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Fichamento Da Barbárie à civilização os bárbaros e sua integração no mundo imperial romano História Medieval 1

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Fichamento - História Medieval 1 
 
FRIGETTO, Renan. A antiguidade tardia: Roma e as monarquias romano-bárbaras 
numa época de transformacoes (Séculos II-VIII). Curitiba: Juruá, 2012. 
 
Capitulo IV - Da Barbárie à civilização - os bárbaros e sua integração no mundo 
imperial romano. 
 
1. Biografia do autor e obras: 
 
2. Resumo: 
 
3. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação. 
 
4. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o 
assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados 
pelo (s) autor/es. 
 
5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início do 
texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto. 
 
a)- Indubitavelmente que um dos elementos que fazem parte daquele percurso 
histórico característico da Antiguidade Tardia foi o da integração de diversos grupos 
bárbaros nos ambientes políticos, sociais e culturais, característicos do mundo 
imperial romano - Pg. 123. 
 
b)- Ou seja, acreditamos que o surgimento dos reinos romano-bárbaros raia parte 
do processo de longa duração historica, iniciado com os primeiros sintomas da crise 
do séc. II no mundo romano, aspecto fundamental para entendermos a contínua 
aparição de reformulações políticas, jurídicas, sociais e culturais e institucionais 
ocorridas entre os séc. II ao V é extensivo aos séculos VI, VII, VIII - Pg. 134. 
 
c)- O século V pode ser caraterizado como o período da História da Antiguidade 
Tardia portador das grandes reviravoltas sob o ponto-de-vista político e institucional 
- Pg. 135. 
 
d)- A situação político-militar, tanto para o mundo imperial romano como para o 
universo bárbaro situado além dos limites imperiais romanos, ganhou novos 
contornos a partir de 435, ano em que Átila passou a ocupar a condição de rei dos 
hunos - Pg. 147. 
 
6. Ideias: 
 
a)- Com estas (populações bárbaras), os romanos estabeleceram acordos e 
contatos que revelam uma grande tendência à integração que forjou, 
indubitavelmente, a própria sociedade romana tardia - Pg. 133. 
 
b)- Ou seja, tais reinos, baseados na aliança entre elementos aristocráticos bárbaros 
e romanos, contribuíram de forma significativa para a fragmentação política e a 
consequente substituição da autoridade imperial romana nos territórios ocidentais - 
Pg. 134. 
 
Os Godos no Oriente Romano 
 
a)- Desde meados do século IV, a presença barbara ao longo das áreas do Danúbio 
e o Reno era sentida duma forma efetiva através, inclusive, do ingresso de grupos 
para o interior dos territórios imperiais romanos - Pg. 136. 
 
b)- Um destes líderes bárbaros, Alarico, utilizou o antigo pretexto da supressao das 
entregas de soldo e da annona por parte do Imperador romano-oriental Areádio, 
bem como de seu tutor o prefeito do Pretório de Constantinopla, Rufino, para 
reavivar o sonho da instauração de um reino todo autônomo e independente nas 
áreas do interior do mundo imperial romano - Pg. 137. 
 
c)- ...segundo informações de fontes históricas, a intenção de Alarico era a de obter 
o reconhecimento da parte da autoridade imperial romana do se estatuto de rei dos 
godos (rex gothorum)...Além disso, Alarico pretendia manter e reforçar seu poder ao 
tentar acender a um alto cargo militar imperial, como o de Mestre Militar (magister 
militum) - Pg. 137. 
 
d)- Está tentativa de usurpação, ao lado da ameaça cada vez mais presente de 
Alarico e dos seus godos, apontava sérias dificuldades para a autoridade imperial 
romana ocidental nos primórdios do século V - Pg. 138. 
 
e)- Os Godos no Ocidente Romano - o ano de 400 marcou, de forma significativa, o 
efetivo início dos problemas militares que assolaram a parte ocidental do mundo 
imperial romano ao longo de praticamente todo o século V - Pg. 138. 
 
f)- Além disso, o exercício da tutela imperial sobre o jovem imperador Honório desde 
a morte de Teodosio, dava a Estilicao um autêntico poder sobre a autoridade 
imperial romana, aspecto este contestado pelos grupos mais tradicionalistas da 
aristocracia senatorial romana - Pg. 140. 
 
g)- Motivado pela aproximação feita entre o imperador Honório e o aristocrata godo 
Saro, inimigo declarado de Alarico, o saque de Roma causou enorme comoção entre 
os pensadores pagãos e cristãos...pela pluma de Agostinho de Hipona, viam no 
ataque e derrocada da urbe pelos bárbaros, um fator positivo relacionado ao 
desenvolvimento escatológico da própria História - Pg. 141. 
 
h)- Conseqüências - De fato, a partir de Alarico, o líder dos godos passa a ser 
sempre denominado pelo título de rei (rex), mas com uma conotação distinta 
daquela utilizada por Tácito dos tempos do Principado - Pg. 141. 
 
