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Cuidador Infantil

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOR INFANTIL 
2ª SEMANA 
NARJARA LARANJA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
INTRODUÇÃO: 
Agora que já falamos dos aspectos gerais do Cuidador Infantil, 
vamos abordar o desenvolvimento da criança, as fases pelas 
quais ela passa em cada etapa da infância. Além do 
desenvolvimento pedagógico pelo qual a criança passa, vamos 
falar também sobre o biológico! Cada fase, cada mudança tem 
particularidades que você verá nesta semana. Vamos lá? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
1. FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
 
Disponível em: www.blogpiaget.com.br 
 
O desenvolvimento humano é um processo de crescimento e 
mudança a nível físico, do comportamento, cognitivo e 
emocional ao longo da vida. Em cada fase surgem características 
específicas. No entanto, cada criança é um indivíduo e pode 
atingir estas fases de desenvolvimento mais cedo ou mais tarde 
do que outras crianças da mesma idade. 
O conceito de criança e infância é uma noção mutável ao longo 
da história. Várias sociedades possuem sua ideia do que vem a 
ser criança. Este conhecimento depende de fatores como: classe 
social, religiosidade, cultura e educação. 
 
 
 
4 
Toda criança precisa ser estimulada em seu desenvolvimento, no 
sentido da aquisição de habilidades motoras, mentais e sociais 
básicas, como engatinhar, sorrir, piscar os olhos, andar, 
reconhecer cores e sons, entre outras. (VASCONCELLOS et AL, 
2005) 
1.1 DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
No organismo humano os dois primeiros anos de vida 
representam período de grande e rápida mudança. Durante essa 
fase ocorre grande mobilidade, nesta convicção aumentam 
amplitude do ambiente em que vivem, exploram e desenvolvem. 
O desenvolvimento se dá a partir da cabeça e do tronco para 
fora. As ações desses dois desenvolvimentos físicos resultarão 
em movimentos necessários para sua locomoção (sentar e 
engatinhar). 
Todos os ossos de um bebê são também mais macios, com maior 
quantidade de água, do que os adultos. Sendo assim, o 
enrijecimento dos ossos, a ossificação, ocorre regularmente, do 
 
 
 
5 
nascimento à puberdade. 
Todas as mudanças internas afetam o tamanho e a forma do 
bebê. Nos primeiros meses crescem em torno de 25 a 29 cm em 
seu comprimento e no primeiro ano de vida triplicam o peso de 
seu corpo. 
1.2 DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 
 
Disponível em: www.humorinfantil.com.br 
A primeira infância, fase do desenvolvimento que abrange entre 
0 e 6 anos de idade, tem sido cada vez mais abordada e debatida 
por conhecedores de distintas áreas como psicólogos, 
sociólogos, e entre outros que adentraram num amplo consenso 
quanto ao desenvolvimento da primeira infância. Defendem essa 
 
 
 
6 
fase, como primordial, na qual a criança arquitetará uma base 
que a favorecerá por toda a existência. 
As etapas do desenvolvimento emocional pelas quais uma 
criança passa desde a sua concepção até seis anos é algo 
extremamente fascinante. As etapas representam período de 
passagem que levam ao agrupamento de experiências vividas. 
Cada etapa é marcada por acontecimentos particulares que 
desde o início trazem consigo, na bagagem genética da célula, 
valores biofisiológicos, emocionais, afetuosos e intelectuais. E 
são esses valores que serão impressos para todas as demais 
células do corpo durante todo o processo de desenvolvimento e 
que, aos poucos, irão sendo acrescidos das experiências que a 
criança vivenciar. 
O corpo armazena todos os fatos vividos durante a vida, 
sobretudo aqueles acontecidos na primeira infância, quando as 
formas que acham para se defender ainda são hipotéticas. Esses 
episódios, quando estressantes e traumáticos, muitas vezes 
deixam no corpo marcas profundas e irreversíveis. 
 
