Buscar

Apresentação TID III - Cimento

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Cimento
 pega do cimento
O que é Pega: 
 	 É um fenômeno artificialmente definido como o momento em que a pasta adquire certa consistência que a torna imprópria a um trabalho de manuseio.
 		O inicio da pega e o endurecimento(fim da pega) são dois aspectos do mesmo processo de hidratação do cimento, vistos em períodos diferentes.
 	A partir de certo tempo após a mistura, quando o processo de pega alcança determinado estágio, a pasta não é mais trabalhável, não admite operação de remistura. Este intervalo de tempo é o período disponível para as operações de manuseio das argamassas e concretos, após o qual esses materiais devem permanecer em repouso, em sua posição definitiva, para permitir o desenvolvimento do endurecimento. 
 	A caracterização da pega dos cimentos é feita pela determinação de dois tempos distintos: o tempo de início de pega e o tempo de fim de pega. Os testes são feitos com pasta de consistência normal, com a utilização do aparelho de Vicat. Nesse aparelho, mede-se a resistência à penetração de uma agulha na pasta de cimento.
Aparelho de Vicat
Pasta de Consistência normal :		
 	A consistência normal é verificada no mesmo aparelho de Vicat, utilizando-se a chamada sonda de Tetmajer,sendo posta a penetrar verticalmente em pasta fresca por ação de um peso total (incluindo a sonda) de 300 g .
 		No teste de consistência da pasta, a sonda penetra e estaciona a uma certa distância do fundo do aparelho. Essa distância, medida em milímetros, é denominada índice de consistência. A pasta, preparada para testes de pega, deve ter uma consistência normal de 6 mm, isto é, a sonda de Tetmajer deve estacionar à distância de 6 mm do fundo da amostra.
Tempo de Pega :
Início de pega >= 1 hora
Fim de pega <= 10 horas (facultativo)
 	A pasta é testada periodicamente à penetração pela agulha de Vicat, determinando-se o tempo de início da pega quando esta deixa de penetrar até o fundo da amostra, parando a uma distância de ate (4 ± 1) mm da placa base.
 	Os testes de penetração da agulha de Vicat, são prosseguidos até a determinação do tempo de fim de pega, quando a agulha não penetra na amostra, deixando apenas uma imperceptível marca superficial.
 
Aceleradores e retardadores:
 	No intervalo de tempo entre a hidratação do cimento e o inicio da pega são desenvolvidas as operações de manuseio do material, mistura, transporte, lançamento e adensamento. Há casos, entretanto, em que o tempo de inicio da pega deve ser diminuído ou aumentado.
 	Nas aplicações em que se deseja uma pega rápida, como no caso de obturações de vazamentos, são empregados aditivos ao cimento, conhecidos como aceleradores de pega, tais como cloreto de sódio (NaCl) e silicato de sódio.
 	
 		Em outros processos tecnológicos, há a necessidade de um tempo de pega mais longo, como no caso de operações de injeção de pastas e argamassas e nos lançamentos de concretos sob água, quando então se empregam aditivos denominados retardadores de pega, como açúcar, celulose e outros produtos orgânicos.
 		
Calor de Hidratação
 		Calor de Hidratação é o calor gerado durante a reação química entre o cimento e a água.
 		O cimento contém substâncias como os Silicatos e os Aluminatos que a reação com a água se dá por meio de reações exotérmicas, isto é, reações que produzem calor.
 	A reação tem início logo que o cimento entra em contato com a água, segue um aumento da quantidade produzida, existe um pico e depois uma rápida queda. A reação de hidratação tende a diminuir e até completar pode levar alguns anos.
 		
 	
  As reações de hidratação do cimento são um processo exotérmico. 
  A quantidade de calor liberada chama – se Calor de Hidratação – H.
  Aumento de H: Quantidade de silicatos e aluminatos e cimento mais fino.
  Diminuição de H: Adição de escorias, pozolana e cinzas,as quais aumentam o tempo de pega do cimento(Adição de um retardador de endurecimento). 
  50% do calor potencial liberado é liberado nos 3 primeiros dias, e 90% nos 3 primeiros meses de hidratação.
 		O aumento da temperatura no interior de grandes estruturas de concreto devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento pode levar ao aparecimento de fissuras de origem térmica, que podem ser evitadas se forem usados cimentos com taxas lentas de evolução de calor, os chamados cimentos de baixo calor de hidratação.
Ex: Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação.
 		CP III-32 (BC) é o Cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado pela sua composição. Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento.
 		
