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Ambiente de Águas Profundas “Sob o pondo de vista da sedimentologia, considera-se que os ambientes de águas profundas são aqueles situados abaixo do nível base das ondas de tempestade, ou seja, um patamar de profundidade abaixo do qual as ondas não interagem com o fundo. Nesse contexto estão incluídos ambientes marinhos e lacustres em que os principais processos de transporte e deposição de grandes volumes de sedimentos são os fluxos gravitacionais.” Diagrama esquemático ilustrando a diferença entre ambiente marinho raso Pericontinental (plataforma continental) e Epicontinental. Cerca de 65% da área da superfície da Terra é coberto pelo Talude continental, elevação continental, trincheiras ou fossas e piso oceânico profundo. Elevações continentais ocorrem em margens continentais passivas, e podem ter relevos de canyons submarinos (vales incisos). Elevações continentais são geralmente ausentes em locais de margem continental ativa onde ocorrem zonas de subducção. No lugar das E.C. podem ocorrer trincheiras ou fossas. Planícies abissais são áreas extensas aproximadamente planas pontuadas por montes submarinos. • Taxas de sedimentação em ambientes de águas profundas são baixas – condições de • Normalmente o resultado da sedimentação são finas camadas de rochas sedimentares extremamente delgadas – . • A exceção são os depósitos de depositados próximos ao ´sopé do talude, onde a taxa de sedimentação excede 10 m / 1000 anos. Sedimentos turbidíticos podem alcançar milhares de metros. Tipos de sedimentos encontrados em ambiente de águas profundas: - São alóctones, trazidos pelo gelo, rios até a costa. Vento tem a capacidade de levar sedimentos para regiões mais profundas. - Correntes de turbidez são capazes de transportar gigantescos volumes de sedimentos clásticos até grandes distâncias. Sua composição reflete a área fonte. - São autóctones. - Formados pela acumulação de carapaças de pequenos organismos. - Vazas carbonáticas (foraminíferos e cocolitos) ou silicosas (radiolários e diatomáceas). - Chuva pelágica ou acomodação pelágica Foraminíferos Planctônicos e radiolários - São autóctones. - Formados pela precipitação química junto ao assoalho oceânico. - Fosforitos, nódulos de manganês e ferro - São alóctones, sedimentos clásticos originados da ação de vulcanismos. - Sedimentos vulcaniclásticos e periclásticos - Cinzas, lapilli e bombas. - São alóctones, oriundos do espaço exterior, constituídos por fragmentos de meteoritos que atingem leito oceânico. Turbity current Sediment Gravity Flows Corrente de Turbidez • Fluxos mantidos por ação da gravidade sobre as partes com densidades ligeiramente diferentes de uma massa fluida (correntes de densidade). • Inicialmente, agente de escavação de canyons submarios, agente de formação de depósitos flysch (fácies típicas caracterizadas por espessas sequências de arenito e folhelho intercalados). • Canyons submarinos , partes distais do leque submarino sobre o assoalho da bacia. CABEÇA: Porção frontal, mais rápida e até duas vezes mais espessa que o resto do Fluxo, onde são transportados os grãos maiores. CORPO: Região central da corrente onde o fluxo é praticamente uniforme CAUDA DA CORRENTE: Uma zona de rápido adelgaçamento do fluxo, onde dominam Tamanhos de grãos menores. Intensa turbulência e erosão Maior energia, Maior granulometria, formado por areia grossa conglomerática, maciça ou com granodecrescência ascendente, depositada sobre uma superfície erosiva. Resulta da deposição rápida a partir de transporte por suspensão. Formado por areia média/grossa com estratificação plano-paralela, depositada no regime de fluxo superior. Formado por areia fina, organizada em microestratificação cruzada ascendente (climbing ripples), depositada no regime de fluxo inferior. Lâminas de silte e argila, depositados por suspensão Pelitos bacinais • Mutti (1992) – propôs uma classificação preditiva de fácies turbidíticas, definindo 9 tipos básicos e três acessórios, associados as transformações de fluxo. • As fácies podem ser agrupados em três conjuntos, conforme a granulometria. Conjuntos Fácies Turbidíticas Granulação muito grossa F1, F2, F3 Granulação grossa F4, F5, F6 Granulação fina F7, F8, F9 Fácies de Mutti Arcabouço para um esquema de classificação preditiva de facies turbidíticas (Mutti, 1992; Mutti et al., 2003b). F1 – Sedimentos grossos – mal selecionados Paraconglomerado (Fluxo de detritos) – Fluxo coesivo-ultraviscoso F2 – Aumento da declividade do terreno, Clastos maiores na parte basal, presença de clastos de argila arrancados do substrato, Paraconglomerado. FCR – Fácies conglomerática residual F3 – Ortoconglomerados- perda da força da corrente de turbidez hiperconcentrada - Transições. F4 – Ainda restam alguns seixos, e areias grossas, com regime de fluxo superior desenvolvem estratificações plano- paralelas (tapetes de tração) – Arenitos grossos conglomeráticos. F5 – Congelamento rápido da corrente de turbidez supercrítica. São arenitos grossos conglomeráticos, mal selecionados; são comuns feições de escape de fluido, não têm estratificação interna, mas podem mostrar gradação normal. F6 – Arenito Grosso com estratificação cruzada. O contato é brusco, não é erosivo – superfície de by-pass F7 – Arenito fino com tapetes de tração, gradação normal F8 – Arenito Fino maciço (bom Reservatório) F9 – Sequência de Bouma – Depositados por processos de tração e suspensão R e d u ção d e e n e rgia Principais processos deposicionais e erosivos associados com a evolução talude abaixo de uma corrente turbidítica Mutti et al., 2003b).
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