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TRABALHO DE FISIOLOGIA ENDOCRINA (1)

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TRABALHO DE FISIOLOGIA ENDOCRINA
ADENO - HIPÓFISE
1. INTRODUÇÃO
Nesta pesquisa mostramos a importância da hipófise no funcionamento de diversas funções do organismo.
Também chamada de “glândula mestra”, a hipófise produz importantes hormônios que controlam a maior parte das outras glândulas endócrinas, entre elas a tireóide, as gônadas e as supra-renais, além de secretar hormônios próprios. Grande parte das funções dessa glândula são reguladas pelo hipotálamo, que manifesta seu controle via ligações nervosas ou substâncias conhecidas como fatores de liberação. 
A hipófise é fisiologicamente divisível em duas partes: o lobo anterior (adeno-hipófise) responsável pela produção dos hormônios que controlam as outras glândulas e o lobo posterior (neuro-hipófise) que tem a função de armazenar e distribuir os hormônios que vêm do hipotálamo. 
Nosso objetivo com este trabalho é analisar as diferentes formas de atuação da glândula hipófise no corpo humano.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Localização
A glândula hipófise ou glândula pituitária é um pequeno órgão, com cerca de 0,5 g e dimensõesde10x13x6mm. 
Na fossa média do crânio, mais precisamente na fossa hipofisária, situada na sela túrcica, uma cavidade localizada no osso esfenóide é onde se encontra a hipófise. Anteriormente está o tubérculo da sela e o quiasma óptico, posteriormente está o dorso da sela e o tronco encefálico e, superiormente está o hipotálamo, localizado na base do cérebro.
Mantém-se conectada ao sistema nervoso e, mais precisamente, ao hipotálamo através da haste hipofisária ou pedúnculo hipofisário (infundíbulo), com quem guarda importantes relações anatômicas e funcionais.
É revestida por uma membrana conjuntiva fibrosa chamada dura-máter, que é a meninge mais externa deste tecido encefálico. Apenas o infundíbulo não é revestido por essa membrana.
A hipófise apresenta-se dividida em duas partes, a adeno-hipófise e a neuro-hipófise. 
Entre as duas partes, há uma pequena zona relativamente avascular, a pars intermedia, quase ausente no homem, mas muito maior e mais funcional em alguns animais.
A hipófise anterior ou adenohipófise é constituída da pars distalis que secreta grande parte dos hormônios e a pars intermedia que secreta o hormônio MSH – hormônio melanotrófico ou melanócito-estimulante. Além disso, se liga ao hipotálamo através do infundíbulo.
2.11 Funções da Adenohipofise
Na distal da adeno-hipófise acontece a secreção dos seguintes hormônios: 
ACTH – hormônio adrenocorticotrófico,
TSH – hormônio estimulante da tireóide
FSH – hormônio folículo-estimulante,
LH – hormônio luteinizante, 
GH – hormônio do crescimento e 
PRL – prolactina.  
Na tuberal é a parte próxima à haste hipofisária sem função hormonogênica. 
A hipófise posterior ou neuro-hipófise é contituída pela pars nervosa, a haste hipofisária ou infundibular e a eminência mediana.
3. Sistema Porta Hipofisario
A maior parte da neuro-hipófise (pars nervosa) é responsável pelo armazenamento e liberação de ADH – hormônio antidiurético e ocitocina. É vascularizada por artérias hipofisárias superiores e inferiores, ou seja, ramos da carótida interna e por um complexo sistema vascular especializado, denominado sistema porta hipotálamo-hipofisário, recebendo sangue venoso que carregam neuropeptídeos provenientes dos hormônios adeno-hipofisários.
Entre a pars distalis e pars intermédia permanece uma fenda, a fenda hipofisária, o que macroscopicamente divide a glândula em lobos anterior e posterior. Assim, as duas partes formadas a partir da cavidade oral apresentam características de glândula, secretando hormônios que dependem do controle hipotalâmico (fatores/hormônios), os quais penetram na parte glandular através do chamado sistema porta-hipofisário, que une fisiológica e anatomicamente o hipotálamo e a hipófise.