O Reino Visigodo de Tolosa 
 
a)- ...os visigodos desenvolveram suas atividades político-miliatres que acabram por 
levá-los a exercerem uma autêntica hegemonia sobre uma grande parcela do 
ocidente romano - Pg. 144. 
 
b)- Por esse motivo, o bom relacionamento entre os grupos aristocráticos visigodos 
e romano seria essencial para ambos, consolidando e fortalecendo a ideia de reino 
dos visigodos e garantindo a integridade patrimonial dos membros da aristocracia 
romana - Pg. 145. 
 
c)- Diante da crônica impossibilidade da autoridade imperial romana ocidental de 
enviar forças militares exclusivamente romanas para conter as ameaças impostas 
pelas Bagauda, algumas das quais ganharam grande alcance, eram utilizados 
exércitos configurados, em sua maioria, por federados visigodos sob o mando de 
aristocratas visigodos - Pg. 146. 
 
d)- A presença mlitar efetiva dos visigodos desde 420 nas áreas da Hispania 
romana, principalmente nas províncias mais romanizadas e próximas do 
Mediterrâneo, acabou por estender a hegemonia visigoda para as regiões ibéricas - 
Pg. 146. 
 
e)- Caesaraugusta (atual Zaragoza, Espanha) onde os visigodos fixaram suas 
principais bases militares. A atuação militar visigoda na Hispania foi bastante intensa 
entre os anos de 420 e 430, sempre a mando dos mestres militares (magistri militi) 
romanos, primeiro Constâncio e depois Aécio, tendo como missão principal eliminar 
a ameaça dos demais grupos bárbaros estabelecidos em solo hispânico - Pg. 146. 
 
f)- Vale recordar que os hunos detinham uma considerável dominação político-militar 
sobre diversos grupos bárbaros estabelecidos no eixo Reno-Danúbio, provocando 
uma natural pressão que precipitava a migração das populações bárbaras da 
Germânia para o interior dos territórios romanos ocidentais - Pg. 147. 
 
g)- Para pressionar a autoridade imperial romana oriental, Átila iniciou no ano de 
441, uma série de incursões sobre os territórios romanos orientais na área balcânica 
- Pg. 147. 
 
h)- É provável que o reconhecimento dado a Átila por Teodósio II, de sua autoridade 
sobre as populações bárbaras tenha aumentado o interesse do rei dos hunos em 
ampliar seu poder político-militar sobre os territórios imperiais romanos que 
contassem com a presença efetiva de grupos bárbaros já assentado de forma mais 
definitiva - Pg. 148. 
 
i)- Exércitos - Átila e Aécio - Ambos os exércitos, formados majoritariamente por 
elementos de procedência bárbara, enfrentaram-se na batalha dos Campos 
Catalúnicos (Campus Mauriacus, nas proximidades da atual Paris, França) onde as 
forças romano-bárbaras, liderados pelo mestre miliar Aécio, conseguiram conter a 
investida de Átila - Pg. 148. 
 
j)- Contudo, vale igualmente apontar que o bispo cristão [Papa Leão I] surgia como 
autoridade a mais, longe de ser a única e a mais importante, mo ambiente político 
da Antiguidade Tardia - Pg. 149. 
 
k)- Com efeito, a partir de Teodorico (453-466), o poder do rei dos visigodos passou 
a atingir tanto as populações de origem visigoda como também a todos os habitantes 
de procedência romana que viviam nas regiões hegemonicamente dominadas pelos 
visigodos - Pg. 149. 
 