 
 
7 
1.3 DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL 
 
Disponível em: www.humorinfantil.com.br 
A criança desde o início de sua vida está em constante e 
profunda transformação. Inicialmente as respostas das crianças 
são dominadas por processos naturais e é através dos adultos 
que os processos psicológicos mais complexos tomam formam. 
Dessa forma, a aprendizagem da criança inicia-se muito antes de 
sua entrada na escola, isto porque, ela já está exposta desde o 
primeiro dia de vida aos elementos do seu sistema cultural, e à 
presença do outro se torna indispensável para a mediação entre 
 
 
 
8 
ela e a cultura. 
O ser humano nasce e se desenvolve primeiramente pelo auxílio 
de suas respostas inatas, como por exemplo, o ato de mamar 
para saciar a fome. Com o passar do tempo ele adquire 
habilidades que lhe possibilitarão o convívio dentro de uma 
sociedade. Diante da realidade de uma sociedade 
contemporânea é muito comum a inserção da criança, ainda em 
sua fase bebê dentro do ambiente escolar, decorrente do fato 
dos pais trabalharem o dia todo para a sustentação de sua 
família. 
A escola surgirá, então, como lugar privilegiado para o 
desenvolvimento do organismo e a aquisição das capacidades 
superiores que caracterizam o psiquismo humano, pois é o 
espaço em que o contato com a cultura é feito de forma 
sistemática, intencional e planejada. Dentro desse processo de 
escolarização, outros leques de relações sociais se abrirão, é um 
momento de ruptura, onde uma parcial independência dos pais 
acontece e é nesse momento que a escola constituirá a 
 
 
 
9 
experiência central desta parte da vida e é fundamental para o 
desenvolvimento físico, cognitivo e sócio-emocional da criança, 
(BOOK, 1996). 
1.4 DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE 
A personalidade pode ser definida como padrões característicos 
de pensamentos, sentimentos e comportamentos que fazem 
com que uma pessoa seja única. Segundo alguns autores, 
embora alguns fatores externos possam influenciar como 
determinados traços são expressados, a personalidade em si 
origina-se de dentro do indivíduo. 
Alguns aspectos da personalidade podem se modificar à medida 
em que ficamos mais velhos, porém a personalidade tende a 
permanecer bastante consistente durante o decorrer da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
1.5 FASES PSICOSSEXUAIS 
 
Disponível em: www.freudfases.com.br 
À medida que um bebê se transforma numa criança, uma criança 
em adolescente e um adolescente em adulto, ocorrem mudanças 
marcantes no que é desejado e em como estes desejos são 
satisfeitos. Veja a seguir as fases conforme Freud: 
➢ FASE ORAL 
Desde o nascimento, necessidade e gratificação estão ambas 
concentradas predominantemente em volta dos lábios, língua e, 
um pouco mais tarde, dos dentes. 
 
 
 
Enquanto é alimentada, a criança é também confortada, 
aninhada, acalentada e acariciada. 
A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar. 
Em adultos, existem muitos hábitos orais bem desenvolvidos e 
um interesse contínuo em manter prazeres orais. Comer, chupar, 
mascar, fumar, morder e lamber ou beijar com estalo são 
expressões físicas destes interesses. 
➢ FASE ANAL 
Disponível em: www.freudfases.com.br
11 
Enquanto é alimentada, a criança é também confortada, 
aninhada, acalentada e acariciada. 
A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar. 
Em adultos, existem muitos hábitos orais bem desenvolvidos e 
um interesse contínuo em manter prazeres orais. Comer, chupar, 
mascar, fumar, morder e lamber ou beijar com estalo são 
icas destes interesses. 
 
Disponível em: www.freudfases.com.br 
Enquanto é alimentada, a criança é também confortada, 
A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar.Em adultos, existem muitos hábitos orais bem desenvolvidos e 
um interesse contínuo em manter prazeres orais. Comer, chupar, 
mascar, fumar, morder e lamber ou beijar com estalo são 
 
 
 
 
12 
Entre dois e quatro anos, as crianças geralmente aprendem a 
controlar os esfíncteres anais e a bexiga e presta uma atenção 
especial à micção e à evacuação. 
O treinamento do uso do banheiro desperta um interesse natural 
pela autodescoberta. A obtenção do controle fisiológico é ligada 
à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer. 
Além disso, as crianças aprendem com rapidez que o crescente 
nível de controle lhes traz atenção e elogios por parte de seus 
pais. 
A criança não consegue compreender inicialmente que suas 
fezes e urina não sejam apreciadas. As crianças pequenas gostam 
de observar suas fezes na privada, na hora de dar a descarga, e 
com frequência acenam e dizem-lhes adeus. Não é raro uma 
criança oferecer como presente a seu pai ou mãe parte de suas 
fezes. 
. 
 
