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Relatório final Alexandre Sobrinho

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RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
DE HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE SOBRINHO DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro - RJ 
 
Outubro de 2016
 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE SOBRINHO DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO DE HISTÓRIA I 
 
 
 
 
 
Este trabalho é pré-requisito para 
aprovação na disciplina Prática de 
Ensino e Estágio Supervisionado em 
História I, do Curso de História 
(modalidade EAD), ministrada pela 
professora Regina Celi Pereira, da 
Universidade Estácio de Sá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro – RJ 
Outubro de 2016 
 
 
 
 
ÍNDICE DE FIGURAS 
 
Figura 01. Frente da Escola Capitão de Fragata Didier Barbosa Vianna...21 
Figura 02. Pátio sem cobertura......................................................................21 
Figura 03. Pátio coberto..................................................................................22 
Figura 04. Refeitório / Cozinha.......................................................................22 
Figura 05. Banheiro.........................................................................................23 
Figura 06. Quadra de esportes.......................................................................23 
Figura 07. Biblioteca / Sala de informática....................................................24 
Figura 08. Sala de aula....................................................................................24 
Figura 09. Equipamentos de sala de aula......................................................25 
Figura 10. Alunos autores do curta-metragem DIGA NÃO ÁS DROGAS...25 
Figura 11. Alunos durante a apresentação sobre os Direitos Humanos…26 
Figura 12. Professor Marcelo André de Souza.............................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO......................................................................... 5 
2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA..................7 
2.1. Aspecto físico, humano e material......................................7 
2.2. Projeto Político-pedagógico.................................................10 
2.3. A escola como um grupo social...........................................12 
2.4. Atividades docentes e discentes..........................................15 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................19 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................20 
5. ANEXOS......................................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente relatório tem por objetivo primordial retratar a experiência 
vivenciada durante o período em que a disciplina de Prática de Ensino e 
Estágio Supervisionado em História I fora realizada. A disciplina é oferecida no 
curso de História pela Universidade Estácio de Sá, e tem por finalidade a 
inserção do aluno no ambiente escolar e a sua preparação para à prática 
docente. 
Nesse contexto o estágio supervisionado é de suma importância no processo 
de graduação do aluno, pois, é o momento em que se tem a oportunidade de 
pôr em prática toda a teoria adquirida durante o curso, ou seja, é nesse 
momento que o futuro profissional tem a oportunidade de entrar em contato 
direto com a realidade profissional na qual será inserido, além de concretizar 
pressupostos teóricos adquiridos pela observação de determinadas práticas 
especificas e do diálogo com profissionais mais experientes. 
No estágio o futuro profissional terá a oportunidade de observar, analisar e 
refletir sobre o ambiente no qual irá atuar como profissional, visando como sua 
participação será profícua para o processo de ensino e como conseguirá 
interferir na realidade na qual estará inserido. Através do contato com 
professores mais experientes, que já atuam no campo docente durante um 
período significativo o futuro professor testemunha como é posto em prática o 
processo de aprendizagem dentro da sala de aula, obtendo a oportunidade de 
atuar como agente transformador deste processo. 
Apresentado como requisito para obtenção de aprovação na disciplina de 
Estágio Supervisionado em História I - junto à Universidade Estácio de Sá, em 
consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de História, o 
presente relatório é resultado de uma observação minuciosa da vivência obtida 
no cotidiano da Escola Capitão de Fragata Didier Barbosa Vianna durante o 
período de cento e trinta e duas horas determinadas pelas diretrizes, onde fui 
supervisionado pelo professor de história da instituição de ensino Marcelo 
6 
 
 
 
André de Souza que atua na prática docente a oito anos, e soube com muita 
paciência e sabedoria me orientar durante todo o decorrer do estágio, que teve 
início no dia cinco de setembro de 2016, sendo efetuado no período noturno da 
unidade escolar com horário inicial às 18h e término às 22h, e carga horária de 
4h diárias durante quatro dias semanais (de segunda à quinta-feira). 
 
