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Tricuríase MSc. Gisely Cardoso de Melo TRICURÍASE Agente etiológico: Trichuris trichiura Reino: Animalia Filo: Aschelminthes Classe: Nematoda Ordem: Trichuroidea Família: Tricuridae TRICURÍASE Morfologia vermes adultos • 3-5 cm, sendo os machos menores • Boca extremidade anterior e sem lábios • Esôfago ocupa 2/3 comprimento total • Porção alargada→sistema reprodutor e intestino • Dióicos e sem dimorfismo sexual TRICURÍASE Morfologia vermes adultos Machos • Extremidade posterior curvada ventralmente com espículo protegido de bainha Fêmeas • Ovário seguido de útero com muitos ovos embrionados que abrem para a vulva TRICURÍASE TRICURÍASE Fêmea TRICURÍASE Macho Morfologia ovos • Medem 50-54µm X 22 mm • Formato elíptico com poros salientes e transparentes em ambas as extremidades • Camada lipídica externa • Camada quitinosa • Camada vitelínica interna TRICURÍASE TRICURÍASE Morfologia ovos Fisiologia HABITAT • Vermes adultos→intestino grosso • Infecções intensas→cólon distal, reto, porção distal do íleo • Parasito tissular→ingere muco e células TRICURÍASE Ciclo biológico TRICURÍASE • Ovos são eliminados com as fezes: • O embrionamento dos parasitos é externo; • A larva infectante forma-se no interior do ovo e aí permanece; • Ingestão do ovo com a larva infectante por parte do homem; • Desenvolvimento das larvas nas criptas cecais; • Acasalamento de parasitos adultos e ovipostura. TRICURÍASE Ciclo biológico Transmissão • Ovos contaminam ambiente→ resistentes condições ambientais • Contaminam alimentos sólidos e líquidos • Ovos podem ser disseminados por mosca doméstica • Mão contaminada e geofagia TRICURÍASE • Assintomáticos ou sintomatologia intestinal discreta • Dor cabeça, dor epigástrica e no baixo abdômen, diarréia, náusea e vômitos • Síndrome disentérica crônica→diarréia com muco, sangue, dor abdominal com tenesmo, anemia, prolapso retal. • Idade do hospedeiro e estado nutricional TRICURÍASE Patogenia •Infecções intensas→ apendicite e colite •Prolapso retal→ reversível eliminação do verme e resolução do processo inflamatório local • Alteração permeabilidade intestinal→ aumento de IgE e degrabulação de mastócitos •Lesão na mucosa→sangramento •Paciente intensamente infectados→anemia, desnutrição, retardamento desenvolvimento físico e cognitivo. TRICURÍASE Patogenia TRICURÍASE Prolapso retal TRICURÍASE Imunidade •Eosinofilia, IgE, alteração produção de IL-4, IL-13 e IL-5→ TH2 •IgA →diminuição da intensidade da infecção, desenvolvimento imunidade protetora •T. muris→ Th2→ camundongos capaz desenvolver resposta protetora •Resposta moduladora→IL10 e TGF-β→regula intensidade resposta protetora Os quadros clínicos não permitem distinguir O exame parasitológico das fezes a melhor forma 1.Método Kato-katz • Mais utilizado • Clarificação de amostra fecal por mistura de glicerina e água que impregna papel celofane molhada→ clarifica as fezes Diagnóstico TRICURÍASE Diagnóstico laboratorial 2. Método de Lutz • Sedimentação espontânea de matéria fecal diluída em água para concentrar ovos de helmintos • Econômico • Utilização amostras fecais maiores TRICURÍASE Tratamento A – Mebendazol: Age bloqueando a captação de glicose e aminoácidos B – Albendazol: Larvicida C – Levamisol: mesmo mecanismo que o pirantel D – Pamoato de pirantel: inibe receptores de acetilcolina causando contração espásmica e paralisia muscular ANCILOSTOMOSE Epidemiologia • Mundo→800 milhões pessoas (15%)→condições ambientais, socioeconômicas, educação e saneamento • Brasil→varia por região • Crianças menores 15 anos (escolar) • Comum infecção por mais de 1 helminto→T. trichiura e A. lumbricoides ANCILOSTOMOSE ASCARIDÍASE Controle •Educação sanitária •Construção de fossas sépticas •Lavar as maõs antes de tocar os alimentos •Tratamento das pessoas parasitadas •Proteção dos alimentos contra moscas e baratas Referências Bibliográficas • DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu, 2001. • NEVES, D.P.; MELO, A.L.; LINARDI, P.M.; VITOR, R.W.A. Parasitologia humana. São Paulo: atheneu, 2011. • REY, L. Parasitologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
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