l)- Amanutenção, por parte dos visigodos, da heresia ariana como religião oficial 
deve ser interpretada como signo de identidade própria em face da grande parcela 
da população romana que seguia, ao menos oficialmente, o credo católico professa 
por Niceia - Pg. 150. 
Hérulos e Ostrogodos na Itália 
 
a)- Ao longo do séc. V, a Itália foi palco da passagem de importantes grupos 
bárbaros, bem como alvo de ataques e saques de visigodos, hunos e vândalos - Pg. 
151. 
 
b)- Odoacro buscou, segundo o relato das fontes, uma aproximação e, ao mesmo 
tempo, o reconhecimento de seu título de rei, perante o imperador romano oriental, 
tentativas que parecem ter fracassado - Pg. 151. 
 
c)- Os ostrogodos eram, como apontamos anteriormente, os mesmos greutungos 
que foram derrotados pelas forças lideradas pelos hunos no ano de 375 e que 
precipitaram o ingresso dos tervíngios, que denominamos como visigodos, nos 
territórios romanos da área do Danúbio a partir do ano de 376 d.C. - Pg. 152. 
 
d)- Numa ação muito similar às anteriormente promovidas por Alarico e Átila, 
Teodorico Amalo pressionava a autoridade de Constantinopla com ataques, saques 
e confrontação que, quase sempre, rendiam-lhe frutos pessoais. Como a 
conspiração que culminou com o assassinato de Teodorico Estrabão, em 481, que 
colocou Teodorico Amalo na condição de rei dos ostrogodos - Pg. 152. 
 
e)- Este conjunto de fatores, ocorridos entre os anos de 481 e 487, que 
demonstravam a instabilidade existente nos territórios romanos orientais da área 
balcânica gerada pela presença ostograda na região, devem ser analisados para 
compreendermos os reais motivos que levaram a autoridade imperial romana 
oriental a incumbir Teodorico Amalo duma importante tarefa: a de recuperar a Itália 
- Pg. 153. 
 
A Renovação Imperial de Justiniano 
 
a)- Desde o século II, a renovação imperial servia como base para diversas 
reelaborações administrativas, jurídicas, políticas, militares e urbanísticas com a 
notória intenção de estabelecer uma nova era imperial que se destacaria das 
anteriores, conforme a mensagem ideológica proferida pela propaganda - Pg. 155. 
 
b)- Seu poder e prestígio podem ser observados graças à sua meteórica ascensão 
política: em 519 foi nomeado conde; em 520 assumiu condição de mestre militar das 
tropas de reserva; em 521 tornou-se cônsul e, em data entre 522 e 527, recebeu os 
títulos de patrício e nobilíssimo - Pg. 156. 
 
c)- Evidente que para levar a cabo tal renovação imperial, Justiniano contou com o 
apoio de persogagens de primeira grandeza, tanto em termos sociopolíticos como 
também do ponto de vista da formação educacional: dentre seus mais fiéis auxiliares 
podemos destacar a figura de Triboniano, jurista oriundo da Panfília e principal 
artífice da reformulação jurídica que conhecemos como o Código de Justiniano, 
forma pelo Código (Códex) - codificação de todas as constituições imperiais válidas 
desde os tempos de Adriano; pelo Digesto (Digesta ou Pandectae, cuja tradução é 
extratos ordenados ou enciclopédia), estudo e codificação das obras dos juristas 
clássicos; pelas Instituições - Pg. 156. 
 
Recuperação da África 
 
a)- A primeira grande empresa militar externa do reinado de Justiniano foi a de 
recuperação da África à dominação romano-oriental - Pg. 157. 
 
b)- Parece-nos certo afirmar que uma grande parcela do poderio vândalo este 
diretamente relacionada à atuação de Genserico. Seu longo reinado, entre os anos 
de 429 e 477, consolidou a dominação vândala sobre o Mediterrâneo ocidental, a 
tal ponto que o Imperdaor romano-ocidental, Zenão, no ano de 476, concedeu ao 
rei dos vândalos os direitos sobre as ilhas mediterrânecas conquistadas - Pg. 157. 
 
A campanha na Itália 
 
a)- A morte de Teodorico Amalo intensificou as disputas entre a nobreza ostrogoda 
pela ascensão à condição régia, provocando uma evidente crise política na Itália - 
Pg. 158. 
 
b)- O paulatino afastamento de Amalasunta da política levada a cabo por seu pai 
provocou uma separação ainda maior do apoio imperial e, também, dos segmentos 
aristocráticos e senatoriais romanos com relação à autoridade ostrogoda - Pg. 159. 
 
