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Texto Estamira

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http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/6797-o-tesouro-de-estamira-entrevista-especial-com-antonio-carvalho-de-avila-jacintho
O tesouro de Estamira. Entrevista especial com Antônio Carvalho de Ávila Jacintho.
Um dos documentários mais assistidos no ano passado é “Estamira”. Ele enfoca a história de uma mulher que inventa um mundo particular num lixão do Rio de Janeiro. Mesmo quase analfabeta, Estamira pode ser vista como uma filósofa, uma pensadora, que encontra em sua doença mental uma missão: a de falar a verdade. Seu discurso, por vezes, ultrapassa a simples loucura e transborda filosofia e lucidez em ensaios geniais como: “Tudo é abstrato, até Estamira”. Foi baseado neste documentário que o professorAntônio Carvalho de Ávila Jacintho montou o painel “Tesouros no lixo: Estamira e o mundo psíquico”, pelo qual discute a importância deste documentário, analisando a lucidez e a imaginação da personagem e onde faz um convite, também, a ingressar em seu universo de fantasia repleto de poesia.
A IHU On-Line procurou o professor Antônio, que concedeu esta entrevista por telefone. Durante a entrevista, ele fala de como Estamira é vista pela sociedade, das perturbações que ela nos causa e, ainda, faz uma análise da atuação e evolução da psicanálise e da psiquiatria hoje.
Antônio Carvalho de Ávila Jacintho é médico psiquiatra assistente do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas – Unicamp. Também é preceptor e professor da Residência Médica em Psiquiatria Psicanalista na mesma universidade.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - Como o senhor encaixa a Estamira na nossa sociedade contemporânea?
Antônio Carvalho de Ávila Jacintho - Eu acredito que a Estamira (1) é de certo modo, como ela mesmo diz no filme, dentro do seu delírio, portadora de uma missão. Ela diz: “Eu sou a beira do mundo, a visão de cada um”. De certo modo, dentro desse delírio místico, ela é um pouco a visão de cada uma de nós, um pouco a visão do mundo. Quando a gente pensa a sociedade contemporânea, com as guerras, a violência, a destrutividade, o desamparo, as doenças da modernidade, a gente não tem como pensar essa sociedade sem pensar na maldade que habita os corações dos jovens. O Freud (2) já tinha falado disso no livro “O mal estar da civilização”, no qual chamou a atenção sobre o profundo poço de destrutividade do homem, que ele chama de imensa destrutividade do humano.
Freud já tinha vindo da Primeira Guerra Mundial, logo viria a Segunda Guerra Mundial, com a questão do Hitler (3) e da destrutividade do homem, e a Estamira entende tudo isso, como ele, e fala, também, da profunda destrutividade que se abriga dentro do homem. Ele diz: “O homem é o lobo do homem”, falando da profunda maldade que temos dentro de nós. Acho que Estamira aponta para essa destrutividade do ser humano. Do mesmo modo que podemos constatar que somos dotados dessa capacidade, nós temos também uma capacidade profunda de destruição. Acho que Estamira aponta isso, mostrando também para nós como a sociedade organizou-se. Há uma crítica muito sensível e delicada sobre a questão do consumismo e do desperdício, a questão do destino que damos para o lixo, a questão de quem tem menos é quem mais produz lixo. Ela faz uma crítica, sem consciência disso, fazendo uma análise psicanalítica do homem e uma crítica social sobre como a humanidade funciona e dos fracassos dos modelos que adotamos proferem para o homem. Ela mesma sintetiza, como já disse: “Eu sou à beira do mundo, a visão de cada um”. Ela consegue dentro de sua loucura enxergar com uma lucidez muito grande o mundo como ele é de fato.
IHU On-Line - Ela fala para o diretor que a missão dele é revelar a missão dela...
Antônio Carvalho de Ávila Jacintho - O encontro deles é singular, muito interessante. O Marcos Prado (4) vai para o Jardim Gramacho (5) que é um lixão gigantesco, com mais de um milhão de metros quadrados, onde é depositado quase 90% do lixo produzido no estado do Rio de Janeiro. Certo dia, ele fica curioso em saber para onde ia o lixo que ele colocava no portão da casa dele, indo, então, para o lixão, onde começa a tirar fotos. Com essas  ele decide fazer um filme, o documentário “Jardim Gramacho”. Em um momento do trabalho, ele passou quatro anos trabalhando lá, querendo fazer fotos, mas a pessoas, mesmo recusando-se a serem fotografadas, indicaram uma mulher que deixaria ser fotografada, a Estamira. Logo ele é apresentado a ela e propõe fotografá-la. Aí eles se tornam amigos, porque ele passa a freqüentar quase que diariamente o lixão. Num dia ela diz para ele que tem uma missão, de revelar a verdade, de capturar a mentira das pessoas, de mostrar a verdade na cara das pessoas e fala para ele: “Eu já contei qual é a minha missão, e qual é a tua?”.