“Buscar entender, de maneira diferente do aprendido as atividades dos 
cotidianos escolares ou cotidianos comuns, exige que esteja disposta a 
ver além daquilo que outros já viram e muito mais: seja capaz de 
mergulhar inteiramente em uma determinada realidade, buscando as 
referências de sons, sendo capaz de engolir sentindo a variedade de 
gostos, caminhar tocando coisas e pessoas e me deixando tocar por 
elas, cheirando os odores que a realidade coloca a cada ponto do 
caminho diário.” (ALVES, 2008, p. 18-19) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
2 - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA 
2.1 - Aspecto físico, humano e material 
A Escola Municipal Capitão de Fragata Didier Barbosa Vianna é uma escola 
pública do munícipio do Rio de Janeiro fundada no dia 19 de agosto de 1969. 
Atualmente a escola é coordenada pela diretora Kátia Salles de Santiago e 
possui como diretora adjunta a senhora Regina Coeli F de O Cavalcante, a 
escola ainda conta com a ajuda da coordenadora pedagógica Rita de Cássia S 
F Bichara de Oliveira, uma equipe de vinte e três professores, uma secretária, 
três cozinheiras, dois porteiros e dois serventes. 
A unidade escolar possui quinhentos e vinte e cinco alunos matriculados sendo 
distribuídos em vinte e três turmas que são divididas em três turnos, manhã, 
tarde e noite. O período da manhã as aulas iniciam às 7h30 e terminam às 12h, 
e tem por finalidade o modo de ensino regular atuando do 1º ao 5º ano. O 
período da tarde as aulas têm início às 13h e término às 17h30, e também tem 
o ensino regular por finalidade atuando do 1º ao 5º ano. O período noturno 
(período no qual se desenvolveu o meu estágio) as aulas iniciam às 18h e 
término às 22h, neste período a escola tem o seu sistema de ensino voltado 
para o Programa de Educação de Jovens e Adultos - PEJA. 
O prédio da escola possui dois andares, tendo seus aspectos físicos 
distribuídos em: 
Térreo 
O térreo possui: 
1 Refeitório com cozinha acoplada * 
1 Pátio coberto * 
 
 
* Foto refeitório com cozinha acoplada – vide anexo 
* Foto Pátio coberto – vide anexo 
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1 Pátio sem cobertura * 
2 Banheiros* 
1 Quadra esportiva* 
1 casa para funcionário morador2º Andar 
O 2º andar possui: 
9 Salas de aula* 
4 Salas administrativas (secretaria, direção, sala de professores, coordenadora 
pedagógica) 
1 Biblioteca com sala de informática adaptada* 
1 Almoxarifado / adaptado 
1 Banheiro de professores 
As salas de aula possuem um amplo espaço climatizado por dois ares-
condicionados*, facilitando o bom desenvolvimento das aulas e a comodidade 
dos alunos e professores. Afim de aprimorar as aulas, a unidade escolar 
disponibiliza equipamentos audiovisuais*, como um projetor de imagens e um 
equipamento de som que auxiliam a didática do docente com a reprodução de 
 
* Foto pátio sem cobertura – vide anexo 
* Foto banheiro – vide anexo 
* Foto quadra esportiva – vide anexo 
* Foto sala de aula – vide anexo 
* Foto biblioteca com sala de informática acoplada – vide anexo 
* Foto ar-condicionado – vide anexo 
* Equipamentos audiovisuais – vide anexo 
9 
 
 
 
