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DIREITO PROCESSUAL PENAL - PARA OAB: RESUMÃO GERAL (BÁSICO) PARA 1ª FASE DA PROVA DA ORDEM

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PROCESSO PENAL 
 
INQUÉRITO POLICIAL – VÍDEO 1 e 2 
 
FUNDAMENTO NORMATIVO – do art. 4° ao 23, CPP 
 
CONCEITO: É um procedimento administrativo, escrito, sigiloso e não contraditório a 
cargo da polícia judiciária e que tem por finalidade apurar a prática de uma infração penal 
e a respectiva autoria. 
Características: 
- Procedimento administrativo – conjunto de atos 
- Escrito – art. 9°, CPP. Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a 
escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
- Sigiloso – Serve para preservar a investigação. Art. 20, CPP. A autoridade assegurará no 
inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
 
O sigilo no inquérito é regra, mas não é absoluto, para: 
1) Indiciado (quem indicia é o Delegado, ato privativo); 
O ato de indiciamento do Delegado é fundamentado. De acordo com o art. 2°, § 6°, da lei 
12.830. O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante 
análise técnico-jurídico do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
2) Advogado (art. 7, XIII a XV, e §1° da lei 8.906/94) 
De acordo com a S.V. 14, STF É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo 
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
3) Ministério Público (que tenha em tese, atribuição e competência) 
 
4) Juiz (que tenha em tese, atribuição e competência) 
 
5) Não Contraditório : os investigados não possui o direito de impugnar as diligências 
que o Delegado produz. As partes podem até pedir a produção de uma prova, mas fica a 
critério do Delegado acatar o pedido ou não. Art. 14, CPP. O ofendido, ou seu 
representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, 
ou não, a juízo da autoridade. 
Ter contraditório é ter das garantias, quais sejam: 
1) ter partes com poder de impugnar; 
2) as partes tem o direito subjetivo público a produção de provas. 
 
OBS.: O EXAME DE CORPO DE DELITO É O ÚNICO EXAME QUE SE A PARTE 
SOLICITAR, O DELEGADO É OBRIGADO A REALIZAR. 
 
Art. 184, CPP. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a 
perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. 
Art. 158, CPP. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 
 
 
PROCEDIMENTO DO INQUÉRITO: 
Formas de Instauração do Inquérito: art. 5°, CPP. 
1) Em crimes de ação pública incondicionada: 
- de ofício (através de uma portaria); 
- por requisição do MP o juiz (tem natureza de ordem) 
- a requerimento da vítima (é uma solicitação) 
- auto de prisão em flagrante (não tem portaria, o próprio auto de prisão em flagrante é a 
peça inaugural) 
- delação identificada (é a possibilidade do IP ser instaurado a requerimento de qualquer 
pessoa do povo. Art. 5°, § 3°, CPP. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência 
de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à 
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 
 
OBS.: O STJ ENTENDE QUE A DENÚNCIA ANÔNIMA POR SI SÓ NÃO 
ENSEJA A ABERTURA DO INQUÉRITO, NO ENTANTO, ELA DESENCADEIA 
INVESTIGAÇÕES PRELIMINARES PARA CONSTATAR A VERACIDADE 
DOS FATOS. 
 
2) Em crimes de ação pública condicionada: art. 5°, §4° 
- com representação do ofendido 
- com requisição do ministro da justiça 
 
3) Em crimes de ação penal privada: art. 5°, §5° 
- a requerimento da vítima (mediante queixa) 
 
Art. 5°, CPP. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I- de ofício; 
II- mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1.° O requerimento a que se refere o n. II conterá sempre que possível: 
a) narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de 
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2.° Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe 
de Polícia (RECURSO INONIMADO) 
§ 3.° Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba 
ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada 
a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. (DELAÇÃO IDENTIFICADA) 
§ 4.° O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela 
ser iniciada. 
§ 5.° Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
DILIGÊNCIAS 
 
Art. 6° e 7°, CPP (Rol exemplificativo) 
São sugestões que o legislador trás para o Delegado. 
Podem ser de 2 tipos: 
-Nominadas: previstas em lei como possíveis e regulamentadas pelo legislador. 
-Inominadas: são aquelas que apesar de não ser prevista em lei, é um meio de prova 
moralmente aceito. Ex. reconhecimento fotográfico, reconhecimento de voz. 
Art. 6°, CPP. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
(onde se lê DEVERÁ, entende-se PODERÁ) 
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até 
a chegada dos peritos criminais; 
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV – ouvir o ofendido; (se refere à reprodução simulada dos fatos) 
V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título 
VII, deste livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 2 (duas) testemunhas que lhe tenham 
ouvido a leitura; 
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos 
autos sua folha de antecedentes; 
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer 
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter; 
X – colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma 
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela 
pessoa presa. 
 
O inciso VIII ocorrerá quando o indiciado não se encontrar com documento de 
identificação, neste caso, ocorrerá o processo datiloscópico ou criminal, que ocorre 
através de foto tirada na hora, na delegacia. 
 
OBS. O investigado não é obrigado a participar da reprodução simulada dos fatos, pois 
ninguém é obrigado a produzir provas contra si. Isto é o prega o Princípio da Vedação a 
Auto Incriminação Forçada também chamado em latim de Nemo Tenetur Se Detegere. 
Art. 7°, CPP. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, 
a autoridade policial poderáproceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie 
a moralidade ou a ordem pública. 
A reprodução simulada dos fatos não pode proceder se contrariar a moralidade ou a ordem 
pública. 
 
OBS. O ATO DE INDICIAMENTO É UMA PEÇA FUNDAMENTADA. A 
PORTARIA COMEÇA O INQUÉRITO E O RELATÓRIO O FINALIZA. 
 
ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO: 
 
O inquérito é encerrado através do relatório. Onde o Delegado relata tudo o que 
aconteceu, inclusive pode sugerir diligências ao membro do Ministério Público. É uma 
peça meramente DESCRITIVA. 
OBS. Na lei de drogas o relatório é fundamentado. O relatório não deve ser 
fundamentado, mas sim, o ato de indiciamento. 
Art. 2°, § 6° da lei 12.830/13. O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato 
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade 
e suas circunstâncias. 
 
PRAZO PARA FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO: 
Na Justiça Estadual: 
1) Se o inquérito segue com o investigado PRESO (em flagrante ou preventivamente): 10 
dias. Passados os 10 dias o prazo pode ser prorrogado a critério do juiz desde que o 
investigado seja solto. 
2) Se o inquérito segue com o investigado SOLTO: 30 dias (prorrogáveis a critério do 
juiz) 
Art. 10, CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o indicado tiver sido preso 
em flagrante ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em 
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, mediante 
fiança ou sem ela. 
 
