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09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 1 Tópicos Especiais em Engenharia II SENSORES & ATUADORES Prof. Mário L. Botega Jr. Cap. 1, 2, 3 Por que estudar Sensores e Atuadores? 2 CONTROLADOR ATUADOR PROCESSO SENSOR Ref. Saída 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 2 Aplicações • Automação industrial • Robótica • Automobilística • Aviação • Medicina • ... 3 “Só é possível controlar aquilo que se mede” O que são Sensores e Transdutores? • Sensor é um dispositivo que transforma uma determinada variável física em uma grandeza passível de processamento (geralmente elétrica). • Quando o sinal proveniente do sensor é condicionado e disponibilizado na forma de corrente ou tensão, por ex. 4 a 20mA, 0 a 10V, etc., o dispositivo é chamado de transdutor. 4 SensorTransdutor 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 3 Grandeza Física x Sensor 5 Grandeza Física Sensor Luz Células solares, fotodiodos, fototransistores, CCD Som Microfones, hidrofones, sensores sísmicos Temperatura Termômetros, termopares, resistores sensíveis a temperatura (termistores), termostatos Radiação Contador Geiger, dosímetro Resistência Elétrica Ohmímetro Corrente Elétrica Galvanômetro, amperímetro Tensão Elétrica Voltímetro Campo Magnético Magnetômetro, dispositivo de efeito Hall Pressão Barômetro, pressure gauge, variômetro Fluxo Sensor de fluxo, anemômetro, gasômetro Nível Medidor de nível de líquido, sensor de nível de grão Movimento Radar, velocímetro, tacômetro, hodômetro, O que são Atuadores? • É um elemento que produz movimento, atendendo a comandos que podem ser manuais, elétricos ou mecânicos. • Como exemplo, pode-se citar atuadores de movimento induzido por cilindros pneumáticos, ou hidráulicos e motores elétricos. • Também são atuadores dispositivos como válvulas, contatores, relés, ou qualquer elemento que realize um comando recebido de outro dispositivo. 6 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 4 7 O que são Atuadores? • Um ATUADOR pode ser considerado um SERVOMECANISMO e, tal como o nome sugere, deve obedecer a comandos. • Geralmente são acoplados a um sistema em malha fechada, e realizam a tarefa solicitada pelo controlador. servo válvula ATUADOR Hierarquia de Sistemas de Automação 8 Sistema de Automação Industrial Sensores e Atuadores Sistemas Supervisórios ERP Sistemas de Gestão CLP, CNC, robôs e outros Sistemas Computadorizados Alta Gerencia Chão da Fábrica 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 5 Ementa 1. Conceitos de Instrumentação 09/08 (117) 2. Efeitos Físicos Aplicados em Sensores 16/08 (44) 3. Medidas de Grandezas Elétricas 23/08 (48) 4. Medição de Temperatura 30/08 5. Medição de Força, Deslocamento e posição 06/09 6. Medição de Velocidade e aceleração 13/09 7. Medição de Vibração 20/09 8. Medição de Nível e Pressão 27/09 9. Sensores Ópticos 11/10 10. Atuadores 18/10 25/10 9 Bibliografia • Instrumentação e Fundamentos de Medidas – Balbinot, A. e Brusamarello, V. - Ed. LTC • Instrumentação Eletrônica Moderna – Helfrick, A. e Cooper, W. – Ed. PHB • Mecatrônica – Bolton, W., Ed. Bookman 10 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 6 Critério de Avaliação • Exercícios ao longo do curso (40%). • Apresentação de seminário (60%). – Temas a definir 11 12 Ementa 1. Conceitos de Instrumentação 2. Efeitos Físicos Aplicados em Sensores 3. Medidas de Grandezas Elétricas 4. Medição de Temperatura 5. Medição de Força e Deslocamento 6. Medição de Velocidade e aceleração 7. Medição de Vibração 8. Medição de Nível e Pressão 9. Sensores Ópticos 10. Atuadores 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 7 Capítulo 1 13 Conceitos de Instrumentação Conceitos de Instrumentação Roteiro • Caracterização dos Sensores – Exercícios • Condicionamento de Sinais Analógicos – Exercícios • Conversão A/D e D/A – Exercícios 14 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 8 15 Conceitos de Instrumentação Roteiro • Caracterização dos Sensores • Condicionamento de Sinais Analógicos • Conversão A/D e D/A Caracterização dos Sensores 16 • Os sensores são caracterizados por uma série de parâmetros que os qualificam, tais como: – Erro – Exatidão e Precisão – Sensibilidade – Resolução – Linearidade – Histerese e zona morta – Tempo de resposta – Coeficiente de temperatura 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 9 Erro em Medidas (Definição Segundo a ABNT - NB-278/73) • Erro – É o desvio observado entre o valor medido e o valor verdadeiro (ou aceito como verdadeiro). • Valor Verdadeiro – É o valor exato da medida de uma grandeza obtido quando nenhum tipo de erro incide na medição. 17 Erro em Medidas 1818 O que se faz é um conjunto de medidas em uma mesma amostra, usando o mesmo material e mantendo-se as mesmas condições ambientais (método de referência). Valor Padrão Na prática é impossível eliminar todos os erros e obter o valor verdadeiro. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 10 • Assim, o erro absoluto (δ) pode ser definido como: • Xm = Valor medido da grandeza. • Xp = Valor padrão da grandeza, obtido através do método de referência construído na prática. • Xv = Valor verdadeiro da grandeza (ideal), supondo a supressão total de todo o tipo de erro. Na falta de Xv aceita-se Xp , que é denominado então, de valor de referência, tomado como verdadeiro. 19 Erro em Medidas � = �� − �� = �� − �� Erro Relativo • O erro relativo (ε) é definido como a relação entre o erro absoluto (δ) e valor aceito como verdadeiro (Xv) de uma grandeza, podendo ou não ser expresso em percentual. • Para efeito de cálculo pode-se considerar Xv = Xm , logo: � = ��� ∙ 100% 20 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 11 Média, Desvio Padrão e Distribuição Normal • São conceitos estatísticos, sendo importante observar que a média aritmética não é eficiente em informar sobre o conjunto dos dados medidos. • A média é uma medida de localização dos dados experimentais. • Além da localização dos dados, é necessário conhecer como estes dados estão espalhados. • Informar sobre o espalhamento dos dados medidos é o papel do desvio padrão e das distribuições estatísticas. 21 22 Média e Desvio Padrão • Média Aritmética = ∑ �� ���� � • Desvio Padrão � = ∑ (X� − )� ���� n 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 12 23 Distribuição Normal Intervalos de confiança Faixa de Erro 24 ������ = ��� − ������� = − ���� !"#$" &' ���� (é&#" = ������ + �������2 • Quando várias medidas são feitas para se obter a melhor resposta (a mais próxima possível do valor verdadeiro - ideal), o resultado pode ser expresso pela média aritmética, associada a uma faixa de erro (máximo desvio da média). 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 13 Erro Limite • Na maioria dos instrumentos e sensores, a exatidão é garantida dentro da faixa dinâmica de operação (extensão da escala). • Desvios nas medidas são possíveis e são conhecidos como erros-limites, ou tolerância. 25 ���� ,#-#.' = '$".#&ã� ∙ (�0��_�� − �0��_���) ���� % = ���� ,#-#.'�� ∙ 100% Exatidão e Precisão • Exatidão – É o grau de proximidade, ou desvio, entre o valor medido (Xm) e o valor de referência (Xp), aceito como verdadeiro, dado em %. • Precisão – É a capacidade do sistema de medida em repetir a mesma leitura quando a mesma quantidade é medida nas mesmas condições (ambiente, instrumento, operador, etc). 26 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 14 Faixa, Sensibilidade e Resolução• Faixa Dinâmica – Todos os níveis de amplitude da grandeza física medida nos quais se supõe que o sensor pode operar dentro da precisão especificada. • Sensibilidade – Alteração na saída do sensor por unidade de variação da entrada. • Resolução – Menor incremento da variável física que pode ser detectado pelo sensor. 