imagens e vídeos para os alunos, além do tradicional quadro branco onde o 
professor apresenta o conteúdo das aulas. 
A sala de leitura se propõe a incentivar, organizar e desenvolver projetos e 
atividades que despertem aos alunos o prazer da leitura e da cultura. Sendo 
assim, dentro da sala de leitura a escola adaptou uma biblioteca e um espaço 
de informática onde ficam os computadores da instituição, contendo também 
uma parte onde os alunos desenvolvem trabalhos culturais e artísticos. A 
administração da sala de leitura fica a cargo de uma professora que organiza o 
ambiente e as atividades que acontecem dentro do espaço. 
A quadra de esportes é usada para as aulas de Educação Física e também nos 
momentos de recreação dos alunos, entretanto, por não possuir cobertura não 
pode ser utilizada em dias de chuva para a segurança dos alunos. 
Outro fator relevante sobre a quadra de esportes é que o local não possui 
iluminação elétrica, sendo impossível sua utilização pelos alunos do período 
noturno, sendo assim os alunos noturnos não tem qualquer tipo de atividade 
física dentro da unidade escolar. 
Para que haja maior comodidade para os alunos dentro da escola, a unidade 
dispõe uma refeição gratuita aos alunos, tudo preparado por cozinheiras 
profissionais em uma cozinha com total higiene e organização, e servido no 
refeitório, que possui um amplo espaço com mesas e cadeiras coletivas para 
que os alunos realizem sua refeição com comodidade e tranquilidade. São 
separados trinta minutos de intervalo das aulas para que os alunos possam se 
alimentar, após os trinta minutos os alunos retornam para sala de aula. 
A escola disponibiliza dois banheiros para os alunos, um para alunos do sexo 
masculino, outro para alunos do sexo feminino. Os banheiros estão sempre 
sendo higienizados pelos funcionários de serviços gerais da escola que 
realizam seu trabalho com bastante profissionalismo, pois, pelo que observei, 
não somente os banheiros, mas, todo o prédio da escola está sempre limpo. 
 
10 
 
 
 
2.2. Projeto Político-pedagógico 
O projeto político pedagógico visa o desenvolvimento de uma instituição de 
ensino que almeja uma educação eficiente e de qualidade. Ele é completo o 
suficiente, tornando-se uma rota flexível o bastante para se adaptar às 
necessidades dos alunos. Assim, a sua construção deve conter os temas 
como: missão, público-alvo, dados sobre a aprendizagem, relação com as 
famílias, recursos, diretrizes pedagógicas e plano de ação. 
Veiga (1995, p.11) afirma que: "O projeto político-pedagógico tem sido 
objeto de estudos para professores, pesquisadores e instituições 
educacionais em nível nacional, estadual e municipal, em busca da 
melhoria da qualidade do ensino." 
Segundo o PPP da Escola Municipal Capitão de Fragata Didier Barbosa Vianna 
a escola busca promover as crianças, jovens e adultos que estão inseridos no 
âmbito escolar, acesso ao conhecimento, à cultura e a educação, tornando-os 
centro do processo educativo para que construam e desenvolvam suas 
competências e habilidades, podendo, assim, criar e realizar seus objetivos, 
competindo de maneira igualitária em diferentes situações, afim de que se 
tornem cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. Cabe a escola estar 
atenta e intervir pedagogicamente na formação desses jovens, visando assim 
construir uma sociedade mais justa e humana. 
"Por meio dele, o gestor reconhece e concretiza a participação de todos na 
definição de metas e na implementação de ações. Além disso, a equipe 
assume a responsabilidade de cumprir os combinados e estar aberta a 
cobranças", aponta Maria Márcia Sigrist Malavasi, coordenadora do curso 
de Pedagogia e pesquisadora do Laboratório de Observação e Estudos 
Descritivos da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas 
(Loed/Unicamp). 
A escola tem como visão ser referência como escola formadora de opinião, 
reconhecida pela qualidade e credibilidade dos serviços prestados, integrando 
o aluno à sociedade de maneira que venha aumentar sua capacidade de 
criticar e transformar a vida e torná-la cada vez melhor. 
11 
 
 
 
Objetivos da escola 
 A escola busca criar condições favoráveis para que os alunos possam 
desenvolver ao máximo suas habilidades e competências, visando que 
no futuro eles se tornem parte integrante da sociedade. 
 Buscar novas metodologias e soluções a fim de melhorar o 
desempenho dos alunos nas avaliações internas e externas. 
 Melhorar a qualidade do ensino, motivando e efetivando a permanência 
do aluno na escola, evitando a evasão. 
 Orientar os alunos para a inserção no mercado de trabalho, 
instrumentalizando-os para o mundo globalizado. 
 Promover visitas aos espaços culturais e de lazer da cidade do Rio de 
Janeiro motivando os jovens a participarem dessas atividades. 
 Levar os alunos a respeitarem as diferenças, despertando a 
necessidade e a importância desse respeito na diminuição da violência. 
 
