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GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
1 
 
 
 
Modelo de Evolução Médica em UTI 
Identificação do paciente Idade Leito 
Data e hora da visita # Dia de internação em UTI 
# Hipóteses diagnósticas 
# Antibiótico em uso e duração do tratamento # Droga vasoativa em uso (DVA) 
# Sedativo e duração do tratamento # Analgésico e duração do tratamento 
# Resumo da evolução nas últimas 24h: anotar dados e queixas gerais nas últimas 24h relatadas pelo paciente. Este 
tópico deve iniciar com a resposta para a seguinte pergunta: “O(a) Sr(a). se sente melhor ou pior com relação a 
ontem?”. Se o paciente estiver sedado/inconsciente, anotar impressões médicas de estado geral comparando com o 
dia anterior. 
# Interrogatório sintomatológico: pesquisar a presença de queixas importantes como dor, vômito, náuseas, diarreia, 
febre, tosse (se seca ou produtiva), etc. Pesquisar ainda dados referentes à evolução do paciente, como alimentação 
(padrão de jejum), eliminação de flatos/fezes, urina, deambulação, higiene corporal e da ferida operatória (se 
existente), etc. 
# Exame físico: 
 Ectoscopia: Estado Geral e Nível de Consciência do paciente; Hidratação e Nutrição; Pele e Mucosas; 
Linfonodos. 
 Sinais vitais: frequência cardíaca; frequência respiratória; pressão arterial; temperatura axilar; saturação de 
oxigênio (SpO2). 
 Aparelho respiratório (AR): inspeção e palpação do tórax, ausculta respiratória (presença e padrão dos 
murmúrios vesiculares, presença ou não de sopros). 
 Aparelho cardiovascular (ACV): ausculta e padrão das bulhas cardíacas, presença ou não de sopros. 
 Abdome: inspeção, ausculta (avaliar presença de ruídos hidroaéreos), palpação e percussão. 
 Extremidades: presença de edemas, lesões, escaras, acessos venosos, etc. 
 Exame neurológico: pupilas, escala de coma de Glasgow, memória, etc. 
 Aspecto da ferida operatória (FO): se presente, anotar características como presença de sinais flogísticos, 
secreções (anotas o aspecto), cheiro, integridade, etc. 
# Sondas e drenos: anotar localização (torácico, abdominal, etc.), débito e aspecto da secreção. No caso de drenos 
torácicos, anotar a presença de oscilação. 
# Resumo de exames complementares: anotar, de forma sumariada, o resultado dos exames laboratoriais mais 
importantes que estiverem catalogados no prontuário do paciente, sobretudo aqueles exames que foram solicitados 
no dia ou na evolução anterior. 
# Conduta: anotar, aqui, as principais atitudes tomadas para com o paciente a partir dos dados evolutivos anotados. 
É tradição iniciar com o termo “vide prescrição médica” (VPM), pois todas as condutas a serem tomadas estarão lá 
relatadas. Entretanto, preconiza-se que, neste tópico, sejam frisadas as principais condutas adotadas no dia, tais 
como: retirada ou instalação de drenos/sondas, mudança de esquema antibiótico, solicitação de exames 
complementares, solicitação de parecer de especialistas, etc. 
 
PRINCIPAIS DROGAS EM UTI 
 
Miscelânea 
Droga Apresentações Administração e comentários 
Adrenalina 
(Epinefrina) 
Ampolas de 1mg/ml 
(1:1.000) 
 - Parada cardiorrespiratória com ritmo não responsivo ao choque: 
 Criança: 0,01mg/kg de peso (diluir uma ampola de adrenalina 
– isto é: 1ml – em 9ml de água destilada, e fazer 0,1ml x peso 
corporal, de 5 em 5 minutos) por via intravenosa; 
 Adulto: 1 ampola (1mg) + SF 0,9% 20 mL EV em flush (elevar o 
membro após administração por 10 segundos) ou 2 – 2,5mg 
via tubo orotraqueal. 
- Para infusão contínua, fazer 2-10µg/min (Solução 8µg/ml: diluir 2 
ampolas em SG 5% até completar 250ml). 
- Usos: Asma brônquica grave, PCR, FV/TV sem pulso não responsivos 
ao choque, AESP, assistolia. Anafilaxia com cianose. 
Contraindicações: arritmias cardíacas, glaucoma de ângulo fechado. 
OBS: Não administrar em locais com perfusão reduzida para evitar 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
2 
 
dano tecidual (ex: extremidades, dedos, pênis, orelhas, etc.). 
Aminofilina Ampolas de 10ml com 
24mg/ml 
- Dose: 
 Adultos: 1 a 2 ampolas (240 – 480mg) + Água destilada EV 
lento (5 a 10 minutos), 1 a 2x/dia. 
 Crianças (> 6 meses): 
 Dose de ataque: 2,5 a 5mg/kg de peso, EV em 20 minutos. 
 Manutenção: 1 a 1,5mg/kg de peso, EV durante 30min, de 
12/12h. 
- Broncodilatador e estimulante respiratório. Indicações: asma 
brônquica e DPOC. 
- Contraindicações: gastrite, úlcera péptica, uso de cimetidina, uso de 
anticoncepcionais, etc. 
Amiodarona Ampolas com 
50mg/ml e 
150mg/3ml 
- Dose: 
 PCR com FV/TC não responsivo ao choque e vasopressor: 
Fazer 2 ampolas (300mg) + Água destilada EV, em bolus. Fazer 
adicional de 1 ampola (150mg) EV, se necessário. 
 Dose de manutenção para arritmias ventriculares (com QRS 
largo) potencialmente fatais: 150mg EV nos primeiros 10 
minutos; 1mg/min nas primeiras 6 horas; 0,5mg/min por 18 
horas. 
- Prescrição sugerida: 1 ampola + SF 0,9% 100ml EV em 10 minutos 
(100ml/hora em BIC ou 200 gotas/min); Depois, 2 a 2 ampolas e meia 
+ SF 0,9% 250ml EV em 6 horas (42 ml/hora em BIC ou 14 gotas/min); 
Por fim, 3 a 3 ampolas e meia + SF 0,9% 500ml EV em 18 horas (28 
ml/hora em BIC ou 9 a 10 gotas/min). 
- Antiarrítmico utilizado na parada cardiorrespiratória por fibrilação 
ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso não responsivas ao 
choque terapêutico nem à infusão de vasopressores. 
- É utilizada também para tratamento de taquiarritmias ventriculares 
estáveis (que não necessitam de cardioversão) e de QRS largo (de 
etiologia ventricular). 
Atropina Ampolas de 
0,25mg/ml e 
0,50mg/ml 
- Dose: 1 ampola SC, IM (nas nádegas em adultos ou no vasto lateral 
em crianças) ou EV (fazer em 1 minuto). 
- Adultos: 0,4 a 4mg, a cada 1 a 2h. 
- Crianças: 0,01 a 0,05mg/kg. 
- Prescrição sugerida para intoxicação por organofosforados: 100 
ampolas + 400ml de SF EV em BIC, 30 ml/hora. 
- Comentários: Utilizada como antídoto dos efeitos causados pela 
intoxicação por inibidores da colinestarase (como os inseticidas 
organofosforados) e como antiarrítmico (bradicardia sinusal). 
Deslanosídeo 
(Cedilanide®) 
Ampolas de 2ml com 
0,2mg/ml 
- Digitalização rápida (24h) em casos de urgência: 0,8-1,6mg, EV ou IM, 
em 1-4 doses fracionadas. 
- Digitalização lenta (3-5 dias): 0,6-0,8mg/dia, EV ou IM, podendo ser 
fracionada. 
- Terapia de manutenção: 0,2-0,6mg/dia, EV ou IM (dose máxima: 
2mg/dia). 
- Digitálico; aumenta o tônus parassimpático vagal e reduz a 
velocidade de condução no nó AV. Tem efeito inotrópico positivo e 
cronotrópico negativo. 
Uso: taquicardia supraventricular paroxística; ICC aguda e crônica, 
principalmente as associadas com fibrilação ou flutter supraventricular 
e aumento da frequência cardíaca. 
- Contraindicações: Bloqueios AV e bradicardia sinusal. 
Dexametasona 
(Decadron®) 
Ampolas de 1ml com 
2mg/ml e 2,5ml com 
4mg/ml 
- Dose: 0,5 a 24 mg/dia. Para o choque séptico, é recomendada a 
administração EV lenta de 2 a 6mg, podendo repetir a dose após 2-6h, 
se necessário. No edema cerebral associado a tumor cerebral, 10mg 
EV, seguidos de 4mg EV, a cada 6 horas. 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
3 
 
- Prescrição sugerida: 1 ampola IM ou 1 ampola + Água destilada 10ml 
EV (12/12h). 
- Corticoide sistêmicoútil em doenças inflamatórias crônicas, 
alérgicas, dermatológicas, autoimunes, anafilaxia, edema cerebral, 
choque séptico, etc. Sua administração EV pode causar sensação de 
prurido vaginal. 
Diazepam Ampolas de 
10mg/2ml 
- 1 ampola IM ou 1 ampola + Água destilada 10ml EV lento, até 6/6h. 
Crianças: 0,1 a 0,2mg/kg (dose máxima: 10mg/dose), a cada 15-30min. 
- Antídoto: Flumazenil (Lanexat®) 0,5mg/5ml: fazer 1 ampola + SF ou 
SG 100ml EV. 
- Benzodiazepínico útil em casos de ansiedade generalizada, ansiedade 
aguda, sintomas de abstinência ao álcool, insônia, estado de mal 
epiléptico, etc. 
- Contraindicações: glaucoma, insuficiência respiratória, gestação. 
Enoxaparina 
(Clexane®) 
Ampolas de 
40mg/0,4ml, 
60mg/0,6ml e 
80mg/0,8ml 
- 1 ampola SC (cerca de 1mg/kg). Manter o paciente deitado durante a 
administração. 
- Heparina de baixo peso molecular. Útil na prevenção da trombose 
venosa profunda e pulmonar. 
Fenobarbital 
(Gardenal®) 
Ampolas de 1ml com 
200mg/ml 
- Adultos: 2 a 3 mg/kg/dia em dose única ou fracionada. 
- Crianças: 3 a 4 mg/kg/dia em dose única ou fracionada. O conteúdo 
das ampolas não deve ser diluído em soro fisiológico ou outros 
líquidos. 
- Antiepiléptico útil nas crises generalizadas tônico-clônicas e crises 
parciais simples e complexas. 
Contraindicações: dispneia, obstrução da via aérea, porfiria, gestação. 
Furosemida (Lasix®) Ampolas de 
20mg/2ml 
- Dose: Adultos e adolescentes acima de 15 anos: a dose inicial para 
adultos e adolescentes de 15 anos em diante é de 20 a 40mg (1 a 2 
ampolas) de furosemida por via intravenosa (com ou sem AD) ou via 
intramuscular. A dose pode ser gradualmente aumentada, em 
intervalos de 2 horas, de 20mg (1 ampola) a cada vez, até que seja 
obtida diurese satisfatória. 
- Diurético de alça útil em edemas devido a doenças cardíacas e 
doenças hepáticas (ascite); edemas devido a doenças renais; 
insuficiência cardíaca aguda, especialmente no edema pulmonar; 
edemas cerebrais como medida de suporte; edemas devido a 
queimaduras; crises hipertensivas (em adição a outras medidas anti-
hipertensivas); indução de diurese forçada em envenenamentos. 
Haloperidol 
(Haldol®) 
Ampolas de 5mg/ml - Adultos: dose de ataque com 0,5-5mg; manutenção de 5-10mg/dia 
24/24h a 8/8h. 
- Crianças e idosos: a dose de manutenção deve ser menor, com 
0,5mg/dia. 
- Antipsicótico típico utilizado, no pronto-atendimento, para controle 
de surtos psicóticos. Útil também no tratamento da esquizofrenia, 
mania com psicose, agitação em pacientes com demência ou outros 
transtornos mentais orgânicos. 
Não deprime o centro respiratório nem causa hipotensão arterial. 
- Pode causar aumento do intervalo QT ao eletrocardiograma. 
- Contraindicações: doença de Parkinson, depressão grave do SNC, 
supressão de medula óssea, doença cardíaca ou hepática severa. 
Heparina sódica 
(Liquemine®) 
Ampolas com 
5.000U/0,25ml e 
25.000U/5ml 
- Prevenção do embolismo: 5000UI, SC, 2 horas antes da cirurgia e a 
seguir a cada 12 horas, por aproximadamente 7 dias. 
- CIVD: 50 a 100UI/kg de peso corporal, EV, a cada 4 horas (metade da 
dose para crianças). 
- Heparina não-fracionada. Utilizada no tratamento e prevenção da 
TVP; tratamento do TEP, CIVD, da angina instável e IAM. 
Hidralazina Ampolas de 1 ml com 
20mg/ml 
- Dose: Adicionar 9 ml de AD e fazer 2,5ml EV, podendo-se repetir 3 a 
4 vezes, em intervalos de 20 a 30 minutos, até redução satisfatória da 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
4 
 