Ele é pego de surpresa e, nessa situação, sem nem poder responder, ela fala: “A sua missão é revelar a minha missão”. Foi um encontro muito diferente. Ele ficou mais seis anos nesse lixão filmando-a. A missão dele no lixão é de dez anos. Acho que foi uma conjunção de fatores que promoveu esse encontro, no qual ele dá voz a alguém que precisava ser ouvido. Alguém que conseguiu, mesmo dentro da esquizofrenia, dar um sentido a sua vida. Questionamo-nos sobre qual é o sentido da vida, o que fazemos aqui, e Estamira, dentro do seu delírio, tem isso claro: a vida dela é revelar a verdade. Mesmo dentro da psicose, ela consegue encontrar um interlocutor. A relação dela com o diretor é muito intensa, rica, produtiva e lembra, em alguns aspectos, a relação analítica, na qual vamos ao encontro de alguém para falarmos de nós. Ele a escuta, possibilitando uma comunicação que ela necessitava. Estamira, de certo modo, encontra nele um ouvinte para estabelecer a comunicação que ela precisava.
IHU On-Line - Li também que o senhor disse que na Estamira conseguimos reconhecer nosso mundo e, às vezes, nós mesmos. Seria essa a missão da Estamira: fazer com que reconheçamos a nós mesmos?
Antônio Carvalho de Ávila Jacintho - Quando assistimos ao filme é uma experiência interessante, porque o mundo do lixão é muito assustador, com suas montanhas de lixo, cheiros azedos, estranhos e ruins. As coisas se decompõem, soltam fumaça, ficam gasosas. Trata-se de um ambiente muito inóspito e violento, e temos um choque muito grande. Quando vimos a Estamira pela primeira vez, é uma experiência de início de susto que causa uma sensação inicial de que aquele mundo é muito distante do nosso, de que ela é muito distante e diferente de nós. Tem algumas cenas muito interessantes. Há em que ela está falando, e um dos catadores de lixo que queria namorá-la, seu João, a interrompe. Estamira  vai pedindo para o câmera para poder falar. No momento em que ele não permite, ela vira para a câmera e faz o gesto de como se estivesse dando um soco, como nós fazemos quando alguém nos atrapalha.
À medida que ela vai mostrando-se, revelando as suas verdades, como o ser humano é, a questão da religião, nos aproximamos, tornando aquilo que no início era estranho em algo muito familiar para nós. O seu discurso delirante aparentemente tão distante de nós vai, pouco a pouco, também tornando-se nossa fala, porque ela fala da condição humana. Ela fala da violência do homem, do desamparo, da miséria, da agressividade, do modo como organizamos a vida, da relação com o trabalho e o dinheiro. Ela diz que não é escrava do dinheiro. Não é o dinheiro que me faz, sou eu que faço o dinheiro, diz. Isso engloba a relação dela com a destrutividade. Há outra cena interessante em que ela diz: “Às vezes eu sou ruim, mas eu não sou perversa”. Ou seja, ela revela ter uma agressividade que é a do ser humano, igual a todos, mas sem passar por cima dos outros. Acho que nesse sentido ela fala de coisas que são muito humanas.
Ela tem uma vocação quase poética, aliás, a linguagem dela á muito poética. Ela parece possuir um dom de comunicar coisas que são universais, mas, aparentemente, parecem pertencer somente a ela. Aos poucos, vemos que é da condição humana, das coisas que fracassaramna civilização humana. Por que muitas coisas não deram certo? É como se ela tocasse na raiz do problema, a fundo, numa quase investigação de entender por que a vida é assim, por que há guerra, exploração, mortes, estupros, roubos. Nesse sentido, com o seu linguajar simples, mas poético, ela toca fundo em questões existenciais.
IHU On-Line - É por isso então que ela perturba tanto, mesmo que quem assista não tenha vivido metade do que ela viveu?
Antônio Carvalho de Ávila Jacintho - Sim, porque ela toca em questões que interessam a todos. Não se precisa necessariamente viver num lixão para eu entender como é o mundo interno de alguém que tem um lixão dentro de si. Eu não preciso ver um material estragado para eu entender, por exemplo, que o ser humano pode provocar danos e estragos dentro da sua própria mente. Ela nos leva a pensar que o está fora também existe dentro de nós, ou seja, o mundo também está representado dentro da nossa mente, lembrando-nos o conceito de mundo interno, que é da psicanalista austríaca Melanie Klein (6), de que temos um mundo interno do mesmo modo que tem um mundo fora funcionando. Nós também temos nossos lixões, nossa guerras particulares, nossos atritos. Esse mundo, aparentemente tão diferente, na verdade é muito próximo. Por isso é tão perturbador e nos toca, e por isso há pessoas que saem na metade do filme.
