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* Correlações clínicas do metabolismo dos carboidratos Profa. Eliamara Barroso Sabino * Glicídios São polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas ou substâncias que liberam estes compostos por hidrólise. (CH2O)n e nitrogênio, fósforo e enxofre * Funções dos glicídios Energética Glicose Reserva Amido (vegetais) Glicogênio (animais) Estrutural Celulose (vegetais) Quitina (animais) Tecido Conjuntivo (glicosaminoglicanas) * Classificação dos glicídios Segundo o tamanho Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos De acordo com a natureza química : Aldoses ( aldeído) Cetoses (cetona) * Triose Tetroses Pentoses Hexoses * Estruturas cíclicas Carbono anomérico – átomo de carbono da carbonila que tornou-se assimétrico (hemiacetal) * Os anômeros α e β interconvertem-se em solução aquosa α-glicose 36,4% β-glicose(18,7º) Mutarrotação * Pâncreas Glândula mista Exócrino: ácinos serosos – amilase, lipase Endócrino: ilhotas pancreáticas α - glucagon β – insulina, amilina δ – somatostatina PP ou F – polipetídeo pancreático * * Metabolismo Glicídico Glicólise Glicogênese Glicogenólise Gliconeogênese * Regulação Hormonal -Metabolismo Glicídico * Insulina Massa molecular 5800 Dalton Cadeias A e B Pré-pro-insulina → pró-insulina → PC2 e PC1/PC3 → carboxipeptidase H → insulina e peptídeo C. Maior concentração do peptídeo C T1/2 peptídeo C e pró-insulina – 30 minutos T1/2 insulina – 4 a 9 minutos * * Peptídeo C As concentrações de peptídeo C – identificação da etiologia da hipoglicemia Insulinomas Insulina exógena (diabético) Monitorar a resposta à cirurgia do pâncreas * Ação da insulina nos tecidos Receptor insulina – tirosina cinase Receptores da glicose GLUT 1: ampla distribuição – capilares GLUT 2: fígado, células β, intestino, túbulos renais. GLUT 3: SNC GLUT 4: músculo e tecido adiposo * Músculo Esquelético Tecido Adiposo Receptor da insulina Ação da insulina nos tecidos * * Glucagon Células α pâncreas e células L do intestino delgado distal. Regula a glicogenólise, gliconeogênese e a cetogênese GLP – 1 (Pepitídeo Glucagon 1): Estimula a secreção de insulina Supressão da secreção de glucagon ↓esvaziamento gástrico ↑ secreção de somatostatina Glucagonomas, hiperglucagonemia familiar, pancreatite. * Diabetes melito Conjunto mais comum de distúrbio do metabolismo dos carboidratos. Principal causa de nefropatia terminal, a causa mais comum de amputações não traumáticas e, a causa mais comum de cegueira em adultos, entre os 20 e 74 anos de idade. Risco 4 a 5 vezes maior – doenças cardíacas e cerebrovasculares. Diagnóstico - Maior que 126mg/dl (2x) e 200 mg/dl com sintomas. * Diabetes Melito 1 10% dos casos. Destruição auto-imune das células B. Início abrupto dos sintomas (poliúria, polidipsia e rápida perda de peso). Presença de anticorpos circulantes. Atinge qualquer faixa etária. * Diabetes Melito 2 É o tipo mais comum de diabetes Fatores de risco: Obesidade Sedentarismo História familiar Idade Avançada Etnia História de diabetes gestacional Comprometimento do metabolismo da glicose Hipertensão Dislipidemia * Classificação do tipo de Diabetes Medida dos auto-anticorpos: ICA (anticorpos anti-ilhota) – 70% a 80% dos diabéticos. Anti-insulina (IAA) – 50% dos diabéticos e em 0,5% dos não diabéticos. Anti-desidrogenase do ácido glutâmico (anti-GAD) * Classificação do tipo de Diabetes Medida do peptídeo C O método mais utilizado é a medida plasmática do peptídeo C no basal e após 6 minutos da injeção endovenosa de glucagon. DM2 Basal – 0,9 ng/ml Após estímulo – 1,8 ng/ml * Complicações Agudas Poliúria Polidipsia Polifagia * Complicações Crônicas Nefropatia Retinopatia – cegueira Doenças cardiovasculares Causas (micro): Produtos finais de glicação protéica Produção de matriz extracelular, proliferação celular Via poliol - sorbitol * Nefropatia Diabética Glomérulo normal Glomérulo diabético Nefropatia avançada Complicações Crônicas * Diagnóstico Glicemia em jejum Teste oral de tolerância a glicose Não indicam o mesmo grupo de risco * * * Glicemia em jejum Glicose oxidase Hexocinase Glicose desidrogenase * Glicemia em jejum Glicose oxidase Glicose + 2 H2O + O2 ácido glicônico + H2O2 O-dianoasidina + H2O2 o-dianisidina oxidase +H2O (4-aminoantipirina) (antipirilquinonimina) Peroxidase é menos específica que a glicose oxidase Amostras: sangue, líquor, líquidos ascíticos, pleural e sinovial Glicose oxidase Peroxidase * Glicemia em jejum Hexocinase Glicose + ATP glicose-6-fosfato + ADP glicose-6-fosfato + NADP+ 6-fosfogliconato + NADPH Amostras: sangue, urina, líquor e líquidos ascítico, pleural e sinovial. Hexocinase G-6-PD * Glicemia em jejum Glicose desidrogenase Glicose + NAD+ 6-fosfogliconato + NADH Altamente específica (β) Glicose desidrogenase * Controle glicêmico Hemoglobina glicada Frutosamina * Controle glicêmico Hemoglobina glicada Glicação – adição de uma ose (glicídios) a grupos amino de proteínas. Irreversível Reflete a glicemia de 6 a 8 semanas precedentes. ↓Doença hemolítica ↑ anemia ferropriva, Hb F. * * Controle glicêmico Hemoglobina glicada Cromatografia de troca iônica – separa as variantes da hemoglobina baseada na carga. Espectrofotometria Intervalo de referência: “5,3% a 7,5%” * Hemoglobina glicada * Controle glicêmico Frutosamina Nome genérico para as cetoaminas de proteínas plasmáticas (principalmente albumina). Controle a curto prazo. Azul de nitrotetrazólico. * *