Na Justiça Federal: 
1) Se o inquérito segue com o investigado PRESO (em flagrante ou preventivamente): 15 
dias prorrogáveis por mais 15, totalizando 30 dias. 
2) Se o inquérito segue com o investigado SOLTO: 30 dias (prorrogáveis a critério do 
juiz) 
Art. 66 da lei 5.010/66. O prazo para conclusão do inquérito policial será de quinze dias, quando 
o indiciado estiver preso, podendo ser prorrogado por mais quinze dias, a pedido, devidamente 
fundamentado, da autoridade policial e deferido pelo Juiz a que competir o conhecimento do 
processo. 
Parágrafo único. Ao requerer a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, a autoridade 
policial deverá apresentar o preso ao Juiz. 
 
No caso de prisão temporária, o prazo para finalização do inquérito é de 5 dias 
prorrogáveis por mais 5. 
Nos casos de prisão temporária por crime hediondo, o prazo é de 30 dias prorrogáveis por 
mais 30 dias. 
 
Fora o prazo do réu preso na justiça federal, os demais prazos podem ser prorrogados 
ilimitadamente até cumprir as investigações, nesse caso o Delegado pode pedir ao Juiz 
mais prazo para terminar o inquérito, o Juiz por sua vez pede a avaliação do MP para 
saber se faz necessário ou não. 
 
EXCEÇÃO AO PRAZO DE FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO: 
Na Lei de Droga 
1) Se o inquérito segue com o investigado PRESO: 30 dias prorrogáveis por mais 30. 
2) Se o inquérito segue com o investigado SOLTO: 90 dias prorrogáveis pelo tempo que 
durar a investigação. 
Art. 51 da Lei 11.343/06. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado 
estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. 
 
Na Lei dos Crimes Contra a Economia Popular 
1) Inquérito com o investigado PRESO ou SOLTO: 10 dias (prorrogáveis a critério do 
juiz) 
Art. 10, § 1° da Lei 1.521/51. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria) deverão 
terminar no prazo de 10 (dez) dias. 
 
Caminho do Inquérito Policial: 
 
1° Finalizado pela autoridade policial → 2° Segue para o Juiz → 3° Que o encaminha 
para o MP, que por sua vez, pode: 1) Denunciar (se houver justa causa) 
 2) Solicitar novas diligências, art. 16, CPP 
 3) Solicitar arquivamento ao Juiz. 
 Justa Causa é o conjunto probatório mínimo necessário à propositura da ação penal 
 
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL: 
É um ato complexo, ou seja, necessita da manifestação de duas ou mais vontades para o 
ato acontecer. Isso quer dizer que o arquivamento do processo só ocorrerá se o Ministério 
Público pedir e o Juiz concordar. 
De acordo com o STF, o processo começa quando o Juiz recebe a denúncia. 
 
OBS. O DELEGADO DE POLÍCIA NUNCA PODE MANDAR 
ARQUIVAR INQUÉRITO POLICIAL. Art. 17, CPP. A autoridade policial não poderá mandar 
arquivar autos de inquérito. 
Hipóteses em que o juiz poderá rejeitar a denúncia 
 
1) Quando o Juiz recusa uma denúncia: o MP pode entrar com um RECURSO NO 
SENTIDO ESTRITO no prazo de 5 dias. Art. 581, I, CPP. Caberá recurso, no sentido estrito, 
da decisão, despacho ou sentença: I- que não receber a denúncia ou a queixa. 
Obs. Se a rejeição da denúncia se der no Juizado, o recurso cabível será a APELAÇÃO 
de acordo com a Lei 9.099/95, art. 82. Da decisão da rejeição da denúncia ou queixa e da sentença 
caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de 3 (três) juízes em exercício no 
primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 
Quem decide é o Tribunal Superior 
 
2) Quando o Promotor (MP) solicita o arquivamento e o Juiz recusa: O juiz envia para o 
Procurador-Geral que caso concorde com a propositura da ação, poderá: 1) denunciar em 
nome próprio; 2) designar outro promotor para oferecer denúncia em seu nome, este por 
sua vez está obrigado a denunciar; 3) pode insistir no arquivamento; 4) segundo a 
doutrina, o procurador-geral pode solicitar novas diligências. 
Art. 28, CPP. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o 
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de 
considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao 
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para 
oferecê-la, o insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL: 
 
O inquérito policial uma vez arquivado poderá ser desarquivado mediante o surgimento 
de novas provas (quando o arquivamento se deu por falta de provas, nesse caso, não faz 
coisa julgada material. 
A decisão é regida pelo Rebus Sic Stantibus, teoria da imprevisão, aplicável ao 
arquivamento. 
Art. 18, CPP. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta 
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas 
tiver notícia. 
Súmula n° 524, STF. Arquivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento do 
promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas. 
Nos casos a seguir NÃO OCORRERÁ o desarquivamento, uma vez que o arquivamento 
fez coisa julgada material, são eles: 
1) quando o fundamento for a atipicidade da conduta (fato manifestamente atípico, não é 
criminoso); 
2) quando o fundamento for causa de excludente de ilicitude; 
3) quando o fundamento for causa de excludente de culpabilidade; 
4) quando o fundamento se der em uma causa extintiva de punibilidade. Ex. prescrição 
 
TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO) 
 
É um procedimento investigativo simplificado instaurado no âmbito do Juizado Especial 
Criminal destinado a apurar as chamadas infrações de menor potencial ofensivo. 
 
Por menor potencial ofensivo entende-se: 1) todas as contravenções 
 2) todos os crimes cujo a pena máxima até 2 
anos cumulada ou não com multa. 
 
OUTRAS FORMAS DE INVESTIGAÇÃO E A DISPENSABILIDADE DO 
INQUÉRITO POLICIAL 
 
Ex. CPI 
 
AÇÃO PENAL – VÍDEO 3 e 4 
 
Arts. 24 ao 62, CPP. 
 
Ação penal é o instrumento através do qual a parteem conflito provoca o Estado- Juiz 
para que ele por intermédio de um processo se manifeste sobre a pretensão punitiva (jus 
puniendi = direito de punir) 
 
CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL: 
 
1) Ação Penal Pública: MP (denúncia) 
a) Condicionada ► A representação do ofendido 
 ► A requisição do Ministro da Justiça 
b) Incondicionada: MP oferece a ação sem necessitar o consentimento do ofendido 
 
2) Ação Penal Privada: Feita através de Queixa-crime 
 
1) AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
Quem promove é o MP. 
Como saber que uma ação é pública incondicionada? 
Quando verificar o tipo penal e a lei silenciar a respeito do tipo de ação, essa ação será 
pública incondicionada. 
 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
1) Oficialidade ► significa que o titular da ação penal pública será um ÓRGÃO oficial 
do estado, MP. 
Deste princípio existem 2 desdobramentos: 
a) Princípio da Autoritariedade: será uma autoridade pública que irá propor a ação. 
Promotor de Justiça em República em âmbito federal. 
b) Oficiosidade: significa dizer que o MP atua de ofício, independente de provocação. 
 
2) Obrigatoriedade ou Legalidade ► significa dizer que o MP é obrigado a denunciar 
quando estiver diante da justa causa e não tiver impedimento legal a propositura da 
demanda. Ex. crime prescrito (neste caso o MP não poderá denunciar). O juiz de certa 
forma é o controlador deste princípio. 
 