 
 
 
13 
➢ FASE FÁLICA 
 
Disponível em: www.freudfases.com.br 
 
Aos três anos, a criança entra na fase fálica, que focaliza as áreas 
genitais do corpo. É a primeira fase em que as crianças tomam-se 
conscientes das diferenças sexuais. 
Esta fase caracteriza-se pelo desejo da criança de ir para a cama 
de seus pais e pelo ciúme da atenção que seus pais dão um ao 
outro, ao invés de dá-la à criança. 
 
 
 
 
 
14 
➢ FASE DE LATÊNCIA 
 
Disponível em: www.freudfases.com.br 
 
O início desse período é mais tenso e conflituoso que sua 
finalização, uma vez que a criança vai, aos poucos, interagindo 
melhor com o mundo que a cerca. Para compreendermos 
melhor, não se pode deixar de ressaltar que a fase de latência é 
concomitante ao período de escolarização da criança, onde sua 
energia está investida nas atividades escolares e nas relações 
sociais. 
 
 
 
 
 
15 
➢ FASE GENITAL 
 
Disponível em: www.freudfases.com.br 
 
A fase final do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre 
com o início da puberdade. Neste momento, meninos e meninas 
estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e 
começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades 
pessoais. 
 
 
 
 
 
16 
2. PIAGET E O DESENVOLVIEMENTO INFANTIL 
Além do que vimos até agora, sobre FREUD e os aspectos 
biológicos do desenvolvimento infantil, temos outro cientista 
muito importante que descreve o desenvolvimento da criança. 
De acordo com Piaget, o indivíduo (a criança) aprende 
construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da 
assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção 
do pensamento, Piaget chamou de estágios: Estágio sensório – 
motor, Estágio Simbólico e Estágio Conceptual. 
➢ ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR 
Segundo Piaget no Estágio sensório-motor, que vai do zero até 
os 2 anos de idade, é onde se inicia o desenvolvimento das 
coordenações motoras, a criança aprende a diferenciar os 
objetos do próprio corpo e os pensamentos das crianças está 
vinculado ao concreto. 
➢ ESTÁGIO SIMBÓLICO 
Já no Estágio simbólico, que é dos 2 até por volta dos 7 anos, o 
pensamento da criança está centrado nela mesma, é um 
 
 
 
17 
pensamento egocêntrico. E é nesta fase que se apresenta a 
linguagem, como socialização da criança, que se dá através da 
fala, dos desenhos e das dramatizações. 
➢ ESTÁGIO CONCEPTUAL 
No Estágio Conceptual, que é dos 7 até por volta dos 11, a 
criança continua bastante egocêntrica, ainda tem dificuldade de 
se colocar no lugar do outro. 
➢ ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES 
No último Estágio que é o das Operações Formais que vai por 
volta dos 11 anos até a vida adulta, é uma fase de transição, de 
criar ideias e hipóteses do pensamento. A linguagem tem um 
papel fundamental para se comunicar. 
3. O PROCESSO BIOLÓGICO DO CRESCIMENTO: 
FUNDAMENTOS DE IMPORTÂNCIA PARA A PRÁTICA 
De um modo geral, considera-se o crescimento como aumento 
do tamanho corporal e, portanto, ele cessa com o término do 
aumento em altura (crescimento linear). 
 