PA. 
- Anti-hipertensivo útil para emergências hipertensivas, sobretudo na 
hipertensão secundária à pré-eclâmpsia ou eclampsia. 
Hidrocortisona Frasco-ampola de 
100mg e 500mg/ml 
- 1 frasco-ampola IM ou + Água destilada 10ml EV. 
Adultos: 100 a 500mg; repetir, se necessário, a cada 2 a 6 horas. 
- Crianças: 0,7 a 4mg/kg de peso, a cada 12 a 24 horas. 
- Anti-inflamatório corticosteroide e imunossupressor útil na asma 
brônquica, colite ulcerativa, inflamação grave, insuficiência 
suprarrenal, pênfigo, reação alérgica grave, etc. 
Insulina NPH 
(Neutral Protamine 
Hagedorn) 
Frasco com 100 U/ml 
em 10ml e refil de 
caneta aplicadora 
com 1,5 e 3ml 
- Recomenda-se fazer 2/3 da dose diária de insulina total calculada 
pela manhã e 1/3 na segunda tomada (à noite). A proporção 
NPH/regular deve ser de 70%/30% na primeira tomada e 50%/50% na 
segunda tomada. 
 Insulina total diária = 0,5 a 1 UI x Peso do paciente; 
 2/3 da dose calculada pela manhã, sendo 70% desta dose de 
NPH e 30% de regular (30-45 minutos antes da refeição); 
 1/3 da dose calculada à noite, sendo 50% desta dose de NPH 
e 50% de regular (30-45 minutos antes da refeição). 
- Insulina de ação intermediária (início de ação: 2 horas; pico: 6 horas; 
duração: 12 horas). 
- Na internação hospitalar, pode ser administrada para simular a 
insulina de secreção basal, 2x ao dia. 
- Administrar 15 a 30 minutos antes das refeições (café e jantar). 
- Realizar controle de glicemia capilar, preferencialmente, nos 
seguintes horários: 
 No jejum; 
 2h após o café; 
 30 minutos antes do almoço; 
 2h após o almoço; 
 30 minutos antes do jantar; 
 2h após o jantar; e 
 3h da manhã. 
 
- Fazer correção das hiperglicemias com esquema conforme protocolo 
(glicemia capilar) e reavaliar diariamente o esquema proposto. 
- Atentar para sinais de hipoglicemia (sede, boca seca, pele ressecada, 
sudorese, etc.). 
Insulina regular Ampolas de 3 e 10ml, 
com 100UI/ml 
- A priori, utilizar o mesmo esquema de insulina total diária explanado 
anteriormente para Insulina NPH. 
- Ajustes ou doses subsequentes podem ser necessários de acordo 
com o protocolo do serviço (baseando-se no HGT do paciente). 
Glicemia 
(mg/dl) 
UI de Insulina 
Regular 
≤ 150 
de 151 a 200 
de 201 a 250 
de 251 a 300 
de 301 a 350 
> 351 
0 Unidade 
04 Unidades 
06 Unidades 
08 Unidades 
10 Unidades 
12 Unidades 
 
- Insulina de ação rápida (início de ação: 30 min; pico: 2 horas; 
duração: 6 horas). 
Na internação hospitalar, pode ser administrada para simular a 
insulina de pico (prandial), administrada 30 minutos antes das grandes 
refeições (café, almoço e jantar). 
Manitol Frascos de 100 e 
250ml a 20%, com 
- Adultos: 0,25 a 1g/kg de peso (máximo de 2g/kg), administrados 
durante 30 a 60min. 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
5 
 
250mg/ml Crianças: 1g/kg de peso, administrados durante 30 a 60min. 
- Diurético e antiglaucomatoso utilizado no tratamento de edema 
cerebral, hipertensão intracraniana, hipertensão intraocular e 
insuficiência renal aguda. 
Metoclopramida 
(Plasil®) 
Ampolas de 
10mg/2ml 
- Dose: 10mg/dose; prevenção de vômitos induzidos por 
quimioterapia: 1-2 mg/kg, EV, 30 minutos antes do tratamento e 
posteriormente em intervalos de 4-6 horas. 
- Prescrição sugerida: 1 ampola IM ou com Água destilada 10ml EV 
lento, se vômito, até 8/8h. 
- Antiemético útil para quadros de náusea e vômito de origem central 
e periférica. Estimulante da peristalse e adjuvante do esvaziamento 
gastrointestinal. 
- Contraindicações: hipersensibilidade à fórmula; síndrome de 
Parkinson, doenças extrapiramidais e epilepsia; obstrução ou 
perfuração intestinal; hemorragia digestiva. 
Nimodipino 
(Noodipina®) 
Ampolas de 5ml com 
200mg/ml 
- EV em bomba de infusão contínua (iniciar com 0,5-1mg/h nas 2 
primeiras horas; se boa tolerância, prosseguir com infusão com 
2mg/h). 
- Anti-hipertensivo,antagonista dos canais de cálcio, utilizado em 
casos de AVCi e em rupturas de aneurismas cerebrais. 
Nitroglicerina 
(Tridil®) 
Ampolas com 5mg/ml 
em 5 e 10ml 
- Iniciar com 5µg/min; amentar a cada 5-10 minutos (se não houver 
resposta até 20 µg/min, aumentar 10 µg/min até obter o efeito 
desejado em intervalos de 3-5 minutos). Dose máxima: 200 µg/min. 
- Prescrição sugerida: 1 a 2 ampolas + SF 0,9% 100ml EV em BIC, 5 a 10 
ml/hora, inicialmente (ajustar de acordo com medidas seriadas da 
pressão). 
- Comentários: Nitrato vasodilatador coronariano, que age reduzindo a 
pré-carga e o consumo miocárdico de oxigênio. É o fármaco de escolha 
no tratamento da crise anginosa. 
- Contraindicações: estenose aórtica; cardiomiopatia hipertrófica; 
anemia grave; aumento da pressão intracraniana. 
Nitroprussiato de 
sódio (Nipride®) 
 - Dose: 0,25-10µg/kg/min (dose usual: 0,5µg/kg/min). 
- Prescrição sugerida: 1 ampola (de 50mg/2ml) + 248ml SF 
(concentração: 200µg/ml). 
- Comentários: 
 É um vasodilatador balanceado arterial e venoso. 
 Indicado em pacientes com PAM > 90mmHg em vigência de 
um quadro séptico. 
 A medicação pode causar hipotensão severa. Ao iniciar a 
infusão, permanecer atento à pressão do paciente (verificar a 
cada 10 a 20 minutos, se possível). 
- Contraindicações: IC de alto débito, coarctação de aorta, fístula 
arteriovenosa. 
Omeprazol Frasco-ampolas de 
40mg/ml + diluente 
- Dose: 1 a 2 frasco-ampola + Diluente EV. 
- Hemorragia digestiva alta: 80 mg, EV, e, então, 8 mg/h até a 
endoscopia. 
- Antiulceroso inibidor da bomba de prótons útil no tratamento e 
prevenção da úlcera gástrica e duodenal. Tem mais eficácia quando 
administrado em jejum. 
Ondansetrona 
(Nausedron®) 
Ampolas de 2 a 4ml 
com 2mg/ml 
- Dose: 4mg EV, 8/8h. Prevenção de vômitos induzidos por 
quimioterapia: 0,15mg/kg EV, 3x/dia, iniciando 30 minutos antes da 
quimioterapia. 
- Crianças: 0,1mg/kg, 8/8h. 
- Prescrição sugerida: 1 ampola + Água destilada 10ml EV lento, 8/8h. 
- A administração em bolus é indicada para náuseas e vômitos no pós-
operatório. 
- Em quimioterapia, deve ser administrado 30 minutos antes da 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
6 
 
infusão do antineoplásico. 
- Pode causar sensação de boca seca. 
Prometazina 
(Fenergan®) 
Ampolas de 
50mg/2ml 
- Dose: 1 ampola IM (preferível) ou EV (diluir a dose em 10-20ml de SF 
0,9% ou SG 5%, com concentração máxima de 25mg/ml, e infundir em 
15 minutos, não mais do que 25mg/min). 
- Criança: 0,5mg/kg IM (a partir de 2 anos). 
- Anti-histamínico de primeira geração indicado no tratamento 
sintomático dos distúrbios incluídos nos grupos das reações 
anafiláticas e alérgicas. Graças à sua atividade antiemética, é utilizado 
também na prevenção de vômitos pós-operatórios. Pode ser utilizado 
ainda na pré-anestesia e na potencialização de analgésicos, devido à 
sua ação sedativa. 
Ranitidina Ampolas de 2ml com 
25mg/ml 
- Prescrição sugerida: 1 ampola + Água destilada 10ml EV, 12/12h. 
- Antiulceroso inibidor dos receptores H2 útil no tratamento da úlcera 
gástrica e duodenal, DRGE com ou sem esofagite, etc. 
Pode causar interação medicamentosa com vários outros fármacos. 
rt-PA / Alteplase 
(Actilyse®) 
Frasco-ampola com 
50mg de rt-PA + 
frasco-ampola com 
50ml de diluente 
- Dose: A dose recomendada no AVCi é de 0,9 mg/kg (dose máxima 90 
mg) infundida durante 60 minutos, com 10% da dose total 
administrada como bolo inicial intravenoso. 
- Comentários: 
 Ativador do plasminogênio tecidual humano recombinante, 
uma glicoproteína que ativa diretamente o plasminogênio em 
plasmina. 
 O alteplase deve ser utilizado por médicos com experiência 
em terapêutica trombolítica e com equipamento necessário 
para monitorar seu uso. 
 No caso do AVCi, o tratamento deve ser iniciado em até 4,5 
horas após o início dos sintomas do AVCi, com a verificação 
da exclusão da hemorragia intracraniana. 
- Contraindicações: 
 AVC hemorrágico prévio; 
 TCE, AVC isquêmico ou IAM nos últimos 3 meses; 
 Hemorragia digestiva ou urinária nos últimos 21 dias; 
 Grande cirurgia nos últimos 14 dias; 
 Contagem plaquetária < 100.000 
 Extremos neurológicos: déficit discreto ou coma; 
 Lesão > 1/3 do hemisfério cerebral (no território da ACM). 
Transamin 
(Hemoblock®) 
Ampolas de 
250mg/5ml 
- Prescrição sugerida: 1 ampola IM (via que deve ser evitada devido à 
dor) ou 1 ampola + Água destilada 10ml EV, 12/12h. 
- Está indicado no controle e prevenção de hemorragias provocadas 
por hiperfibrinólise e ligadas a vias aéreas. Contraindicações: 
portadores de CIVD. Não se recomenda sua utilização no primeiro 
trimestre da gestação. 
 