27 Linearidade 28 • Dado um determinado sensor, se para variações iguais da grandeza física medida obtém-se variações iguais do sinal entregue, então define-se o sensor como linear, caso contrário, define-se como não- linear. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 15 29 Histerese • É a diferença máxima na saída do sensor dentro da faixa de medida, levando em consideração os dois caminhos determinados pelo incremento e pelo decremento da medida. Saturação 30 O sinal da saída atinge um valor máximo, a partir do qual, mesmo que a entrada aumente, a saída permanecerá no mesmo valor. Nível de saturação 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 16 31 Offset Saída do sensor com sinal de entrada nula Zona Morta (Dead Band) 32 • É a maior variação da grandeza a ser lida, à qual o sensor não responde. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 17 33 Tempo de Resposta • Todo sensor tem um tempo de resposta finito decorrente da propagação/conversão do sinal de entrada para a saída. • Mede a rapidez que a saída do sensor pode reagir dada uma mudança em sua entrada. Coeficiente de Temperatura • Alteração na resposta do sensor, por unidade de temperatura (drift térmico). 34 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 18 Erro de Calibração • Erro de natureza sistemática normalmente introduzido quando o sensor é calibrado na fabricação. 35 Ativos x Passivos • Sensores Passivos – Não requer alimentação – Ex.: termopar bimetálico • Sensores Ativos – Requer alimentação auxiliar – Ex.: Sensor semicondutor para temperatura LM35 36 Sensor entrada saída Energia Auxiliar 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 19 Sensores Invasivos e Intrusivos 37 Invasivo Não-Invasivo Intrusivo Não-Intrusivo Condições Ambientais • Condições ambientais limites para que o sensor desempenhe sua função dentro da tolerância especificada: – Umidade – Temperatura ambiente – Campo eletromagnético – Materiais corrosivos – Choques – Vibração – Pressão 38 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 20 Fatores que Influenciam na Escolha do Sensor 39 1) Efeitos de não linearidade; 2) Efeitos de histerese; 3) Efeitos de temperatura; 4) Calibração; 5) Alimentação (ativo/passivo); 6) Tamanho (principalmente para fins fisiológicos); 7) Condições ambientais severas. Na especificação de um sensor existe um aspecto importante que é o condicionamento do sinal. Exercícios 1. Defina: - O que é um sensor? - Qual é a função de um transdutor? - Qual é a função de um atuador? 40 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 21 Exercícios 2. Considere o seguinte conjunto de medidas: 12,2; 5; 8,5; 14,32; 7,5; 6.,5; 6,5; 5,5. a) Calcule a média. b) Calcule o desvio padrão 41 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 2 4 6 8 10 12 dados media Exercícios 3. Dez medidas de resistência de um resistor apresentaram os seguintes valores, em Ohms: 101,2; 101,7; 101,3; 102,0; 101,9; 101,3; 102,1; 101,4; 101,3; 101,9. Admitindo-se que apenas erros aleatórios estão presentes, calcule: a) A média aritmética. b) O desvio padrão. c) Supondo que o valor nominal especificado pelo fabricante do resistor seja 101Ω +/-1%, verifique se o resistor analisado atende à especificação do fabricante para +/-1σ. 42 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 22 Exercícios 4. Um sensor de tensão fornece quatro valores distintos de valores: 117,02V; 117,11V; 117,8V; e 117,03V. Calcule: a) A tensão média. b) A faixa de erro. 43 Exercícios 5. Um amperímetro, cuja escala mede de 0 a 150A, com exatidão de 1%, está medido uma corrente de 83A. Calcule o erro limite percentual. 44 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 23 Exercícios 6. Baseando-se na folha de dados do acelerômetro ADXL150 da Analog Devices encontre os seguintes valores (típicos): a) Sensibilidade b) Faixa dinâmica c) Histerese d) Coeficiente de temperatura e) Linearidade f) Ruído g) Resolução h) Largura de banda 45 Exercícios 7. Baseando-se na folha de dados do sensor de pressão MPX12 da Motorola: a) Calcule o erro percentual máximo na saída para uma pressão aplicada de 5 kPa @ 25°C. b) Qual o máximo offset esperado na saída quando o sensor trabalhar a 100 °C? 46 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 24 Exercícios 8. A Figura abaixo mostra a curva de resposta de um sensor. Observe que a mesma não é linear. Porém foi traçada uma reta que é a melhor representação linear daquela curva. Calcule a sensibilidade deste sensor (baseado na reta ajustada). Sabe-se que E1=10, E4=50, S3=30, S2=20, S0=-15. 47 48 • Caracterização dos Sensores • Condicionamento de Sinais Analógicos • Conversão A/D e D/A Conceitos de Instrumentação Roteiro 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 25 Condicionamento de Sinais Analógicos • A grande maioria dos sensores convertem a grandeza física monitorada em uma grandeza elétrica (tensão ou corrente) analógica, para posterior processamento, apresentação, ou aquisição por meios eletrônicos. • Assim, o condicionamento de sinais analógicos é necessário para “tratar” tais sinais de forma adequada. 49 Transdutor Tipos de Condicionamento de Sinais • É possível categorizar um condicionamento de sinais em vários tipos, os principais são: – Mudança no nível; – Linearização; – Conversão; – Isolação; – Filtragem; – Casamento de impedância. 50 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 26 Mudança no Nível • O deslocamento de nível é o método mais simples e mais usado condicionamento de sinais. • Um exemplo típico é a necessidade de amplificar ou atenuar um nível de tensão. • Geralmente , aplicações de controle de processo resultam em sinais que variam lentamente com o tempo, onde amplificadores DC ou de baixas frequências podem ser utilizados. 51 Mudança no Nível • Atenuador passivo de tensão – Os sinais que podem ser recebidos na entrada de um ADC estão geralmente limitados a um máximo de 10V. – Isso significa que tensões superiores a este limite devem ser atenuadas antes de ser entregues ao ADC. – Esta operação pode ser realizada por um divisor de tensão resistivo. 52 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 27 Mudança no Nível • Amplificadores – Uma forma típica de tratar sinais analógicos é utilizando amplificadores operacionais. – Dada sua versatilidade é possível realizar: • Ganho/multiplicação; • Atenuação; • Soma/shift (mudança de nível); • Subtração; • Conversor Log, Anti-Log; • Extrator raiz quadrada; • Retificação de precisão; • Filtros ativos; • Etc... 53 Linearização • Normalmente tem-se pouca escolha sob a característica de saída do sensor versus variável de processo. • Normalmente a dependência que existe entre a entrada de a saída de um sensor é não linear. • Uma das funções do condicionamento de sinais analógicos é a de linearização da resposta do sensor. 54 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 28 Linearização • Um exemplo de linearização analógica ocorre em um sensor cuja saída é uma função exponencial de uma variável de dinâmica de processo. • Tipicamente um sensor de intensidade de luz possui este tipo de comportamento, onde a tensão de saída do sensor é função exponencial da intensidadede luz. 55 VA VIN Linearização • Para linearizar este sinal empregasse um amplificador cuja saída varia no logarítmico natural, que é o inverso do sinal de entrada. • Na prática pode ser implementado com um diodo colocado na malha de realimentação de um amplificador operacional. 56 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 29 Linearização 57 Saída não linear do sensor de luz Linearização • A saída do amplificador logarítmico pode ser expressa por: 58 • Substituindo a primeira equação na segunda (VIN = VI), resulta: 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 30 Linearização • Desta forma a saída do amplificador variará linearmente com a intensidade (I) e tendo uma tensão de offset Kln(Vo) e um fator de escala –αK. • Um condicionamento de sinal posterior pode ser realizado para eliminar a tensão de offset. 59 Saída do amp op linearizada Conversões • Frequentemente o condicionamento de sinais é usado para converter um tipo de variação elétrica em outra. • Uma grande quantidade de sensores fornece mudança na resistência quando a variável dinâmica muda. Neste caso, é necessário utilizar um circuito que converte variação de resistência em sinal de corrente ou tensão. 60 LDR 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 31 Conversões 61 • Exemplo de conversão de resistência (LDR) em tensão. Conversões • Outros tipos de conversões são necessárias devida as imposições do sistema, como por exemplo, quando o sinal da variável dinâmica de interesse é monitorada a distancia. • Nestes caso, é comum converter o sinal em corrente no padrão conhecido como 4-20mA. Circuitos conversores e tensão x corrente (transmissores) e corrente x tensão (receptores) são utilizados. • Quando a distancia é maior ainda o uso da telemetria (medidas remotas de variáveis dinâmicas) sem fio é utilizada, e a conversão do sinal numa forma de fácil propagação (modulação AM, FM, etc.) é feita. 62 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 32 • Conversor 1-5 V para 4-20 mA – Assumindo que a entrada do circuito (Vin) venha de um transdutor, ou de um amplificador, calibrado para produzir 1,0V para 0% da grandeza física e 5,0V para 100% da grandeza medida. O padrão para transmissão de sinal de corrente é 4 a 20mA, significando 0% a 100% da faixa de medida, respectivamente. Conversões 63 TRANSDUTOR 64 Conversões • Conversor 1-5 V para 4-20 mA – Para 5,0V na entrada, o resistor de 250 Ω terá uma queda de tensão de 5,0V (conceito do terra virtual), resultando em 20mA de currente no loop, pois a corrente não flui para a entrada do amp. op., não importando o valor da resistência Rload, ou a resistência do cabo do loop (comprimento). – Por outro lado, para 1,0V na entrada, o resistor de 250 Ω terá uma queda de tensão de 1,0V, resultando em 4mA de currente no loop. Nota: o deslocamento acima do zero é uma proteção para detectar cabo rompido, ou seja, corrente nula não é permitida neste circuito. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 33 Conversões • Conversor 4-20 mA comercial 65 Isolação • Em algumas situações o sinal do sensor possui tensão de modo comum muito acima do valor máximo tolerável do condicionador de sinais. • Nesta situação faz-se o uso de amplificadores isolados para interfacear o sensor ao circuito de condicionamento e aquisição de sinal. 66 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 34 Isolação • Exemplo de utilização de isolação: medida da corrente de um motor usando resistor shunt. 67 68 Isolação • Utilizando um instrumento alimentado por bateria, ele “flutua” com relação à tensão de modo comum, proporcionando isolação necessária a medida. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 35 69 Isolação • Utilizando um instrumento, ou sensor, referenciado na rede de alimentação do motor, ocorrerá um desastre! A corrente elétrica é preguiçosa! Ela sempre procura o caminho de menor resistência para a terra. Neste caso, o caminho é criado pela entrada aterrada do amplificador, permitindo que a corrente flua através da entrada do amplificador, queimando-o. Disaster strikes! 70 Isolação • Utilizando um instrumento com entrada diferencial não é suficiente para isolar a elevada tensão de modo comum, a isolação para o terra é rompida e novo desastre! Disaster strikes, again! 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 36 71 Isolação • Utilizando um instrumento com entrada isolada, amplificador isolador imitará o DVM, mantendo uma barreira de isolamento entre os terminais de entrada e de saída do amplificador. Success!! Desta maneira não haverá continuidade e, portanto, nenhum fluxo de corrente entre a tensão de modo comum na entrada do amplificador e a sua saída. 72 Isolação • Exemplo: instrumentação médica – monitor de batimento cardíaco. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 37 73 Isolação • Outras formas de isolação: Indutiva Capacitiva Módulos disponíveis para montagem em painel, padrão DIN Filtragem • Outra forma de condicionamento de sinal consistem em filtragem do sinal. • Frequentemente, sinais espúrios de considerável intensidade estão presente em ambiente industrial, tais como sinais da linha de 60 Hz, transientes de motores e outros sinais indesejáveis. • Em muitas situações é necessário a utilização de filtros PB, PA, PF, ou RF para eliminar ou minimizar este sinais indesejáveis. • Estes filtro podem ser passivos ou ativos. 74 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 38 Casamento de Impedância • O casamento de impedância é uma característica importante na interface entre sistemas, quando um a impedância interna do sensor ou a impedância da linha podem causar erro na medida da variável dinâmica. • Neste caso, tanto malhas ativas ou passivas podem ser empregadas para realizar tal casamento. 75 Casamento de Impedância • Amplificador de instrumentação – É um tipo de amplificador diferencial, construído com AMP OP, os quais eliminam a necessidade de casamento de impedância na entrada. – São amplificadores particularmente adequados para utilização em equipamentos de medição e ensaios. – Possuem baixo ruído, alto ganho de MA, alto CMRR e impedância de entrada muito alta. 76 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 39 Casamento de Impedância 77 Amplificador de instrumentação Exercícios 1. Defina o que é condicionamento de sinais analógicos e quais são os tipos mais comuns. 2. Suponha que o circuito da figura a seguir seja um pré- regulador de PFC implementado com um L6564 fabricado pela STMicroelectronics. Este circuito mantem a saída constante em 400Vcc. Para que ele opere adequadamente uma realimentação da tensão de saída faz-se necessária. Calcule o divisor de tensão composto por R_A...R_D para que o sinal PFC_OK seja igual à 2,5V. 3. No exercício 2, formule uma hipótese para explicar o motivo pelo qual o resistor do lado superior do divisor é dividido em R_A, R_B e R_C. 78 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 40 79 Circ. Exercício 2 R_A R_B R_C R_D Vo = 400Vcc PFC_OK = 2,5Vcc L6564 Exercícios 4. O circuito abaixo faz parte do condicionamento de sinais de proveniente de um sensor. a) Determine a expressão da tensão de saída em função de Vi e dos elementos do circuito. b) Se a saída do sensor for -5Vcc, qual será a saída do circuito? 80 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 41 Exercícios 5. Uma planta eletromecânica não linear utiliza um eletroímã como atuador, gerando uma força função da corrente elétrica. Um ensaio de laboratório levantou a seguinte expressão da força, em N, emfunção da corrente, em A: f=4⋅i2+2⋅i+5. Linearizando a curva para pequenas variações (+/-0,1A) no entorno do ponto de corrente i0 = 5A, obtém-se uma relação linear f =M⋅i+B . Quais são os valores de M e B? (PETROBRAS, prova para engenheiro de equipamentos pleno, 2006) 81 Exercícios 6. Quais são as vantagens de se transmitir um sinal de um sensor para um CLP utilizando um transmissor de 4 a 20mA? 7. Qual o motivo para que a maior parte dos sinais de transmissão comecem com um valor maior que zero (ex: 1~5V , 4~20mA), também conhecido como “zero vivo”? 