Do ponto de vista histológico, os lobos posterior e anterior são bem distintos. Sendo o lobo posterior composto de fibras nervosas desmielinizadas, contendo dois hormônios hipotalâmicos: ADH – hormônio antidiurético e ocitocina. 
3.1 Tipos de Células
E o lobo anterior, a principal porção secretora composta por células cromófilas e cromófobas.
Células cromófobas: citoplasma não tem afinidade por corantes; observam-se apenas os núcleos corados pela hematoxilina.
Células cromófilas: a) acidófilas (citoplasma corado pela eosina); b) basófilas (citoplasma corado pela hematoxilina).
No controle da parte glandular estão envolvidos os hormônios hipotalâmicos que agem sobre glândulas alvo tais como a tireóide, as gônadas e as adrenais. Essas glândulas recebem uma informação “de volta” sobre a necessidade ou não da liberação de novos estímulos. Tal fenômeno se denominafeedback negativo de alça longa e tem como finalidade manter a homeostasia, ou seja, informar ao hipotálamo sobre a necessidade de mandar mais ou menos estímulo.
4. Controle de Secreção
A adeno-hipófise sintetiza e secreta hormônios que regulam diversas atividades corporais, do crescimento à reprodução. A secreção desses hormônios é estimulada pelos hormônios liberadores e suprida pelos hormônios inibidores, sendo ambos os tipos hormonais produzidos pelas células neurossecretoras do hipotálamo. As veias porta-hipofisárias distribuem os hormônios liberadores e inibidores do hipotálamo para a adeno-hipófise. Essa rota direta permite que esses hormônios ajam rapidamente na adeno-hipófise, antes de serem diluídos ou destruídos na circulação geral. Os hormônios da adeno-hipófise que agem sobre outras glândulas endócrinas são chamados hormônios trópicos.
De acordo com sua constituição química, os hormônios da adeno-hipófise são classificados em: licoproteicos (TSH – hormônio estimulante da tireóide, LH – hormônio luteinizante e FSH – folículo-estimulante), protéicos (os hormônios somatomamotróficos: GH – hormônio do crescimento humano e PRL – prolactina) e peptídeos (MSH – hormônio melanócito-estimulante, lipotrofina e opiáceos endógenos).
4.1 Principais Hormônios e Controle De Secreção
4.1.1 Hormônio Estimulante da Tireóide
O hormônio estimulante da tireóide (TSH) estimula a síntese e a secreção de hormônios tireóideos pela glândula tireóide. O hormônioliberador de tireotrofina (TRH – thyrotropin-releasing hormone) hipotalâmico controla a secreção de TSH. A liberação de TRH, por sua vez, depende dos níveis sanguíneos dos hormônios tireóideos que inibem a secreção de TRH por meio de retroalimentação negativa. Não há qualquer hormônio inibidor da tirotropina.
4.1.2. Hormônio Folículo-Estimulante E Hormônio Luteinizante
Nas mulheres, os ovários são os alvos para o hormônio folículo-estimulante (FSH – follicle stimulating hormone) e o hormônio luteinizante (LH – luteinizing hormone). A cada mês, o FSH inicia o desenvolvimento de diversos folículos ováricos vesiculosos e o LH desencadeia a ovulação. Após a ovulação, o LH estimula a formação do corpo lúteo no ovário e a secreção de progesterona (outro hormônio sexual feminino) pelo corpo lúteo. O FSH e o LH também estimulam os folículos ováricos vesiculosos a secretarem estrógenos. Nos homens, o FSH estimula os testículos a secretarem testosterona. O hormônio liberador de gonadotropina (GnRH – gonadotropin-stimulating hormone) do hipotálamo estimula a liberação de FSH e LH. A liberação de GnRH, FSH e LH é suprimida pelos estrógenos, nas mulheres, e pela testosterona, nos homens, por meio de sistemas de retroalimentação negativa. Não há qualquer hormônio inibidor da gonadotropina.