Antibióticos 
 
Classificação das bactérias 
 
Gram positivos 
Staphylococcus S. aureus; S. epidermidis 
Streptococcus S. pyogenes; S. pneumoniae 
Enterococus E. faecalis; E. faecium 
Cocos Gram negativos Neisseria, Haemophilus, Moraxela N. meningitidis e N. gonorrhoeae; H. influezae; M. 
catarrhalis 
Enterobacterias Grupo EKP E. coli; Klebsiella; Proteus 
Grupo ESP Enterobacter, Serratia 
Pseudomonas Pseudomonas Pseudomonas aeruginosa 
Anaeróbios Bacteroides Bacteroides fragilis 
 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
7 
 
Principais opções de antimicrobianos por tipo de bactéria 
 Primeira escolha Segunda escolha 
Gram positivos 
Cocos Gram negativos 
Espiroquetas 
- Penicilinas 
- Macrolídeos 
- Tetraciclinas 
Estafilococos produtores de 
penicilinases 
- Oxacilina 
- Cefalosporinas de 1ª geração 
- Gentamicina e Amicacina 
- Vancomicina, Teicoplamina 
- Rifampicina 
- Lincomicina ou Clindamicina 
Bacilos Gram negativos - Aminoglicosídeos (gentamicina) 
- Ampicilina (Amoxacilina, Epicilina) 
- Cefalosporinas 
- Polimixinas 
- Quinolonas (ciprofloxacina) 
- Monobactâmicos 
(Aztreonam) 
- Imipenem, Meropenem 
Pseudomonas aeruginosa - Gentamicina, Tobramicina, Amicacina 
- Carbenicilina, Ticarcilina, Ciprofloxacino 
- Cefotazidima, Cefepime 
- Polimixinas 
- Aztreonam 
- Imipenem, Meropenem, 
Ertapenem 
Anaeróbios - Penicilina (exceto para B. fragilis) 
- Metronidazol ou Clindamicina (para cocos Gram 
positivos anaeróbios, frequentes em infecções de 
boca, pele, genital e perfurações esofágicas, não 
usar Metronidazol) 
- Cefoxitina 
- Cloranfenicol ou Lincomicina 
Enterococo - Penicilina G + Gentamicina 
- Ampicilina + Gentamicina 
- Vancomicina, Teicoplamina (para cepas 
resistentes à vancomicina/teicoplamina, a 
alternativa principal é a Linezolida) 
- Tetraciclinas 
- Cloranfenicol 
Anaeróbios cocos Gram 
positivos 
- Clindamicina 
- Cloranfenicol 
 
Micobactérias - Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida ou 
Etambutol 
- Ciclocerina, Estreptomicina, 
Etionamida, Sulfonas, 
Clofazimina, CIprofloxacina 
Clamídias, Riquétsias e 
Micoplasmas 
- Tetraciclinas 
- Cloranfenicol, Tianfenicol 
- Macrolídeos 
 
 
 
Droga Doses Indicação Comentários 
Amicacina 
(Novamin®) 
- Ampolas de 500mg/2ml 
- Posologia: 15-22,5 
mg/kg/dia, divididos de 
8/8h, ou em dose única 
diária, IV ou IM (máximo 
de 1,5g/dia) 
Útil contra bacilos gram-
negativos aeróbios, como 
Proteus sp., Pseudomonas 
sp., Klebsiella sp., 
Enterobacter sp., E. coli e 
Acinetobacter sp. 
- É o aminoglicosídeo com mais amplo 
espectro. 
- Tem baixa penetração no SNC e nos 
olhos. 
- Contraindicação: gestação. 
- Efeitos adversos:nefrotoxicidade 
(menos frequente nos esquemas de 
dose única diária); ototoxicidade; etc. 
Ampicilina 
(Binotal®) 
- Frasco-ampolas com 
500 ou 1000mg 
- Posologia: 2-4 g/dia, 
6/6h 
Infecções de vias aéreas 
superiores, urinárias, 
salmoneloses e meningites 
em pacientes com mais de 
50 anos ou por Listeria 
monocytogenes e 
Streptococcus agalactiae. 
- Grupo das penicilinas. 
- Efeitos adversos: náuseas, vômitos e 
diarreia; rash em pacientes com 
mononucleose. 
Penicilina G 
Benzatina 
(Benzetacil®) 
- Ampolas de 600.000 UI 
ou 1.200.000 UI 
- Menos de 20kg: 
Betalactâmico utilizado 
para tratar febre reumática 
(prevenção), 
- Grupo das penicilinas. 
- Antes da primeira administração, 
avaliar risco de reações de 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
8 
 
600.000 UI + Diluente 4 a 
6ml IM, na região glútea. 
- Mais de 20kg: 
1.200.000 UI + Diluente 4 
a 6ml IM, na região 
glútea. 
glomerulonefrite 
(prevenção), infecção 
estreptocócica (grupo A), 
erisipela, sífilis (primária, 
secundária, latente e 
terciária – com exceção da 
neurossífilis). 
hipersensibilidade. 
- Poderá causar dor local e rash cutâneo 
com administração por via IM. 
- Efeitos adversos: reações de 
hipersensibilidade com qualquer dose, 
exantema, febre, broncoespasmo, 
síndrome de Stevens-Johnson. 
Cefepime 
(Maxcef®, 
Clocef®) 
- Frasco-ampolas de 0,5, 
1 ou 2g. 
- Posologia: 2-4 g/dia, 
divididos em 12/12h. 
Principalmente infecções 
nosocomiais. 
Apresenta espectro que 
inclui o das outras 
cefalosporinas, incluindo 
Pseudomonas e ampliando 
ação contra Gram-positivos. 
- Cefalosporina de 4ª geração com baixo 
potencial indutor de beta lactamase. 
- Não tem atividade contra S. aureus 
resistentes à oxacilina, Enterococcus sp. 
e Listeria sp. 
- Não possui atividade significativa 
contra germes anaeróbios. 
- Efeitos colaterais: monitorar diarreia 
persistente, cefaleia, visão turva. 
Anemia hemolítica e confusão mental já 
foram descritos. 
Ceftriaxona 
(Rocefin®) 
- Frasco-ampolas com 1g 
- Adultos: 2-4g/dia, 
12/12h. A dose de 4g/dia 
é reservada para o 
tratamento das 
meningites. 
- Crianças: 50-100mg/kg, 
de 12/12h ou de 24/24h . 
Pneumonias, infecções 
urinárias, peritonite 
bacteriana espontânea. 
- Cefalosporina de 3ª geração. 
- Além do espectro das cefalosporinas 
de 1ª e 2ª geração, tem maior atividade 
contra Gram-negativos. 
- Efeitos colaterais: hipersensibilidade 
(alguns pacientes alérgicos à penicilina 
também são às cefalosporinas). 
- Pode interferir no metabolismo das 
bilirrubinas em neonatos. 
Cefalotina 
(Keflin®) 
- Frasco-ampolas com 
500mg ou 1g 
- Adultos: 500mg a 1g de 
6/6h; infecções graves: 
2g a cada 4-6h; dose 
máxima: 12g/dia. 
Infecções cutâneas 
principalmente. 
Apresenta atividade contra 
diversas bactérias aeróbias 
Gram-positivas e Gram-
negativas. 
Habitualmente usada para 
S. aureus e alguns bacilos 
Gram-negativos (E. coli, 
Proteus, Klebsiela). 
- Cefalosporina de 1ª geração. 
- Não cruza a barreira hemato-
encefálica. 
- Monitorar sinais de anafilaxia, 
angioedema e urticária após 
administração. 
- Assim como a Cefazolina, deve ser 
utilizada somente para profilaxia 
cirúrgica. 
Cefazolina 
(Kefazol®) 
- Frasco-ampolas com 
500mg ou 1g. 
- Adultos acima de 40kg: 
dose usual de 0,5 a 1,5g 
EV, a cada 6-8h. Dose 
máxima de 12g/dia. 
- Profilaxia cirúrgica: 1g 
30-60 minutos antes do 
procedimento; repetir 
0,5-1g a cada 8h por 24h, 
dependendo do 
procedimento. 
Infecções cutâneas 
principalmente. 
Apresenta atividade contra 
diversas bactérias aeróbias 
Gram-positivas e Gram-
negativas. 
Habitualmente usada para 
S. aureus e alguns bacilos 
Gram-negativos (E. coli, 
Proteus, Klebsiela). 
- Cefalosporina de 1ª geração. 
- Não cruza a barreira hemato-
encefálica. 
- Monitorar sinais de anafilaxia, 
angioedema e urticária após 
administração. 
- Assim como a Cefalotina, deve ser 
utilizada somente para profilaxia 
cirúrgica. 
Ciprofloxacino - Comprimidos de 500mg 
e bolsas com 
200mg/100ml e 
400mg/200ml 
- 500 – 1500mg/dia, 
divididos em 12/12h (VO) 
- 400-1600 mg/dia, 
divididos em 12/12h ou 
Infecções urinárias, febre 
tifoide, gastroenterites. 
Apresenta espectro contra 
Gram-negativos entéricos, 
incluindo ação contra 
Pseudomonas. 
- Quinolona. 
- Tem pouca penetração pulmonar. 
- A infusão venosa deve ser lenta e 
durar mais de 1 hora para reduzir risco 
de irritação venosa (dor, edema). 
- Efeitos adversos: náuseas, vômitos, 
dispepsia; pode ocorrer aumento das 
transaminases. 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
9 
 