3) Indisponibilidade ► significa que o MP não pode dispor da ação penal. E a ação 
penal só começa a partir do recebimento da denúncia pelo Juiz. 
Art. 42, CPP. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. 
O MP pode pedir a absolvição, mas o juiz não está obrigado a concordar. (Livre 
Convencimento do Juiz) 
Art. 385, CPP. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que 
o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora 
nenhuma tenha sido alegada. 
 
4) Divisibilidade ► é a possibilidade de o MP no momento da propositura da ação, 
dividir a acusação formulada sem que isso lhe acarrete qualquer prejuízo a propositura da 
demanda em relação aos acusados que foram objetos da denúncia. Significa dizer que a 
ação pública pode ser dividida. 
Não existe RENÚNCIA para ação pública. 
Segundo o art. 569, as omissões da denúncia ou queixa poderão ser supridas a qualquer 
tempo ANTES DA SENTENÇA. 
Art. 569, CPP. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das 
contravenções penais, da portaria o do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o 
tempo, antes da sentença final. 
 
5) Intranscedência ► significa que a ação penal não pode transcender, ou seja, atingir 
outras pessoas que não estão envolvidas no fato. 
 
2) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA 
 
1) Condicionada à representação do ofendido 
2) Condicionada à requisição do Ministro da Justiça 
 
Semelhanças das ações penais públicas condicionadas: 
O titular da ação nos 2 casos é o MP. 
O legislador nos 2 casos indica na lei o tipo de ação penal 
 
OBS. A AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA APLICA-SE OS 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, COM 
EXCEÇÃO DO PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE. 
 
1) Ação Penal Pública Condicionada à Representação 
Art. 39. CPP. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com 
poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, 
ou à autoridade policial. 
 
O STF entende que qualquer manifestação da vítima já se configura como representação. 
Não necessita de rigor formal. 
A titularidade da ação penal é do MP, no entanto, este só poderá agir mediante 
representação. 
Prazo para representação da vítima é de 6 (seis) meses à contar do conhecimento do 
AUTOR DO FATO (prazo decadencial). 
A natureza jurídica da Representação é MISTA. 
Uma norma é penal quando interfere no direito de punir do Estado, enquanto que a norma 
processual se preocupa com os procedimentos processuais. 
 
Norma com aspecto penal ≠ Norma com aspecto processual penal 
- quando exige um prazo - tem uma condição de procedibilidade, 
decadencial ou seja, sem a qual, o procedimento não 
- quando entra no ordena- se desenvolve. 
to jurídico e mexe no di- 
reito de punir do Estado. 
OBS. NAS NORMAS DE CONTEÚDO MISTO, PREVALECE O 
ASPECTO PENAL. 
 
Prazo Processual ≠ Prazo Penal 
- Exclui o dia do - Inclui o dia do início 
início e inclui o e inclui o dia do fim, 
dia do fim, começa mesmo que seja finais 
a contar em dias de semana e feriados. 
úteis e acaba em 
dias úteis. 
 
A lesão corporal do art. 129, CP a ação penal é de natureza pública incondicionada. 
A lesão corporal de natureza leve ou culposa do art. 88 da Lei 9.099/95 é de natureza 
pública condicionada à representação. Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da 
legislação especial, dependerá de representação à ação penal relativa aos crimes de lesões corporais 
leves e lesões culposas. 
A lesão corporal leve o culposa contra mulher praticado em âmbito familiar, aplica-se a 
lei Maria da Penha/11.340/06 e a ação penal é pública incondicionada à representação. 
Súmula n° 542, STJ. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência 
doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
 
A titularidade do direito de representação: é da vítima. 
Representação Legal: a) no caso de morte, caberá ao CADI (cônjuge/companheiro, 
ascendente, descendente ou irmão. 
 b) no caso de menor ou incapaz, caberá a eu representante legal, e 
no caso dos interesses do representante legal colidirem com os da vítima, caberá ao juiz 
nomear um curador especial. 
 
A quem se destina a ação: ao MP, Juiz e Delegado. 
Art. 39, CPP. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com 
poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, 
ou à autoridade policial. 
 
Retratação da vítima: Cabe retratação. Até o OFERECIMENTO DA DENÚNCIA. Em 
regra, pode ser feita na delegacia de qualquer forma, não necessita de rigor formal. 
Art. 25, CPP. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
Na Lei 11.340/06 Maria da Penha, a vítima pode se retratar até o RECEBIMENTO DA 
DENÚNCIA. Essa retratação não poderá ser feita na delegacia. Será feita em uma 
audiência, necessitando de rigor formal, na presença de um Juiz e do membro do MP. 
Art. 16, Lei 11.340/06. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que 
trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente 
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 
 
Prazo: é decadencial de 6 meses (norma mista-penal), para o oferecimento, à contar do 
conhecimento do autor do fato delituoso. 
Art. 38, CPP. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito 
de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em 
que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo 
para oferecimento da denúncia. 
 
Vinculação do MP: O MP não fica restrito aos termos da representação do ofendido, pois 
uma vez dada à representação o MP oferece a denúncia contra quem ele achar que deva. 
 
2) Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça 
 
Tem natureza jurídica: de aspecto processual 
É uma condição de procedibilidade. 
A titularidade da requisição:é do Ministro da Justiça 
A quem se destina: MP 
Retratação: Decorre da doutrina. Existe uma primeira corrente que diz que não cabe 
retratação, enquanto uma segunda corrente diz que por ser um ato político pode ser 
revogado e desse modo se sujeita a retratação. 
Prazo: Não há prazo 
Vinculação do MP: O MP não se vincula aos termos da requisição. 
 
3) AÇÃO PENAL PRIVADA 
 
É proposta pela vítima através de QUEIXA-CRIME. O legislador especifica que é através 
de queixa. 
Titularidade da Ação: É da vítima da infração. Pode ser pessoa física ou jurídica. 
Art. 30, CPP. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação 
privada. 
Quando a Vítima for um Incapaz: são legitimados a propor a ação seu representante 
legal. O Ministério Público não pode propor a ação, mas participa como fiscal da ordem 
jurídica. 
Quando a Vítima é um Incapaz Sem Representante: o juiz nomeia um curador especial 
(quando o interesse do incapaz colidir com o do representante) 
Art. 33, CPP. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado 
mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de 
queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério 
Público, pelo juiz competente para o processo penal. 
Em Caso de Morte da Vítima ou Declaração Judicial de Ausência: Seus 
representantes legais são o CADI. 
Art. 31, CPP. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o 
direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão. 
Art. 36, CPP. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, 
e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, 
entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone. 
 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA 
 
O princípio da INTRANSCEDÊNCIA é o único princípio que se aplica tanto a ação 
penal pública quanto a ação penal privada. 
 
1) Princípio da Oportunidade ou Conveniência ► É contrário ao princípio da 
obrigatoriedade. A vítima propõe a ação quando achar oportuno ou conveniente. 
 