4.1.3. Hormônios do Crescimento Humano e Fatores de Crescimento Semelhantes à Insulina
O hormônio do crescimento humano (GH) é o hormônio mais abundante da adeno-hipófise. Sua principal função éestimular a síntese e a secreção de pequenos hormônios protéicos chamados fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs – insulin-like growth factor). Os IGFs são assim denominados porque alguns dos seus efeitos são similares aos da insulina. Em resposta ao GH, células no fígado, músculo esquelético, cartilagem, osso e outros tecidos secretam
os IGFs, que podem entrar na corrente sanguínea ou agir localmente. Os IGFs estimulam a síntese de proteínas, ajudam a manter as massas óssea e muscular e estimulam a cicatrização de lesões e o reparo dos tecidos. Eles também intensificam a degradação dos triglicerídeos (gorduras), que liberam ácidos graxos no sangue, e a degradação do glicogênio do fígado, que libera glicose no sangue. As células de todo o corpo podem usar esses ácidos graxos e glicose para produção de ATP.
A adeno-hipófise libera o hormônio do crescimento (GH) em explosões que ocorrem em poucas horas, especialmente durante o sono. Dois hormônios hipotalâmicos controlam a secreção de GH: o hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH – growth hormone-releasing hormone) estimula a secreção do hormônio do crescimento humano, e o hormônio inibidor do hormônio de crescimento (GHIH – growth hormone-inhibiting hormone) suprime-a. O nível de glicose no sangue é um importante regulador de secreção de GHRH e GHIH. Comparativamente, a hiperglicemia estimula o hipotálamo a secretar GHIH e a hipoglicemia inibe a liberação de GHIH.
4.1.4. Prolactina
A prolactina (PRL),juntamente com outros hormônios, inicia e mantém a produção de leite pelas glândulas mamárias. A ejeção do leite pelas glândulas mamárias depende do hormônio ocitocina, que é liberado pela neuro-hipófise. A função do PRL nos homens é desconhecida, mas sua secreção excessiva causa disfunção erétil (impotência sexual). Nas mulheres, o hormônio inibidor da prolactina (PIH – prolactin-inhibiting hormone) suprime a liberação de prolactina durante a maior parte do tempo. Todos os meses, justamente antes de começar a menstruação, a secreção de PIH diminui e o nível sanguíneo de prolactina aumenta, porém não suficientemente para estimular a produção de leite. Quando o ciclo menstrual recomeça, o PIH é secretado novamente e o nível de prolactina cai. Durante a gestação, níveis muito elevados de estrógenos estimulam a secreção do hormônio liberador de prolactina (PRH – prolactin-releasing hormone), que, por sua vez, estimula a liberação de prolactina.
4.1.5. Hormônio Adrenocorticotrópico (Acth) Ou Corticotropina
Controla a produção e a secreção de hormônios denominados glicocorticóides pelo córtex (porção externa) das glândulas supra-renais. O hormônio liberador de corticotropina (CRH – corticotropin-releasing hormone) do hipotálamo estimula a secreção de ACTH. Os estímulos relacionados ao estresse, tais como a baixa glicemia ou o traumatismo físico, e a interleucina-1, uma substância produzida pelos macrófagos, também estimulam a liberação de ACTH. Os glicocorticóides causam a inibição, principalmente o cortisol, mediante retroalimentação negativa, da liberação de CRH e ACTH.
5. Patologias
As doenças da hipófise frequentemente comprometem as glândulas dela dependentes. Estes distúrbios podem ser de redução de sua função (hipopituitarismo), ou de aumento da função. Estas doenças podem ser de origem tumoral, inflamatória, traumática, ou até mesmo genética.