 
 
Disponível em: www.revistaeducar.com.br
De um modo mais amplo, pode
ser humano é um processo dinâmico e contínuo que ocorre 
desde a concepção até o final da vida, considerando
fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos.
 É considerado como um 
criança, em razão de sua estreita dependência de fatores 
ambientais, tais como alimentação, ocorrência de doenças, 
cuidados gerais e de higiene, condições de habitação e 
saneamento básico, acesso aos serviços de saúde, 
assim, as condições de vida da criança, no passado e no 
presente. 
 O planejamento familiar, a realização de uma adequada 
assistência pré-natal, ao parto e ao puerpério, as medidas de 
18 
Disponível em: www.revistaeducar.com.br
De um modo mais amplo, pode-se dizer que o crescimento do 
ser humano é um processo dinâmico e contínuo que ocorre 
desde a concepção até o final da vida, considerando
fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos.
É considerado como um dos melhores indicadores de saúde da 
criança, em razão de sua estreita dependência de fatores 
ambientais, tais como alimentação, ocorrência de doenças, 
cuidados gerais e de higiene, condições de habitação e 
saneamento básico, acesso aos serviços de saúde, 
assim, as condições de vida da criança, no passado e no 
O planejamento familiar, a realização de uma adequada 
natal, ao parto e ao puerpério, as medidas de 
 
Disponível em: www.revistaeducar.com.br 
se dizer que o crescimento do 
ser humano é um processo dinâmico e contínuo que ocorre 
desde a concepção até o final da vida, considerando-se os 
fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos. 
dos melhores indicadores de saúde da 
criança, em razão de sua estreita dependência de fatores 
ambientais, tais como alimentação, ocorrência de doenças, 
cuidados gerais e de higiene, condições de habitação e 
saneamento básico, acesso aos serviços de saúde, refletindo 
assim, as condições de vida da criança, no passado e no 
O planejamento familiar, a realização de uma adequada 
natal, ao parto e ao puerpério, as medidas de 
 
 
 
19 
promoção, proteção e recuperação da saúde nos primeiros anos 
de vida são condições cruciais para que o crescimento infantil se 
processe de forma adequada. Vamos ver abaixo, cada fator que 
influencia o crescimento infantil: 
3.1 Fatores que influenciam o crescimento 
Todo indivíduo nasce com um potencial genético de 
crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das 
condições de vida a que esteja submetido desde a concepção até 
a idade adulta. Portanto, pode-se dizer que o crescimento sofre 
influências de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e 
malformações, muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser 
geneticamente determinadas) e de fatores extrínsecos, dentre os 
quais se destacam a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação 
e os cuidados gerais com a criança. 
 Pode-se dizer que a altura final do indivíduo é o resultado da 
interação entre sua carga genética e os fatores do meio 
ambiente que permitirão a maior ou menor expressão do seu 
potencial genético. 
 
 
 
20 
➢ A herança genética 
A herança genética é a propriedade dos seres vivos de 
transmitirem suas características aos descendentes. Do ponto de 
vista do crescimento, a herança genética recebida do pai e da 
mãe estabelece um potencial ou alvo que pode ser atingido. 
 No entanto, a qualquer momento, desde a concepção e 
especialmente nas criançaspequenas, fatores ambientais podem 
perturbar o ritmo e a qualidade deste processo. O alcance dessa 
meta biológica depende, na verdade, das condições do ambiente 
onde se dá o crescimento da criança sendo sua influência 
marcante. 
➢ A influência do meio ambiente 
A influência do meio ambiente ocorre desde a vida intrauterina, 
quando o crescimento é limitado a partir de certo momento pelo 
espaço da cavidade intrauterina, até a idade adulta. 
 Crianças menores de 5 anos de diversas nacionalidades, crescem 
num ritmo semelhante desde que submetidas a boas condições 
 
 
 
21 
de vida. O mesmo não acontece com crianças de mesma 
nacionalidade, porém sob condições socioeconômicas diferentes 
(as de nível alto crescem de modo similar às crianças de países 
desenvolvidos, enquanto as de baixo nível socioeconômico 
crescem em ritmo mais lento 
É importante salientar que quanto mais jovem a criança, mais 
dependente e vulnerável é em relação ao ambiente. Isso faz com 
que condições favoráveis ao crescimento sejam função, não 
apenas dos recursos materiais e institucionais com que a criança 
pode contar (alimentação, moradia, saneamento, serviços de 
saúde, creches e pré-escolas), mas também dos cuidados gerais, 
como o tempo, a atenção, o afeto que a mãe, a família e a 
sociedade como um todo lhe dedicam. 
➢ Alimentação 
A criança até cinco anos requer cuidados específicos com a sua 
alimentação. Crescer consome energia: 32% das necessidades 
calóricas de um recém-nascido são destinadas ao crescimento. A 
dieta da criança deve ter qualidade, quantidade, frequência e 
 