2) Princípio da Disponibilidade ► Tem início quando começa o processo judicial (o 
processo começa com o recebimento da queixa). Mesmo assim o querelante pode dispor 
da ação. Existem 3 formas de disponibilidade: 
- Desistência: é a possibilidade do querelante desistir da ação. 
- Perempção: Quebram a lógica da ação privada. Mostram desinteresse no processo ou na 
ação (Representa falta de interesse). Art. 60, CPP. 
- Perdão: Se dá partir do recebimento da queixa. 
 
Perempção (Causa Extintiva de Punibilidade art. 107, CP) 
Hipóteses de perempção: art. 60, CPP. 
I – deixar o querelante de dar andamento ao processo durante 30 dias; 
II – quando falecendo o querelante ou quando incapazes não aparecendo representante 
para ambos no prazo de 60 dias; 
III – 1) quando o querelante não comparecer a um ato do processo sem motivo justificado/ 
2) deixar o querelante de formular pedido de condenação nas alegações finais; 
IV – quando o querelante for pessoa jurídica extinta sem deixar um sucessor. 
 
Perdão: Gera a extinção da punibilidade. É a possibilidade de no curso do processo o 
querelante perdoar o acusado. O perdão perdoa a todos os acusados. 
Pode ser de: 
- Forma tácita, ou seja, quando o querelante adota um comportamento incompatível com 
a vontade de processar alguém. 
- Forma expressa, ou seja, quando o faz de forma direta. 
O perdão é ato bilateral, isso é, tem que haver a aceitação. Tem o prazo de 3 dias para 
aceitar ou não o perdão de forma tácita ou expressa. 
Art. 58, CPP. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será 
intimado a dizer, dentro de 3 (três) dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de 
que o seu silêncio importará aceitação. 
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. 
Pode ser dado pelo próprio querelado ou pelo procurador. 
Art. 55, CPP. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais. 
A aceitação do perdão é vista de maneira divisível. 
Art. 51, CPP. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, 
todavia, efeito em relação ao que o recusar. 
O perdão pode ser oferecido do recebimento da queixa até o trânsito em julgado da 
decisão. 
Art. 106, § 2°, CP. O perdão, no processo ou fora dele expresso ou tácito: 
§ 2°. Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. 
 
3) Princípio da Indivisibilidade ► Não cabe fragmentação da ação, pois o perdão dado 
a um, obrigatoriamente se estende a todos. A ação penal privada é indivisível. Tem que 
ser respeitada pelo querelante, mas não pelos acusados. 
Quem fiscaliza o princípio da indivisibilidade é o Ministério Público. 
Art. 48, CPP. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o 
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. 
No momento da propositura da ação o querelante não pode dividir a acusação sob pena 
de ficar impossibilitado de promover a queixa em relação aos demais autores da infração. 
Art. 49, CPP. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a 
todos se estenderá. 
 
RENÚNCIA ≠ PERDÃO 
 ↓ ↓ 
-Ainda não tem processo -Existe o processo 
(propositura da queixa) 
-Ato unilateral, não -É dado com aceitação 
necessita de aceitação do acusado (ato bilateral) 
-Gera extinção da 
punibilidade. 
 
TIPOS DE AÇÃO PENAL PRIVADA 
1) Ação Penal Privada Exclusivamente Privada ou Propriamente Dita: É a regra 
geral. É a possibilidade de outras pessoas sucederem a vítima na legitimidade da ação 
privada. 
O prazo para tanto é de 6 meses a contar do conhecimento do autor do fato delituoso. 
2) Ação Penal Privada Personalíssima: Somente a vítima pode promover a ação penal. 
O prazo é de 6 meses a partir do trânsito em julgado da sentença que anulou o casamento 
no cível, é o que consta no parágrafo único do art. 236, CP. 
No ordenamento jurídico só existe 1 (um) crime de ação penal privada personalíssima 
que é o do art. 236, CP. Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento. 
Art. 236, CP. Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe 
impedimento que não seja casamento anterior: 
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada 
senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o 
casamento. 
3) Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: Cabe ação privada em um crime de ação 
pública quando o Ministério Público for INERTE, no prazo que cabe ao Ministério 
Público, qual seja, 5 dias para réu preso e 15 dias se solto. 
Direito de garantia fundamental, cláusula pétrea, art. 5°, LIX, CF. 
 
Os 6 (seis) meses começam a contar quando acabar o prazo do Ministério Público quando 
inerte (5 dias preso, 15 dias solto). 
A partir do 6° dia ou 16° dia a competência é concorrente. 
Quando passar os 6 meses só extingue o direito da vítima de propor a ação, mas o direito 
do Ministério Público de propor a ação continua. 
Ocorre o que chamamos de decadência imprópria, ou seja, ocorre a decadência mas não 
extingue a punibilidade. 
 
No caso de proposta a ação penal privada subsidiária da pública o Ministério Público atua 
como assistente litisconsorcial. Qualquer ato de negligência do querelantefaz com que o 
Ministério Público retome a ação como parte principal. 
Art. 29, CPP. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no 
prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia 
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso 
e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
 
PRISÃO CAUTELAR/PROCESSUAL/PROVISÓRIA – VÍDEOS 5 e 6. 
 
Art. 282 ao 320, CPP. 
Lei. 7.960/89 (LER) 
É decretada antes do trânsito em julgado. 
Tem por finalidade proteger o processo e salvaguardar o contexto probatório, assim como 
proteger a sociedade. 
JUSTA CAUSA = conjunto probatório mínimo a propositura da ação. 
 
 
PRISÃO CAUTELAR ≠ PRISÃO PENA 
 ↓ ↓ 
- Decretada antes do trânsito - Decretada quando o acusado 
em julgado já é condenado, ou seja, após o 
 trânsito em julgado. 
- Não tem finalidade sancio- - Finalidade sancionatória 
natória 
- Protege interesse do proces- 
so ou da sociedade que possam O Supremo entende que a partir 
ser prejudicados com o acu- da sentença de 2° grau o réu já deve 
sado solto. cumprir a prisão pena. 
 
A partir de 2011 com a lei 12.403 foram criadas as medidas cautelares diversas da prisão 
(medidas que o juiz pode adotar diferente da prisão. 
 
As medidas cautelares do Art. 319, CPP podem ser acumuladas. 
São medidas diversas da prisão: 
Art. 319, CPP. São medidas cautelares diversas da prisão: 
I – comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e 
justificar atividades; 
II – proibição de acesso ou freqüência a determinados lugares quando, por circunstâncias 
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o 
risco de novas infrações; 
III – proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas 
ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; 
IV – proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária 
para a investigação ou instrução; 
V – recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado 
tenha residência e trabalho fixos; 
VI – suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira 
quando houver justo receito de sua utilização para a prática de infrações penais; 
VII – internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave 
ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26, CP) e houver risco 
de reiteração; 
VIII – fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, 
evitar a obstrução do seu andamento o em caso de resistência injustificada à ordem judicial; 
IX – monitoração eletrônica. 
§§ 1°. a 3°. (Revogados) 
§ 4°. A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser 
cumulada com outras medidas cautelares. 
Sistemática da prisão das medidas cautelares diversas da prisão: 
Art. 282, CPC. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: 
I – necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos 
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 
II – adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do 
indiciado ou acusado. 
§ 1°. As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 
§ 2°. As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício o a requerimento das partes ou, 
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante 
requerimento do Ministério Público. 
§ 3°. Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o 
pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do 
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo. 
§ 4°. No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante 
requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, 
impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva. 
§ 5°. O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para 
que subsista bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
§ 6°. A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra 
medida cautelar. 
 
