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Fichamento Pompeia cap. 9 História Antiga 2

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Fichamento - História Antiga 2
BEARD, Mary. Pompeia: a vida de uma cidade romana. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2016.
Capítulo 5 – Uma cidade repleta de deuses
1. Biografia do autor e obras:
2. Resumo:
3. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação.
4. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados pelo (s) autor/es.
5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início do texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto.
Aqueles outros habitantes
1)- A cidade tinha literalmente milhares de imagens de deuses e deusas. Se os contássemos todos, pequenos, grandes, médios, eles provavelmente seriam mais numerosos que a população humana – Pg. 321.
6. Ideias
Aqueles outros habitantes
1)- Hoje, tendemos a tomar como certas as imagens dos deuses antigos. Em geral, identificamos o principal atributo da deidade em questão (se for um raio, deve ser Júpiter) e seguimos em frente. Isto significa subestimar o trabalho religioso e cultural das imagens no mundo antigo – pg. 322.
2)- Os romanos podiam discordar violentamente, não a respeito da existência dos deuses (isto era um fato, e não uma crença), mas sobre como eram e como as diversas deidades se relacionavam entre si e como, quando e por que intervinham nas vidas dos homens – Pg. 322.
3)- Neste sentido, muitas imagens de deuses e deusas que os pompeianos viam à sua volta no cotidiano era mais significativas do que podemos pensar [...] A religião antiga dava muito valor às imagens – Pg. 323.
Uma religião sem escrituras
1)- O fato de haver muitos deuses e seu número não ser fixo (sempre era possível descobrir novas deidades em casa ou importa-las de outra parte) são dois aspectos que tornam a religião romana definitivamente distinta do judaísmo, do cristianismo e do islamismo – Pg. 323.
2)- Mas o fato crucial é que a adesão da comunidade à sua religião era demonstrada por meio da ação e do ritual, mais do que das palavras [...] O foco do sistema religioso estava mais na comunidade como um todo do que nos seus membros – Pg. 323.
3)- Aquela era a fórmula usada em todos os níveis da religião romana, pública e privada: a promessa feita aos deuses, que se pagava com um oferenda ou um sacrifício, caso fosse atendida – Pg. 324.
4)- Contudo, apesar das expressões de devoção privada, eram os vínculos entre a religião e a cidade ou o estado como um todo que davam à religião romana o seu caráter particular – pg. 324.
5)- Para simplificar ao máximo, enquanto fossem devidamente venerados, oficialmente os deuses protegeriam e apoiariam Roma e, numa escala menor, Pompeia. Caso fossem esquecidos, o resultado certamente seria desastroso – Pg. 324.
6)- Mas talvez possamos entende-la melhor em termos de reciprocidade do patrocínio, da honra e da benemerência que já vimos nas relações entre a elite pompeiana e os demais cidadãos – Pg. 324.
7)- Como em outras partes do mundo romano, havia um troca entre as tendências centralizadoras de Roma e o tremendo grau de particularidade local – Pg. 325.
8)- Junto com o axioma político básico que vinculava o êxito da comunidade à adoração dos deuses havia a estrutura e o caráter do sacerdócio [...] Em geral, os sacerdotes dos deuses eram os homens que conduziam os negócios políticos da cidade – Pg. 325.
9)- O mais importante a recordar é que a variedade de respostas devia ser enorme, do cinismo e do tédio à piedade. Os romanos não eram mais unânimes nestas questões que nós – Pg. 326.
Os templos da cidade
1)- Os romanos tinham um repertório de diferentes espaços sagrados, que iam dos locais onde a deidade supostamente estaria presente “em pessoa” àqueles onde era possível observar os sinais enviados pelos deus – Pg. 326, 327.
2)- O pequeno Tempo de Fortuna Augusta foi dedicado a uma combinação quase intraduzível da deusa da Boa Fortuna ou Sucesso (Fortuna) e ao poder do imperador (o adjetivo Augusta pode, de um modo confuso ou conveniente, referir-se ao próprio primeiro imperador Augusto ou ao poder imperial de modo geral – porque imperadores posteriores também usaram “Augusto” como parte dos seus títulos – Pg. 327.
3)- A função essencial do templo grego ou romano era abrigar a estátua de um deus ou deusa [...] A tempo era a casa de uma imagem divina, ou “estátua de culto”. A palavra latina mais comum para isso, aedes e não templo, significa simplesmente casa – Pg. 329.
4)- Em Roma, os templos eram os lugares preferidos para abrigar peças valiosas obtidas como butim capturado na guerra ou os textos autorizados das leis inscritas em tabuletas de bronze – Pg. 329.
5)- Até alguns dos monumentos mais destruídos da cidade nos dão mais informações sobre a vida e organização dos templos do que suspeitaríamos à primeira vista, vislumbres aterradores das estátuas de culto e outras riquezas que estiveram ali antes e, às vezes, histórias inesperadas do que ocorria em Pompeia em 79 – Pg. 330.
6)- Há também sinais de que o templo fora mais ricamente adornado do que parece hoje. O piso era encrustado com padrões geométricos em mármore (chamado opus sectile) e as paredes da sala interna eram pintadas em cores vivas – Pg. 331.