 	
Transporte e Armazenamento
 	O cimento é um produto perecível, portanto é preciso estar atento com os cuidados necessários durante o seu transporte e armazenamento, para conservação de suas propriedades, pelo maior tempo possível, no depósito ou no canteiro de obras.
 	Durante o transporte, os sacos devem ser protegidos, por meio de lonas de cobertura e bem acondicionados para evitar rasgos, mas é na armazenagem que a atenção deve ser redobrada. A estocagem correta do produto é fundamental não só para impedir a perda do produto, mas, principalmente, evitar alterações das características e propriedades do produto (pega e perda de resistência), o que pode afetar as estruturas e levar a acidentes.
 		O cimento é embalado em sacos de papel kraft de múltiplas folhas. Trata-se de uma embalagem usada no mundo inteiro, sendo adequada para o transporte e para aplicação rápida. Além disso, o saco de papel é o único que permite o preenchimento com o material ainda bastante aquecido,ao contrário de outros tipos de embalagem já testados, como a de plástico. Mas o saco de papel, apesar de todo o cuidado e adequação da embalagem, não impede a ação direta da água.
 	A água é o maior aliado do cimento na hora de elaborar as argamassas e os concretos e depois da obra pronta por ocasião das operações de cura. Mas é o seu maior inimigo antes da aplicação. Portanto, é preciso evitar a todo custo que o cimento estocado entre em contato com a água.
 	Por esse motivo, o cimento deve ser estocado em local seco, coberto e fechado, bem como afastado do chão, do piso e das paredes externas ou úmidas, longe de tanques, torneiras e encanamentos, ou pelo menos separado deles.
 
 		Se o cimento entrar em contato com a água durante o transporte inadequado, sem proteção da chuva, por exemplo, ou durante a estocagem, ele vai empedrar ou endurecer antes do tempo, inviabilizando sua utilização.
 	O cimento deve ser armazenado em pilhas, e essas pilhas não devem ultrapassar 10 sacos de cimento, isso evita o excesso de carga sobre os sacos que se encontram no inicio da pilha formada na estocagem, além de não alterar propriedades do material.
 		
 	 Essas pilhas devem ser postas sob um estrado de madeira (em superfície plana), com altura de 30 cm, com isso evita-se o contato com o solo. Devem estar afastadas 30 cm da parede e no máximo 50 cm do teto. Caso haja suspeita de goteiras, uma solução aplicável é a de colocar lonas impermeabilizantes sobre a estocagem do produto.
 		
 	Caso o cimento chegue aquecido ao local de sua estocagem, é necessário formar pilhas menores com espaço para ventilação.
 		 É recomendável utilizar primeiro o cimento estocado há mais tempo, deixando o que chegar por último para o fim, o que evita que um lote fique estocado por tempo excessivo, já que o cimento, bem estocado, é próprio para uso por três meses, no máximo, a partir da data de sua fabricação.
	O cimento não deve ficar exposto a altas temperaturas e a baixas temperaturas, isso pode afetar suas propriedades físico-químicas, diminuindo total ou parcial seu desempenho no momento de sua
aplicação.
 	Cimento comprometido 
	Tomados todos os cuidados na estocagem adequada do cimento para alongar ao máximo sua vida útil, ainda assim alguns sacos de cimento podem estragar. Às vezes, o empedramento é apenas superficial. Se esses sacos forem tombados sobre uma superfície dura e voltarem a se afofar, ou se for possível esfarelar os torrões neles contidos entre os dedos, o cimento desses sacos ainda se prestará ao uso normal. 
 	Caso contrário, ainda se pode tentar aproveitar parte do cimento, peneirando. O pó peneirado pode ser utilizado em aplicações de menor responsabilidade, tais como pisos, contrapisos e calçadas, mas não deve ser utilizado em peças estruturais, já que sua resistência pode ter ficado comprometida.
 	
 	
 	Enfim, observa-se que é fundamental a estocagem correta, pois não apenas há o risco de perder-se parte do cimento, como também acaba-se reduzindo a resistência final do cimento que não chegou a estragar.
FIM

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais