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Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Congonhas Disciplina de Física Experimental II Aline Vidal Itauany Barroso Vanêssa Pena Prática 3 – Ressonância 1. Introdução Um sistema físico oscila livremente, ou seja, sem sofrer a ação de agentes externos. Isso significa que esse sistema está executando uma oscilação livre e possui uma frequência f, essa é a frequência natural de oscilação desse sistema. A partir do momento que for introduzido um agente externo que execute uma força sobre esse sistema, surgirá uma nova frequência f1 que será a frequência de oscilação do agente externo. Quando essas frequências se igualam, a amplitude assume seu valor máximo, assim como a transferência de energia. Esse fenômeno se chama ressonância. Sempre que a frequência de oscilação natural de um sistema é a mesma do agente causador externo, a energia do sistema atinge seu valor máximo fazendo o sistema vibrar com amplitudes cada vez maiores. Quando essas duas frequências se sobrepõem, uma nova amplitude passa a existir assumindo seu valor máximo, conforme a seguinte representação: Figura 1: Frequência natural de oscilação de um objeto. Fonte: acervo do autor Figura 2: Frequência de oscilação de um agente externo. Fonte: acervo do autor Figura 3: Sobreposição de frequências. Fonte: acervo do autor Neste experimento iremos observar o fenômeno da ressonância em sistemas físicos diversos e produzir registros escritos explicando as observações. 2. Procedimento Experimental Materiais utilizados neste experimento: 1 base de papelão com 02 anéis de papel fixados com fita crepe; 02 diapasões com bases de madeiras removíveis, 1 parafuso de fixação, 1 martelo de borracha; 1 suporte giratório com 03 pêndulos de diferentes tamanhos fixados horizontalmente. Figura 4 – Arranjos experimentais. Fonte: Acervo do autor O experimento foi realizado no laboratório de Física do IFMG – Campus Congonhas no dia 16 de agosto de 2018 e realizado conforme a seguir: Primeira parte: 1 - Segurando a base de papelão na mão, os 02 anéis foram tocados lateralmente e foi observada a frequência característica deles. 2 - Balançando apenas a base de papelão, fizemos com que apenas 01 dos anéis respondesse à oscilação da mão. Segunda parte: 3 – Batemos com o martelo no diapasão, quando ele estava fora do encaixe nas caixas de madeira. Ouvimos o som emitido. Repetimos o procedimento com o diapasão encaixado no suporte da caixa de madeira. 4 – Colocamos os dois diapasões nos respectivos encaixes nas caixas de madeira. Colocamos uma caixa de frente para a outra, separadas por cerca de 7 cm. Batemos com o martelo no diapasão de uma das caixas. Esperamos cerca de 3 segundos e colocamos a mão no diapasão em que batemos o martelo, de modo a parar sua vibração. 5 - Fixamos o parafuso bem na borda de um dos diapasões e repetimos o procedimento executado no item 4. Terceira parte: 6 – Utilizando o suporte com os pêndulos, tocamos cada um deles e observamos suas frequências de oscilação. 7 – Movendo apenas a manivela com a mão, para um lado e para outro, fizemos com que apenas um dos pêndulos se movimentasse com maior amplitude. Repetimos para os demais pêndulos. 8 – Determinamos a frequência de oscilação da mão quando apenas o pêndulo de maior comprimento se encontrava em ressonância com a mão. 3. Resultados e Discussão Primeira parte: Quando tocamos os anéis lateralmente, pudemos observar que o anel de maior diâmetro oscila em uma frequência maior. Para que apenas um dos anéis se movimentasse, foi necessário balançar a base de papelão com baixa velocidade. Segunda parte: As caixas de ressonância foram inventadas para reforçar os sons produzidos por instrumentos musicais. Esses dispositivos ampliam determinadas vibrações ao entrarem em ressonância com a frequência de vibração das moléculas de ar contidas em seu interior. Assim, quando um diapasão é montado sobre uma caixa de ressonância, o som produzido pela vibração das hastes desse dispositivo é grandemente ampliado por ressonância com o ar contido nela. Desta maneira, quando encaixamos o diapasão sobre o suporte e batemos nele, o som ficou mais grave que fora do suporte, pois o comprimento de onda ficou maior e consequentemente a frequência menor. Ao colocarmos os diapasões um de frente para o outro, observamos que ao tocar nele após bater com o martelo, o som e a vibração iam diminuindo gradativamente. Ao fixarmos o parafuso em um dos diapasões, o som e a vibração diminuem mais rapidamente, pois a frequência natural do objeto foi modificada. Terceira parte: Ao tocarmos nos 03 pêndulos, pudemos observar que o de menor comprimento apresentou uma frequência maior, e o de maior comprimento uma frequência menor. Ao manipularmos a manivela em baixa velocidade, pudemos aumentar a amplitude do pêndulo de menor comprimento, em média velocidade foi o pêndulo de comprimento médio que teve sua amplitude aumentada. Já o pêndulo de maior comprimento foi possível obter maior amplitude quando a manivela foi girada com maior velocidade. Realizamos a medição de frequência do pêndulo de maior comprimento (40 cm) quando ele se encontrava em ressonância com a mão manipulando a manivela e obtivemos o equivalente a 45 ciclos durante 1 minuto. Já o de menor comprimento (18 cm) obteve uma frequência de 69 ciclos por minuto. 4. Conclusão O experimento foi bem sucedido e o objetivo foi atingido. Pudemos observar que ao manipular o sistema de forma com que os dois dispositivos (mão e arranjo experimental) oscilassem com a mesma frequência, o sistema entrou em ressonância e houve transposição de energia de um dispositivo para o outro. Também pudemos concluir que o comprimento do fio do pêndulo e o comprimento de onda são inversamente proporcionais à frequência, já a velocidade é diretamente proporcional. Por fim, pôde-se perceber a relevância da ressonância em diversas aplicações, como na música, na engenharia e na medicina. 5. Referências Bibliográficas [1] Halliday, D.; Resnick, R. Física. 8ª ed. Vols. 2. Editora: LTC, Rio de Janeiro, 2008. [2] Nussenzveig, H. M. Curso de Física Básica. 4ª ed.Vol.:2. Editora: Edgard Blucher. São Paulo, 1999.
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