforme, na direção horizontal, com velocidade constante. Conforme HALLIDAY (1996, p.57), “Um exemplo de movimento curvilíneo com aceleração constante é o movimento de um projétil, isto é, o movimento bidimensional de uma partícula lançada obliquamente no ar”. 13 LANÇAMENTO DE PROJÉTIL OBJETIVOS: Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de: - Reconhecer e exemplificar a posição horizontal de um projétil; - Identificar o alcance no lançamento de um projétil; - Executar medidas de altura; - Relacionar a altura, da qual a bolinha é abandonada na rampa, com o alcance. 14 DESENVOLVIMENTO MATERIAL NECESSÁRIO: - Um conjunto para lançamentos horizontais; - Uma esfera metálica; - Uma esfera de vidro; - Quatro folhas de papel carbono - Quatro folhas de papel ofício de seda; - Fita adesiva; - Um lápis; - Uma régua; - Um compasso. MONTAGEM: Observamos a rampa, através do seu suporte, com a haste e sapata. Regulamos a altura do fio de prumo para que o mesmo fique a mais ou menos 5 mm do chão. Consideramos um ponto acima da metade do percurso da rampa e ajustamos sua altura de modo que a esfera seja abandonada deste ponto. Juntamos as quatro folhas de papel seda com fita adesiva, fizemos o mesmo com as quatro folhas de carbono (conforme figura a seguir). Colocamos no chão a folha carbonada, com a face de tinta virada para cima e sobre ela a folha de papel seda, de tal modo que o fio de prumo fique próximo do lado menor e sobre a emenda. Figura 1: Folha papel seda 15 RESULTADOS OBTIDOS Soltamos a esfera de aço num ponto qualquer da rampa. Ela irá correr livremente pela canaleta e fará um vôo até colidir com o papel carbono. Cuidamos para que a esfera picasse somente uma vez sobre o papel de seda. Olhamos o papel e descrevemos que a esfera realizou dois movimentos e percorreu uma distância na horizontal, ou seja, cai na vertical e percorre uma distância na horizontal. Numeramos esta marca para não confundi-la com outras que ainda serão produzidas. Com o auxílio da régua, a distância existente entre a marca feita abaixo do prumo e a marca produzida pela colisão da esfera com o papel que foi de 22,5cm. O papel está contido num plano horizontal e a distância medida neste plano desde o ponto assinalado que fica abaixo da saída da rampa à marca feita pela colisão da esfera, chama-se alcance do projétil. (Projétil é o nome que se dá a qualquer corpo que é lançado livremente). Tentamos reproduzir 10 lançamentos iguais, abandonando a esfera, do mesmo ponto da rampa e sempre do mesmo modo, observamos que a marcas deixadas por esses lançamentos não são distantes, mas sim muito próximas umas das outras. Com o compasso, desenhamos o menor círculo que continha (em seu interior) a totalidade das marcas produzidas pelos 10 lançamentos. A medida do raio deste círculo denominou-se “desvio da medida do alcance” e representa a incerteza com que é realizada esta medida neste experimento. Com a régua, medimos o desvio da medida do alcance que foi de 0,7 cm. A partir de agora, registramos todas as medidas, de alcance com este desvio. Anotamos logo após a medida acompanhada com o sinal de ±. �� �� � � �� Isto significa que os valores mais prováveis de alcance são maiores do que 24 e menores que 28. 16 Como decorrência desta incerteza, que acompanha todas as medidas, não poderíamos considerar diferentes dois alcances que apresentassem diferenças menores do que o duplo valor de desvio, assim como, não poderíamos afirmar que fossem iguais. Por exemplo, o alcance A mede (27 ± 2) cm. O alcance A pode ser igual a B já que A poderá assumir o valor mínimo de 26 cm e o alcance B poderá assumir o valor máximo de 26 cm. Por isso é conveniente repetir várias vezes o lançamento, assim, os desvios medidos se tornam precisos e as medidas mais confiáveis. Marcamos quatro pontos diferentes ao longo da rampa e numeramos de 1 a 4. A partir de cada um desses pontos fizemos, pelo menos, cinco lançamentos determinamos o alcance médio correspondente a cada ponto de partida 21cm e ±0,6cm; 18,7cm e ±0,6cm; 15,25cm e ± 0,25cm e 11,2cm e ± 0,2cm. Verificamos a altura vertical (h), da posição de partida para cada lançamento, em relação à saída da rampa 8 cm; 6 cm; 4 cm e 2 cm. Figura 2: Rampa Fonte: os autores 8 cm 6 cm 4 cm 2 cm 17 Com os dados coletados nos dois itens anteriores, completamos a tabela: Tabela 1 - Posição x altura x alcance Posição Altura (cm) Alcance (cm) 1 8 21 ± 0,6 2 6 18,7 ± 0,6 3 4 15,25 ± 0,25 