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Baixa Idade Média: Crescimento e Conflitos

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Resumo: Baixa Idade Média 
Crescimento Demográfico 
O crescimento demográfico na Europa comprometeu a produção feudal, fazendo com que ela se tornasse
insuficiente por causa da alta demanda de alimentos. Na tentativa de reverter esse quadro, os senhores feudais
passaram a desenvolver técnicas agrícolas, como a confecção de arados e ferraduras, além da conquista de novos
territórios para aumentar a capacidade de produção. A devastação de bosques e florestas geraram desequilíbrios
climáticos que prejudicaram a agricultura, gerando um novo ciclo de fome. Assim, os senhores feudais passam a
expulsar os camponeses de suas terras. Muitos desses camponeses tentaram se estabelecer nas antigas cidades
romanas, enquanto outros, se tornaram assaltantes de mercados e caravanas.
As Cruzadas (século XI à século XIII)
 Em 1095, no Concílio de Clermont, o papa Urbano II convocou os cristão a retomar a cidade de Jerusalém, antes
tomada pelos islâmicos Esses movimentos ficaram conhecidos como as "Cruzadas", pois os exércitos carregavam
o sinal da cuz em seus uniformes. 
Em 1907 a Primeira Cruzada sai de Constantinopla e parte em direção a Jerusalém com inúmeros participantes,
pois o padre havia prometido o perdão dos pecados àqueles que se dispusessem a lutar. Em 1099 Jerusalém é
conquistada, assim como as cidades de Nicéia e Antioquia, porém, logo os islâmicos se reorganizam e os dois
grupos começam a se atacar novamente. Durante quase dois séculos, cristãos e islâmicos lutaram por Jerusalém
em um total de nove Cruzadas. 
Suas principais consequências foram o aumento na rivalidade de cristãos e islâmicos, fortalecimento do poder
monárquico, a retomada de relações entre Oriente e Ocidente, a reabertura do Mar Mediterrâneo e o
fortalecimento do comércio e do transporte de especiarias para o mercado europeu.
Renascimento Comercial e Urbano
A reabertura do Mar Mediterrâneo beneficiou, principalmente, os comerciantes de Gênova e Veneza que possuíam
entrepostos comerciais ao longo de toda costa do mar Mediterrâneo. Diante disso, as feiras do Sul e do Norte da
Europa começaram a se integrar, fortalecendo o comércio. Os principais resultados desse fortalecimento foram a
retomada de atividades bancárias, surgimento de ligas para defender os interesses dos comerciantes (hansas) e os
primeiros indícios das idéias capitalistas de lucro, monopólio e capitalização. Outra mudança significativa foi a saída
dos camponeses para a cidades, visando vender seus excedentes agrícolas. Assim, o Renascimento do Comércio
impulsionou o Renascimento Urbano. Com a necessidade de proteger os habitantes e as riquezas, começaram a ser
construídos muros ao redor das áreas urbanas, chamadas de burgos. A maioria dos habitantes desses burgos - os
burgueses - eram comerciantes, e aos poucos foram formando um novo grupo social dentro dos feudos: a burguesia.
Monarquias nacionais
A burguesia e a Monarquia se unem para defender o interesse da centralização do poder. 
Na França, o processo de centralização de poder se iniciou com a ascenção da Dinastia Capetíngia, de Hugo Capeto, em
987. No século XII, o rei Felipe Augusto organiza um exército com o apoio dos comerciantes para reconquistar a região
Norte da França, que estava sob domínio inglês. Reconquistado o território o rei concedeu muitas terras a seus vassalos (os
burgueses). Em continuação, o sucessor de Felipe Augusto, Luis IX, institui uma moeda nacional e lidera duas Cruzadas.
Após isso, durante o governo de Felipe IV, o belo, com o apoio da nobreza e da burguesia, foi estabelecido que a Igreja
passaria a pagar impostos e a sede da Igrejas foi transferida para a França, em Avignon. As disputas pelo poder político
continuam, gerando o Grande Cisma do Ocidente.
