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Gabriela Aparecida Saccini Antognolli, 89073, 8º Período, Biomedicina - noturno. Comparação Entre a Dosagem da Glicemia de Jejum em Laboratório e no Glicosímetro O Diabetes Mellitus é uma doença que se caracteriza principalmente pela resistência ou deficiência de insulina, gerando ao paciente distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas, gorduras e inclusive uma hiperglicemia crônica que deve ser monitorada, pois esta geralmente acarreta complicações secundárias ou age como coadjuvante a outros fatores que podem levar a morte. Esse monitoramento glicêmico é realizado por meio de aparelhos portáteis, como o glicosímetro e/ou exame laboratorial, variando de acordo com o paciente e o tratamento adequado para cada um, normalmente o glicosímetro é recomendado para que o mesmo realize as verificações de seus níveis glicêmicos sozinho. O glicosímetro utiliza-se normalmente do sangue capilar, obtido através de punção da polpa digital do indivíduo, este pode funcionar por sistema fotométrico, sensores eletroquímicos ou sistema amperométrico. No sistema fotométrico é inserida uma pequena amostra de sangue na fita reagente onde o instrumento irá ler o comprimento da onda gerada na reação entre a glicose e a hexocinase da fita, que ao final forma NADH e junto a outra enzima altera a coloração da fita e então é medida a sua referência. Nos glicosímetros que possuem sensores eletroquímicos, são medidas as correntes elétricas produzidas por reações bioquímicas, estas estão relacionadas ao potencial de membrana, devido ao transporte de íons na membrana que é gerado pela glicose. Já o sistema amperométrico tem o mesmo princípio do anterior, onde o transporte de íons pela membrana gera o potencial de membrana, mas neste caso a glicose medida depende da corrente elétrica gerada quando a oxidação da glicose é catalisada pela glicose oxidase, formando ácido glucônico, ou quando a glicose desidrogenase catalisa a oxidação de glicose para gluconolactiona. Para a dosagem da glicemia de jejum em laboratório, utiliza-se apenas o plasma sanguíneo, e a medida é baseada na metodologia colorimétrica enzimática (absorbância em espectrofotômetro). A glicose presente na amostra oxida enzimaticamente pela glicose oxidase (GOD) como na reação: Glicose + O2 + H20 -----> Ácido glucônico + H2O2. O Peróxido de Hidrogênio (H202) na presença da enzima peroxidase (POD) reage com a 4- Aminoantipirina e Fenol, resultando em um cromógeno avermelhado, cuja intensidade da cor é proporcional a concentração de glicose. A praticidade e facilidade de verificar a glicemia com o glicosímetro traz vantagens ao paciente, já que o mesmo não tem necessidade de fazer o teste laboratorial frequentemente,alguns estudos compararam ambos métodos e concluíram que a variação presente nos resultados das dosagens estão dentro do estabelecido pelo Instituto Nacional de Saúde Americano, do qual afirma que os resultados podem variar em 15% para que o aparelho seja clinicamente útil. Outros estudos mostraram que pode haver uma maior variação dentro desta porcentagem dependendo se a amostra utilizada é venosa ou capilar. Portanto o glicosímetro é confiável para monitoramento da glicemia, mas ainda sim o teste laboratorial de dosagem de glicose é considerado padrão ouro na obtenção de resultados mais confiáveis e precisos.
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