RECOLHIMENTO NOTURNO ≠ PRISÃO DOMICILIAR 
 ↓ ↓ 
- Pode sair do domicílio para - Fica todo o tempo preso 
trabalhar no domicílio. 
Art. 319, V, CPP Art. 317. CPP 
 
Art. 319, V, CPP. São medidas cautelares diversas da prisão: 
V – recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado 
tenha residência e trabalho fixos. 
Art. 317, CPP. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua 
residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. 
 
Hipóteses para prisão domiciliar: Art. 318, CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva 
pela domiciliar quando o agente for: 
I – maior de 80 (oitenta) anos; 
II – extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com 
deficiência; 
IV – gestante; 
V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; 
VI – homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos. 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste 
artigo. 
 
TIPOS DE PRISÃO CAUTELAR: 
 
1) PRISÃO EM FLAGRANTE, que pode ser: 
a) Flagrante Compulsório ► É destinado as autoridades policiais e agentes de polícia. 
Quanto à obrigatoriedade. Art. 301, CPP. Qualquer do povo poderá e as autoridades policias e 
seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
b) Flagrante Facultativo ►destinado a qualquer pessoa do povo. PODE prender. 
c) Flagrante Próprio/Real/Propriamente Dito ► Está cometendo a infração penal ou o 
crime acaba de acontecer. Art. 301, I, II, CPP. Considera-se em flagrante delito quem: 
I – está cometendo a infração penal; 
II – acaba de cometê-la. 
d) Flagrante Impróprio/Irreal/Quase Flagrante ► Só existe quando houver a 
PERSEGUIÇÃO. Enquanto a perseguição for ININTERRUPTA, a pessoa é presa em 
flagrante, mesmo que seja dias depois. Art. 302, III, CPP. Considera-se em flagrante delito 
quem: 
III – é perseguido, logo apó9s, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação 
que faça presumir ser autor da infração. 
e) Flagrante Ficto/Presumido/Assimilado ► Quem é encontrado, logo depois, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que presumem ser o autor da infração. 
FLAGRANTE DO AZARÃO. O indivíduo não está sendo perseguido. Art. 302, IV, CPP. 
Considera-se em flagrante delito quem: 
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser 
ele autor da infração. 
f) Flagrante Controlado/Retardado/Diferido/Prolongado/Prorrogado ►Deixa o flagrante 
para um momento posterior. Não se admite em qualquer situação. Só é admitido na Lei 
12. 850/13 (Lei de Organizações Criminosas) e na Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) 
LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS X LEI DE DROGAS 
 ↓ ↓ 
Não precisa de autorização judicial. Art. 8°.Esse controle só pode ocorrer 
O delegado precisa apenas COMUNICAR se tiver uma AUTORIZAÇÃO 
ao juiz da possibilidade desse flagrante prévia do juiz e oitiva do 
ocorrer. membro do MP. 
 
Esses 3 últimos flagrantes só se encontram na doutrina ou jurisprudência, são eles: 
g) Flagrante Preparado/Provocado ► É um flagrante ilegal, pois o flagrante preparado 
não constitui crime. É provocado a praticar uma infração penal. 
S. 145, STF. Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua 
consumação. 
1) Tem que ter a atuação de um agente provocador (não é só polícia quem pode provocar) 
e 2) O crime tem que se tornar de consumação impossível. 
h) Flagrante Esperado ►É legal. Não tem agente provocador. O agente apenas espera que 
a infração ocorra. 
i) Flagrante Forjado ►É considerado ilegal, inexistente. 
 
FORMALIDADES LEGAIS E MANUTENÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE: 
- Delegado de Polícia; 
- Deputados e Senadores (nas dependências das respectivas Casas Legislativas); e 
- Juiz (crime praticado contra ele ou na presença dele e tem que estar no exercício de suas 
funções). 
Em regra, a autoridade competente é o Delegado de Polícia. Assim como os Deputados e 
Senadores, estes últimos por sua vez, só o fora nas dependências das respectivas Casas 
Legislativas. 
S. 397, STF. O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime 
cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do 
acusado e a realização do inquérito. 
O juiz também pode, desde que: 1) o crime tenha sido praticado contra ele ou na presença 
dele; 2) o juiz tem que estar no exercício de suas funções. 
Art. 307, CPP. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício 
de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o 
preso e os depoimentos das testemunhas, sendo todo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas 
testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tornar conhecimento do fato delituoso, 
se não o for a autoridade que houver presidido o auto. 
 
PARA SER LAVRADO O AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE FAZ-SE 
NECESSÁRIO: 
1°) O condutor do flagrante, que não necessariamente será um policial. É a pessoa que 
conduz; 
Sequência de ouvidas para o auto de prisão em flagrante: 
1° Ouvirá o condutor, colhendo logo sua assinatura e lhe entregando cópia do termo e 
recibo de entrega; 
2° oitiva das testemunhas; 
3° interrogatório do preso; 
4° colher após cada oitiva suas assinaturas; 
5° lavrar o auto. 
Art. 304, CPP. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde 
logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, 
procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a 
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a 
autoridade, afinal, o auto. 
2°) No mínimo (2) duas testemunhas para comprovar a entrega do preso a autoridade 
policial; 
3°) A vítima da infração tem que ser ouvida; 
4°) O acusado presta o depoimento. 
 
O Delegado no prazo de 24 horas expede uma NOTA DE CULPA, que serve para: 
1) O acusado saber o motivo da prisão; 
2) Quem foi o condutor; 
3) Quem foram as testemunhas. 
 
O Delegado tem que oportunizar o preso a fazer uma comunicação a alguém. 
 
A prisão tem que ser comunicada ao JUIZ, membro do Ministério Público e ao advogado 
ou Defensoria Pública. 
VER Art. 310, CPP. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I – relaxar a prisão ilegal; ou 
II – converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 
312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da 
prisão; ou 
III – conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato 
nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-lei n. 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 – Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade 
provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
 
2) PRISÃO TEMPORÁRIA: LEI 7.960/89 
 
*Apenas o Juiz pode decretar. 
*SÓ CABE DURANTE A FASE INVESTIGATIVA. 
* SÓ PODE SER DECRETADA SE HOUVER O IMPULSO DA ACUSAÇÃO (JUIZ 
NÃO PODE DE OFÍCIO) 
 
O PEDIDO PODE SER FEITO PELO: 
1) Delegado ►o juiz tem que pedir um parecer do Ministério Público, após o parecer, 
regressará para o juiz que decretará ou não a prisão temporária 
2) Ministério Público ► quando o pedido vier do Ministério Público o juiz tem 24 horas 
para deferir ou não. 
 