Os sintomas dos tumores da hipófise variam de acordo com seu tamanho e configuração, bem como, caso o tumor secrete hormônios específicos. A maioria dos adenomas (tumores) da hipófise são benignos e crescem lentamente dentro da glândula. No entanto, tumores mais agressivos podem existir e crescer rapidamente, causando cegueira, aumento da pressão intracraniana e anormalidades endócrinas potencialmente fatais.
Até 26% das hipófises estudadas em necrópsias possuem pequenos tumores em seu interior. Só uma minoria terá repercussão clínica. Infelizmente, mesmo aqueles que são diagnosticados, recebem tratamento inadequado. O tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico pode ser de 5 a 14 anos. É desnecessário dizer que quanto mais precoce o diagnóstico, mais adequadamente estes pacientes serão tratados. Crianças também podem possuir tumores hipofisários e apresentar sintomas bastantes precocemente.
Sabemos hoje, que estes tumores têm origem monoclonal (ou seja, a partir de uma única célula original). Isto significa que há uma base genética envolvendo uma anormalidade gênica, que predispõe uma célula determinada a crescer desordenadamente, enquanto as células normais ao redor se comportam de uma maneira regulada.
5.1. Diagnosticos 
Os adenomas hipofisários não possuem causa bem definida, sendo provavelmente provocados por mutações isoladas de células hipofisárias normais. Uma parcela de 3 a 5% dos casos apresenta distribuição familiar, estando associada a mutações transmitidas hereditariamente.
Esses casos podem envolver a ocorrência do mesmo adenoma na mesma família (adenomas familiares) ou estarem associados às adenomatoses endócrinas múltiplas. Nessa situação, os pacientes podem exibir tumores funcionantes de paratireóide, pâncreas e supra-renais.
O diagnóstico pode ser estabelecido a partir dos sintomas neurológicos (dor de cabeça, alterações visuais) e hormonais, seja de deficiência ou excesso. 
Pode ser necessária a investigação também a partir de umachado incidental como o aumento de volume da hipófise (incidentaloma) em exame de imagem do crânio (tomografia ou ressonância magnética).
Todo o paciente que apresenta suspeita de ser portador de adenoma hipofisário deve ser avaliado através de tomografia computadorizada da região da sela túrcica (região na qual se localiza a hipófise) ou idealmente através de ressonância magnética dessa região.
Detectado o adenoma ou na presença de sinais e sintomas de deficiência ou excesso hormonal, devem ser realizadas também dosagens de todos os hormônios hipofisários. Em algumas situações são necessários testes funcionais para análise do perfil de secreção de alguns hormônios hipofisários.
Essa investigação apresenta resultados cujo padrão é compatível com cada uma das doenças características.
5.1.2. Tratamento
Nos pacientes com adenomas secretores de prolactina (prolactinomas), o tratamento é inicialmente clínico, com boa resposta em mais de 80% dos casos. Os medicamentos utilizados são a bromocriptina, o lisuride e a cabergolina, em doses progressivas até a obtenção da normalização da prolactina e redução do volume do adenoma hipofisário. 
Em situações nas quais não se alcançam esses objetivos, pode ser indicada a cirurgia transesfenoidal para ressecção do adenoma. Essa cirurgia é uma microcirurgia realizada através da região nasal, utilizando microscópio e abordando a região do hipófise por sua parte inferior.
Em pacientes portadores de adenomas secretores de GH (acromegalia) e ACTH (doença de Cushing) deve-se estabelecer um diagnóstico hormonal específico e, se comprovada cada uma das doenças, o paciente deve ser inicialmente submetido a cirurgia transesfenoidal para ressecção do adenoma. 
Em pacientes com tumores não-secretores, deve ser avaliado detalhadamente o hipopituitarismo associado, e uma vez corrigidas as alterações hormonais de maior risco (deficiência de cortisol e de hormônios da tireóide), o paciente deve ser submetido à cirurgia transesfenoidal para ressecção do adenoma.
Mais raramente, em tumores muito volumosos, pode estar indicada a cirurgia por via transcraniana, ou seja, realizando uma abordagem da hipófise por sua porção lateral ou superior, o que envolve cortes cirúrgicos na calota craniana. 