8/8h (EV) 
Cloranfenicol - Frasco-ampolas com 
1g/5ml 
- Adultos: 12,5-
25mg/kg/dose, VO ou IV, 
de 6/6h (dose máxima de 
4,8 g/dia) 
Pouco utilizado atualmente, 
sendo restrito ao 
tratamento de condições 
como abscesso cerebral, 
salmoneloses, meningite 
por hemófilos. 
O espectro inclui bactérias 
Gram-positivas como 
estreptococos, S. aureus, 
Listeria e Coryno bacterium. 
Apresenta ainda ação 
contra Gram-negativos 
como os hemófilos, 
salmonelas, E. coli, Proteus, 
Citrobacter. 
- Tem boa penetração no líquor e em 
outros tecidos. 
- Não é ativa contra várias cepas de 
Klebsiela sp., Mycoplasma sp., e 
Chlamydia sp. 
- Efeitos adversos: aplasia de medula 
óssea (raramente) pode ocorrer durante 
ou após o tratamento e independe da 
via de administração; depressão 
medular reversível (leucopenia, anemia 
e/ou trombocitopenia) relacionada a 
níveis séricos elevados. 
Clindamicina - Ampolas de 
300mg/2ml, 600mg/4ml 
ou 900mg/6ml 
- Dose: 600-2400mg/dia, 
divididos em doses de 
6/6h a 8/8h 
Pneumonia por aspiração e 
infecções cutâneas por S. 
aureus, infecções da 
cavidade oral, osteomielite, 
ainda pode ser opção para 
toxoplasmose, 
pneumocistose e malária. 
Espectro principalmente 
contra agentes anaeróbios 
e aeróbios Gram-positivos. 
- Antimicrobiano do grupo da 
lincosaminas. 
- Tem boa penetração óssea e em 
outros tecidos. 
- Não atinge concentrações adequadas 
no líquor, mesmo com as meninges 
inflamadas, mas é efetiva na 
toxoplasmose cerebral. 
- Efeitos adversos: anorexia, náuseas, 
vômitos, e diarreia (associada com 
colite pseudomembranosa). 
Gentamicina 
(Garamicina®) 
- Ampolas com 20, 40, 80 
e 120mg nos volumes de 
1, 1,5 e 2 ml. 
- Dose: 3-6 mg/kg/dia EV 
ou IM em 8/8h o 12/12h 
(dose única diminui o 
risco de insuficiência 
renal) 
Principalmente em 
infecções urinárias e 
endocardite como 
adjuvante. Utilizada em 
infecções graves por 
enterobactérias e bacilos 
Gram-negativos. 
Espectro contra Gram-
negativos e adjuvante na 
endocardite por cocos 
Gram-positivos. 
- Antimicrobiano do grupo dos 
aminoglicosídeos. 
- Tem boa penetração óssea. 
- Administrar penicilinas e 
cefalosporinas 1h antes ou 1h após a 
gentamicina para minimizar possíveis 
interações medicamentosas. 
- Efeitos adversos: nefrotoxicidade e 
ototoxicidade com alteração de função 
vestibular. 
Imipenem 
(Tienam®) 
- Bolsas e frasco-ampolas 
com 1g (500mg de 
imipenem + 500mg de 
cilastatina sódica) em 2, 
20 e 120ml. 
- Dose: 500mg EV, 6/6h 
Infecções hospitalares 
graves por bactérias Gram-
negativas multirresistentes, 
principalmente 
Pseudomonas e cepas com 
β-lactamase de espectro 
estentido e Acinetobacter. 
- Antibiótico do grupo dos 
carbapenêmicos. 
- Durante a terapia,acompanhar 
possíveis reações neurológicas ou crises 
convulsivas. 
- O uso dos carbapenêmicos deve ser 
realizado com prudência e somente nos 
casos que sejam a única opção. 
- O uso indiscriminado tem aumentado 
o risco de bactérias produtoras de 
carbapenemase, como, por exemplo, a 
Klebisiela pneumonia produtora de 
carbapenemase (KPC). 
Linezolida 
(Zyvox®) 
- Bolsa com 2mg/ml em 
100, 200 ou 300ml. 
- A dose habitual é de 
1200mg/dia, divididos de 
12/12h. 
Utilizada com as mesmas 
indicações da vancomicina 
para microrganismos 
resistentes a essa. 
Espectro de ação inclui S. 
aureus, estafilococos 
- A supressão medular (anemia e 
trombocitopenia) costuma ser 
reversível com interrupção do 
tratamento e é mais frequente após 
duas semanas de uso. 
- Evitar o uso por mais de duas 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
10 
 
coagulase-negativa, S. 
pneumoniae, Enterococcus 
faecium e Enterococcus 
faecalis. 
semanas. 
- Remover a embalagem de papel 
laminado imediatamente antes da 
administração. 
- Efeitos adversos: náuseas, 
descoloração da língua, cefaleia, 
reações cutâneas, trombocitopenia e 
leucopenia. 
Metronidazol 
(Flagyl®) 
- Comprimidos de 250mg 
ou 400mg; Bolsa com 
solução injetável de 
500mg/100ml 
- Anaeróbios: 1,5-2g/dia 
(8/8h ou 12/12h) EV 
Perfuração intestinal, 
peritonites e outras 
infecções intra-abdominais, 
amebíase, giardíase e 
tricomoníase. Espectro 
inclui principalmente 
agentes anaeróbios. 
- Antimicrobiano nitroimidazólico. 
- Tem boa penetração no líquor e em 
abscessos, mas pouca penetração 
pulmonar. 
- Orientar o paciente a não fazer uso de 
bebidas alcoólicas até 48h após o 
término do tratamento. 
- Efeitos adversos: diarreia, dor 
epigástrica, gosto metálico na boca, 
urina com coloração escura, etc. 
Meropenem 
(Meronem®) 
- Frasco-ampola de 1 ou 
2g e bolsas com 
1g/100ml. 
- Dose: 3 – 6 g/dia, 
divididos em 8/8h ou 
6/6h. 
Indicações similares às do 
imipenem. 
Comparativamente ao ele, 
apresenta maior atividade 
contra bacilos Gram-
negativos e menor eficácia 
contra cocos Gram-
positivos. 
- Antibiótico do grupo dos 
carbapenêmicos. 
- Pode ser utilizada na neutropenia 
febril. 
- Não é ativo contra S. aureus resistente 
à oxacilina (MRSA), Enterococos faecium 
e Corynebacterium JK. 
- Não age contra Legionella sp., 
Chlamydia sp., e Mycoplasma sp. 
- O uso dos carbapenêmicos deve ser 
realizado com prudência e somente nos 
casos que sejam a única opção. 
- O uso indiscriminado tem aumentado 
o risco de bactérias produtoras de 
carbapenemase, como, por exemplo, a 
Klebisiela pneumonia produtora de 
carbapenemase (KPC). 
Oxacilina 
(Oxapen®) 
- Frasco-ampolas com 
500mg. 
- Dose: 100-
200mg/kg/dia (4 a 
12g/dia) de 4/4h ou de 
6/6h. 
Infecções cutâneas como 
celulite e erisipela e 
infecções presumíveis e 
confirmadas por S. aureus. 
- Antibiótico do grupo das penicilinas. 
- Durante a administração endovenosa, 
se houver dor ou irritação local, 
aumentar o tempo de infusão para 1 
hora. 
- Efeitos adversos: eritema, urticária, 
febre, anafilaxia, diminuição da 
hemoglobina. 
Piperacilina + 
Tazobactan 
(Tazocin®) 
- Pó liofilizado com 4g de 
piperacilina + 500mg de 
tazobactam (4,5g) 
- Dose: 2,25 – 4,5g, a 
cada 6 ou 8h por 7 a 14 
dias 
Infecções principalmente 
nosocomiais, como por 
Pseudomonas aeruginosa, 
Klebsiela spp., Proteus e 
enterobactérias 
multirresistentes. 
- Penicilina associada a um inibidor de 
betalactamase. 
- Não administrar concomitantemente 
com aminoglicosídeos (tobramicina, 
gentamicina); dar intervalo de 30-60 
minutos entre os antibióticos. 
- Efeitos adversos: hipernatremia, 
náuseas, vômitos e diarreia. 
Vancomicina - Frasco-ampola de 
500mg ou 1g 
- Dose: 2g/dia, de 12/12h 
em infusão lenta, 
necessitando de ajuste 
para função renal de 
Utilizada principalmente 
para infecções por cocos 
Gram-positivos resistentes, 
em particular infecções 
nosocomiais graves em que 
se presume infecção por S. 
- Antibacteriano glicopeptídeo. 
- O controle de nível sérico deve ser 
realizado em pacientes com alteração 
da função renal, pacientes anéfricos em 
hemodiálise, pacientes recebendo 
outras drogas nefrotóxicas, etc. 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
11 
 
preferência com a 
dosagem de vancomicina 
sérica 
aureus resistente e 
infecções por cateter. 
O espectro de ação dos 
glicopeptídeos inclui 
bactérias aeróbias e 
anaeróbias Gram-positivas, 
incluindo enterococos 
resistentes. 
- A coleta para nível sérico deve ser 
realizada 30-60 min antes da 4ª dose no 
início do tratamento e após alteração. 
- Monitorar o risco de tromboflebite em 
acesso periférico. 
- Efeitos adeversos: ototoxicidade e 
reações cutâneas; “síndrome do homem 
vermelho” (prurido e exantema 
eritematoso); nefrite intersticial aguda. 
 
Drogas vasoativas (DVA) 
- Definição: qualquer droga que altere tônus vascular e/ou contratilidade miocárdica e, desta forma, altere a 
perfusão tecidual. 
- Funções e objetivos: 
 Melhora da perfusão; 
 Aumento do débito cardíaco; 
 Aumento da resistência vascular periférica (no caso dos vasopressores); 
 Redução da resistência vascular periférica (no caso dos vasodilatadores). 
- Essas drogas agem, basicamente, nos receptores α e β-adrenérgicos. Aquelas que têm maior ação β (Dobutamina, 
por exemplo) agem mais no músculo cardíaco (cronotropismo e inotropismo cardíacos); aquelas que têm mais ação α 
(a epinefrina e norepinefrina, por exemplo) agem mais na resistência vascular periférica, e tendem a aumentar a 
pressão arterial. A dopamina tem ação α e β balanceados. 
 
- Na terapia intensiva, essas drogas acabam sendo mais utilizadas em duas situações que levam ao choque 
circulatório por mecanismos diferentes: choque cardiogênico e o choque séptico (distributivo ou não-cardiogênico). 
 Choque cardiogênico: devemos dar preferência por uma droga de ação inotrópica (Dobutamina ou 
Dopamina em doses intermediárias, por exemplo), associada ou não a um vasoconstrictor (Nora/adrenalina 
ou Dopamina em doses altas, por exemplo). Além dessas drogas, existe a necessidade de reposição volêmica 
para otimizar a pré-carga. OBS: Estudos apontam que o uso de doses baixas de adrenalina em infusão 
contínua apresenta resultados um pouco piores que a associação Dobutamina + Noradrenalina. 
 Choque não-cardiogênico / choque séptico: por ser um tipo de choque distributivo, o uso de drogas de ação 
vasoconstrictoras (Norepinefrina, Dopamina) é capaz de melhorar a pressão e perfusão. Mesmo sendo 
drogas vasoconstrictoras, elas aumentam o débito cardíaco e não comprometem a perfusão periférica. Se 
mesmo após a infusão volêmica e utilização de Noradrenalina o paciente ainda apresente sinais de falência 
de bomba cardíaca ou hipotensão refratária, o inotrópico de escolha a ser associado é a Dobutamina. 
Droga Apresentações Administração e comentários 
Noradrenalina Frasco-ampolas de 
1mg/ml em 4ml 
Ampola com 2mg/ml em 
4ml (8mg/4ml) 
- Dose (manutenção): 1-50µg/min. 
- Prescrição sugerida: 4 ampolas (de 8mg/4ml) + 234ml SF, 6 a 
25ml/hora em BIC (iniciar com 10ml/hora). 
- Comentários: 
 Droga de escolha para aumento da PAM na maioria dos 
pacientes sépticos (choque distributivo ou não-
cardiogênico), apresentando vantagens sobre a 
Dopamina. 
GUIA DO PLANTONISTAArlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
12 
 
 Atua em ambos os receptores adrenérgicos 
(principalmente α1 e β1). Tem ação β2 menor que da 
adrenalina. 
 Amenta consistentemente a pressão arterial (tanto 
sistólica quanto diastólica), sem aumento da pressão de 
pulso; parece promover melhora sobre a perfusão 
esplâncnica. 
Dobutamina Ampolas e frasco-
ampolas de 12,5mg/ml 
(250mg/20ml) 
- Dose (manutenção): 2,5-20µg/kg/min (ocasionalmente, pode-se 
atingir 40µg/kg/min). 
- Prescrição sugerida: 1 ampola (de 250mg/20ml) + 230ml SF 
(concentração: 1mg/ml) ou 2 ampolas (de 250mg/20ml) + 210ml 
SF (concentração: 2mg/ml), 6 a 25ml/hora em BIC (iniciar com 
10ml/hora). 
- Comentários: 
 Protótipo de catecolamina com ação β (muito embora 
possa ter alguma ação α), com grande ação no 
miocárdio (inotropismo e cronotropismo), mas com 
pouca ação periférica. 
 É mais inotrópica do que cronotrópica. 
 A resistência vascular periférica fica, praticamente, 
inalterada. 
 É a droga de escolha para choque cardiogênico, 
principalmente, utilizada com intuito melhorar a função 
de bomba cardíaca. 
Adrenalina Ampolas de 1ml com 
1mg/ml 
- Dose (manutenção): 1-30µg/min. 
- Prescrição sugerida: 2 ampolas + 250ml SF (concentração: 
8µg/ml). 
- Comentários: 
 Atua de forma balanceada em ambos receptores 
adrenérgicos. 
 Sua infusão em bolus tem predomínio de ação α1, 
causando aumento da pressão sistólica maior do que o 
incremento diastólico (pressão de pulso sobe). Pode 
causar vasoconstricção venosa (aumenta o retorno 
venoso), mas pode causar diminuição do fluxo 
esplâncnico. 
 Sua infusão lenta e contínua tem predomínio de ação 
β2, com redução da resistência vascular periférica e da 
pressão diastólica. Causa aumento da pressão sistólica 
por aumento da contratilidade cardíaca. Doses maiores 
apresentam ação semelhante ao bolus. 
 Está indicada em estados de choque refratário. 
Dopamina Ampolas de 10ml com 
5mg/ml (50mg/10ml) 
- Dose (manutenção): 
 Doses baixas (2-5µg/kg/min): efeito dopaminérgico, com 
vasodilatação esplâncnica e aumento do fluxo renal. Seu 
uso não é recomendado. 
 Doses intermediárias (5-10µg/kg/min): predomina a 
ação β-adrenérgica, com aumento do inotropismo 
cardíaco e da frequência cardíaca, apresentando efeito 
semelhante a dobutamina. 
 Doses altas (10-20µg/kg/min): predomina a resposta α-
adrenérgica, com aumento da resistência sistêmica 
(ação vasoconstrictora propriamente dita), da pressão 
arterial e do débito cardíaco. 
- Prescrição sugerida: 5 ampolas (de 50mg/10ml) + 200ml SF 
(concentração: 1000µg/ml ou 1mg/ml). 
- Comentários: 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
13 
 