82 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 42 Exercícios 8. Calcule o valor de saída para um transmissor de 4 a 20 mA, para: a) 50% do fundo de escala. b) 80% do fundo de escala. c) 0% do fundo de escala. d) 100% do fundo de escala. Utilize a expressão: 83 3"4�� 5'&#&� = (6"4�� 7#�"4 − 6"4�� #�#8#"4) ∙ (%)100% + 9'�� 6#6� Exercícios 9. Qual é o valor da corrente de saída de um transmissor de 4 a 20 mA, utilizado na medição de temperatura de um sistema térmico o qual pode variar de -100°C a 150°C, quando a temperatura do sistema é 120°C? 10. Um transdutor de pressão conectado a uma tubulação mede 0 à 10 bar. Este transdutor é conectado a um CLP utilizando uma entrada analógica de 4 a 20 mA, cujo ADC desta entrada é de 10 bits. a) Qual é faixa de conversão do ADC em decimal para a faixa de pressão considerada? b) Qual é conversão do ADC em decimal para 5 bar? 84 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 43 85 • Caracterização dos Sensores • Condicionamento de Sinais Analógicos • Conversão A/D e D/A Conceitos de Instrumentação Roteiro 86 Conversão A/D e D/A Motivação Por que converter de analógico para digital e vice-versa? 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 44 87 Conversão A/D e D/A Motivação • Porque a maior parte dos sistemas eletrônicos atuais tem em seu núcleo um processamento digital. • No entanto o “mundo real” é essencialmente de natureza analógica. • Desta forma, há a necessidade de se converter os sinais do mundo analógico para o domínio digital, ocupado pelo processador. Conversão A/D e D/A 88 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 45 89 Conversão A/D e D/A Conversão A/D e D/A 90 P ro ce ss am en to D ig it al Para converter um sinal Analógico → Digital 1. Condicionar o sinal de entrada; 2. Filtrar o sinal de entrada a fim de remover componentes de alta freqüência acima da razão de Nyquist (anti-aliasing); 3. Amostrar, capturar uma amostra estável (S&H); 4. Finalmente, “quantificar” pelo ADC. Para converter um sinal Digital → Analógico 1. Conversão da sequência numérica para um nível de tensão pelo DAC; 2. Filtrar o sinal de saída (reconstrução); 3. Buffer, para conexão com a carga (atuador). 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 46 Conversão A/D • Um conversor analógico-digital (ADC) é um dispositivo que utiliza símbolos constituídos por um conjunto de dígitos binários (‘bits’) para representar valores contínuos de tensão. • A conversão Analógico-Digital pode ser dividida em duas etapas: – 1ª Amostragem – o sinal analógico é periodicamente amostrado para posterior conversão em um valor discreto (numérico). – 2ª Quantificação – processo de conversão do sinal amostrado num número digital. 91 Amostragem & Quantificação 92 Sinal contínuo no tempo Sinal amostrado Sinal quantificado 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 47 Especificações dos Conversores A/D e D/A • Resolução • Taxa ou Tempo de Conversão • Faixa Dinâmica • Amostragem • Tecnologia do ADC/DAC (Tipos) 93 Resolução • É a menor quantidade que pode ser convertida dentro da faixa dinâmica do sinal de entrada (E). • É especificada pelo número de bits do conversor. • Um conversor de “N” bits tem 2N-1 “steps” de conversão. • São encontrados na prática conversores com resoluções de 8 a 24 bits. 94 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 48 ADC Hipotético de 3 bits 95 96 Resolução • Exemplo: – Resolução de um conversor de 12 bits ⇒ significa que o conversor consegue diferenciar sinais com amplitude de 1/212 do valor total da faixa dinâmica. – Para uma faixa dinâmica de 5V, a menor amplitude que pode ser convertida é: 5/(212 -1)= 0,00122 ⇒ 1,22 mV. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 49 97 Efeito do Número de bits 98 Efeito do Número de bits 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 50 99 Efeito do Número de bits 100 Efeito do Número de bits 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 51 Taxa ou Tempo de Conversão • É a frequência com a qual o sinal analógico é digitalizado (expresso em Hz, ou segundo). • Taxa de conversão depende do tempo de conversão do sinal (determinado pela eletrônica) do conversor. • Exemplo: – Um conversor de 100 kHz realiza no máximo 100.000 medidas por segundo, ou uma medida a cada 10µs. 101 Faixa Dinâmica • É a faixa de amplitude de operação do sinal analógico (em geral uma tensão) dentro da região de trabalho do conversor. • O sinal de entrada deve ser condicionado de forma a possibilitar sua máxima utilização dentro dessa faixa dinâmica. • Os conversores D/A e A/D apresentam na prática uma faixa dinâmica de 0,1 a 10V. 102 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 52 103 Amostragem Perguntas: - Quão rápida deve ser a amostragem (T)? - Quão curta deve ser a duração da amostragem (τ)? Sample/Holder Circuito de Amostragem e Retenção (Sample & Holder) • Apesar de existirem diversos tipos de circuitos S&H, todos eles possuem 4 componentes básicas: – Amplificador de entrada. – Dispositivo de armazenamento de energia. – Amplificador de saída. – Circuito de comutação. 104 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 53 Problema da Sub-Amostragem (Under Sampling) Para se evitar o problema da sub amostragem (sinal fantasma) deve-se atender ao teorema de Nyquist e Shannon, onde: fsampling>2fmax 105 Teorema da Amostragem (Nyquist & Shannon) 106 Harry Nyquist (1889-1976) Claude Shannon (1916-2001) 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 54 107 Exemplos de Amostragem Boa Ruim Conversão D/A • Convertem uma palavra digital em um sinal analógico sob a forma de uma tensão ou corrente de saída. • São formados por elementos passivos, fontes de referência, chaves e AMP OP’s. 108 • A conversão é, em geral, paralela e o tempo de conversão depende essencialmente da velocidade dos componentes utilizados. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 55 Características de um DAC • Saída Analógica: – Tecnicamente, a saída de um DAC não é considerada uma grandeza analógica pelo fato de ela poder assumir somente valores específicos de tensão ou corrente. • Resolução (Tamanho do Degrau): – Define-se a resolução de um DAC como sendo a menor modificação que pode ocorrer em sua saída analógica, resultante de uma alteração na entrada digital. 109 Resolução do DAC 110 ; = 3<=>2? − 1Resolução: Vout = K x Entrada Digital 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 56 Princípio da Conversão D/A 111 112 Alguns Tipos de Conversores D/A • Conversor por rede proporcional • Conversor por escada R-2R 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 57 DAC por Rede Proporcional 113 • Desvantagens: – Resistores de alta precisão de vários valores (afeta linearidade); – A tensão de referência é um nível lógico (deve ser constante e bem definida); – Para muitos bits na entrada há necessidade de valores muitos altos de R para o LSB. 114DAC por Escada R-2R • Vantagens: – Resistores de alta precisão de apenas dois valores; – Elimina o problema da ampla variação de valores do DAC por rede proporcional; – Tipo mais utilizado. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 58 115 DAC por Escada R-2R BVBVV REFN REF OUT ⋅−=⋅ − −= 8)12( Onde B é o valor da entrada binária, que pode variar entre 0000 (0) e 1111(15), para um DAC de 4 bits. Alguns Tipos de Conversores A/D • O processo de conversão A/D é mais complicado e mais demorado do que o processo de conversão D/A, havendo uma grande variedade de métodos para realizar tal conversão. • Vários tipos de conversores A/D usam conversores D/A como parte de seus circuitos. 