Os Francos na Gália 
 
a)- Desde a segunda metade do século III, as tribos bárbaras de origem franca já se 
faziam presentes nas áreas limítrofes das províncias romanas da Germânia e da 
Bélgica, próximo do Reno - Pg. 161. 
 
b)- Uma hipótese bastante viável se recordarmos que outros grupos bárbaros, como 
o dos visigodos, vândalos, ostrogodos e burgúndios professavam no ambiente da 
corte, a fé ariana. Assim, é possível afirmarmos que Clóvis havia passado duma 
condição herética, ariana, à ortodoxia católica, aproximando-se ainda mais dos 
elementos aristocráticos de origem galo-romana, em particular do episcopado 
católico, presentes em toda a antiga Gália romana - Pg. 162. 
 
c)- Mas, ainda em 511, Clóvis faleceu e deixou em testamento uma divisão de seus 
domínios entre seus quatro filhos varões.A princípio, pomos pensar que a partilha 
territorial realizada por Clóvis seguia, em linhas gerais, a tradição patrimonialista 
características entre os francos. Portanto, segundo esta tradição, os filhos varões 
do soberano receberiam, em partes iguais, parcelas do seu patrimônio. Ora, tal 
perspectiva sugere a confusão entre patrimônio privado, do rei enquanto elemento 
nobilitado, e o patrimônio régio que incluiria vastos domínios que integravam as 
propriedades da realeza enquanto instituição - Pg. 163. 
 
Os Saxões e a Britânia 
 
a)- Desde os primórdios do sec. V, os romanos foram, paulatinamente, abandonado 
a Britânia em termos adminsitrativos e militares - Pg. 164. 
 
b)- Confrontações que, certamente, contribuíram para o ingresso de populações de 
origem bretã, como os pictos e os escotos, que ultrapassaram de forma mais 
sistemática as desfesas representadas, ao norte, pelos muros de Adriano e de 
Antonino - Pg. 165. 
 
c)- Devemos tomar certa precaução ao tratarmos dessa questão na medida em que 
sabemos da secular presença romana na Britânia, e mesmo que a consideremos 
superficial, seria muito difícil o esquecimento de certas práticas políticas e culturais 
das populações de origem britano-romana. Acreditamos que através do contato com 
certas populações autóctones, os saxões acabaram absorvendo, mesmo que forma 
tênue, algumas práticas políticas romanas ainda mantidas e preservadas na Britânia 
- Pg. 166. 
 
d)- Já em termos culturais e religiosos, a manutenção de práticas pagãs bretãs e 
sua mescla àquelas trazidas pelos saxões foi mantida no ambiente aristocrático e 
nobiliárquico até a segunda metade do séc. VII, momento no qual o cristianismo, 
tanto de rito irlandês como o romano, começou a ganhar adeptos junto as já 
consolidadas cortes régias saxônicas - Pg. 166. 
 
Visigodos e Suevos na Hispania 
 
a)- A derrota visigoda perante os francos na batalha de Vogladum (atual Vouillé), no 
ano de 507, e a morte do rei dos visigodos, Alarico II, significou o fim do reino 
visigodo estabelecido na Aquitania desde 418, e a redução da hegemonia visigoda 
sobre grande parte do ocidente tardio - Pg. 166. 
 
b)- Podemos dizer que o reinado de Leovigildo foi marcado por diversas 
confrontações militares que acabram por ampliar e estabelecer a hegemonia 
visigoda sobre uma grande parcela do território da Hispania, além de preservar os 
limites da Narbonense diante das investidas francas - Pg. 168. 
 
c)- Em nossa opinião, as campanhas realizadas por Leogivildo contra os sappos e 
cantabros tinham a clara intenção de confrontação à tentativa de expansão da 
hegemonia sueva - Pg. 169. 
 
d)- Apesar dos problemas provocados pela revolta de Hermenegildo, entendida 
pelas fontes hispano-visigodas como tentativa de usurpação, podemos dizer que foi 
com Leovigildo que se estruturaram os alicerces políticos e territoriais da hegemonia 
visigoda sobre a Hipsania - Pg. 170.e)- Seu único foi o de tentar manter a heresia ariana como credo válido na monarquia 
hispano-visigoda. Mas com a sua morte, em 586, e a eleição e aclamação de seu 
filho Recaredo, a heresia ariana, signo de identificação dos visigodos desde o seu 
ingresso nos territórios imperiais no sec. IV, foi eliminada com a conversão visigoda 
ao cristianismo católico no III Concílio de Toledo de 589 - Pg. 171. 
 