4 2 11,2 ± 0,2 Fonte: os autores O alcance horizontal do projétil depende da altura da posição de lançamento, pois quanto maior a altura maior será o deslocamento e conseqüentemente sua velocidade e alcance será maior. Refizemos a atividade do item anterior usando a esfera de vidro, completamos a tabela a seguir. Tabela 2 - Posição x altura x alcance Posição Altura (cm) Alcance (cm) 1 8 20,25 ± 0,95 2 6 18 ± 0,7 3 4 14,55 ± 0,55 4 2 10,9 ± 0,6 Fonte: os autores Com base nas tabelas 1 e 2, comparamos os resultados obtidos para o alcance da esfera de vidro com os resultados obtidos para o alcance da esfera de açoe observamos que a massa não interfere no alcance do lançamento e que quando desprezamos a velocidade do ar esta também não interfere no alcance da esfera. 18 DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE LANÇAMENTO ATRAVÉS DO ALCANCE OBJETIVOS 2: Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de: - Reconhecer, no movimento de lançamento, a combinação de dois movimentos retilíneos; - Utilizar as equações do movimento de queda livre para a determinação do tempo de queda; - Medir o alcance médio e, através deste valor e do intervalo de tempo gasto no percurso, determinar a velocidade de lançamento. 19 DESENVOLVIMENTO MATERIAL NECESSÁRIO: - Um conjunto para lançamentos horizontais; - Uma esfera metálica; - Quatro folhas de papel ofício de seda; - Fita adesiva; - Um lápis; - Uma régua; - Um compasso. PRÉ - REQUISITOS: Operações simples de vetores. Aplicação das equações do MRU e MRUV (queda livre). 20 RESULTADOS OBTIDOS Utilizamos o prumo, marcamos no papel carbono a posição que fica verticalmente abaixo da rampa, assinalando-a com a letra “O”. Assinalamos um ponto sobre a rampa e realizamos 10 lançamentos (abandonando a esfera deste ponto e de maneira semelhante) Traçamos um círculo cujo raio representa o “desvio da medida do alcance” e assinalamos seu centro com a letra A. A partir do ponto “O”, representamos o vetor deslocamento horizontal AO r e determinamos seu módulo. Reproduzimos no espaço a seguir (menor escala) o fenômeno observado e o alcance medido. Figura 3. Representação na folha de papel carbono Real 60 cm Fonte: os autores 60 � 23,75 4.5 � � 1,78 � Medimos a altura percorrida pelo móvel, desde sua saída da rampa até o plano da folha carbonada que foi de 26,7 cm e o movimento que o móvel realizou na vertical foi em queda livre. Dada à orientação do vetor velocidade do módulo, ao abandonarmos a rampa observamos que ao início sua aceleração é constante e que no decorrer do experimento esta ela varia, ou seja, aumenta. Calculamos o intervalo de tempo que o móvel fica no ar, a partir do momento em que é abandonado da rampa de lançamento que foi de 0,233s. O tipo de movimento que o móvel executou é MRU na horizontal a partir do instante em que abandona a rampa. 21 Figura 4: Decomposição movimentos queda livre. Fonte: Exata mente. De posse do alcance e do tempo de queda, determinamos o módulo da componente horizontal da velocidade com que o móvel toca a folha de papel 1,01 m/s e sua velocidade de lançamento do móvel (velocidade com que abandonou a rampa) foi nula no eixo x e constante no eixo y e o módulo do vetor velocidade total da esfera no ponto A foi 1 m/s. Hor = ∆x= MRU 0,237= Vx . 0,233 Vx= 1,01 m/s Eixo x: a = 0 (MRU) V constante Vox = vx 2,67 = ½ . 9,8t2 0,534= 9,8 t2 0,534 = t2 9,8 t2 =0,054 t = 0,0233 s 22 CONCLUSÃO Nas experiências realizadas pudemos perceber que quando lançamos um corpo em queda livre, a massa do mesmo não interfere no seu alcance, e que com poucos dados podemos determinar a velocidade que o corpo atinge nos eixos em questão (horizontal e vertical). No movimento horizontal, a sua velocidade não sofre alteração, devido a sua aceleração ser nula, já na vertical, a velocidade varia gradativamente por estar relacionada com a gravidade. A altura de onde se abandona o objeto também interfere bruscamente, pois quanto mais alta for, maior será o alcance obtido no lançamento. 23 BIBLIOGRAFIAS - HALLIDAY, David,; RESNICK, Robert,; WALKER, Jearl,. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. -AUGUSTO, Lucas; Disponível em <http://exata- mente.blogspot.com.br/2012/06/fisica-01-cinematica-lancamento-de.html> 2012 .Acesso em 28 de setembro de 2014. - HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl,. FUNDAMENTOS DE FÍSICA, Vol. 2 . LTC Editora, 1996.
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