 
 
22 
consistência adequadas para cada idade. Mais a frente falaremos 
exclusivamente de alimentação! 
➢ Infecções 
É também muito importante para o crescimento adequado da 
criança. É essencial que as crianças sejam imunizadas, segundo o 
calendário de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, 
para que se evite a ocorrência das doenças imunopreveníveis. 
Quanto a outros processos infecciosos, é necessário que sejam 
diagnosticados precocemente para que não evoluam para um 
quadro adverso, com o aumento das necessidades nutricionais, 
associado à diminuição do apetite e, nos casos das diarreias e 
doenças parasitárias, ao menor aproveitamento biológico dos 
alimentos. 
Nos processos febris, observa-se que para cada grau de 
temperatura acima de 38ºC, estima-se um aumento de 20% nas 
necessidades calóricas e proteicas da criança, além de causar 
perda acentuada de apetite. 
 
 
 
23 
Dessa forma, as infecções repetidas podem levar ao retardo do 
crescimento e à desnutrição que, por sua vez é responsável pela 
maior vulnerabilidade das crianças aos episódios infecciosos mais 
graves e de maior duração, caracterizando, assim, uma ação 
sinérgica. 
➢ Higiene 
A higiene adequada da criança, dos alimentos, do ambiente e de 
todos aqueles que lidam com ela são fatores essenciais para seu 
bom crescimento. Isso implica na disponibilidade de água 
potável, de meios adequados para o esgotamento sanitário, e 
destinação de lixo e em conhecimentos, atitudes e práticas 
corretas sobre o manuseio, armazenamento, preparo e 
conservação dos alimentos, de higiene corporal e do ambiente. 
➢ Cuidados gerais com a criança 
Como os demais aspectos citados acima, também é fundamental 
para o bom crescimento e desenvolvimento a qualidade dos 
cuidados dispendidos à criança. 
 
 
 
24 
Em outras palavras, a criança pequena necessita estabelecer 
relações afetivas, precisa de outra pessoa para ir se estruturando 
como um sujeito e para ter uma identidade própria. Estabelecer, 
desde o nascimento, relações com pessoas que a escutem e 
entendam suas necessidades, que lhe dê carinho e afeto, que lhe 
proporcionem oportunidades seguras de explorar e conhecer o 
mundo que a rodeia, são condições essenciais ao adequado 
crescimento e desenvolvimento da criança. 
3.2 Períodos ou etapas do desenvolvimento 
O desenvolvimento vai transcorrendo por etapas ou fases, que 
correspondem a determinados períodos do crescimento e da 
vida, em geral. Cada um desses períodos tem suas próprias 
características e ritmos ainda que não se deva perder de vista 
que cada criança tem seu próprio padrão de desenvolvimento. 
➢ Período pré-natal (da concepção ao nascimento) 
No momento da concepção, a herança dos pais é transmitida 
através dos seus genes o que determinará a cor dos olhos, 
cabelos, pele, ou seja, as futuras características físicas da criança. 
 
 
 
25 
Durante a gestação, a interação mãe-feto é a mais íntima 
possível, podendo inclusive influenciar o crescimento e 
desenvolvimento do bebê: doenças maternas, nutrição, hábitos, 
situações emocionais, por exemplo. 
 
Disponível em: www.thenextfamily.com 
 Hoje, sabe-se que o feto reage ao movimento e sono maternos, 
e que ainda dentro do útero difere de sua mãe por sua própria 
dinâmica de maturação: já tem certo grau de autonomia, na 
medida em que seu funcionamento sensorial não está em total 
conexão com a vida sensorial da mãe. Pode reagir a sons, seu 
 
 
 
26 
ciclo de sono-vigília não coincide necessariamente com o da 
mãe, já possui um certo grau de olfato, visão e tato. 
 