f)- Podemos dizer que do ponto de vista ideológico, a conversão da monarquia e da 
nobreza visigoda ao cristianismo católico representou o definitivo ingresso do reino 
hispano-visigodo de Toledo, segundo o pensamento dos autores cristãos católicos 
no ambiente da civilização cristã - Pg. 171. 
 
g)- Todavia, parece-nos essencial indicar que o apoio de grupos nobiliárquicos 
laicos, detentores de grandes patrimônios e de poderosas clientelas privadas era 
fundamental para o sucesso de qualquer tentativa de usurpação do poder régio no 
reino hispano-visigodo de Toledo. Este estado de confrontação latente de grupos 
nobiliárquicos acabou por enfraquecer a posição régia, embora os monarcas 
hispano-visigodos do séc. VII tenham se destacado por seu intenso papel legislativo, 
uma função primordial e vinculada as heranças da tradição imperial romana, mas 
que denotam certa instabilidade sociopolítica no reino hispano-visigodo de Toledo - 
Pg. 172. 
 
Os Lombardos e a Itália 
 
a)- A vitória romano-imperial sobre as hoestes ostrogodas na Itália, em 552, 
descortinou uma série de problemas relacionados, principalmente, com o elevado 
gasto de recursos materiais e humanos, dispensado para se alcançar um triunfo que 
parecia destinado ao insucesso - Pg. 173. 
 
b)- Com efeito, a partir de 568, os lombardos, lideraos por seu rei Alboíno (560-572), 
começaram a ingressar de forma mais sistemática e perene nos territórios itálicos, 
estabelecendo-se de forma descontínua, nas áreas do norto e ao longo da 
cordilheira dos Apepinos - Pg. 175. 
 
c)- Com a conversão do cristianismo católico, os reis e nobres lombardos 
encontraram razões ideológicas para acentuar o seu poder político-militar sobre 
outras regiões da Itália, especialmente as áreas de dominação bizantina e árabe - 
Pg. 175. 
 
Os francos nos séculos VII e VIII 
 
a)- Para alcançar a condição de primazia nos antigos territórios romanos ocidentais 
a partir do reino de Pepino III, o Breve, a realeza franca passou por um profund 
processo de transformação iniciado no séc. VII, que subtituiu, de forma paulatina, o 
poder político antes detido pelos monarcas merovíngios, passando-o a outro grupo 
nobiliárquico representado pelos soberanos pepinideos ou carolíngios - Pg. 176. 
 
b)- Ora, a posição ocupada pelos herdeiros de Pepino II evoluiu de forma meteórica 
no seculo VII, a ponto destes acabarem por substituir a dinastia dos merovíngios na 
condição de reis dos francos. De fato, seu filho e maior do palácio de Carlos Martel 
(714-741), responsável pela contenção da investida militar mulçumana proveniente 
da península ibérica e apoiado pelos nobres aquitanos na batalha de Poitiers em 
732, foi denominado pelo Papa Gregório III (715-732) como autêntico vice-rei 
(subregulus) dos francos, já antecipando a atitude que será ratificada pelo Papa 
Estevão II que reconheceu o maior do palácio Pepino III, o Breve, como verdadeira 
rei dos francos, depondo o último soberano merovíngio Childerico III (741-751). 
Pepino III foi coroado e ungido, provavelmente segundo a tradição hipano-visigoda 
iniciada no reinado de Wamba, por Bonifácio, apóstolo da Germânia, e depende da 
eleição de Pepino III - Pg. 177. 
 
c)- Em termos teóricos e ideológicos, a fragmentação política do mundo imperial 
romano, iniciada no sec. II e avançada pela instalação das monarquias romano-
bárbaras nos territórios da antiga parte ocidental do Império romano dava lugar a 
um novo Império reagrupado à volta da figura do Imperador...Definitivamente, em 
termos políticos, passamos da Antiguidade Tardia à Alta Idade Média - Pg. 178. 
 
7. Problematizações principais 
 
8. Listar as fontes e os principais autores (historiografia) mencionados no texto 
 
9. síntese crítica do texto:

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