Ela toca em questões que a gente coloca como um elemento externo. Algo que Sartre fala. Ele tinha uma frase irônica muito interessante: “O inferno são os outros”. Quer dizer, o mal está fora, não dentro de cada um. Estamira nos diz que o inferno somos todos nós e o céu também, o que perturba à medida que questiona nossos valores. Ela rompe com valores do senso comum, falando também da existência do inconsciente. Quando Freud, no final do século XIX, postula a existência do inconsciente, mostrando que o sujeito não possui poder absoluto sobre a própria vida como se julgava, que há uma força maior que me habita e governa mesmo sem eu saber, ele causa aquela revolução na Europa no final no século XIX, traz toda aquela quebra de uma lógica positivista.
Com isso, ele observa que existe o inconsciente, ou seja, nós não temos conhecimento de muitas coisas, e, no entanto, ele tem um peso importantíssimo na condução da nossa vida. A Estamira toca nisso, afirmando que existe um mundo inconsciente, que existe um mundo de fantasia. Que nós suportamos a realidade porque existe a possibilidade de fantasiar, havendo o mundo inconsciente e o pensamento. A realidade em si é pesada, então Estamira toca nisso também, o que é muito interessante porque ela é uma pessoa quase analfabeta, que não teve acesso a uma universidade ou a uma análise pessoal, ou seja, é uma pessoa do povo, simples, que, de repente, apresenta “sacadas” geniais, capazes de lembrar um discurso psicanalítico.
Ela fala sobre a questão do imaginário, que tudo o que é imaginário existe, que está presente, e fala, também, da existência desse mundo de fantasia, a questão da fantasia sustentando a realidade, provocando as nossas crenças. Então, acho que ela toca também na questão da existência do inconsciente, quer dizer, nós não somos tão donos da gente como a gente imaginava. Nós estamos submetidos a forças muito maiores do que nós, o que traz à tona a questão do mundo inconsciente.
IHU On-Line - E, para o senhor, como  o doente mental é visto perante a sociedade?
Antônio Carvalho de Ávila Jacintho - Eu acho que nós tivemos alguns avanços dentro da psiquiatria, com a reforma psiquiátrica, que começou lá na Itália e que chegou ao Brasil nas últimas décadas, com a desospitalização dos pacientes que eram moradores. O Hospital de Juquiri possuía pacientes que viviam há 40, 50 anos no hospital e já haviam perdido o contato com suas famílias. Eu acho que existe um grande avanço no sentido da reforma psiquiátrica, uma assistência mais humana ao doente mental, além da criação dos Centros de Atenção Psicossocial (7). Existem os avanços na psicofarmacoterapia, a descoberta de novas drogas, que melhoraram muito a condição dos pacientes psicóticos. O grau de sofrimento é uma faceta que o filme também mostra, como, por exemplo, a questão da alucinação, dos delírios, quer dizer, o quanto isso é perturbador e desorganizador na vida de um paciente.
Agora, nós estamos longe de um mundo perfeito. Há muitos pacientes que ficam hospitalizados, muitas vezes por períodos longos porque não há uma estrutura psicossocial que os acolham depois de uma internação hospitalar, que é muitas vezes necessária num determinado momento da doença. Há pacientes em situações de risco que precisam muitas vezes ser internados para bons diagnósticos, para introduções terapêuticas mais eficazes. Mas muitos pacientes, às vezes, ficam longos períodos internados e a família não quer recebê-los de volta, nem a sociedade está organizada o suficiente para inseri-los, de volta,  dentro dela. Os próprios CAPS muitas vezes não dão conta dessa demanda enorme que há. Então, eu acho que já caminhamos muito, mas estamos muito longe de um mundo perfeito. Mundo onde o excluído possa ser incluído. Então, eu acho que a experiência do filme é uma experiência muito comovente e mobilizadora, porque ela mostra uma saída muito solitária de um doente mental que consegue inventar um mundo onde ele possa existir. Então, a sociedade a exclui, a coloca no lixão, como se ali fosse seu lugar, lugar de exclusão, lugar de detritos, lugar de restos.