Não se conhecem métodos de prevenção. O diagnóstico precoce e um adequado manejo endocrinológico e, quando necessário, neurocirúrgico, são fundamentais.
5.2. Hipersecreção de Hormônios da Hipófise 
5.2.1 Acromegalia
A acromegalia é uma doença crônica, insidiosa e debilitante que inclui importantes modificações cosméticas e metabólicas. Além da brutalização dos traços faciais, as anormalidades metabólicas associadas à hipersecreção do hormônio de crescimento são responsáveis por grande morbidade e mortalidade relacionadas à indução de doenças cardiovasculares e aparecimento de outros tumores pelo corpo. Isto faz com que os níveis de hormônio de crescimento devam ser normalizados o mais breve possível.
Sinais e Sintomas:
Espessamento
das partes moles – palmas das mãos, solas dos pés;
Crescimento das mãos - aumento tamanho de anéis;
Crescimento dos pés - aumento número dos sapatos;
Dor de cabeça;
Pele oleosa;
Face brutalizada;
Suor excessivo;
Fatiga;
Manchas de pele;
Síndrome do tunel do carpo;
Afastamento dos dentes - restos de alimento frequentes entre os dentes;
Hipertensão;
Diminuição da libido;
Impotência sexual;
Secreção de leite pelos mamilos;
Modificação ou perda da menstruação;
Desordens de humor;
Depressão;
Apnéia do sono.
5.2.2. Doença de Cushing
A síndrome de Cushing é causada por uma exposição prolongada do corpo a níveis elevados do hormônio cortisol. Através do Sistema HHA o cortisol é normalmente produzido pelas glândulas adrenais, que se localizam logo acima dos rins.
Níveis normais de cortisol são importantes. O cortisol auxilia na manutenção da pressão arterial e função cardiovascular; auxilia na resposta inflamatória do sistema imune; regula o metabolismo das proteínas, carboidratos e gorduras; balanceia a atuação da insulina no aproveitamento dos açúcares e auxilia o corpo na resposta ao estresse.
Sinais e sintomas:
Face arredondada ou em "lua cheia";
Machucados frequentes – pele delicada;
Aumento rápido e inexplicável de peso, principalmente no tronco a abdômen;
Manchas rochas pela pele;
Aumento da gordura no pescoço;
Desordens de menstruação;
Bochechas avermelhadas;
Escurecimento da pele;
Hipertensão;
Diminuição da libido e fertilidade;
Excesso de crescimento de pelos;
Fraqueza muscular em braços e pernas;
Diabetes mellitus;
Alterações de humor e memória;
Depressão;
Dor de cabeça.
5.2.3. Prolactinoma (Hiperprolactinemia)
O prolactinoma é um tumor da hipófise que secreta prolactina (o hormônio da lactação). O tumor é benigno em 99% dos casos. É também o tumor pituitário mais comum (28% do total). A causa de sua origem é desconhecida.
Sinais e sintomas:
Diminuição da libido;
Secura vaginal, dor à relação sexual;Distúrbios visuais;
Ganho de peso inexplicável;
Alterações de humor;
Hipogonadismo em homens;
Secreção de leite pelos mamilos;
Dor de cabeça;
Modificações ou desaparecimento ciclo menstrual;
Infertilidade;
Fraturas ou osteoporose;
Puberdade retardada.
5.3. Hiposecreção de Hormônios da Hipófise 
5.3.1 Tumores Secretores de Unidade Alfa
Estes tumores costumam secretar somente fragmentos dos hormônios hipofisários e, portanto, não possuem uma síndrome endócrina de hipersecreção. A sub-unidade alfa representa metade dos hormônios FSH, LH e TSH (cada um deles é composto de sub-unidades alfa e beta). Boa parte daqueles tumores chamados não-funcionantes secretam sub-unidade alfa mas a maioria deles não secreta quantidades apreciáveis de FSH, LH ou TSH. No entanto, é possível dosar a sub-unidade alfa no sangue. Estes tumores são frequentemente agressivos.