Metas da escola 
Metas Imediatas - Alfabetização no 1º ano de escolaridade; diminuição dos 
níveis de evasão; aumento da interação família / escola; melhoria no 
desempenho dos alunos nas avaliações internas e externas ( IDEB e IDERIO ) 
alcançando as metas desejadas; melhor utilização e aproveitamento das 
diversas mídias em sala de aula pelos docentes; adequação das metodologias 
às necessidades dos alunos e da comunidade; compromisso de todos na 
melhoria da qualidade do ensino; avaliação de todo o processo educativo afim 
de adequar e melhorar as ações pedagógicas e administrativas. 
Metas Mediatas - Formação de alunos críticos e conscientes; respeito ao 
próximo estabelecendo valores fundamentais à convivência em sociedade: 
solidariedade, dignidade e justiça. 
12 
 
 
 
É fundamental que os professores reconheçam o significado do PPP, como é 
elaborado e como pode ser reformulado, para que, juntamente com os demais 
segmentos da escola, vivenciem os objetivos ali contidos, proporcionando um 
ensino participativo e de qualidade, para a formação de cidadãos críticos e 
atuantes na sociedade. 
Dessa forma, o Projeto da Escola orienta a comunidade escolar para uma 
pedagogia dialógica entre funcionários, pais, professores e alunos, afim de, 
estabelecer um ambiente de cooperação mútua, onde são valorizados os 
saberes que permeiam o ambiente escolar, estabelecendo em cada indivíduo o 
seu papel de agente modificador e transformador para a construção de uma 
escola voltada para o processo de ensino-aprendizagem. 
 
2.3. A escola como grupo social 
A escola sem dúvidas é uma das mais importantesinstituições humanas, onde 
tem por finalidade a preparação do indivíduo para a vida em sociedade. Por 
meio da escola que são transferidos valores culturais, sociais e morais, além da 
preparação do indivíduo para o mercado de trabalho. Na escola que a criança, 
o jovem e o adulto terão que se relacionar com outras pessoas, e será 
necessário aprender a lidar com diferentes formas de comportamentos e 
pensamentos. Nesse contexto a escola vive em uma constante busca por um 
ambiente democrático, onde a diversidade de culturas e valores seja 
respeitada, suprimindo toda forma de preconceito e discriminação. Recebendo 
alunos de diferentes grupos sociais a escola tem a difícil tarefa de desenvolver 
um ambiente propício a atender as necessidades de cada aluno, evitando ao 
máximo que haja evasão. 
Dentro desta perspectiva a maioria dos alunos recebidos pela Escola Capitão 
de Fragata são pessoas de diferentes comunidades carentes que estão em 
torno da unidade escolar, são crianças e jovens desassistidos, com alto índice 
de violência externa e com um grande distanciamento dos pais e responsáveis 
da vida escolar. Na maioria das vezes, devido à falta de assistência dos órgãos 
13 
 
 
 
governamentais e da família, esses jovens acabam por se afastar da escola por 
diversos motivos. 
Pensando nesses jovens e adultos que após longos períodos afastados da 
escola retornam para concluir os estudos, a escola Capitão de Fragata conta 
com o sistema PEJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos). O PEJA 
tem por objetivo primordial enfrentar o desafio de escolarizar jovens 
socialmente excluídos. A Secretária de Educação do Rio de Janeiro juntamente 
com seus professores busca ações voltadas para a fortificação de uma política 
de educação de jovens e adultos pautada nos eixos de aumento de 
escolaridade, educação permanente e inclusão no mundo do trabalho, 
aspectos fundamentais para o exercício pleno da cidadania. 
Devido ao meu estágio ter se desenvolvido dentro do PEJA, pude ter um 
contato maior com esses alunos, analisar a dinâmica do lugar onde vivem, 
refletir sobre suas necessidades pessoais e cognitivas, e observei como a 
escola e a equipe docente lida com esses paradoxos. Mediante tantas 
dificuldades internas e externas, a escola busca atrair esses jovens para dentro 
do universo escolar, adaptando-se às necessidades que eles trazem para 
escola e busca de maneira eficiente desenvolver suas capacidades e prepará-
los para encarar esses desafios. 
Dessa forma, vemos a significância da escola para a vida em sociedade, as 
diversas formas de relacionamento que ocorrem dentro do ambiente escolar, e 
os diversos tipos de pessoas que chegam a escola com inúmeros problemas 
sociais, familiares, financeiros e outros fatores externos tornam a escola quase 
que um refúgio para aqueles que buscam uma melhoria de vida, ainda mais 
pessoas das classes menos favorecidas, que encontram bastante dificuldade 
dentro do processo socioeducativo. 
 