 Já foi o vasopressor de escolha e mais utilizado em 
década passadas, mas seu uso vem diminuindo. 
 Tem ação em receptores próprios, mas também age em 
receptores α e β-adrenérgicos. 
 Pode estar relacionada com imunossupressão (é 
contraindicada no choque séptico) e seu uso está 
associado com maior mortalidade quando comparada à 
noradrenalina. 
Nitroglicerina 
(Tridil®) 
Ampolas de 5mg/ml com 
5 ml (25mg/5ml) e 10ml 
(50mg/10ml) 
- Dose: 5µg/min. Aumentar 5µg/min a cada 5-10 minutos; se não 
houver resposta até 20 µg/min, aumentar 10µg/min até obter o 
efeito desejado em intervalor de 3-5 minutos (dose máxima: 
200µg/min). 
- Prescrição sugerida: 1 ampola (de 50mg/10ml) + 240ml SF 
(concentração: 200µg/ml), iniciar com 5 a 10ml/hora em BIC e 
aumentar infusão conforme resposta. 
- Comentários: 
 Tem ação vasodilatadora predominantemente venosa. 
 Indicado em pacientes com PAM > 90mmHg em vigência 
de um quadro séptico. 
 A medicação pode causar hipotensão severa. Ao iniciar a 
infusão, permanecer atento à pressão do paciente 
(verificar a cada 10 a 20 minutos, se possível). 
- Contraindicações: estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica, 
anemia grave, hipertensão intracraniana. 
Nitroprussiato 
(Nipride®) 
Frasco-ampola com 
50mg/ml 
Ampola com 25mg/ml 
em 2ml (50mg/2ml) 
- Dose: 0,25-10µg/kg/min (dose usual: 0,5µg/kg/min). 
- Prescrição sugerida: 1 ampola (de 50mg/2ml) + 248ml SF 
(concentração: 200µg/ml). 
- Comentários: 
 É um vasodilatador balanceado arterial e venoso. 
 Indicado em pacientes com PAM > 90mmHg em vigência 
de um quadro séptico. 
- Contraindicações: IC de alto débito, coarctação de aorta, fístula 
arteriovenosa. 
 
Sedativos e analgésicos 
- Definição de dor: experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesão tecidual atual ou potencial. E 
uma sensação comum em pacientes internados em UTI (50-65%), sendo que um terço desses relata dor intensa. 
- Avaliação da dor (subjetiva): 
 Relato pessoal; 
 Escalas de dor; 
 Busca por causas de dor; 
 Avaliação comportamental; 
 Expressão facial; 
 Movimentação; 
 Sinais vitais (frequência cardíaca, respiratória, 
agitação motora, etc.); 
 Escalas comportamentais; 
 Avaliação de familiares; 
 Teste com analgésico. 
 
- Escala de dor (exemplo): 
 
 
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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
14 
 
- Utilização de fármacos no controle da dor: 
Fármacos Escala de dor 
Analgésicos comuns 
(Dipirona, Paracetamol) 
Dor fraca 
(3 – 4) 
Anti-inflamatórios 
(evitar sempre que possível) 
Dor moderada 
(6 – 7) 
Opioides 
(Tramadol/Codeína e Morfina/Fentanil) 
Dor intensa 
(> 7) 
 
- Importância da sedação: 
Prós Contra 
 Analgesia; 
 Controle da agitação e ansiedade; 
 Limitação da resposta ao estresse; 
 Facilitação do cuidado; 
 Adaptação a prótese ventilatória. 
 Aumento do tempo de internação; 
 Aumento do tempo em ventilação mecânica; 
 Maior mortalidade; 
 Dificuldade na realização do exame 
neurológico. 
 
- Escala de Agitação/Sedação de Richmond (RASS) 
 
Escore Termo Descrição 
+4 Combativo Evidentemente combativo; violento; perigo imediato para os profissionais. 
+3 Muito Agitado Puxa ou remove tubo(s) ou cateter(es); agressivo 
+2 Agitado Movimentos despropositados frequentes; ”briga” com o ventilador. 
+1 Inquieto Ansioso; movimentos não agressivos. 
0 Alerta e Calmo Ideal para extubação 
-1 Sonolento Não completamente alerta, mas tem despertar sustentado (abertura 
ocular/contato ocular ≥10 segundos) ao comando vocal. 
-2 Sedação Leve Acordar breve com contato ocular ao comando vocal (<10 segundos). 
-3 Sedação Moderada Movimento ou abertura ocular ao comando vocal (mas sem contato ocular). 
-4 Sedação Profunda Nenhuma resposta ao comando vocal, mas movimento ou abertura ocular à 
estimulação física. 
-5 Não Acorda Nenhuma resposta aos estímulos vocais ou físicos (próprio para TCE grave e SARA) 
 
- Despertar diário: consiste em desligar diariamente, de forma programada, a droga sedativa para verificar a resposta 
neurológica do paciente. Quando o paciente apresentar respostas neurológicas que sugeriram um despertar 
(movimentação das extremidades, tentativa de respiração espontânea, responder ordens simples, etc.), liga-se 
novamente a sedação, mas com metade da dose anterior. No dia seguinte, faz-se o mesmo protocolo, sempre 
reduzindo a infusão pela metade. 
 
Analgésicos e anti-inflamatórios 
Droga Apresentações Administração e comentários 
Diclofenaco de 
sódio/potássio 
(Voltaren®) 
Ampolas de 75mg/3ml - Dose: 1 ampola IM (evitar fazer EV), 12/12h, por 2 a 3 dias, no 
máximo. 
- Comentários: 
 Analgésico e anti-inflamatórionão-esteroide. 
 Útil nos quadros de dor pós-operatória, dismenorreia 
primária, artrite reumatoide, osteoartrite, gota, etc. 
 Não deve ser utilizado em crianças com menos de 12 
anos. 
 Deve ser evitado em UTI (devido aos riscos de 
insuficiência renal, hemorragias do trato digestivo, etc.), 
reservado apenas para pacientes jovens, vítimas de 
politraumatismos, cirurgias ortopédicas, etc. 
Dipirona Ampolas de 1000mg/2ml - Dose: 1 g de 6/6h (pode-se fazer até 2g de 4/4h, se necessário). 
- Sugestão de prescrição: 1 ampola IM (evitar, devido à dor) ou 1 
ampola + Água destilada 10ml EV, 6/6h, se dor ou febre 
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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
15 
 
(Temperatura Axilar ≥ 37,8
o
C). 
- Comentários: 
 Analgésico a antipirético útil no alívio da dor e da febre. 
 Pode causar aplasia de medula em altas doses (raro). 
- Contraindicações: deficiência de G6PD, porfiria, discrasias 
sanguíneas, gestação, lactação e alergias à medicação. 
Tenoxicam (Tilatil®) Ampolas de 20 e 40mg - Dose: 20mg, 1x/dia, EV ou IM, por 1-2 dias. Dor pós-operatória: 
40mg/dia, por 5 dias. 
- Prescrição sugerida: 1 ampola IM ou 1 ampola + Água destilada 
10ml EV. 
- Comentários: Analgésico e anti-inflamatório não esteroidal útil 
no alívio sintomático de transtornos osteomusculares e 
articulares, como artrite reumatoide e osteoartrite. É o analgésico 
de escolha para tratamento da dor em fraturas. 
Opioides 
Droga Apresentações Administração e comentários 
Meperidina 
(Dolantina®, 
Dolosal®) 
Ampolas de 50mg/2ml e 
100mg/2ml 
- Dose: Adultos: 50-150mg (0,5-2mg/kg), a cada 3-4 horas, 
conforme necessário (dose máxima diária: 500mg). 
- Analgésico opioide útil para dor de intensidade moderada a 
severa. 
- Comentários: 
 Seu uso não é recomendado para dor aguda por mais de 
48 horas. 
 Provoca menos constipação que a morfina, porém mais 
náuseas, vômitos e sedação do que ela. 
 Está relacionada com altos índices de dependência. 
 Não é indicada para o tratamento da dor crônica (seu uso 
está praticamente banido em UTIs). 
Fentanil Ampolas de 5 e 10ml 
com 50 µg/ml 
- Dose de indução: 1 – 4mL (50 a 200µg) EV em bolus (não diluir). 
- Dose de manutenção: 0,03 - 7µg/kg/hora (30-100µg/hora). 
- Analgésico opioide forte sintético utilizado para dor aguda e 
intensa, adjuvante na anestesia geral. Rápido início de ação (1 – 2 
minutos) e meia vida de 2 a 3h. 
- Comentários: 
 Início de ação: 1-2 minuto. 
 Duração de ação: 1-2 horas. 
 Tem potência analgésica maior que a da morfina (é cerca 
de 75-100x mais potente, talvez por ser mais 
lipossolúvel). 
 Tem início de ação mais rápido que a morfina, porém 
mais curto. 
 Vantagens: seguro em pacientes instáveis; não provoca 
hipotensão (pois não libera histamina). 
 Desvantagens: sedação e rigidez muscular quando em 
altas doses (está relacionada com rigidez torácica e 
eventual falha na ventilação mecânica). 
 Não tem metabolização renal. 
 Deve ser reservado para casos de sedação ou anestesia 
(evitar utilizar no pronto-socorro). 
- Contraindicações: aumento da pressão intracraniana, íleo 
paralítico, IR graves, gestação, etc. 
Morfina 
 
Ampolas de 1ml com 
10mg/ml e 2ml com 
1mg/ml (para 
raquianestesia) 
- Dose de ataque: 5-15 mg. 
- Dose de manutenção: 1-6 mg/hora. 
- - Analgésico opioide forte utilizado para dor aguda. 
- Comentários: 
 Início de ação: 10-20 minutos. 
 Duração de ação: 4 horas. 
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16 
 