5.3.2. Hipotireoidismo
É uma doença insidiosa que resulta em letargia, ganho de peso, intolerância ao frio, afilamento do cabelo e espessamento da língua. É facilmente revertida pela reposição do hormônio tireoidiano, habitualmente 1 a 2 comprimidos por dia. O excesso de hormônio pode ser tão ruim quanto sua falta. A dose do mesmo deverá ser monitorada por seu médico.
5.3.3. Deficiência do Hormônio do Crescimento
A deficiência do hormônio de crescimento em crianças causa um retardo no crescimento e caso não seja tratada leva ao nanismo. Em adultos, os sintomas da deficiência de hormônio de crescimento não são óbvios e nem todos os adultos deficientes do hormônio serão sintomáticos. Entretanto, alguns adultos reclamam de letargia e diminuição da energia para as atividades diárias. Eles também possuem uma diminuição da massa magra (muscular) e aumento da massa gordurosa. Estas alterações podem ser corrigidas com o uso do hormônio do crescimento sintético.
5.3.4. Síndrome de Addison
É uma doença caracterizada pela produção insuficiente dos hormônios da glândula supra-renal ou adrenal.
Sinais e sintomas:
Fadiga crônica;
Fraqueza muscular;
Perda do apetite;
Perda de peso;
Náusea, vômitos e diarréia;
Hipotensão arterial;
Tonturas e desmaios;
Irritabilidade e depressão;
Desejo por comida salgada;
Baixas taxas de açúcar no sangue;
Menstruações irregulares.
5.3.5. Hipogonadismo
O hipogonadismo é causa de infertilidade e diminuição da libido. Nas mulheres, as alterações são mais óbvias e incluem ausência de menstruação. Nos homens, as alterações são mais sutis. Importante ressaltar que o viagra não é a solução quando a perda da libido deve-se à insuficiência hormonal.
5.3.6. Hipofisite
Hipofisite signfica "inflamação da glândula hipófise". O termo é genérico, pois a inflamação pode advir de vários tipos de infecção ou doença autoimune (onde o organismo combate suas próprias células). Doenças granulomatosas como a tuberculose e outras já representaram importante causa de hipofisite, a origem autoimune é hoje a mais comum. Conhece-se muito pouco sobre as razões que predispõem certas pessoas à hipofisite autoimune (mesmo àquelas portadoras de doenças autoimunes como o lupus, a artrite reumatóide etc), mas ela é certamente mais comum em mulheres, em especial durante a gravidez ou após a mesma.
O resultado da inflamação da glândula é emgeral uma redução na função da mesma (chamada hipopituitarismo), que pode afetar um hormônio ou vários deles. Em mulheres jovens, podem ocorrer aumentos transitórios de alguns hormônios. Caso a inflamação seja exclusiva da hipófise, ou seja, não afetar outras glândulas do corpo, a recuperação total espontânea pode ocorrer. No entanto, da mesma maneira como a doença pode desaparecer espontaneamente, ele poderá retornar no futuro.
5.4. Distúrbios Visuais
A presença de massas na região da hipófise pode causar compressão dos nervos da visão e alterações visuais. De uma maneira geral, começa a ocorrer uma perda progressiva da visão lateral (periférica) de ambos os olhos. Caso não tratada a causa de origem, pode haver evolução para cegueira.
5.4.1. Síndrome de Sela Vazia
A síndrome da sela vazia ocorre quando se detecta por meio de imagens a presença de líquor no local que deveria ser ocupado pela hipófise, dentro da sela túrcica. A causa mais comum é a existência de uma abertura grande no diafragma da sela, uma membrana que recobre a hipófise e normalmente impede a entrada do líquor na região. Quando esta membrana tem uma abertura muito grande, a pressão do líquor de cima para baixo causa um achatamento da glândula hipofisária, na direção do fundo da sela túrcica, como que para o fundo de um balde. Nesta situação, a função hipofisária é em geral normal, mas alguns pacientes relatam dor de cabeça,hiperprolactinemia, secreção de leite pelo mamilo e menstruações irregulares. Alguns pacientes possuem sela vazia decorrente de processos inflamatórios locais, como a neurosarcoidose; outros possuem a associação de sela vazia e tumores dentro da hipófise residual.