116 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 59 Alguns Tipos de Conversores A/D • Tipo Contador • Aproximações sucessivas • Integrador rampa simples • flash • Sigma-Delta 117 ADC Tipo Contador 118 • Um dos mais baratos. • Compara sinal analógico de entrada (Vin) com valores digitais apresentados por um D/A (interno). • Contador conta apenas UP. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 60 ADC por Aproximações Sucessivas 119 • Um dos mais empregados, barato. • Exato e rápido (1-50 μs, para A/D 8-12 bits). • Compara sinal analógico de entrada (Vin) com valores digitais apresentados por um D/A up-down (interno). ADC Integrador de Rampa Simples 120 • ADC simples. • A exatidão e a estabilidade do capacitor e do comparador limitam a exatidão do A/D. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 61 121 ADC Integrador de Rampa Dupla • Menor influência quanto a estabilidade do capacitor. • Melhor exatidão (comparado ao A/D de rampa simples). • Barato. • Lento, tempo de conversão da ordem de ms. ADC Paralelo ou Flash 122 • O conversor Flash é o ADC mais rápido (30 - 60 ns). • Uma conversão completa pode ser obtida em um ciclo de clock. • Compara o sinal de entrada com cada um dos 2N-1 possíveis níveis de quantização. • Conversor caro. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 62 ADC Tipo Sigma-Delta (ΣΣΣΣ-∆∆∆∆) • São ADC de alta precisão, constituídos por um digitalizador de 1 bit que converte o sinal de entrada numa sequência de bits de alta frequência. • Utilizam alta razão de amostragem (em geral 64 vezes a frequência de Nyquist) – over sampling. • Constituído por um integrador que integra a diferença entre o sinal de entrada e o sinal de saída do DAC e por um comparador (ADC de 1 bit). • Implementados em DSP. 123 Exercícios 1. Num processo de conversão A/D e D/A, se um sinal analógico tem componentes de frequência com amplitudes significativas na faixa de frequência que vai de 0 a 100Hz, qual deve ser a taxa de amostragem mínima para que o sinal possa ser reconstruído sem perda de informação? 124 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 63 Exercícios 2. Determine a tensão de saída de um DAC de 4-bit com uma Vfs=10,0V dada as entradas: a) 00012 b) 01002 c) 11112 125 Exercícios 3. Qual o maior valor da tensão de saída de um conversor D/A de oito bits, que produz 1,0V na saída, para uma entrada de 001100102? 4. Qual a resolução do conversor D/A do exercício 3? 5. Para o conversor D/A do exercício 3, determine VOUT para a entrada de 100012. 126 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 64 Exercícios 6. A figura abaixo mostra um computador controlando a velocidade de um motor. Uma corrente analógica entre 0 e 2mA é amplificada para produzir velocidades de 0 a 1000rpm (rotações por minuto). Quantos bits devem ser usados na entrada do DAC se o computador deve ser capaz de produzir velocidades que variem de no máximo 2rpm? 127 DAC Exercícios 7. Quantos bits são necessários em uma rede R- 2R para obter uma definição de 1mV se a escala completa é +5V? 8. Qual a precisão de um conversor A/D de 12 bits? 9. Para que serve um “sample-hold”? Desenhe o seu circuito básico. 128 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 65 Exercícios 10. Considere um sensor de temperatura LM35 que tem uma sensibilidade de 10 mV/°C, o qual será utilizado em um termômetro com uma faixa de entrada de -20 a 100 °C. Calcule a resolução se o sensor for ligado a uma placa A/D de 12 bits com uma faixa de entrada de: –5 V a + 5 V. 129 Exercícios 11. Um sinal analógico na faixa de 0 a +10 V deve ser convertido em um sinal digital de 8 bits. Pede-se: a) Qual a resolução da conversão em Volts? b) Qual a representação digital para uma entrada de 6 V? 130 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 66 131 Ementa 1. Conceitos de Instrumentação 2. Efeitos Físicos Aplicados em Sensores 3. Medidas de Grandezas Elétricas 4. Medição de Temperatura 5. Medição de Força e Deslocamento 6. Medição de Velocidade e aceleração 7. Medição de Vibração 8. Medição de Nível e Pressão 9. Sensores Ópticos 10. Atuadores Capítulo 2 132 Efeitos Físicos Aplicados em Sensores 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 67 133 • Efeito Piezoelétrico • Efeito Indutivo • Efeito Capacitivo • Efeito Hall Efeitos Físicos Aplicados em Sensores Roteiro Efeitos Físicos Aplicados em Sensores Motivação • A maior parte dos sensores utilizados na prática fazem uso de efeitos, ou fenômenos, físicos, provenientes de pesquisas de propriedades de materiais. • Por exemplo, o efeito capacitivo pode ser utilizado na medição de deslocamento, aceleração, pressão, nível, etc. • Um sensor de campo magnético pode fazer uso do efeito Hall e assim por diante... 134 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 68 135 • Efeito Piezoelétrico • Efeito Indutivo • Efeito Capacitivo • Efeito Hall Efeitos Físicos Aplicados em Sensores Roteiro Efeito Piezoelétrico • A palavra “piezo” vem do grego e significa pressão. • Em 1880, Jacques e Pierre Curie descobriram que a pressão mecânica aplicada a um cristal de quartzo provoca o surgimento de um potencial elétrico. • Chamaram o fenômeno de efeito piezoelétrico. • Posteriormente descobriram que aplicando um potencial elétrico no cristal, o mesmo se deforma, este fenômeno foi denominado efeito piezoelétrico reverso. 136 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 69 Efeito Piezoelétrico • Cristais de titanato zirconato de chumbo geram piezeletrecidade mensurável quando a sua estrutura estática é deformada por cerca de 0,1% da dimensão inicial. • Por outro lado, esses mesmos cristais mudam cerca de 0,1% da sua dimensão estática quando um campo elétrico externo é aplicado ao material. • Como exemplo, o efeito piezoelétrico inverso é usado na produção de ondas de ultra-som ou posicionadores nanométricos. 137 Efeito Piezoelétrico • Exemplos de transformações mecânico-elétrica – Medidor de pressão – Medição de aceleração – Microfone 138 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 70 139 Efeito Piezoelétrico • Exemplos de transformações elétrico-mecânica – Buzzers – Alto-falantes – Alto-falante para celulares – Ultrassom Tweeter piezoelétrico, 150W, resposta de frequência de 3 kHz a 20 kHz 2 a 4 kHz, 93dB 0.5mm de espessura Efeito Piezoelétrico • Um cristal de quartzo, piezoelétrico, quando excitado por uma corrente elétrica vibra com uma frequência fixa, que depende da forma e lapidação do cristal e que não varia com a temperatura ou a frequência da corrente. • Uso em clock de CPU e base de tempo para relógios. 140 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 71 Efeito Piezoelétrico • O projeto arrojado refer-se a utilização dos materiais piezoelétricos emruas e estradas, onde a pressão causada pela movimentação dos carros podem ser usadas para gerar eletricidade de forma barata. 141 Projeto Windstalk • Um novo conceito de energia eólica está sendo planejado para Masdar City, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. • O projeto envolve uma ideia totalmente diferente, que utiliza uma série de 1.203 "talos” de 55 metros de altura, 30 centímetros de diâmetro na base e cinco centímetros no topo. • Os postes são de fibra de carbono revestidos de material piezoelétrico. • Os chamados "Windstalks" - de geração de energia cinética - balançam com o vento de forma semelhante aos talos de trigo. • Eles estão ancorados no chão, em bases de concreto que variam entre dez e 20 metros de diâmetro. 