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Teoria do Conhecimento de Berkeley

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E.E Paulino Nunes Esposo
Teoria do Conhecimento de Berkeley 
São Paulo
2018
E.E. Paulino Nunes Esposo
Anielli Tolentino Santos
Vanessa Santos Carlos
Teoria do Conhecimento de Berkeley
Trabalho a respeito da filos
ofia da linguagem no pensamento 
filosófico de Berkeley,
 
apresentado ao professor Ronaldo Jesus, da filosofia do curso do ensino médio, turma 3ºE como requisito de avaliação bimestral. 
São Paulo
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. CAPÍTULO 01. “SER É SER PERCEBIDO”	5
3. CAPÍTULO 02. CRÍTICA ÀS IDEIAS ABSTRATAS	6
4. CAPÍTULO 03. A NEGAÇÃO DA MATÉRIA	7
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	9
1. INTRODUÇÃO
	Este trabalho tem como objetivo, investigar como a teoria de Berkeley tão curiosa, é possível. O mesmo nega a existência da matéria, refuta os argumentos ateístas, pondera os pensamentos dos pensadores da sua época e afirma que, “ser é ser percebido”. A sua filosofia é considerada atualmente como; espiritualista e imaterialista. Alega que os conceitos da matemática não podem ser interpretados, da mesma forma que não podemos compreender os princípios da fé. Ele ressalta a informação de que, se nós acreditarmos na matemática, maior crença devemos ter nas verdades religiosas. 
2. CAPÍTULO 01. “SER É SER PERCEBIDO”
	George Berkeley defendia o sistema filosófico na qual ele denominou de Imaterialismo, ou seja, a negação da matéria. Porém, sua teoria é historicamente compreendida de maneira idealista, seu sistema é; “ESSE É PERCIPI”, ou, “SER É SER PERCEBIDO” que se compreende que, o ser dos objetos em seu primeiro momento, se reduziria ao que instantaneamente deduzimos deles. Para ele, quem suporta a realidade, é devido à ratificação da qual os homens poderiam desligar-se do ceticismo. Berkeley poderia com sua teoria, a partir da interpretação idealista, oprimir os homens a concordar com a existência de Deus ou aceitar o ceticismo. [1: Ceticismo é um estado de quem duvida de tudo, de quem é descrente de tal idéia. Um indivíduo cético caracteriza-se por ter predisposição constante para dúvida, para a desconfiança.]
	Para fugir do subjetivismo individualista, Berkeley pressupõe uma mente cósmica, que para ele seria universal e proeminente a mente humana individualista. Deus seria essa mente e tudo que seria percebido por ele. Berkeley enumera pensamentos, paixões, idéias formadas pela imaginação, idéias impressas nos sentidos, sensações e quaisquer objetos como exemplos daquilo na qual ser está em ser percebido.
	Berkeley afirma que, as idéias por si não existem fora da mente, pode acontecer de coisas semelhantes a elas das quais elas são copias ou imagens, coisas que existem fora da mente em uma substância não pensante. (BERKELEY, 1713, P. 62). 
Que nem nossos pensamento
s
, nem
 as
 paixões, nem
 as
 idéias formadas pela imaginação existem fora
 da mente
, é o que todos admitirão
. E parece não menos evidente que as várias sensações e idéias impres
sas sobre os sentidos, por mais
 misturadas
 ou combin
adas umas com as 
outras, não podem existir de outro modo senão em uma mente que as perceba. (BERKELEY, 
1710, P.58, CP 42
, p.17)
3. CAPÍTULO 02. CRÍTICA ÀS IDEIAS ABSTRATAS 
	Berkeley acreditava que a capacidade humana de abstrair era mais restrita. Junto com inglês Locke, “sustenta que o conhecimento humano é conhecimento de idéias e não de fatos”. Berkeley escreve (1980, p.17): “Todas as noções ou coisas percebidas, sob qualquer designação, são visivelmente inativas, sem poder ou agência alguma: ou uma idéia ou objeto do pensar não pode alterar outra; para ver que assim basta uma simples observação das nossas idéias. Desde que elas no todo e em cada parte só existem no espírito, sendo que nelas só há o que é percebido”. [2: John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo. Nasceu em 29 de agosto de 1632 na cidade inglesa de Wrington. ... Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex (Inglaterra).]
	O que Berkeley quer concretizar com seu pensamento é que as coisas existem como uma percepção do espírito ou idéias que estão presentes na mente ou na e consciência humana e não como coisas ou matérias. Ele diz que o grande e pequeno, o rápido e o lento só existem no espírito, por isso a ampliação existente fora do espírito não é grande nem pequena, o movimento nem rápido nem lento, ou seja, não são nada, Berkeley está negando o que os outros filósofos, denominam de matéria ou substância concreta. 
	O propósito de George Berkeley, não era causar nas pessoas a dúvida da existência física dos objetos, mas um anteparo de que os espíritos são os únicos seres autônomos ativos, ou ainda no sentido de ‘substância’. As coisas mais sensíveis ou corpos eles existem, porém, são seres que não se movimentam sem uma mente para interpretá-los. Portanto, os objetos existem, sem serem negadas, mas, existem apenas como uma percepção do espírito ou das idéias, e não como uma matéria ou substância. 
 “De tal maneira
 