5.4.2. Distúrbios Neuropsiquiátricos
 
Distúrbios neuropsiquiátricos ocorrem nas doenças pituitárias da mesma maneira que em outras doenças crônicas.
Pacientes com tumores pituitários podem apresentar distúrbios do sono tais como dificuldade para iniciar o sono e hiper sonolência vespertina. Caso o tumor expanda-se aquém da sela túrcica, ele pode comprimir os lobos frontais e temporais que possuem estruturas do sistema límbico (ou das emoções) e causar distúrbios neuropsiquiátricos. Especialmente pessoas que funcionam em alto grau intelectual referem os piores sintomas. Eles relatam dificuldades na solução de problemas, atenção e concentração, bem como labilidade emocional, irritabilidade e apatia.
O tipo de acometimento está relacionado ao tamanho do tumor. Os tumores maiores e que extendem-se além da sela túrcica possuem efeitos piores devido à compressão do cérebro ao redor do tumor. Os tumores menores estão associados a acometimentos neuropsiquiátricos mais sutis, tais como problemas de memória e raciocínio lento. Além disto, algumas medicações utilizadas
no tratamento de tumores da hipófise podem causar alterações no sono e humor. 
A hiperprolactinemia, o hipercortisolismo e o aumento do nível do hormônio de crescimento podem estar relacionados a problemas emocionais tais como depressão, apatia, irritabilidade e alterações de personalidade.
Na doença de Cushing, depressão grave é relativamente comum e sintomas incluindo ansiedade e distúrbios psicóticos podem ocorrer. Acentuação de características prévias de personalidade é o mais comum.
Alteraçõespsicológicas também podem ocorrer com o excesso de hormônio de crescimento e levar a sérias consequências na qualidade de vida e desempenho pessoal. 
É importante considerar que a família também é afetada pela doença da hipófise. As famílias precisam se adaptar às modificações cognitivas e comportamentais que ocorrem em seus entes queridos. Lidar com uma doença crônica como a doença pituitária pode introduzir um intenso estresse na dinâmica familiar. Assim, o tratamento deve ser individualizado e incluir medicações, aconselhamento e intervenções psicoterápicas.
6. Conclusão
Devido à multiplicidade dos hormônios secretados pela hipófise, ela está envolvida em praticamente todas as funções endócrinas, desde a manutenção da constância do meio interno até a reprodução.
A remoção ou destruição da hipófise leva a alterações no organismo, sua falência está associada a uma diminuição da qualidade de vida. É importante lembrar que a família também é afetada, pois a condição introduz um intenso estresse na dinâmica familiar. 
As doenças da hipófise implicam na mudança de estilo de vida do paciente e da família devido à dificuldade de aceitação em alguns casos.
6.1. Referencias
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http://www.brasilescola.com.br/ – Acesso em 24/09/2013
http://www.cukiert.com.br/doencas.html – Acesso em 24/09/2013
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/hipofise.html – Acesso em 29/09/2013
http://www.infoescola.com/sistema-endocrino/hipofise/ – Acesso em 29/09/2014
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http://www.ogrupo.org.br/ – Acesso em 24/09/2013
http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/hipotalamo.htm – Acesso em 28/09/2013
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N.; KOEPPEN, Bruce M.; STATON, Bruce A.;
Fisiologia; Rio de Janeiro, Elsevier, 2004.
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E.; Tratado de Fisiologia Médica; Rio de Janeiro, Elsevier, 2006.
TARTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra R.; Corpo Humano: Fundamentos de Fisiologia e Anatomia; Porto Alegre, Guanabara, 2006.

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