 
 
14 
 
 
 
Projetos socioeducativos desenvolvidos pelos alunos da escola. 
 Projeto diga não às drogas- O projeto teve como finalidade 
conscientizar os alunos e familiares sobre o uso das drogas. O professor 
Marcelo André juntamente com alguns alunos das turmas 161 e 162, 
realizaram um curta-metragem sobre a vida de um jovem viciado em 
drogas que teve problemas com a família, com os amigos e até me 
mesmo na escola, devido ao uso excessivo das drogas. Um dia ele foi 
abordado por um grupo de alunos do seu colégio que haviam criado um 
projeto “DIGA NÃO ÀS DROGAS”, com o intuito de alertar aos jovens a 
respeito dos malefícios causados pelo uso de drogas. 
 
 Projeto sobre os Direitos Humanos – O projeto teve como objetivo 
ensinar aos alunos e familiares a respeito dos direitos humanos, onde 
foram apresentadas palestras explicativas, poesias escritas por alunos 
tratando sobre os direitos humanos e uma apresentação musical 
baseada na música “Ser Humano” do cantor Zeca Pagodinho. 
Com isso foram abordados na escola não somente problemas que norteiam 
o âmbito escolar, mas, situações que alunos e familiares enfrentam no dia-
a-dia e constantemente interferem em suas relações sociais. Através de 
projetos como esses apresentados, fica evidente a importância da escola 
como um grupo social, onde escola, aluno e família podem se relacionar 
não somente dentro da escola, mas também, fora dela. 
 
 
 
 
 Foto dos alunos que atuaram no curta-metragem DIGA NÃO ÀS DROGAS. 
 Foto dos alunos na apresentação musical sobre os Direitos Humanos – vide anexo 
15 
 
 
 
2.4 Atividades docentes e discentes 
Durante o período em que o estágio se desenvolveu, fui supervisionado e 
orientado pelo professor Marcelo André de Souza no período noturno da 
escola, atuando no PEJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos) com 
turmas em fase de conclusão do ensino fundamental. No sistema PEJA as 
turmas estão divididas em três blocos: 
Bloco I - Formado por alunos que ainda estão em processo de alfabetização, 
sendo a maioria idosos que não tiveram acesso à escola quando jovens. Esse 
bloco possui (02) duas turmas. 
Bloco II - De uma forma simplista representaria o sexto e sétimo ano no ensino 
regular, os alunos deste bloco estão divididos em duas turmas (151,152) e em 
sua maioria são pessoas que vieram da fase de alfabetização e alunos que 
abandonaram os estudos ainda muito cedo e estão retornando para concluir o 
ensino fundamental. 
Bloco III - O terceiro e último bloco representaria o oitavo e nono ano do 
ensino regular, os alunos que se encontram nesse bloco também estão 
distribuídos em duas turmas (161,162) e são aqueles alunos que avançaram os 
dois blocos anteriores ou aqueles que abandonaram a escola muito próximos 
de concluir o ensino fundamental e estão retornando para cumprir tal feito. 
Dentro de cada um desses blocos existem o que é denominado de Unidade de 
Progressão. Cada bloco possui três Unidades de Progressão (U.P1, U.P2 e 
U.P3) onde os alunos vão avançando cada uma até completar as três e passar 
para o bloco seguinte. Um aluno empenhado leva em média três meses em 
cada U.P no sistema PEJA. 
A grande maioria dos alunos que estão matriculados no PEJA, são jovens e 
adultos que não conseguiram concluir o ensino fundamental no sistema regular 
por motivos múltiplos e devido grande influência da localidade onde vivem. 
Muitos chegam à escola logo após um longo dia de trabalho e na maioria das 
16 
 