➢ Período neonatal (0 a 28 dias de vida) 
O filhote humano é um dos seres mais prematuros do reino 
animal. Depende absolutamente de outro para sobreviver. 
Entretanto, isso não o torna um ser passivo e sem vontade. Do 
ponto de vista da maturação, demonstra capacidades 
surpreendentes, geralmente denominadas competências do 
recém-nascido. 
A postura e os movimentos amplos do recém-nascido são muito 
importantes e devem ser sempre observados: o recém-nascido 
normal mantém as pernas e braços fletidos tanto na posição 
supina como prona. Dorme grande parte do tempo. Têm 
percepções visuais, alguma discriminação olfativa, percebe 
alguns sabores (tendo predileção pelo doce) e desde as primeiras 
horas de vida é capaz de indicar a percepção de alguns sons. 
 
 
 
27 
 A voz humana causa nele efeitos diferentes de outros sons, e já 
em torno da segunda semana de vida, a voz da mãe ou mesmo 
de outra mulher, modulada por tonalidades afetivas, é capaz de 
desencadear sorrisos mais facilmente que qualquer outro som. 
➢ Primeira infância: lactente (29 dias a 2 anos) 
No lactente, ou no período denominado de primeira infância, 
ocorrem as maiores e mais rápidas modificações no 
desenvolvimento da criança. Gradativamente, os ritmos de sono, 
alimentação e excreção vão se estabelecendo a partir da 
presença e ausência da mãe (alternância): a mãe que ora está 
presente ora não está; ora fala com o bebê, ora se cala; ora lhe 
oferece o seio, ora lhe tira, imprime certa coordenação às 
funções orgânicas do bebê. Ele começa a aprender a diferenciar 
o dia da noite e a tolerar melhor a distância entre uma mamada 
e outra. Os intervalos passam a fazer parte de sua vida. 
A progressão do desenvolvimento vai desde o período em que o 
bebê está totalmente dependente até o final de seu primeiro 
ano de vida, quando, o lactente, dá os seus primeiros passos, 
 
 
 
28 
adquirindo mobilidade e habilidades de manipulação que lhe 
permitem explorar a maior parte do meio ambiente. 
➢ Infância (segunda infância ou pré-escolar 2 a 6 anos) 
Período caracterizado pelo aprimoramento das habilidades até 
então adquiridas, em especial a capacidade de comunicação, 
locomoção (andar e correr com segurança, subir escadas, etc.), 
manuseio de objetos e jogos simbólicos. 
É a idade do explorar e do brincar.29 
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Cuidado Centrado na Família no Contexto da Criança com 
Deficiência e sua Família: Uma Análise Reflexiva. Texto 
Contexto Enferm, Florianópolis, 2012 Jan-Mar; 21(1): 194-9. 
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br/search/site/idoso?f[0]=bundle%3Aarticle 
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n. 4 p. 587-597, out./dez. 2014. 
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LELOUP, J. Y. O corpo e seus símbolos: uma antropologia 
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Prefeitura Municipal de Curitiba. Alimentação Infantil. 2007 
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Disponível em http://www.endocrino.org.br/prevencao-e-
tratamento-da-obesidade-infantil/ 
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30 
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. RIO DE JANEIRO: 
MARTINS FONTES, 1996. 
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano. Petrópolis: 
Vozes, 1999. (Compaixão pela Terra). 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Notificação de maus-tratos contra 
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BRITO, Ana Maria M et al. Violência doméstica contra crianças e 
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saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.10, n.1, p. 143-149, 2005. 
 
CUNHA, Janice Machado da. ASSIS, Simone Gonçalves de. 
PACHECO, Sandra Teixeira de Araújo. A enfermagem e a atenção 
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4, p. 462-465. 2005. 
 
Piaget. J. A Vida e o Pensamento do Ponto de Vista da 
Psicologia Experimental e da Epistemologia Genética. In.: 
Piaget. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 
 
Piaget. J. A Epistemologia Genética. Trad. Nathanael C. Caixeira. 
Petrópolis: Vozes, 1971. 110p 
 
 
 
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