Na Inglaterra, a centralização do poder se iniciou com a Dinastia Normanda de Guilherme I, em 1066., para controlar a
nobreza. No século XII, a Dinastia Normanda foi substituída pela Angeviana, liderada por Henrique II, que estabeleceu uma
"Lei Comum", orientada por juízes. Os funcionários reais e os juízes passaram a administrar o Reino. Após perder territórios
nas guerras contra a França, a nobreza se revoltou e estabeleceu a Magna Carta que estabelecia a proteção dos cidadãos e a
interferência do Rei nas Igrejas. E
nquanto na França a burguesia se aliou ao rei contra os nobres, na Inglaterra, a nobreza tentava controlar o poder do rei a
medida que abria espaço para a burguesia.
Educação na Cultura Medieval
Os comerciantes que enriqueceram, passaram a demandar a formação educacional de seus filhos. Também, a
centralização do poder da monarquia demandava funcionários preparados para administrar os impostos receitas e
leis. Nesse contexto, o âmbito educacional foi expandido e surgiram as primeiras universidades européias, para além
dos mosteiros.
Fome e Peste
No início do século XIV, as fortes chuvas e o assoreamento do solo prejudicaram a agricultura, fazendo com que o
preço dos alimentos aumentasse e a população passou a conviver com a fome. Além disso, a falta de higiene, de
saneamento e de conhecimentos Médico deixou a população suscetível a doenças, aumentando o índice epidemias.
Com isso, entre as décadas de 1340 e 1350, a pandemia da Peste bubônica - Peste Negra - chegou a matar 25
milhões de pessoas., ou seja, um terço da população europeia da época.
Guerra dos Cem anos
A disputa pelo trono francês, a tensão econômica e as disputas comerciais aumentaram a rivalidade entre ingleses e
franceses, gerando a Guerra dos Cem Anos. Essa guerra se iniciou em 1337, com uma guerra entre facções da
aristocracia da França e da Inglaterra que buscavam garantir maior controle sobre as terras, impostos, comércio e
atividades manofatureiras. Durante anos, os ingleses controlaram a maior parte do território francês. Somente em
1453o rei Carlos VII, com o apoio dos camponeses eda burguesia, expulsou os ingleses e unificou o território da
França. Ao fim desse conflito de anos, os dois reinos se encontravam devastados e os nobres perderam poder. Com
isso, a nobreza passa a disputar o trono inglês e ficaram divididos em dois grandes grupos: o lanncaster e o York. O
conflito entre eles durou cem anos e ficou conhecida como a Guerra das Duas Rosas. A nobreza acaba aí da mais
enfraquecida. Nesse contexto, Henrique Tudor casa-se com Elizabeth de York e assume o trono da Inglaterra,
unificando os dois grupos sob a Dinastia Tudor.
Renascimento Cultural
A criação da prensa móvel para a impressão de textos tornou a leitura mais acessível e acelerou a circulação de
informações. Além disso, o enriquecimento da burguesia e as novas formas de administração do reino levaram a
sociedade a questionar a visão teocentrica. Por serem dotados da Razão, os seres humanos passam a ser vistos como
privilegiados de Deus, assim, surge o movimento Humanista, que considerava o ser humano o único capaz de
compreender e enfrentar o mundo por ser racional. Esse movimento estético, filosófico e religioso resgatou os
valores da Antiguidade Clássica. Com isso, a burguesia passa a incentivar a produção artística, instituindo o
mecenato. Os artistas renascentistas adequavam os conceitos greco-romanps aos valores da sociedade europeia do
século XV. As práticas comerciais geraram a necessidade de métodos de cálculo, resultando no desenvolvimento das
primeiras noções de Trigonometria e Álgebra, estudadas pelo artista italiano Leonardo da Vinci. As inovações
matemáticas também influenciaram o estudo do movimento dos astros, assim foram surgindo, por exemplo, a teoria
geocêntrica e a terioa heliocêntrica.

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