 Tem potente ação analgésica. 
 Causa liberação de histamina (podendo causar 
vasodilatação e, desta forma, hipotensão severa). 
 Causa estímulo vagotônico (podendo causar bradicardia, 
constipação intestinal, etc.). 
 Metabolização hepática com metabólito ativo (portanto, 
em casos de insuficiência hepática, ocorre acúmulo de 
morfina, a qual deve ser utilizada em doses menores para 
diminuir seus efeitos colaterais). 
 Metabólito ativo excretado no rim (fazer doses menores 
em pacientes com insuficiência renal aguda). 
Tramadol (Tramal®) Ampolas de 2ml com 
100mg/2ml 
- Dose: adultos jovens com mais de 16 anos: 1 ampola IM ou + 
Soro fisiológico 100ml EV lento, por gotejamento, de 4/6 horas 
(não exceder a dose de 400mg/dia). 
- Comentários: opioide fraco indicado para quadros de dor de 
intensidade moderada à severa, de caráter agudo, subagudo ou 
crônico. Causa menos dependência que os demais opioides. 
- Contraindicações: intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, 
analgésicos em geral; pacientes em tratamento com iMAO, 
antidepressivos tricíclicos, neurolépticos e drogas ou situações 
que baixam o limiar convulsivo. 
Sedativos 
Droga Apresentações Administração e comentários 
Etomidato 
(Hypnomidate®) 
Ampolas de 2mg/ml - Dose para procedimentos: 0,3mg/kg EV (máximo: 20mg) em 
bolus (pré-medicar com 50 a 100µg de Fentanil). 
- Comentários: 
 Agente sedativo hipnótico endovenoso de ação curta não 
analgésico, apresentando a vantagem de não causar 
instabilidade hemodinâmica. 
 Causa mínima depressão respiratória. 
 Não provoca liberação de histamina. 
 Como desvantagem, pode causar insuficiência adrenal 
(inibe a produção de esteroides pela suprarrenal), 
náuseas, vômito, etc. 
Midazolam 
(Dormonid®) 
Ampolas de 5mg/5ml e 
de 15mg/3ml 
- Dose para procedimentos: aplicar 0,02-0,04mg/kg, EV, repetido a 
cada 5 minutos, conforma a necessidade. 
- Dose de manutenção e sedação durante ventilação mecânica: 
dose de ataque de 0,01-0,05 mg/kg, acompanhados de infusão de 
0,02-0,1 mg/kg/hora. 
- Prescrição sugerida: 7 ampolas (de 15mg/3ml) + 80ml de SF 
(iniciar com 8ml/hora, para uma sedação de 12 horas). 
- Estado de mal epiléptico: 0,2mg/kg em bolus, EV, até 5mg; ou 5-
10mg, IM. 
- Comentários: 
 Tempo de equilíbrio: 1 – 1,5 minutos. 
 Meia vida: 5 minutos. 
 Benzodiazepínico utilizado para sedação em 
procedimentos cirúrgicos e diagnósticos, indução e 
manutenção de anestesia, mal epiléptico. 
 Causa ansiólise a amnésia (importantes para pacientes 
internados em UTI). 
 Tem ação em receptores GABA e atua com 
anticonvulsivante. 
 Tem metabolismo hepático e excreção renal (deve ter 
doses diminuída sem caso de insuficiência hepática e 
renal). 
 Pode causar tolerância e efeito de abstinência (em caso 
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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
17 
 
de uso prolongado). 
Propofol (Diprivan®) Ampolas de 20mg/20ml - Dose para procedimentos (bolus): 2,0mg/kg EV (10-30mg). 
- Adultos: 0,1-0,2 mg/kg/minuto. 
- Dose de manutenção: 5-80 µg/kg/min. 
- Comentários: 
 Início de ação: 0,5 – 1 minuto. 
 Meia vida: 10 minutos. 
 Hipnótico e anestésico de curta duração útil na indução e 
manutenção da anestesia geral. 
 É o sedativo de escolha para pacientes neurológicos. 
 Tem eliminação plasmática (portanto, não existe 
metabolismo hepático ou renal). 
 Insuficiência renal ou hepática não alteram sua infusão. 
 Tem pouco efeito amnésico. 
 Em doses muito altas, pode causar depressão ventilatória 
e circulatória (pode causar hipotensão e bradipneia). 
 Tem menor tempo de ação (devido ao metabolismo 
plasmático, ao desligar a droga, frequentemente o 
paciente já acorda). 
 Ter cuidado com hipertrigliceridemia e pancreatite(o 
veículo do propofol é lipídico). 
 Pode causar descoloração da urina (esverdeada ou 
acastanhada). 
 Pode causar “síndrome de infusão do propofol” (efeito 
colateral raro relacionado com infusões prolongadas e 
caracterizado por acidose metabólica de rápida evolução 
que pode levar ao óbito muito rapidamente, se não 
reconhecida). 
 Tem custo elevado. 
 
 
OBS: Fórmula para Taxa de Velocidade de Infusão Venosa: devemos entender as seguintes variáveis. 
 Vazão: taxa de infusão da solução em "ml/hora" (quantos “ml” da solução o paciente vai receber por hora 
em bomba de infusão contínua – BIC). 
 Posologia indicada: dose do fármaco (em "mg" ou "µg") a ser infundida pro minuto a depender do peso (kg) 
do paciente. Se a posologia for dada em µg, devemos dividir o valor por 1000 para converter em mg. 
 Concentração da solução: quantidade (em "mg", de preferência) do fármaco presente na solução (de 
preferência, diluído em um volume total de 250 ou 500ml de SF, que é a "solução padrão" da UTI). 
Sugerimos os seguintes padrões para as principais drogas utilizadas em BIC na terapia intensiva: 
Droga Apresentações Quantidade padrão no soro 
Dopamina 50mg/10ml 5 ampolas = 250mg 
Noradrenalina 8mg/4ml 4 ampolas = 32mg 
Dobutamina 250mg/20ml 1 ampola = 250mg ou 
2 ampolas = 500mg 
Midazolam 15mg/3ml 5 ampolas = 75mg 
Fentanil 500µg/10ml 2 ampolas = 1000µg 
 
- Para converter "µg/kg/min" em "ml/hora" 
VAZÃO (ml/hora) = DOSE (µg) x PESO (kg) x 60 (minutos) x 10
-3
 (para converter µg em mg) 
 CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO (mg/ml) 
 
- Para converter "µg/min" em "ml/hora": 
VAZÃO (ml/hora) = DOSE (µg) x 60 (minutos) x 10
-3
 (para converter µg em mg) 
 CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO (mg/ml) 
 
- Para converter "mg/peso/min" em "ml/hora": 
 VAZÃO = DOSE (mg) x PESO (kg) x 60 (minutos) OBS: não precisa dividir por 1000 
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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
18 
 
 CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO (mg/ml) 
 
- Para converter "ml/hora" em "µg/kg/min": 
DOSE EM INFUSÃO = VAZÃO (ml/hora) X CONCENTRAÇÃO (mg/ml) x 10
3
 (para converter mg em µg) 
60 min x PESO (kg) 
 
OBS: Um número substancial de medicamentos usados na prática clínica é constituído por drogas que apresentam a 
peculiaridade de serem eliminadas do organismo através dos rins, por meio de seus próprios princípios ativos ou de 
seus produtos de metabolização. Em situações de déficit das funções renais, o balanço corporal dessas substâncias 
pode alterar-se, resultando em quadros clínicos de intoxicação medicamentosa. A prescrição de drogas em 
insuficiência renal, para ser mais racional e segura, deve objetivar a individualização terapêutica, baseando-se em 
parâmetros farmacocinéticos. 
 
Clearance de Creatinina (Fórmula de Cockcroft-Gault) 
ClCreatinina = (140 – idade) x Peso 
 72 x Crplasmática 
Na mulher, multiplica-se o resultado por 0,85. 
 
Droga Clearance de Creatinina 
Antibióticos >50 50 - 10 <10 
Amicacina 1000mg 24/24h 500mg 24/24h 500mg 48/48h 
Amoxicilina 500mg 8/8h 500mg 12/12h 500mg 24/24h 
Amoxicilina/clavulanato 500/125mg 8/8h 500/125mg 12/12h 500/125mg 24/24h 
Amoxicilina/clavulanato 500/125mg 8/8h 500/125mg 12/12h 500/125mg 24/24h 
Ampicilina 500mg 6/6h 500mg 8/8h 500mg 12/12h 
Ampicilina 1000mg 6/6h 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 
Ampicilina/sulbactam 1000/500mg 6/6h 1000/500mg 12/12h 1000/500mg 24/24h 
Aztreonam 1000mg 8/8h 500mg 8/8h 250mg 8/8h 
Cefazolina 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 1000mg 24/24h 
Cefepima 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 1000mg 24/24h 
Cefotaxima 2000mg 8/8h 2000mg 12/12h 2000mg 24/24h 
Ceftazidima 2000mg 8/8h 2000mg 12/12h 2000mg 24/24h 
Ceftobiprole 500mg 8/8h 500mg 12/12h 500mg 24/24h 
Ceftriaxona Sem ajuste de dosagem 
 
Cefuroxima 750mg 8/8h 750mg 12/12h 750mg 24/24h 
Cefuroxima 500mg 12/12h 500mg 24/24h 500mg 24/24h 
Ciprofloxacino 500mg 12/12h 500mg 24/24h 250mg 24/24h 
Ciprofloxacino 400mg 12/12h 400mg 24/24h 200mg 24/24h 
Claritromicina 500mg 12/12h 375mg 12/12h 500mg 24/24h 
Claritromicina 500mg 12/12h 375mg 12/12h 500mg 24/24h 
Clindamicina Sem ajuste de dosagem 
 
Cloranfenicol Sem ajuste de dosagem 
 
Colistina 160mg 12/12h 160mg 24/24h 160mg 36/36h 
Daptomicina 500mg 24/24h 500mg 48/48h 500mg 48/48h 
Doripenem 500mg 8/8h 250mg 8/8h Sem dados 
Doxiciclina Sem ajuste de dosagem 
 
Eritromicina 500mg 6/6h 500mg 6/6h 500mg 12/12h 
Ertapenem 1000mg 24/24h 500mg 24/24h 500mg 24/24h 
Estreptomicina 1000mg 24/24h 1000mg 48/48h 1000mg 72/72h 
Gentamicina 240mg 24/24h 120mg 24/24h 120mg 48/48h 
Imipenem+cilastatina 500mg 6/6h 250mg 6/6h 250mg 12/12h 
Levofloxacino 750mg 24/24h 750mg 48/48h 500mg 48/48h 
Levofloxacino 750mg 24/24h 750mg 48/48h 500mg 48/48h 
GUIA DO PLANTONISTA Arlindo Ugulino Netto 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
19 
 
Linezolida 600mg 12/12h 600mg 12/12h 600mg 12/12h 
Linezolida 600mg 12/12h 600mg 12/12h 600mg 12/12h 
Meropenem 1000mg 8/8h 1000mg 12/12h 1000mg 24/24h 
Metronidazol 500mg 8/8h 500mg 8/8h 250mg 8/8h 
Metronidazol 500mg 8/8h 500mg 8/8h 250mg 8/8h 
Moxifloxacino Sem ajuste de dosagem 
 
Nitrofurantoína 100mg 6/6h Não usar Não usar 
Penicilina cristalina 6.000.000 UI 4/4h 4.000.000 UI 4/4h 2.000.000 UI 4/4h 
Penicilina V 500mg 6/6h 500mg 12/12h 500mg 24/24h 
Piperacilina/tazobactam 4500mg 8/8h 2250mg 6/6h 2250mg 8/8h 
Polimixina 500.000UI 8/8h 500.000UI 12/12h 500.000UI 24/24h 
Rifampicina Sem ajuste de dosagem 
 
Sulfametoxazol/trimetoprim 800/160mg 12/12h 800/160mg 18/18h 800/160mg 24/24h 
Sulfametoxazol/trimetoprim 1200/240mg 6/6h 1200/240mg 8/8h 1200/240mg 12/12h 
Teicoplanina 400mg 24/24h 400mg 48/48h 400mg 72/72h 
Telitromicina 800mg 24/24h 600mg 24/24h 600mg 24/24h 
Tetraciclina 250mg 6/6h 250mg 12/12h 250mg 24/24h 
Tigeciclina Sem ajuste de dosagem 
 