 
 
vezes desinteressados pela aula, exigindo que o professor disponha de um 
grande esforço para que as aulas não sejam enfadonhas para esses alunos. 
Nesse contexto, observei que o professor Marcelo de Souza pautado no 
método pedagógico de Paulo Freire, tinha uma forma muito peculiar e 
extrovertida de apresentar o conteúdo das aulas, trazendo métodos didáticos 
que prendem a atenção dos alunos e ao mesmo tempo dialogando o tempo 
todo com eles, buscando uma relação onde o aluno faça parte do processo 
educativo de forma ativa, não se colocando apenas na condição de receptor do 
conhecimento, mas, trazendo para a sala de aula suas experiências vividas 
fora do ambiente escolar e dividindo-as com os companheiros de classe. 
Explica GADOTTI sobre Freire: 
“Toda a sua obra é voltada para uma teoria do conhecimento aplicada à educação, sustentada 
por uma concepção dialética em que educador e educando aprendem 
juntos numa relação dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, 
reorienta essa teoria, num processo de constante aperfeiçoamento.”( 
GADOTTI, 2004.p.253) 
Logo no primeirodia como estagiário (5 de setembro) o professor abordava 
com os alunos sobre a Independência do Brasil que seria comemorado dois 
dias depois. Diante disso, pude ajudar o professor a elaborar o plano de aula 
que foi apresentado da seguinte forma: 
 Bloqueio Continental - Abordamos com os alunos sobre a importância 
de Napoleão Bonaparte para os acontecimentos na Europa do século 
XIX, dentre eles aquele que trouxe a Família Real e a corte portuguesa 
para o Brasil em 1808, ocasionando muitas mudanças para o país 
naquela época, especialmente para a cidade onde estamos localizados, 
o Rio de Janeiro. 
 
 
 Fotografia do professor Marcelo André de Souza – vide anexo. 
17 
 
 
 
 Vinda da Família Real para o Brasil - Os alunos observaram o 
processo de transferência da corte portuguesa para o Brasil, assim 
como, as transformações que ocorreram no país advindas dessa 
transferência. 
 Retorno da Corte para Portugal - Os alunos discutiram sobre os 
diversos aspectos que levaram D. João VI a retornar para Portugal sobre 
forte pressão da chamada Revolução do Porto. 
 Processo de Independência do Brasil - Nesse momento 
apresentamos as movimentações realizadas por grupos de brasileiros 
que temiam que o Brasil tornasse a ser colônia de Portugal outra vez, e 
a decisão do príncipe regente do Brasil em proclamar a independência 
do Brasil no dia 7 de setembro de 1822. 
Logo após as aulas sobre a independência do Brasil resolvemos tratar com os 
alunos um assunto de extrema importância e que percebemos que a grande 
maioria não dava o devido valor, o voto. 
Iriam ocorrer as eleições municipais em todo o território nacional no dia 2 de 
outubro de 2016, portanto ao perguntarmos aos alunos sobre a importância do 
voto, muitos não sabiam responder e outros se mostravam desinteressados em 
votar e extremamente insatisfeitos com a atual situação política do país. A 
partir de então resolvemos tratar com eles a respeito da importância do voto 
para o cidadão, além de mostrar historicamente que o direito ao voto direto é 
uma grande conquista do povo brasileiro. 
Os temas abordados foram os seguintes: 
 A importância do voto 
 História política do Brasil 
 Como funcionam as eleições 
 Eleição proporcional 
18 
 
 
 