que não creio ser necessário
 gastar mais tempo em expor seu 
absurdo. Mas, já que a doutrina 
da existência da matéria parece 
ter se arraigado de for
ma tão profunda na mente dos filósofos e 
produzi
do tão más consequências, prefiro ser considerado prolixo 
e tedioso a 
omitir qualquer coisa que possa conduzir à descoberta 
e extirpação total de semelhante preconceito
”. (BERKELEY, 1710, OBRAS FILÓSOFICAS, P.63, p 45)
	
4. CAPÍTULO 03. A NEGAÇÃO DA MATÉRIA 
“Eles reconhecem que as idéias que temos destas não são imagens |resemblances| de algo que existe fora da mente ou que é impercebido, mas sustentam que nossas idéias acerca das qualidades primárias são modelos |patterns| ou imagens de coisas existentes fora da mente, numa substância não pensante que chamam de matéria.” (Berkeley, p.63)	Berkeley a favor da impossibilidade da matéria defendeu sua tese de que, a existência de objeto passava-se de pensamentos materialistas, cujos mesmos são idéias mediatas ou indiretas, ou seja, se não reformulamos a existência de um objeto, não há como compreender o porquê de sua existência. Conforme haver a incompatibilidade da noção de matéria entre os filósofos Locke, Descartes e Boyle para os mesmos, a matéria não passa de sentidos primários e secundários. Berkeley aprofundou-se ao assunto, tendo sua concepção de que percebemos tais coisas pelo sentido e todas as qualidades capazes de pensar já existem na mente. Segundo ele, a matéria, ao contrário de outros filósofos é uma noção sem significado algum, pois figuras e movimentos são apenas idéias já existidas.[3: Materialismo: é a “corrente de pensamento que afirma a precedência da matéria sobre o espírito ou a mente. "no pensamento marxista, aquilo que é necessário à sobrevivência do homem em sociedade ( Azevedo, dic de nomes 1999)][4: Primário e Secundário: os setores primários são noções que já se mostraram qualidades sensíveis podem existir em algo que não pensa. (Berkeley, p 73 ed2007); as Secundarias provém das coisas partindo-se da natureza. Os sextos sentidos em que a natureza nos oferece. “conceber como possível para... uma idéia... existir de outro modo senão em uma mente”, (P 22). (Berkeley p 82)]
	Contudo, para Berkeley somos seres pensantes na qual é obviamente possível pensar em objetos não presentes, estamos assim, exercitando as idéias de nossa mente, para criação de novas idéias. A matéria, no entanto, para muitos filósofos trata-se de idéias abstratas aprovadas através de argumentos transcendentais. Conforme o termo “existir”, ou “coisas”, para George Berkeley não passam de figuras de linguagem.
Evi
dentemente, conforme mostrado que extensão, figura e m
ovimento são apenas idéias já que
 existemna mente, idéias não podem ser igualadas a outras idéias. (Berkeley edição 1710, pág. 63)
	Chega-se o tempo, em que Berkeley questiona as coisas partindo de interligação da natureza ao homem e a um “ser supremo” (Deus). Após suas ideologias através do imaterialismo, acredita-se que a idéia de um ser supremo não pode existir por que não passam de idéias da mente.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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