E, por isso, Estamira diz que o lixo é lugar de restos e descuidos. E ela consegue, nesse lugar de exclusão, criar um mundo para ela. Aí está o tesouro que eu falo na minha conferência: encontrar um tesouro no lixo. Ela própria é um tesouro do lixo. Dá certa tristeza quando a gente vê como a saúde mental é tratada no país, mas, por outro lado, quando a gente vê um documentário como "Estamira" você vê há uma pessoa naquela condição que passou por tudo o que passou, estuprada pelo avô, vendida a um bordel de prostituição, tendo depois sofrido mais estupros. Alguém que passou por tudo isso, pela doença mental da mãe, por sua própria doença mental, pela perda de uma filha que é dada em adoção, e consegue, com todas limitações que a vida e a doença impuseram, criar algo tão original. Isso proporciona uma certa esperança na capacidade de recuperação do ser humano. Eu acredito muito na capacidade de reconstrução da mente, no poder de criação, de recriação da nossa mente. Assim, eu sou um otimista nesse sentido. Acho que nossa mente tem uma capacidade de reconstrução que é algo incrível.
IHU On-Line - E como a psiquiatria tem trabalhado hoje 20 anos depois da morte de Foucault?
Antônio Carvalho de Ávila Jacintho - Eu acho que Foucault (8) trouxe uma contribuição muito importante para que possamos pensar o modo como a sociedade lida com o fenômeno da diferença. O modo como a sociedade lida com aquele que sai da norma, sai do padrão. Mas daí eu acrescentaria a Foucault e seus muitos estudos sobre a loucura, sobre os fenômenos de exclusão, a descoberta da psicanálise como outro marco importante para pensarmos o ser humano sob uma outra perspectiva. Agora eu acho que a gente ainda está engatinhando se pensarmos no que seria um mundo ideal, num mundo onde as pessoas excluídas pudessem ter uma alternativa de inclusão. Acho que ainda temos muito a caminhar. Tivemos grandes contribuições: Foucault, Freud, Melanie Klein, vários pensadores que nos trouxeram várias contribuições para pensar a condição humana, mas acho que a gente ainda tem muito que aprender, pois nossa condição ainda é muito precária.
Notas:
(1) "Estamira": Documentário que conta a história de uma mulher de 63 anos que sofre de distúrbios mentais e vive e trabalha num Aterro Sanitário do Rio de Janeiro há mais de 20 anos. Com um discurso eloqüente e poético, a personagem possui um discurso que, muitas vezes, ultrapassa a loucura e transborda filosofia e lucidez.
(2) Freud: Sigmund Freud foi médico neurologista e fundador da psicanálise. Interessou-se inicialmente pela histeria e,tendo como método a hipnose, estudou pessoas que apresentavam esse quadro. Mais tarde, com interesses pelo inconsciente e pulsões, abandonou a hipnose em favor da associação livre. Estes elementos tornaram-se bases da psicanálise. Freud, além de ter sido um cientista e escritor, realizou uma revolução no âmbito humano: a idéia de que somos movidos pelo inconsciente.
(3) Hitler: Adolf Hitler foi o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães chanceler e, posteriormente, ditador alemão. As suas teses racistas e anti-semitas e os seus objetivos para a Alemanha ficaram patentes no seu livro de 1924,"Mein kampf (Minha luta)". No período da sua ditadura, os judeus e outros grupos minoritários considerados "indesejados", como Testemunhas de Jeová, eslavos, poloneses, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais, foram perseguidos e exterminados no que se convencionou chamar de Holocausto. Hitler seria derrotado apenas pela intervenção externa dos países aliados no prosseguimento da Segunda Guerra Mundial, que acarretou a morte de um total estimado em 6 milhões de pessoas.
(4) Marcos Prado: Fotógrafo, produtor e diretor de filmes. No final de 2004, finalizou seu primeiro documentário, intitulado "Estamira".
(5) Jardim Gramacho: Bairro da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. É aí que se localiza um dos maiores aterros sanitário do Estado, que recebe 8 mil toneladas de lixo por dia.
(6) Melanie Klein: foi uma psicoterapeuta austríaca. Em geral, é classificada como uma psicoterapeuta pós-freudiana.
(7) Centro de Atenção Psicossocial: atendem portadores de problemas mentais graves, evitando internações e integrando o paciente à família e à comunidade.
(8)Foucault: foi um filósofo e professor da cátedra de História dos Sistemas de Pensamento no Collège de France desde 1970 a 1984. Suas obras, desde a "História da loucura" até a "História da sexualidade", situam-se dentro de uma filosofia do conhecimento. Suas teorias sobre o saber, o poder e o sujeito romperam com as concepções modernas destes termos, motivo pelo qual é considerado por certos autores, contrariando a sua própria opinião de si mesmo, um pós-moderno

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