142 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 72 Projeto Windstalk 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 73 http://atelierdna.com/masdarwindstalk/ http://atelierdna.com/masdarwindstalk/ 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 74 147 • Efeito Piezoelétrico • Efeito Indutivo • Efeito Capacitivo • Efeito Hall Efeitos Físicos Aplicados em Sensores Roteiro Efeito Indutivo • A lei de Faraday determina que se uma bobina de N espiras estiver imersa em uma região de fluxo magnético variante, aparecerá entre seus terminais uma tensão induzida (Vb), dada por: 148 3@ = A ∙ &∅&. Onde dφ/dt é a taxa de variação do fluxo que atravessa a bobina. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 75 Sensores Indutivos • Sensores de Proximidade: – São dispositivos capazes de detectar a aproximação de peças metálicas. – Utilizados em máquinas e sistemas de automação, em substituição às tradicionais chaves fim de curso. – A detecção ocorre sem contato físico entre o sensor e o elemento a ser detectado, aumentando a vida útil do sensor por não possuir peças móveis sujeitas a desgastes mecânicos. 149 Sensor de Proximidade • O princípio de funcionamento baseia-se na alteração da indutância de uma bobina na presença de um núcleo de metal. • A bobina faz parte de um circuito oscilador que gera um sinal senoidal. • Quando um metal aproxima-se do campo, este por correntes de superfície (Foulcault), absorve parte da energia do campo, diminuindo a amplitude do sinal gerado no oscilador. • A variação de amplitude deste sinal é detectada e atua no estágio de saída. 150 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 76 Sensor de Proximidade 151 Sensor de Proximidade 152 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 77 Sensores Indutivos • Sensor de Rotação para Motores a Combustão – Geralmente localizado no Volante do Motor, o sensor indutivo informa à ECU a rotação e a posição do volante. – O fluxo do campo magnético da bobina varia com o movimento da roda dentada, gerando uma tensão variável na bobina em função da proximidade do dente, esta informação é interpretada pela ECU. 153 154 • Efeito Piezoelétrico • Efeito Indutivo • Efeito Capacitivo • Efeito Hall Efeitos Físicos Aplicados em Sensores Roteiro 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 78 Efeito Capacitivo • Capacitância é a propriedade elétrica que existe entre dois condutores, separados por um isolante e submetidos a uma diferença de potencial. • A carga “q” em um capacitor é proporcional a diferença de potencial entre as placas. • A constante de proporcionalidade que relaciona carga e tensão é chamada capacitância [F]. 155 C = D ∙ E3 Onde: q [C/m2] é a densidade de carga; A [m2] é área do capacitor e V [V] a tensão aplicada. Efeito Capacitivo • A capacitância pode também ser representada por: 156 C = ε� ∙ E& Onde: εi [F/m] é a permissividade do isolante (capacidade de armazenar cargas); A [m2] é área do capacitor ; d [m] a distância entre as placas; εo [F/m] é a permissividade do vácuo, sendo εo=8,85x10-12 e K é a constante dielétrica do isolante. ε� = εF ∙ G Material K Óleo Mineral 2,1 Água Pura 80 Mica 3,2 Poliéster 3,2 Papel 2 Ar 1 Polímeros 1 a 2 Cerâmicas 4 a 10 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 79 Sensores Capacitivos • Detectores de Proximidade: – Dispositivos utilizados para detectar a presença de objetos próximos às placas sensoras. – Geram campo eletrostáticos e detectam mudança neste campo quando um alvo se aproxima da face ativa. O alvo altera a capacitância do circuito. – Constituídos de uma ponta capacitiva, um oscilador, retificador e circuito de saída. – São sensores utilizados para detectar objetos de natureza metálica ou não. 157 Detectores de Proximidade Capacitivos 158 Detectam objetos metálicos e não metálicos C varia linearmente com d C varia linearmente com ε A amplitude do oscilador aumenta com C 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 80 159 Aplicações de Sensores Capacitivos Sensor de nível Detector de vazamento 160 Aplicações de Sensores Capacitivos Tela Touchscreen Capacitiva 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 81 Diferença entre Telas Touchscreen • Existem duas tecnologias mais comuns telas tipo touchscreen. São eles: – Resistiva – Capacitiva 161 Telas Touchscreen Resistivas • Telas resistivas são compostas por várias camadas. Duas destas camadas são de material condutor. Quando pressionamos a tela, estas duas camadas fazem contato, detectando o ponto e convertendo-o em coordenadas. • Com esta tecnologia é possível usar qualquer coisa para tocar a tela: dedos, canetas etc. Por outro lado, ela não suporta a função multitouch. • Um tela resistiva oferece entre 75% e 85% de precisão, e sempre precisam ser calibradas, devido ao desgaste do material. • São as telas mais baratas do mercado. 162 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 82 Telas Touchscreen Capacitivas • As telas capacitivas consistem num campo elétrico uniforme que é distorcido pelo toque do dedo. Os sensores detectam o ponto exato onde ocorreu o toque, adquirindo as coordenadas. • Essa tecnologia oferece 100% de precisão. • A função multitouch, pode ser aplicada neste tipo de tela permitindo, por exemplo, que o usuário possa dar zoom usando dois dedos simultaneamente, como acontece no iPhone ou iPad. Neste caso, não é possível utilizar outros meios para tocar a tela como uma caneta (usada no touchscreen resistivo), pois não causam nenhuma distorção no campo elétrico. 163 164 MEMS Capacitivos • O que são MEMS? Provavelmente você tem um e não sabe! 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 83 165 MEMS Micro-Electro-Mechanical System (MEMS) é a integração de elementos mecânicos, sensores, atuadores e eletrônica em um mesmo substrato de silício, através de uma tecnologia de microfabricação. 166 MEMS Dispositivo utilizado em navegação marítima, aviação e espacial. Atua no piloto automático, permitindo o vôo em condições de visibilidade zero. Nos vôos espaciais o dispositivo é fundamental para a orientação das espaçonaves. O giroscópio serve como referência de direção. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 84 • São MEMS que que funcionam através do efeito capacitivo. • Aplicações: giroscópios, inclinômetros e acelerômetros. 167 MEMS Capacitivos MEMS Capacitivos Aplicados em ABS 168 Dual-Axis SPI Inertial Sensor Accelerometer designed for use in Automotive Airbag systems 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 85 169 • Efeito Piezoelétrico • Efeito Indutivo • Efeito Capacitivo • Efeito Hall Efeitos Físicos Aplicados em Sensores Roteiro Efeito Hall • O efeito Hall esta relacionado ao surgimento de uma diferença de potencial (VH) em um condutor elétrico, quando este condutor ésubmetido a um campo magnético perpendicular à corrente. 170 1. Corrente elétrica (i); 2. Seção do condutor com espessura (t); 3. Imã (fonte de campo); 4. Campo magnético (B); 5. Fonte de tensão. RH = const. de Hall 3H = IH ∙ # ∙ J. VH 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 86 Sensores de Efeito Hall • Sensor de Corrente 171 3H = IH ∙ KL ∙ J. = k ∙ KN J = ∙ O O = A ∙ KN4 Technical Data Type : L130P Manufacturer: LEM Technology : Closed loop Hall Effect Measurement : Current Primary Nominal Value : 130 A Accuracy : 0.5 % Mounting : PCB Measuring Range : 200 A Supply Voltage : 12 - 15 Densidade de fluxo mag. Intensidade de campo mag. Sensores de Efeito Hall • Hall Effect Sensor has fixed 4-20 mA output range. • True RMS current sensing. • HCT-DHR420 series, with input sensing currents from 20 - 1.000 A, linearity <0.5% with ±1% accuracy levels. • Bandwidth is up to 6 kHz, with response time <200 msec. • Manufacturer Premo Group 172 • Sensor de Corrente 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 87 Sensores de Efeito Hall 173 • Sensor de Corrente 174 Sensores de Efeito Hall • Sensor de Velocidade 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 88 C A B 175 Sensores de Efeito Hall • Sensor de Posição em