HIPÓTESES DE CABIMENTO DA TEMPORÁRIA: 
I – Imprescindível para as investigações se desenvolverem. 
II – quando o investigado não fornecer elementos que possam esclarecer sua identidade 
ou residência fixa. 
III – Só cabe para crimes dolosos (não cabe para crimes culposos) 
Crimes aos quais admitem a temporária: homicídio doloso, seqüestro ou cárcere privado, 
roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro, atentado violento ao pudor, rapto 
violento, epidemia com resultado de morte, envenenamento de água potável, quadrilha 
ou bando, genocídio, tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro, assim como 
para os crimes hediondos e os equiparados aos hediondos (lei 8.072/90, art. 2° § 4°. 
Lei 7.960/89, art. 1°. Caberá prisão temporária: 
I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II – quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento 
de sua identidade; 
III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria 
ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2° simples ou qualificado); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2° o rapto violento está enquadrado 
neste crime); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3° latrocínio também); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único, 
incorporado ao crime de estupro); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único, sequestro); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°, qualificado); 
j) envenenamento de água potável o substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 
270, caput, combinado com o art. 285, qualificado); 
l) quadrilha ou bando (art. 288, associação criminosa); 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n. 2.889, de 1°-10-1056), em qualquer de suas formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n. 6.368 de 21-10-1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n. 7.492, de 16-6-1986); 
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo, Vide Lei n. 13.260, de 16-3-2016. 
Lei 8.072/90, art. 2°, § 4°. A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n. 7.960, de 21 de dezembro 
de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
FÓRMULA PARA SABER SE CABE A TEMPORÁRIA: 
 
 III I 
 Ou + ou 
Lei 8.072/90 II 
Quando tiver algumahipótese do inciso III da lei 7.960/89 ou da lei 8.072/90 somado a 
alguma hipótese do inciso I ou II da lei 7.960/89. 
PRAZO E A SUA RELAÇÃO COM A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO 
POLICIAL: 
Regra Geral ► dura 5 (cinco) dias, prorrogáveis por mais 5 (cinco) dias, uma única vez, 
totalizando 10 (dez) dias. 
EXCEÇÃO ► para os crimes hediondos que será de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por 
mais 30 (trinta) dias. 
 
3) PRISÃO PREVENTIVA (DO ART. 311 AO 316, CPP) 
 
* Apenas o Juiz pode decretar 
* Pode ser decretada tanto na fase investigativa quanto na fase de processo judicial 
* O juiz NÃO PODE decretar de ofício na FASE INVESTIGATIVA, só se houver 
pedido dos legitimados do art. 311, CPP. 
* Só pode fazê-la de ofício na fase do processo judicial (Ministério Público, assistente, 
querelante e delegado) 
 
OBS. PRISÕES QUE NÃO CABEM DE OFÍCIO PELO JUIZ NA FASE 
INVESTIGATIVA: Prisão Temporária; Medidas Cautelares Diversas da Prisão; Prisão 
Preventiva. 
Art. 311, CPP. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão 
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério 
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 
 
HIPÓTESES DE CABIMENTO DA PREVENTIVA: 
 
2P + 1 dos 5F... → desde que não sejam adequadas as medidas cautelares. 
 
2P = 2 pressupostos do art. 312, CPP 
1° Prova da Existência da Infração 
 + 
2° Indícios Suficientes de Autoria 
 
5F = Fundamentos do art. 312, CPP 
1° Garantia da Ordem Pública (PERIGOSIDADE DO AGENTE, PERIGO PARA A 
SOCIEDADE) 
2° Garantia da Ordem Econômica (PERIGO PARA A ORDEM ECONÔMICA E 
FINANCEIRA DO PAÍS) 
3° Conveniência da Instrução Criminal (BOA COLHEITA DA PROVA, PARA 
GARNTIR A COLHEITA DE PROVA) 
4° Garantia de Aplicação da Lei Penal (ATRELADO A FUGA OU PROVAS DE QUE 
O ACUSADO PRETENDE FUGIR) 
5° Descumprimento das Medidas Cautelares Diversas da Prisão (QUANDO UMA 
MEDIDA CAUTELAR FOR DESCUMPRIDA, O JUIZ PODE DECRETAR A 
PRISÃO, Parágrafo Único do art. 312, CPP) 
 
OBS. Segundo o STJ, não é garantia da ordem pública a repercussão social do ilícito e 
analisa a gravidade no crime concreto. 
Art. 312, CPP. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem 
econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, 
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de 
qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4°). 
CONDIÇÕES DE ADMISSIBILIDADE: 
Tem que observar se o crime admite a preventiva, ou seja, precisa se enquadrar em uma 
das hipóteses do art. 313, CPP, I, II, III, § único (Os incisos são individuais, não precisam 
acumular) 
I – crime doloso com pena máxima superior a 4 anos; 
II – reincidente em crime doloso com sentença transitada em julgado (a pena do crime 
não importa); 
III – violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo 
ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
§ único – quando o investigado não fornecer dados que possam verificar a sua identidade 
civil. 
Art. 313, CPP. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o 
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código 
Penal; 
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a 
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, 
devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra 
hipótese recomendar a manutenção da medida. 
 
 
OBS. A REINCIDÊNCIA SÓ COMEÇA A CONTAR DEPOIS DE CUMPRIDA A 
PENA 
__________________________________________________ 
 Execução da sentença 5 anos (contados a partir do cumprimento da pena) 
Sentença 
 
NATUREZA REBUS SIC STANTIBUS: 
Também conhecida como Teoria da Imprevisão ► é imprevisível o momento ao qual 
durante a persecução criminal o juiz decreterá ou revogará a preventiva, ou seja, fica a 
critério do juiz decretar ou retirar a preventiva. 
Art. 316, CPP. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta 
de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
REVOGAÇÃO OU RELAXAMENTO DA PREVENTIVA- PEÇAS CABÍVEIS: 
RELAXAMENTO de prisão cabe para impugnar uma ILEGALIDADE na prisão. 
REVOGAÇÃO de prisão cabe quando a preventiva ou temporária não for mais necessária 
 
 
 Relaxamento de prisão (no caso de prisão ilegal) 
FLAGRANTE 
 Liberdade Provisória (no caso de prisão legal, não é necessária) 
 
 
 Relaxamento de prisão (no caso de prisão ilegal) 
PREVENTIVA 
 Revogação de prisão (no caso de prisão legal e não necessária) 
 Relaxamento de prisão (no caso de prisão ilegal) 
TEMPORÁRIA 
 Revogação de prisão (no caso de prisão legal, e não necessária) 
 
COMPETÊNCIA ver art. 109, CF. 
 
OBS 1. Os crimes de organização do trabalho é de competência da justiça federal (No 
caso de atacar a coletividade de trabalhadores ou a organização de trabalho como um 
todo, isto é, no seu aspecto coletivo) 
Se atacar um trabalhador individual é de competência da justiça estadual. 
 