7)- Estes fatores, combinados à grande quantidade de fragmentos, levaram alguns arqueólogos a pensar que o prédio [Templo de Júpiter] não estava em restauração em 79, mas temporariamente desativado como templo, sendo usado como depósito de esculturas, ateliê e escritório. Não era preciso se preocupar com as antigas estátuas. Embora algumas delas fossem impressionantes, o que havia ali eram apenas restos – Pg. 333.
Homenageando os deuses: em público e em privado
1)- Mesmo (ou especialmente) em momentos rituais as divisões da ordem social romana são claramente marcadas – Pg. 335.
2)- Mas o sacrifício também fornecia um modelo de como mundo era organizado numa escala muito maior. A matança repetida de animais por humanos para os deuses era um emblema da hierarquia do cosmo, com os humanos no meio entre feras, de um lado, e o divino, do outro – Pg. 336.
3)- O sacrifício era o mais próximo que o mundo romano tinha de uma crença – a crença na ação. Rejeitar o sacrifício, como faziam os cristão, equivalia a rejeitar a religião romana tradicional – Pg. 336.
4)- Não estou convencida disso. Porém, se o prédio conhecido como macellum (“mercado”) de carnes, ele ao menos ficava convenientemente próximo dos principais templos da cidade – Pg. 336.
5)- Outros modos de homenagear os deuses também envolviam prazer para os adoradores humanos. Já vimos que os espetáculos, o teatro e a pantomima faziam parte da “diversão e jogos” de Pompeia – Pg. 337.
6)- As procissões eram outro elemento característico da religião antiga. Sacerdotes, funcionários de todo tipo, grêmios e representantes de ofícios desfilavam pelas ruas. Às vezes havia também imagens dos deuses, incenso e (se houvesse um patrocinador generoso) presentes atirado aos espectadores, nestas festividades a cidade exibia os seus governantes, representantes e deuses – Pg. 338.
Política e religião: imperadores, assistentes e sacerdotes
1)- Aquele era um processo complexo com formas distintas nas diferentes parte do mundo romano, segundo os períodos e a ocasião. Às vezes o Senado romano ungia oficialmente um imperador romano deus por ocasião da sua “morte” e lhe outorgava um templo e sacerdotes. Em algumas províncias, o culto religioso em vida do imperador era a principal forma de expressar lealdade a Roma. Às vezes ele era apenas equiparado a um deus e recebia homenagens “equivalentes” à dos deuses, mas não exatamente as mesmas – Pg. 342.
2)- Mas uma série de inscrições reveladoras demonstra que outras deidades tradicionais às vezes podiam ser ofuscadas pelo imperador – Pg. 344.
3)- Novos elementos inteiramente imperiais foram incorporados à religião local, inclusive novos sacerdotes. Como observamos,os principais sacerdotes da cidade provinham da elite, funcionários do império que lidavam com os assuntos religiosos do estado, às vezes fazendo sacrifícios e ponderando com o conselho sobre decisões e ações religiosas – Pg. 344.
4)- Mas elas [mulheres] possuíam uma considerável quantia de dinheiro e patrocinavam trabalhos públicos. Como vimos nas inscrições fragmentárias, o amplo empreendimento de Eumáquia no Fórum foi acompanhado de outro, patrocinado por Mamia – Pg. 345.
5)- Novos templos e altares também foram construídos. Assim como o Templo de Fortuna Augusta, havia um prédio do lado oriental do Fórum do sacrifício. De fato, o próprio altar dá pistas sobre a ligação com o imperador Augusto: no desenho atrás dele aparecem duas homenagens (coroas de carvalho e de louros), entregues a Augusto pelo Senado em 29 a.C., e o rosto do sacrificador tem mais do que semelhança com aquele imperador. Presume-se que era ali que os sacerdotes do culto imperial faziam os sacrifícios imperiais – Pg. 345.
A poderosa Ísis
1)- Há evidências mais fortes da presença de judeus. Não foi escavada nenhuma sinagoga. Mas há pelo menos uma inscrição em hebraico, algumas referências possíveis à bíblia judaica, inclusive a famosa referência a Sodoma e Gomorra e um punhado de nomes possivelmente judeus – além do Garo kosher – Pg. 347.
2)- Elas [opções religiosas] eram parte do politeísmo romano, não eram alheias a ele, ainda que tivessem uma relação cambiante e às vezes estranha com as autoridade do Estado romano [...] Os sacerdotes da deusa egípcia Ísis foram expulsos de Roma várias vezes, embora mais tarde o culto a Ísis tenha recebido patrocínio oficial dos imperadores romanos – Pg. 348.
3)- O primeiro a ressaltar é que o templo não era aberto ao público em geral. Aquilo era religião para iniciados. Em segundo lugar, o prédio abrigava outros serviços religiosos congregacionais e, possivelmente, um ou mais sacerdotes – Pg. 350.
4)- A impressão geral é de mistura cultural. Aqui, por exemplo, retratos clássicos padrão (como o bronze do ator de mimo Norbano Sórice) e esculturas de deidades tradicionais como Vênus se mesclam com “verdadeiras” bugigangas egípcias, como um tabuleta do século IV a.C. inscrita com hieróglifos – talvez com a intenção de evocar o Egito “autêntico” – Pg. 351.
7. Problematizações principais
8. Listar as fontes e os principais autores (historiografia) mencionados no texto
9. Síntese crítica do texto:

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