Motores DLDC 176 Ementa 1. Conceitos de Instrumentação 2. Efeitos Físicos Aplicados em Sensores 3. Medidas de Grandezas Elétricas 4. Medição de Temperatura 5. Medição de Força e Deslocamento 6. Medição de Velocidade e aceleração 7. Medição de Vibração 8. Medição de Nível e Pressão 9. Sensores Ópticos 10. Atuadores 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 89 177 Capítulo 3 Medidas de Grandezas Elétricas 178 • Medidores de Tensão • Medidores de Corrente • Medição de Resistência, Capacitância e Indutância • Medição de Potência • Exercícios Medidas de Grandezas Elétricas Roteiro 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 90 179 • Medidores de Tensão • Medidores de Corrente • Medição de Resistência, Capacitância e Indutância • Medição de Potência Medidas de Grandezas Elétricas Roteiro Medidores de Tensão • O VOLTÍMETRO é o instrumento cuja função é medir tensão elétrica. • Este instrumento tem como principal característica alta impedância de entrada (um voltímetro ideal tem Zin→∞). • Como este instrumento é conectado em paralelo com o circuito, se Zin for infinita, a corrente derivada do circuito é nula e o circuito não “perceberá” a presença do instrumento. 180 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 91 Medidores de Tensão 181Voltímetros fornecem medidas RMS Tensão RMS • O valor eficaz ou RMS (Root Mean Square) de uma onda periódica (CA) de tensão, ou corrente, está relacionado com o calor dissipado em uma resistência. • Representa o valor de uma tensão contínua que produz a mesma dissipação de potência que a tensão CA. 182 3PQR = 1ST 6� . &. U V 3PQR = 3�2 Para sinais senoidais 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 92 Medidores de Tensão • Transformador de Potencial (TP) – TP é um transformador especial usado em sistemas de medição de tensão elétrica, sendo capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima suportável pelos instrumentos de medição. 183 Transformador de Potencial (TP) • O enrolamento primário de um TP consiste de um número elevado de espiras adequado a tensão operacional da rede à qual será conectado. • O enrolamento secundário, entretanto, possui um número de espiras menor, adapta-se a tensão do equipamento ou dispositivo que será conectado ao enrolamento secundário. 184 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 93 185 Transformadores (Relações Básicas) Medidas de Tensão • Medida de tensão instantânea no barramento CC de um inversor de frequência 186 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 94 187 • Medidores de Tensão • Medidores de Corrente • Medição de Resistência, Capacitância e Indutância • Medição de Potência Medidas de Grandezas Elétricas Roteiro 188 Medidores de Corrente • O AMPERÍMETRO é o instrumento cuja função é medir corrente elétrica. • Este instrumento tem como principal característica baixa impedância de entrada (um amperímetro ideal tem Zin = 0Ω). • Como este instrumento é conectado em série com o circuito, se Zin for nula, a queda de tensão no instrumento é nula e o circuito não “perceberá” a presença deste. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 95 189 Medidores de Corrente 190 Medidor de Corrente Digital SHUNTS 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 96 • Shunt Resistor – Tipo especial de resistor para medição de corrente 191 Medidores de Corrente 192 • Shunt Resistor Medidores de Corrente Potência Medição Especificação: Amp/mV 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 97 193 • Shunt Resistor (baixa potência) Medidores de Corrente Resistores de fio enrolado NÃO são adequados a função de shunt devido à auto indutância Medição a 4 fios Potência Medição SMD • Sensores de Efeito Hall 194 Medidores de Corrente 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 98 Medidores de Corrente • Transformador de Corrente – Um transformador de corrente (TC) é um dispositivo que reproduz no seu circuito secundário, a corrente que circula em um enrolamento primário com sua posição vetorial mantida. – Os TCs, também chamados de transformadores de instrumentos (TI), são utilizados em aplicações de alta tensão, fornecem correntes reduzidas e isoladas do circuito primário de forma a possibilitar o seu uso por equipamentos de medição, controle e proteção. 195 Símbolo Medidores de Corrente • Transformador de Corrente 196 #R = ANAR ∙ #N #N #R #R = #NAR Caso particular Para NP=1 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 99 Transformadores de Corrente 197 198 Aplicação de TP & TC em Alta Tensão 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 100 199 • Medidores de Tensão • Medidores de Corrente • Medição de Resistência, Capacitância e Indutância • Medição de Potência Medidas de Grandezas Elétricas Roteiro Medição de Resistência • Instrumentos ou circuitos destinados a medição de resistências elétricas. – Ohmímetro; – Megôhmetro (para medida de resistências muito altas, ex. isolações, 400MΩ); – Terrômetro (medidor de resistência de terra); – Método de Kelvin, ou 4 fios (para medidas de resistências muito baixas ou distantes); – Ponte de Wheatstone (para medição de precisão). 200 ? 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 101 Método de Kelvin ou Medição a 4 Fios • Método de medida adequado a valores baixos de resistência ou quando a resistência a ser medida está muito longe do instrumento. • Compensa a queda de tensão nos cabos de medição. 201 William Thomson, ou Lorde Kelvin. Físico, matemático e engenheiro britânico. 1824-1907 Medida de Resistência a 4 Fios 202 I I ≈ 0 Nota: como Zin do voltímetro é alta, praticamente não existe queda de tensão no cabo que o conecta. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 102 203 Medida de Resistência a 4 Fios Usando dois Multímetros Amps Volts Ponte de Wheatstone • Circuito utilizado para medição precisa de resistência elétrica. • Esta ponte possui quatro braços resistivos, uma fonte de tensão CC e um detector de zero (galvanômetro ou outro detector de corrente). • A intensidade da corrente no detector de zero depende da diferença de potencial (ddp) entre os pontos 1 e 2. • A ponte estará equilibrada quandoa ddp entre 1 e 2 for nula (corrente no detector =0). A ponte é equilibrada por R2. 204 I� I = I� I� Na condição de equilíbrio 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 103 Aplicações para Ponte de Wheatstone • A ponte de Wheatstone é utilizada como circuito de condicionamento de sinais em: – Medição de Temperatura (NTC, PTC); – Medição de Pressão (Strain Gage); – Medição de Peso (Strain Gage). • Nestes casos o “resistor desconhecido” é o sensor. 205 Rx Medição de Capacitância • Instrumentos ou circuitos destinados a medição de capacitâncias. – Capacímetro ou pontes RLC; – Ponte de Schering – Ponte de Hay – Ponte de De Sauty 206 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 104 Ponte de Schering • As pontes de balanceamento de tensão também podem ser utilizadas para medição precisa de capacitâncias. • Assim como a ponte de Wheatstone, o seu princípio de funcionamento é baseado no balanceamento da ponte. • Esta ponte possui um braço resistivo, um capacitivo, uma impedância paralela, uma impedância série (desconhecida), uma fonte de tensão CA e um detector de zero. 207 Ponte de Schering 208 R1 R2 RX C1 C3 CX Quando a ponte está balanceada pode-se escrever: Igualando-se os termos semelhantes • C1 é um capacitor ajustável (trimmer ou capacitor a ar). • C3 é um capacitor de referência (precisão), por ex. capacitor de mica. • O balanceamento é obtido atuando-se sobre C1 e R2. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 105 Ponte de Schering • IMPORTANTE: – Rx é a resistência interna do capacitor Cx e é responsável pelas perdas deste capacitor. – Apesar da ponte de Schering ser uma ponte CA, os valores desconhecidos NÃO dependem da forma de onda e da frequência da fonte. 