Comum Justiça Estadual (Tem competência residual) 
 Justiça Federal 
1° Verifica qual é a Justiça, se: 
 
 Justiça Eleitoral 
 Especiais Justiça Militar 
 Justiça do Trabalho 
 
OBS 2. Nos crimes políticos de bens, serviços e interesses da União, Autarquias e 
Empresas Públicas (Fundação de regime jurídico de direito público) é da Justiça Especial. 
Se for contra Fundação de direito privado ou Sociedade de Economia Mista, é da Justiça 
Comum. 
 
2° Verifica o Foro: Baseado na Teoria do Resultado 
Em regra, será no local em que o crime se consumou. Art. 70, CPP 
Art. 70, CPP. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, 
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
EXCEÇÃO. 1° Crimes Tentados será no local em que foi praticado a atividade delituosa 
(Teoria da Atividade) 
 2° Crimes Permanentes e Crimes Continuados, art. 71, será utilizado o 
critério da prevenção, o juiz prevento será aquele que 1° agiu no ato. 
 Art. 83 
 3° Crimes Praticados no Limite de Duas ou Mais Comarcas ou Quando 
Incerto o Limite Territorial Entre Elas, será o juiz prevento, ou seja, aquele que 1° tomou 
conhecimento do fato. 
 
* Nos crimes de ação penal privada o querelante pode promover a ação no local em que 
o crime se consumou OU no local de residência do réu. 
Também pode ser utilizado em ação penal pública, pode ser no local da residência do réu, 
desde que não se saiba onde o crime se consumou. 
Se o réu tem mais de 1 domicílio ou se não se sabe, o critério será da prevenção. 
 
Para saber qual é a Vara (Juízo) tem que observar a lei de organização judiciária do estado. 
Art. 74, CPP. 
 
 
 
 
RECURSOS – VÍDEO7 
 
É um meio de impugnação voluntário de decisões judiciais com a finalidade de reformá-
las, anulá-las ou aprimorá-las dentro da mesma relação jurídica processual e antes da 
preclusão. 
Quando fala-se em reformá-las pensa-se logo em decisão injusta, erro injudicando, 
enquanto que anulá-las, trata-se de decisão nula, erro improcedendo. 
Art. 574, CPP. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser 
interpostos, de ofício, pelo juiz: 
I – da sentença que conceder habeas corpus; 
II – da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância eu exclua o 
crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 415 
 
HIPÓTESES DE REEXAME NECESSÁRIO: 
I – sentença que CONCEDER habeas corpus 
II – nos casos de absolvição sumária. Art. 415, CPP. 
 
PRINCÍPIOS RECURSAIS 
 
1) PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE RECURSAL: os recursos são previstos em lei, ou 
seja, para ser considerado recurso tem que estar taxativamente previsto em lei. 
 
2) PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE RECURSAL:critérios objetivos abarcam todos os 
acusados no processo, os subjetivos (pessoais), apenas aquele ao qual o evento atinge. 
Ex. menores de 21 anos e maiores de 70 anos tem atenuante de pena. 
Art. 580, CPP. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto 
por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, 
aproveitará aos outros. 
 
3) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE RECURSAL PARA O MINISTÉRIO 
PÚBLICO / PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE RECURSAL PARA OS DEMAIS 
RECORRENTES: O primeiro prega que o promotor não é obrigado a recorrer, mas uma 
vez ingressando com o recurso, seguirá com ele até o final, não podendo desistir. 
Art. 576, CPP. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. 
O segundo princípio, por sua vez, prega que todos podem desistir do recurso interposto. 
 
No processo penal o recurso pode ser interposto pelo Ministério Público, querelante, ou 
pelo réu, seu procurador ou seu defensor. 
OBS. A renúncia do réu ao direito de apelação, sem a assistência do seu 
defensor não impede o conhecimento da apelação interposta. 
Súmula 705, STF. A renúncia do réu ao direito de apelação manifestada sem a assistência do 
defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta. 
 
4) PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL: É aquele princípio que permite eu 
mesmo que se ingresse com o recurso errado, o juiz aplicar o recurso correto. 
Para isso tem que preencher 2 requisitos: 
* Legal – só se aplica o princípio se o recorrente estiver de boa-fé. 
* Doutrina – só se aplica a fungibilidade se não for caso de erro grosseiro. 
Art. 579, CPP. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um 
recurso por outro. 
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, 
mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível. 
OBS. Decisões proferidas pelo juiz de execuções o recurso cabível é o 
agravo de execução, com o mesmo prazo e procedimento do RSE. 
Súmula 700, STF. É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da 
execução penal. 
 
5) PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS: é aquele que proíbe a 
reforma para piorar a defesa. 
Só se aplica exclusivamente em favor da defesa. 
O recurso interposto pela defesa tem efeito amplo, ou seja, devolve tudo para o tribunal, 
desde que seja para favorecer a defesa. 
Se o Ministério Público recorrer, só será conhecida a parte impugnada. 
 
RECURSOS EM ESPÉCIE: 
ATENÇÃO!!!! 
OBSERVAR SE A BANCA ESTÁ COBRANDO OS EMBARGOS DO CPP OU DO 
JUIZADO. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
 
EMBARGOS NO CPP EMBARGOS NO JUIZADO 
Cabe para: Cabe para: 
- omissão - omissão 
- obscuridade - obscuridade 
- contradição - contradição 
- ambiguidade (duvidosa) 
Prazo: 2 dias Prazo: 5 dias 
O prazo será interrompido O prazo será interrompido 
(restitui o prazo no todo) (restitui o prazo no todo) 
Art. 382 e 619, CPP Art. 83, lei 9.099/95 
 
Art. 382, CPP. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a 
sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão. 
Art. 619, CPP. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão 
ser opostos embargos de declaração, no prazo de 2 (dois) dias contado da sua publicação, quando 
houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão. 
Lei 9.099/95. Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver 
obscuridade, contradição ou omissão. 
§ 1°. Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de 5 (cinco) dias, 
contados da ciência da decisão. 
§ 2°. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
OBS. 1 Cabe para qualquer provimento jurisdicional que tenha conteúdo 
decisório. 
De acordo com o artigo 382, cabe contra sentença. E de acordo com o artigo 619, cabe 
contra acórdão (decisão final proferida por tribunal, desde que seja TJ ou TRF, pois os 
embargos do STF e STJ são encontrados no regimento interno de cada um. 
 