Tobramicina 240mg 24/24h 120mg 24/24h 120mg 48/48h 
Vancomicina 1000mg 12/12h 1000mg 48/48h 1000mg 5/5d 
 
 
 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM UTI 
 
ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA SEPSE/CHOQUE SÉPTICO SEM AGENTE ESPECÍFICO IDENTIFICADO 
 Se infecção < 48h de internação hospitalar: pensar em infecção por germe comunitário. 
o Cobertura empírica de amplo espectro: Ceftriaxona + Clindamicina (se o paciente estiver hipotenso, 
fazer a primeira dose em infusão lenta diluído em soro). 
o Se S. aureus comunitário: Oxacilina. 
o Outras sugestões de acordo com faixa etária: 
Sugestões antibióticas 
Faixa etária 1ª escolha 2ª escolha Duração 
RN (1 a 4 semanas) Ampicilina+amicacina 
 
Vancomicina+cefotaxima 
 
10 a 14 dias 
Criança 
 
Cefotaxima ou 
ceftriaxona 
 
Amoxicilina+clavulanato ou 
Ampicilina+sulbactam 
10 a 14 dias 
Adultos Oxacilina + gentamicina 
+ metronidazol 
 
Amoxicilina+clavulanato ou 
Ampicilina+sulbactam ou 
Vancomicina+amicacina (ou ciprofloxacina ou 
ceftriaxona) 
10 a 14 dias 
 
Esplenectomizados Cefotaxima ou 
ceftriaxona 
Amoxicilina+clavulanato 10 a 14 dias 
 
 Se infecção > 48h de internação hospitalar: pensar em infecção por germe hospitalar, e direcionar 
antibiótico de acordo com a flora residente do serviço. 
o Empírico: Ceftriaxona+Clindamicina; Ceftradizima+Clindamicina; Meropenem. 
o Se S. aureus meticilino (oxacilina) resistete: Vancomicina. 
o Pseudomonas: Cefepime. 
o KPC: SMZ+TMP. 
o Infecção polimicrobiana em paciente grave com germe indeterminado: Meropenem.DROGAS VASOATIVAS E REANIMAÇÃO VOLÊMICA 
1. Soro fisiológico a 0,9% 1000ml EV: correr em 1 hora (333 gotas/min); 
2. Reavaliar e medir pressão arterial; 
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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
 
20 
 
3. Se ainda hipotenso, nova reanimação volêmica: SF 0,9% 1000ml EV em hora; 
4. Avaliar a possível causa do choque refratário a volume: 
 Se choque cardiogênico: 
 Droga de escolha: Dobutamina 250mg/20ml: 1 a 2 ampolas + 230 a 210ml SF 0,9% EV em 
BIC 10ml/hora (empírico inicialmente, e tatear entre 6 a 25ml/hora); 
 Se ainda hipotenso, acrescentar: Noradrenalina 8mg/4ml: 4 ampolas (32mg/16ml) + 
234ml SF 0,9% EV em BIC 10ml/hora (empírico inicialmente, e tatear entre 6 a 25ml/hora). 
 
 Se choque não-cardiogênico / distributivo: 
 Se choque séptico  colher hemocultura em 3 sítios venosos diferentes. 
 Droga de escolha: Noradrenalina 8mg/4ml: 4 ampolas (32mg/16ml) + 234ml SF 0,9% EV 
em BIC 10ml/hora (empírico inicialmente, e tatear entre 6 a 25ml/hora). 
 Se ainda hipotenso, acrescentar (ou já acrescentar desde o início): Dobutamina 
250mg/20ml: 1 a 2 ampolas + 230 a 210ml SF 0,9% EV em BIC 10ml/hora (empírico 
inicialmente, e tatear entre 6 a 25ml/hora). 
 
 Se choque refratário a Noradrenalina+Dobutamina: optar por Adrenalina em doses baixas em 
infusão contínua. 
 
SEDAÇÃO E ANALGESIA 
 Indução: 
 Fentanil (500µg/10ml): 3 a 5ml EV, 3 minutos antes do procedimento. 
 Midazolam (Dormonid® 15mg/3ml) + AD 7ml  fazer 5ml EV lento, 1 a 2 minutos antes do 
procedimento; caso o efeito desejado não seja alcançado, pode-se repetir doses adicionais de 1ml 
da diluição a cada minuto. 
 
 Manutenção (para 24h): 
 Midazolam (Dormonid®) 5mg/5ml: 6 ampolas (30mg/30ml) 
+ 
 Fentanil 50mcg/10ml: 2 ampolas (1000mcg/20ml) 
+ 
 Soro fisiológico 200ml 
Volume total: 250ml  correr EV em BIC 10ml/hora (empírico). 
 
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL POR SEQUÊNCIA RÁPIDA E VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 Intubação por sequência rápida: 
1. Estar preparado com instrumental para intubação e para acesso cirúrgico da via aérea 
2. Pre-oxigenar com O2 a 100% 
3. Manobra de Sellick 
4. Acesso venoso 
5. Sedar (etomidato – 30 mg ou midazolam – 2 a 5 mg; succinilcolina 100 mg IV) 
6. Obtido o relaxamento, intube por via orotraqueal 
7. Insuflar o cuff 
8. Confirmar a posição do tubo 
9. Conectar o oxímetro de pulso 
10. Conectar ao ventilador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fundamentos de ventilação mecânica (VM) invasiva 
- Basicamente, devemos indicar a VM nas seguintes situações: 
 Insuficiência Respiratória Aguda (PaO2/FiO2 < 200) 
 Situação de risco à vida 
 Instalação súbita 
 Situações de perda do drive (ou força) respiratório(a) 
induzidas (previstas): 
 Intra-operatório: anestesia. 
 Pós-operatório: suporte na UTI a procedimentos de 
grande porte e recuperação anestésica. 
 Escala de coma de Glasgow < 8. 
 
- Objetivos da VM: 
 Garantir a ventilação alveolar 
 Possibilitar a troca gasosa adequada 
 Corrigir hipoxemia e hipercapnia 
 Aliviar a dispneia e o trabalho respiratório do paciente 
 Promover repouso e recondicionamento dos músculos respiratórios 
 Monitorização 
 
- Parâmetros a serem regulados no ventilador artificial: 
 Modo: relaciona-se com a maneira que se iniciará a fase inspiratória do ciclo respiratório. O disparo é termo 
que se dá à forma pela qual o modo do ventilador mecânico inicia esta inspiração no modo Assistido-
Controlado. 
 Ciclagem: corresponde ao fator que determina o final da fase inspiratória e começo da fase expiratória. Este 
fator, também pré-determinado pelo operador, encerra a inspiração e inicia a expiração. 
 Sensibilidade: parâmetro que avalia o esforço do paciente para deflagrar o ventilador (disparo) nos modos 
assistido-controlado, SMIV e Pressão de Suporte. 
 FiO2: é a fração de O2 (em porcentagem) na mistura gasosa oferecida ao paciente pelo ventilador mecânico. 
O valor mínimo aceito pelo ventilador é de 21%. De antemão, colocar a 100%, sendo readequada assim que 
se confirmar a SaO2% adequada (>92%, pelo menos), com o objetivo de deixar a FiO2 < 50%. A redução 
abaixo de 40% só deverão ser efetuadas em retentores de CO2. 
 Volume corrente: o volume a ser injetado nos pulmões a cada inspiração (em média 6-8 ml/kg). OBS: 
Volume minuto = FR x VC  Para manter o volume minuto, devemos aumentar um desses fatores e 
diminuir o outro. OBS: Em pulmões com resistência normal, aumentando-se o volume minuto, diminuímos a 
PaCO2. 
 Pico de pressão inspiratória (PIP, Ppico ou Ppeak): é resultado de todas as forças que se opõem durante o 
fluxo de ar para dentro dos pulmões, sendo ela diretamente proporcional ao fluxo, volume, PEEP, resistência 
das vias aéreas, a forças retráteis (elástica e tensão superficial alveolar) e inversamente proporcional a 
complacência pulmonar. 
 Relação inspiração:expiração (TI:T2 ou I:E): depende da frequência respiratória, do fluxo inspiratório e o 
volume corrente. A relação I:E adequada (normal) é de 1:1,5 a 1:2 com tempo inspiratório de 0,8 a 1,2 s. Em 
pacientes obstrutivos recomenda-se uma relação I:E < 1:3. Em quadros de hipoxemia grave ou de síndrome 
do desconforto respiratório agudo (SDRA) podemos usar esta relação invertida – recomenda-se 3:1 (mas 
com extremo cuidado, após otimizar o VC, PEEP e FiO2). 
 PEEP (do inglês, positive end expiratory pressure): pressão positiva ao final da expiração. Em outras 
palavras, corresponde à pressão dentro do alvéolo, e é responsável para manutenção da distensão alveolar 
no final da expiração, evitando o colabamento e atelectasias (realiza o “recrutamento alveolar”). A PEEP 
ideal fisiológica não é consensual; trabalhos recentes demonstram níveis médios entre 5 a 8 cmH2O. É 
consensual a utilização de 5 cmH2O. Distúrbio hemodinâmicos podem ocorrer com níveis de PEEP maiores 
que 12 cmH2O ou menos. OBS: Podemos aumentar a PEEP gradativamente para casos em que a FiO2 está em 
100%, mas o paciente continua saturando abaixo do desejável (não ultrapassar a PEEP de 12cmH2O). 
 Frequência Respiratória (FR ou fprog): manter, geralmente, 10 – 16 rpm. Para manutenção, o controle da 
sedação e analgesia é fundamental, evitando-se retenções ou altas liberações de CO2 da corrente 
sanguínea. Frequências baixas podem causar acidose respiratória (por retenção do CO2); frequências 
elevadas podem causar alcalose respiratória e auto-PEEP (aumento da pressão dentro do alvéolo devido ao 
acúmulo de ar causado por uma obstrução na saída expiratória associada à entrada de mais ar na 
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inspiração). 
 Fluxo: velocidade com que a mistura gasosa é injetada nos pulmões (em média 1 litro/min). 
 
- Fatores diferenciais em doenças específicas: 
 Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA): ocorre diminuição da complacência pulmonar devido 
ao colapso generalizado de alvéolos em decorrência de um processo inflamatório. Os critérios diagnósticos 
são: Instalação súbita + Radiografia com infiltrado pulmonar bilateral + Relação PaO2/FiO2 ≤ 200. 
 Elevação da PEEP, para níveis de 12 a 16 cmH2O; 
 Manutenção de altas pressões na necessidade da oximetria; 
 Diminuir o volume corrente (4 – 6 ml/kg), aumentando a FR (paramanter um PaCO2 adequado); 
 Manter PPI ≤ 30 cmH2O; 
 Restringir FiO2 ao máximo. 
 
 DPOC e Asma grave: ocorre aumento da resistência do sistema respiratório (devido à inflamação brônquica), 
dificultando a saída de ar e predispondo á retenção de CO2. 
 Diminuir da PEEP, em torno de 4 cmH2O; 
 Limitações de volumes e/ou pressões na dependência do estágio clínico; 
 Aumentar o tempo expiratório (relação I:E de 1:4 a 1:5). 
 
 Edema agudo de pulmão (EAP): 
 Restrição de Pressões; 
 Manutenção do aumento da PEEP em níveis não superiores a 10 cmH2O; 
 Analisar o quadro clínico e necessidade de incremento da PEEP conforme troca gasosa e saturação 
de O2; 
 É conveniente a monitorização do Débito Cardíaco. 
 
 Pediatria: 
 Modo Pressórico com manutenção de volumes entre 6 a 10 ml/Kg; 
 Evitar pressões de pico inferiores a 10 cmH2O e superiores acima de 20 cmH2O; 
 Iniciar paulatinamente, incrementando a pressão conforme dinâmica ventilatória e oximetria; 
 PEEP: Entre 3 a 4 cmH2O. 
 