209 Ponte de Hay • Esta ponte é uma modificação da ponte de Maxwell, que pode ser utilizada para medir capacitâncias e indutâncias. 210Ponte de Maxwell 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 106 Ponte de Hay para Capacitâncias 211 Quando a ponte está balanceada pode-se escrever: Igualando-se os termos semelhantes • A vantagem com relação à ponte de Schering é que não há necessidade de se utilizar um capacitor variável. • C1 deve ser de precisão. • O balanceamento ocorre atuando-se sobre R1 e R3. Ponte de De Sauty • Ponte de corrente alternada para medição de capacitâncias inspirada na ponte de Wheatstone. 212 x Quando a ponte está balanceada pode-se escrever: I�W = IXW� W = IXI� W� Portanto: C2 é o capacitor de referência e o balanceamento da ponte é feito através de R1 e R4. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 107 Aplicação para Ponte de De Sauty • Um transdutor de nível de líquido pode ser construído a partir de uma ponte de De Sauty. • Utilizando-se um sensor capacitivo (C1), balanceia- se a ponte para o tanque vazio (e=0V). Após encher o tanque mede-se a tensão para o tanque cheio. Desta forma é possível ter uma relação par qualquer nível do tanque. 213 Vazio (e=0V) Cheio 214 Medição de Indutância • Instrumentos ou circuitos destinados a medição de indutâncias. – Pontes RLC; – Ponte de Maxwell; – Ponte de Hay. 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 108 Ponte de Maxwell para Medida de Indutâncias • É utilizada para determinar indutâncias desconhecidas em função de resistências e capacitância calibradas. • Motivo: indutância calibrada (padrão) é difícil de se obter e devido ao acoplamento mútuo entre a indutância desconhecida (Lx) e a padrão. • É utilizada para fator de qualidade (Q) baixo: 215 1 < Q < 10 Fator Q • A figura de mérito, ou fator de qualidade, de um indutor é denominada fator Q. • Q é associado à seletividade de um circuito. • Quanto maior Q, melhor será a capacidade do circuito em separar frequências próximas. 216 Y = �0I = Z, I Onde: L = indutância própria R = resistência série equivalente 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 109 Ponte de Maxwell para Medida de Indutâncias 217 Quando a ponte está balanceada pode-se escrever: [�[ = I�I\ , = I�I\W� Rearranjando os termos: • C1 é o capacitor de referência. • Rx é a resistência série do indutor. • O balanceamento da ponte é feito através de R1 e R3. I = I�I\I� Ponte de Hay para Indutâncias 218 No equilíbrio: Igualando-se os termos semelhantes • Nesta configuração, compara-se uma capacitância conhecida (C1), com uma indutância desconhecida (Lx). • C1 deve ser de precisão. • Rx é a resistência série de Lx a qual depende da frequência da fonte. • O balanceamento ocorre atuando-se sobre R1 e R3. Utilizada para Q>10 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 110 219 • Medidores de Tensão • Medidores de Corrente • Medição de Resistência, Capacitância e Indutância • Medição de Potência Medidas de Grandezas Elétricas Roteiro Medição de Potência • Por definição potência é trabalho realizado por unidade de tempo. • A unidade de potência é: ] ^ = ] L ∙ L ^ = 3 ∙ E = _ • Existem duas medições de potência: CC e CA. • Corrente contínua: ` = 3K [_] • Corrente alternada: ` = 3K8�cd [_] 220 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 111 221 !` = 8�c "�8.e fN =cosϕ Q=V.I.senϕ [VAr] P=V.I.cosϕ [W] ϕ • FP unitário significa ϕ=0°, ou seja: • cosϕ=1 • P=S e Q=0 Fator de Potência para Sistemas Senoidais Triângulo de Potência 222 Fator de Potência para Sistemas Não Senoidais Q P ϕ1 γ Tetraedro de Potência Onde: S = potência aparente total [VA] S1 = potência aparente da fundamental [VA] P = potência ativa [W] (realiza trabalho) Q = potência reativa em regime sinoidal [Var] D = potência reativa associada aos harmônicos [VArh] (Distortion Power) !` = cosϕ�1 + SOg� SOg = K� � + K\ � +⋯+ K� �K� i 100% Onde: 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 112 223 Wattímetro Analógico Wattímetro Digital 224 Medidor de energia (kWh) Medidor de potência trifásico: W, VA, Var Tensão Corrente TC ou Shunt TP 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 113 Medição de Potência Monofásica 225 Medição de Potência Trifásica 226 Método dos dois wattímetros, aplicável para ligações trifásicas a três fios 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 114 Smart Meters Medidores Inteligentes de Energia 227 Medidores de energia que integram os smart grids Smart Meters & Smart Grid 228 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 115 Exercícios 1. O que é uma resistência tipo shunt? 2. Um resistor shunt especificado para 100A/200mV é utilizado em um circuito cuja corrente é 45A. Calcule a resistência, a queda de tensão e a potência dissipada no shunt. Este shunt será conectado a um ADC cuja faixa dinâmica é 0 a 3,3V. Qual deve ser o ganho do amplificador para condicionar o sinal, considerando a máxima corrente igual à 100A? 229 Exercícios 3. Considere a ponte de Wheatstone representada na figura abaixo. Se R1=15KΩ, R2=10KΩ, R3=30KΩ; qual deverá ser o valor de R4 para a ponte estar equilibrada? 230 G 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 116 Exercícios 4. O que acontece com relação à diferença de potencial entre os pontos A e B se a tensão da fonte de alimentação aumentar? 231 Exercícios 5. Um transdutor de força é um aparelho capaz de medir a força de compressão, ou alongamento, que um dado objeto está submetido. O circuito representa tal transdutor, utilizando-se um strain gage como sensor, ligado a um circuito em ponte. Explique o que acontece à tensão medida na ponte se o transdutorfor submetido a uma força de compressão, pressupondo-se que inicialmente a ponte foi balanceada sem qualquer força aplicada. 232 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 117 Exercícios 6. A baquelite é um material isolante largamente utilizada em aplicações elétricas, principalmente pelo seu baixo custo. Como qualquer isolante elétrico, uma das principais características deste termo-fixo é sua rigidez dielétrica, que se for baixa poderá causar risco de choque elétrico. Utilizando uma ponte de Schering calcule a rigidez dielétrica de um espécime de baquelite e sua capacitância. Considere as seguintes características da ponte: tensão de alimentação 20kV/50Hz; capacitor padrão (referência) 106pF; o balanceamento da ponte foi obtido com um capacitor de 0,35µF em paralelo com uma resistência não indutiva de 318Ω e no braço restante da ponte foi ajustado um resistor de 130 Ω. Veja figura a seguir. Determine a corrente de fuga deste espécime se for submetido a um teste padrão de hi-pot de 1860V. 233 Exercícios 234 Figura do exercício 6 Modelo elétrico do espécime de baquelite 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 118 Exercícios 7. Calcule a potência de um motor cuja força produz um trabalho de 537J em 10s. 8. Considere a figura abaixo e calcule a potência aparente na carga. 235 Exercícios 9. A tensão aplicada em um resistor de 10 Ω é v(t) = 170sen(377t) V. Determine: (a) Uma expressão para a potência instantânea absorvida pelo resistor; (b) A potência de pico e (c) A potência média. 236 09/08/2014 UNICEP - Mario L. Botega Jr. 119 Exercícios 10. Três impedâncias iguais de 5∠-30°Ω são ligadas em estrela e alimentadas por um sistema trifásico a três condutores cuja tensão de linha é 150V. Aplicando-se o método dos dois wattímetros, determine a leitura dos wattímetros e a potência total dissipada na carga. 237
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