 Eleição majoritária 
 Como o voto afeta nossa vida 
Logo após abordar cada um desses pontos, notei que os alunos aparentavam 
estar um pouco mais conscientes em relação ao ato de votar, porém a visão 
pessimista em relação aos políticos permanecia da mesma forma, entretanto 
nossa intenção era conscientizar os alunos de que eles têm o poder de 
interferir na realidade na qual estão inseridos e não servirem como marionetes 
para o sistema. 
Notoriamente observei que com as aulas que foram realizadas durante o meu 
estágio os alunos conseguiam se expressar com muita liberdade, além de 
conseguirem trazer aspectos de suas vidas fora da escola para dentro da sala 
de aula, proporcionado uma aula bastante dialética e democrática onde todos 
se sentiam com total liberdade para interagir com o professor e com os colegas 
de classe. Dessa forma percebi que não cabem mais na escola os 
“secundarismos” e as modelagens de uma escola tecnicista, apenas para 
atender a demanda do mercado de trabalho, que não deixam de se caracterizar 
importantes na atualidade, porém, não exclusivas para a formação de um 
cidadão como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
De acordo com a proposta da disciplina de Estágio Supervisionado em História 
I, o período em que o estágio se desenvolve é de extrema importância para o 
processo de graduação do aluno, oferecendo-lhe a oportunidade de atuar no 
campo profissional antes de se formar. 
A respeito da minha experiência vivenciada neste primeiro período como 
estagiário considero como um momento muito especial e único na minha 
formação como historiador, pois, para além de uma mera obrigação curricular o 
estágio foi para mim como um momento de evolução, saindo de uma posição 
estática onde apenas adquiria o conhecimento histórico, e partindo para uma 
posição dinâmica onde obtive a oportunidade de expor todo esse 
conhecimento. 
Ao decorrer desses três meses de estágio na unidade escolar Capitão de 
Fragata Didier Barbosa Vianna pude adquirir uma nobre experiência ao lado de 
um excelente profissional, o professor Marcelo de Souza, que com muita 
sabedoria e dedicação me apresentou o dia-a-dia do profissional docente, onde 
existem diversos problemas e desafios a ser superado, sobretudo, na 
valorização que que falta ao professor no nosso país, contudo muitos se 
dedicam e se empenham na tarefa de lecionar, sabendo que é somente 
através da educação que o ser humano é capaz de transformar o mundo que o 
cerca. 
O trabalho docente requer muito empenho do profissional onde ele precisa 
estar sempre se atualizando, buscando novos conhecimentos, novas técnicas e 
usando a criatividade para explorar o cotidiano e superar os obstáculos a fim 
de despertar nos alunos a vontade da busca do conhecimento, e de exigirem 
seu papel de sujeito na sociedade. 
Portanto, concluo que o período em que atuei como estagiário foi bastante 
profícuo e significativo na minha caminhada como futuro profissional docente. 
Deixo meus sinceros agradecimentos ao professor Marcelo André de Souza e 
20 
 
 
 
toda a equipe pedagógica da escola Capitão de Fragata Didier Barbosa 
Vianna. 
 
4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVES, Nilda. Decifrando o pergaminho – o cotidiano das escolas nas 
lógicas das redes cotidianas. In : OLIVEIRA, Inês Barbosade, ALVES, Nilda 
(orgs). Pesquisa no/do cotidiano das escolas;sobre redes de saberes. Rio de 
Janeiro: DP&A (2001) 
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma 
construção possível. IN: Coleção Magistério: Formação e Trabalho 
Pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1995. 
GADOTTI, Moacir. História das Idéias Pedagógicas. São Paulo: Ática, 2004. 
(http://gestaoescolar.org.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-
pratica-610995.shtml?page=1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. ANEXOS 
Figura 1. Frente da Escola Municipal Capitão de Fragata Didier Barbosa Vianna 
 
(Fotografia de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
 
Figura 02. Pátio sem cobertura 
 
(Fotografia de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
22 
 
 
 
Figura 03. Pátio coberto 
 
(Fotografia de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
 
Figura 04. Refeitório / Cozinha 
 
(Fotografia de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
23 
 
 
 
Figura 05. Banheiro 
 
(Fotografia de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
 
Figura 06. Quadra de esportes e atividades físicas 
 
(Fotografia retirada da página oficial da escola no facebook) 
24 
 
 
 
Figura 07. Biblioteca / sala de informática 
 
(Fotografia de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
 
Figura 08. Sala de aula 
 
(Fotografia de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
25 
 
 
 
Figura 09. Ar-condicionado e equipamentos audiovisuais da sala de aula 
 
(Fotografias de Alexandre Sobrinho de Oliveira) 
 
Figura 10. Alunos autores do curta metragem DIGA NÃO ÀS DROGAS. 
 
(Fotografia da aluna Carolina de Oliveira) 
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Figura 11. Foto dos alunos na apresentação musical sobre os direitos 
humanos.
 
(Fotografia do arquivo pessoal da escola Capitão de Fragata) 
 
Figura 12. Professor Marcelo André de Souza(Foto do arquivo pessoal da escola Capitão de Fragata) 
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