- Avaliação após ajustes iniciais: 
 Solicitar radiografia de tórax (para avaliar a posição do tubo, observar lesões presentes, avaliar a 
possibilidade de pneumotórax); 
 Avaliar a sincrônica do paciente-ventilador (sedar se o paciente estiver “brigando” com o aparelho); 
 Adequar a PIP / Pplatô para valores abaixo de 30cmH2O (diminuindo o volume corrente e aumentando a FR 
ou vice-versa); 
 Manter FR e VC o mais fisiológicos possíveis; 
 Baixar FiO2 < 50%; 
 Observar bem a relação I:E e evitar o auto-PEEP; 
 Solicitar gasometria arterial e monitorização multiparâmetros (pressão arterial, SatO2, etc.). 
 
Condições para Considerar o Desmame da Ventilação Mecânica 
Parâmetros Níveis Requeridos 
Evento agudo que motivou a ventilação mecânica Reversibilidade ou controle do processo 
Presença de estímulo (drive) respiratório Sim 
Avaliação hemodinâmica Correção ou estabilização do débito cardíaco 
Drogas vasoativas ou agentes sedativos Com doses mínimas 
Equilíbrio ácido-básico 7,30 < pH < 7,60 
Troca gasosa pulmonar PaO2 > 60mmHg com FIO2 ~0,40 e PEEP~ 5cmH2O 
Balanço hídrico Correção de sobrecarga hídrica 
Eletrólitos séricos (sódio, potássio, cálcio, magnésio) Valores normais 
Intervenção cirúrgica próxima Não 
 
 
 
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Avaliação de Índices Preditivos para o Desmame 
Parâmetros Níveis Requeridos 
Volume corrente > 5mL/kg 
Frequência respiratória ~ 35ipm 
Pressão inspiratória máxima ~ - 25cmH2O 
SatO2 > 92% (com FiO2 < 50%) 
 
Sinais de Intolerância à Desconexão da Ventilação Mecânica 
(preditores de falha do desmame) 
Parâmetros Intolerância 
Frequência respiratória > 35 ipm 
SatO2 < 90% 
Frequência cardíaca > 140bpm 
Pressão arterial sistólica > 180mmHg e/ou < 90mmHg 
 
 
Modo pressão-controlado / PCV (Ventilação Controlada a Pressão) 
- A ventilação com pressão controlada assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante durante 
um tempo inspiratório pré-programado. 
- O disparo da inspiração é absolutamente controlado pelo computador. 
- A pressão é ajustada pelo profissional, e o volume é o parâmetro a ser avaliado (portanto, não precisa ajustar o 
volume corrente). 
- Este modo só pode ser utilizado se paciente não apresentar nenhum tipo de estímulo respiratório (completamente 
paralisado e/ou sedado). 
- Na prática, é utilizado na maioria das vezes e para pacientes cuja patologia de base não é pulmonar. 
- Variáveis: 
 Disparo: tempo. 
 Limite: pressão. 
 Variável de controle (ciclagem): tempo (Tempo Inspiratório). 
 Variável dependente: volume (vai depender da complacência do pulmão), fluxo. 
- Parâmetros: 
 Parâmetro ajustável  Pico de pressão inspiratória (PIP): 16 – 20 cmH2O. 
 Se o paciente estiver fazendo um volume corrente baixo, deve-se investigar as causas (escape 
aéreo, cuff desinsuflado, secreção, complacência pulmonar diminuída, etc.) e, se necessário, 
aumentar a PEEP (de preferência, até 20cmH2O no máximo). 
 Se o paciente estiver fazendo um volume corrente alto (como ocorre em pulmões com 
complacência aumentada), devemos baixar a PEEP. 
 FiO2: começar com 100% e, observando a oximetria de pulso do paciente (o ideal é > 92%), reduzir 
gradativamente (10 a 20% a cada 15 a 30 minutos), até valores mais seguros (de preferência, abaixo de 
50%). 
 PEEP: manter em 5cmH2O. 
 Frequência respiratória: é controlada pelo profissional, sendo ideais valores de 10 a 16 irpm. É necessário 
observar o seguinte: 
 Comparar a FR determinada pelo ventilador com a FR do paciente  se a FR do paciente for maior, 
significa dizer que ele tem drive respiratório, e o modo assistido-controlado pode ser uma opção. 
 Aumentar a FR se o paciente estiver retendo CO2 (acidose respiratória). 
 Diminuir a FR se o paciente estiver exalando muito CO2 (alcalose respiratória). 
- Vantagens: 
 Limita a pressão aplicada aos alvéolos (menor risco de lesão); 
 Fluxo variável: melhor sincronismo; 
 Padrão de fluxo decrescente (maior recrutamento alveolar). 
- Desvantagens: volume corrente não é garantido (risco de hipoventilação). 
Modo volume-controlado / VCV (Ventilação Controlada a Volume) 
- A ventilação com volume controlado assegura que o doente recebe um determinado volume corrente pré-
programado de acordo com um fluxo e tempo inspiratórios pré-programados. 
- O disparo da inspiração é absolutamente controlado pelo computador. 
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- O volume corrente é ajustado pelo profissional, e a pressão é o parâmetro a ser avaliado (portanto, não precisa 
ajustar a pressão). 
- É menos utilizado que o modo pressão-controlado. É melhor indicado em patologias como asma grave ou DPOC, em 
que se quer diminuir o volume total represado nos pulmões. 
- Variáveis: 
 Disparo: tempo. 
 Limite: volume, fluxo. 
 Variável de controle (ciclagem): volume, tempo. 
 Variável dependente: pressão inspiratória (PIP). 
- Parâmetros: 
 Parâmetro ajustável  Volume corrente (VC): inicialmente, 6 – 8 ml/kg; reduzir VC assim que possível para 
evitar aumento da PIP. 
 Pico de pressão inspiratória (PIP ou Ppeak = PEEP + Pressão de Platô): 
 Valor normal: 30 – 35cmH2O 
 Se > 35  Baixar o VC. 
 Se < 30  Aumentar o VC. 
 FiO2: começar com 100% e, observando a oximetria de pulso do paciente (o ideal é > 92%), reduzir 
gradativamente (10 a 20% a cada 15 a 30 minutos), até valores mais seguros (de preferência, abaixo de 
50%). 
 Frequência respiratória: é controlada pelo profissional, sendo ideais valores de 10 a 16 irpm. É necessário 
observar o seguinte: 
 Comparar a FR determinada pelo ventilador com a FR do paciente  se a FR do paciente for maior, 
significa dizer que ele tem drive respiratório, e o modo assistido-controlado pode ser uma opção. 
 Aumentar a FR se o paciente estiver retendo CO2 (acidose respiratória). 
 Diminuir a FR se o paciente estiver exalando muito CO2 (alcalose respiratória). 
- Vantagens: habilidade de controlar o volume corrente: 
 Controle da PaCO2 (ex: hipertensão intracraniana); 
 Alvo de volume corrente (ex: SARA). 
- Limitações: 
 Sincronismo em pacientes com ventilação ativa; 
 Ausência de controle sobre as pressões inspiratórias. 
Modo assistido-controlado (A-C) a pressão ou a volume 
- O modo assistido-controlado é a função do VM utilizada para permitir uma interação inicial entre pacientee 
ventilador, de modo que o paciente pode disparar a fase inspiratória a depender de sua vontade/necessidade. 
- Os parâmetros deste ciclo disparado serão os mesmos dos ciclos controlados. 
- Sensibilidade: pode ser a pressão ou a fluxo. 
 Pressão: -0,5 a -2,0 cmH2O. 
 Fluxo: 2 a 6 litros/min. 
 
 
- Não existem critérios específicos que determinem a escolha entre o disparo, a não ser a aceitação clínica do 
paciente, sendo prudente a sua observação clínica e o teste com os dois tipos de disparo, principalmente. 
- Uma vez que este modo depende da vontade do paciente em respirar, ele só poderá ser utilizado quando o 
paciente ainda apresentar drive respiratório. 
- Não é mais considerado um bom modo para desmame, pois admite-se que o paciente pode acomodar-se ao auxílio 
do ventilador. 
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Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV) 
- A SIMV é um tipo de modalidade sincrônica que combinam ventilações assistido-controladas em uma frequência 
pré-programada com períodos de ventilação espontânea. 
- Neste modo, o aparelho auxilia com uma quantidade mínima de ciclos, e quando o paciente deseja respirar mais 
que o programado, o próprio aparelho auxilia nessa ventilação. Se o paciente não iniciar a respiração, o aparelho 
aguarda um tempo pré-programado para, só então, dar início ao ciclo de forma controlada. 
 
- Ocorrem, portanto, ciclos espontâneos intercalados com ciclos A-C, permitindo, assim, ciclos controlados, assistidos 
e espontâneos. 
- Disparo por tempo, pressão-tempo ou fluxo-tempo. 
- Vantagem: 
 Ausência de assincronismo; 
 Garante um volume corrente mínimo para o paciente (ele nunca inspira menos que o programado). 
- Pode ser utilizada associada à PSV nas fases espontâneas. 
Ventilação com Pressão de Suporte (PSV) 
- A ventilação com suporte de pressão é considerado um modo assistido, pois todo o ciclo respiratório é deflagrado 
pelo paciente. 
- Este modo assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante durante a inspiração, garantindo ao 
paciente o fluxo aéreo necessário para que ele atinja essa pressão alvo programada. 
- A frequência e o tempo de inspiração são determinados pelo paciente. 
- É considerado o melhor modo para desmame por muitos autores. 
- Com a função de “back up de apneia” é possível estimar um tempo determinado para aguardar a resposta 
respiratória do paciente e, caso ele não dispare espontaneamente até o fim deste intervalo, o respirador cicla por ele 
(evitando, assim, a “acomodação” que, teoricamente, haveria no modo A-C). 
- Variáveis: 
 Disparo: pressão. 
 Limite: fluxo. 
 Variável de controle (ciclagem): pressão, fluxo. 
 Variável dependente: volume corrente, fluxo. 
- Modo de uso para desmame: 
 Inicialmente, usar a PSV de valor igual ao valor da pressão de pico durante a ventilação A-C. 
 Diminuir ou aumentar o valor do PSV até atingir um VC próximo de 8ml/kg. 
 O valor do PSV deve ser aumentado e principalmente diminuído de uma maneira progressiva. 
 Durante o desmame, o PSV deve ser diminuído em 2cm, duas vezes ao dia, até um valor ≤ 10 cmH2O (de 
preferência, 6 – 8 cmH2O). OBS: Quanto menor a pressão de suporte, mais esforço o paciente faz para 
respirar; se ele conseguir manter uma boa oxigenação com valores abaixo de 10 cmH2O, significa dizer que 
ele tem um bom drive respiratório. Mantem-se então esse valor por pelo menos 2 horas para, então, tentar 
baixa-lo novamente. 
- Vantagens: 
 Auxilia no desmame do ventilador; 
 Melhor sincronismo em pacientes ventilando ativamente. 
- Limitações: 
 Volume corrente não é garantido; 
 Requer atividade respiratória do paciente (drive). 
CPAP (Pressão Positiva Contínua na Via Aérea) 
- A CPAP pode ser utilizada com máscara (VNI – ventilação não invasiva), de modo a aumentar a pressão média na via 
aérea, o que melhora a oxigenação, recrutamento alveolar, etc. 
- Trata-se de um modo espontâneo e, portanto, o paciente deve ter drive respiratório (não pode ser utilizada em 
pacientes sedados ou curarizados). 
- Os parâmetros (FR, VC e PIP) são variáveis, pois o paciente é quem comanda o ciclo respiratório. 
- É um bom método para desmame de intubação ou ventilação não invasiva. 
- Pode ser usada isoladamente ou associada à SIMV ou PSV.

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