OBS. 2 Haverá contrarrazões se possuir efeitos modificativos na decisão. 
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE 
 
Cabe para: 
- decisão de 2ª instância (acórdão TJ e TRF) 
- decisão não unânime 
- decisão desfavorável ao réu (exclusivo da defesa) 
- se o tribunal estiver julgando uma apelação, recurso em sentido estrito ou agravo em 
execução. 
Quem julga: 
É o próprio tribunal. Levando a decisão para uma outra turma que nesse caso haverá 5 
desembargadores ao invés de 3. 
Prazo: 
10 dias. 
Art. 609, Parágrafo único. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de 
Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de 
organização judiciária. 
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, 
admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a 
contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão 
restritos à matéria objeto de divergência. 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RSE) 
 
Não são casos de RSE: art. 581, CPP, incisos XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII 
(Agravo em execução, no prazo de 5 dias) 
 
Cabe Recurso em Sentido Estrito: 
I – quando o juiz REJEITAR a denúncia ou queixa; 
Obs. Rejeitar denúncia ou queixa no Juizado cabe Apelação no prazo de 10 dias, art. 82, 
lei 9.099/95. 
II – INCOMPETÊNCIA do juízo (declaração feita de ofício pelo juiz); 
III – que julgar PROCEDENTE as EXCEÇÕES, exceto a SUSPEIÇÃO 
 ↓ 
 De: incompetência de juízo, Art. 95, CPP .Poderão ser 
 Litispendência, opostos as exceções de: 
 Ilegitimidade da parte, I – suspeição; II – incompetência 
 Coisa julgada de juízo; III – litispendência; 
 IV – ilegitimidade da parte; 
 V – coisa julgada. 
Decisões Finais do Tribunal do Júri 
IV – PRONÚNCIA (se houver prova de que o crime existiu e indícios suficientes da 
autoria, nesse caso submete o acusado a júri) – Recurso em Sentido Estrito 
Impronúncia – Apelação 
Absolvição Sumária – Apelação 
DESCLASSIFICAÇÃO – Recurso em Sentido Estrito 
Vogais = Apelação (Impronúncia e Absolvição Sumária) 
Consoantes = Recurso em Sentido Estrito (Pronúncia e Desclassificação) 
V – FIANÇA 
OBS. MATÉRIA DE PRISÃO CAUTELAR QUE A DECISÃO 
PREJUDICAR A ACUSAÇÃO CABE RSE. 
SE PREJUDICAR A DEFESA NÃO CABE RECURSO, CABERÁ HABEASCORPUS. 
VIII – IX – CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE. 
ATENÇÃO!!! APENAS NO 1° GRAU 
Art. 107, CP. Extingue-se a punibilidade: 
I – pela morte do agente; 
II – pela anistia, graça ou indulto; 
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV – pela prescrição, decadência ou perempção; 
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
VII e VIII – (Revogados) 
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
OBS. SE QUEM RECONHECER OU NÃO RECONHECER AS 
CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE FOR UM JUIZ DE EXECUÇÕES, O 
RECURSO CABÍVEL SERÁ O AGRAVO EM EXECUÇÃO 
X – CONCEDER OU NEGAR HABEAS CORPUS NO 1° GRAU DE JURISDIÇÃO: 
Só cabe em decisão de 1° grau/juiz. 
NÃO CABE PARA TRIBUNAL: Aqui, para a decisão que denega (nega) habeas corpus 
cabe ROC (recurso ordinário constitucional) e para decisão que concede o habeas corpus 
cabe Resp (recurso especial) para o STF ou STJ. 
XIII – SE O JUIZ ANULAR O PROCESSO NO TODO OU EM PARTE. (só caberá se 
o juiz anular o processo na instrução) 
XV – QUE DENEGAR APELAÇÃO, CABE RSE (recurso em sentido estrito) 
OBS. QUE DENEGAR RSE (recurso em sentido estrito) OU AGRAVO EM 
EXECUÇÃO, CABE CARTA TESTEMUNHÁVEL, no prazo de 48 hrs, ingressa 
perante o ESCRIVÃO DA VARA/CHEFE DE SECRETARIA. 
XVI – SUSPENSÃO DO PROCESSO EM VIRTUDE DE QUESTÃO 
PREJUDICIAL. Art. 92 e 93, CPP 
XVIII – QUE DECIDIR INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL. 
 
PROCEDIMENTO DO RSE (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO) 
 
 
 
 Razões do SER→2 dias Possui efeito regressivo 
 ou iterativo ou diferido 
Prazo de Interposição→5dias (Quer dizer que o juiz 
 do RSE pode se retratar) 
 Contrarrazões→2 dias PRAZO DE 2 DIAS 
 
 2 dias 
Prazo de Interposição do Agravo em execução→2dias 2 dias (retratação) 
(o mesmo do RSE) 2 dias 
 2 dias 
Prazo de Interposição da Carta Testemunhável→48 hrs 2 dias (retratação) 
 2 dias 
FENÔMENOS QUE IMPEDEM O CONHECIMENTO DO RECURSO 
 
Renúncia ≠ Desistência ≠ Deserção 
 ↓ ↓ ↓ 
Renuncia o Pressupõe que Todo recurso 
direito recursal o recurso foi tem uma taxa, 
(não pode mais interposto e a caso a taxa 
interpor recurso) parte desistiu não seja paga 
está no prazo para dele. o recurso será 
recorrer e abdica considerado 
do prazo. deserto e não 
 conhecido. 
 
LER DOS ARTIGOS 593 AO 602, CPP QUE FALAM SOBRE APELAÇÃO. 
Art. 593, CPP.Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
I – das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; 
II – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não 
previstos no Capítulo anterior; 
III – das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
§ 1°. Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados 
aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação. 
§ 2°. Interposta a apelação com fundamento no n. III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se lhe der 
provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança. 
§ 3°. Se a apelação se fundar no n. III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a 
decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para 
sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. 
§ 4°. Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que 
somente de parte da decisão se recorra. 
Art. 594, CPP. (Revogado) 
Art. 595, CPP. (Revogado) 
Art. 596, CPP. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente 
em liberdade. 
Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de segurança aplicada 
provisoriamente. 
Art. 597, CPP. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo o disposto no art. 
393, a aplicação provisória de interdições de direitos e de medidas de segurança (art. 374 e 378), e o 
caso de suspensão condicional de pena. 
Art. 598, CPP. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença 
não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das 
pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor 
apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo. 
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de 15 (quinze) dias e correrá do dia 
em que terminar o do Ministério Público. 
Art. 599, CPP. As apelações poderá ser interpostas quer em relação a todo o julgado, quer em relação 
a parte dele. 
Art. 600, CPP. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de 8 
(oito) dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será 
de 3 (três) dias. 
§ 1°. Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de 3 (dias), após o Ministério Público. 
§ 2°. Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá vista dos atos, no 
prazo do parágrafo anterior. 
§ 3°. Quando orem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão comuns. 
§ 4°. Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar na 
superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes, 
observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial. 
Art. 601, CPP. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à instância superior, com as 
razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em que o 
prazo será de 30 (trinta) dias. 
§ 1°. Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou não tiverem todos apelado, 
caberá ao apelante promover extração do traslado dos autos, o qual deverá ser remetido à instância 
superior no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da entrega das últimas razões de apelação, ou 
do vencimento do prazo para a apresentação das do apelado. 
§ 2°. As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo se o pedido for de réu 
pobre ou do Ministério Público. 
Art. 602, CPP. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados ao tribunal ad 
quem ou entregues ao Correio, sob registro. 
Art. 603, CPP. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito Federal e nas comarcas 
que forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em cartório traslado dos termos essenciais do 
processo referidos no art. 564, III.

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